Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 16/04/2025
Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os mais afetados pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os dados são de estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com o estudo, o impacto total no Brasil seria de R$ 28,6 bilhões. Deysi Cioccari e Cristiano Beraldo analisaram.

Assista ao Jornal da Manhã completo: https://youtube.com/live/Ja432D1Tr4A

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#JornalDaManhã

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Seguimos com informações da nossa reportagem agora em São Paulo, porque um estudo mostrou que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais serão os mais afetados pelo tarifaço do Donald Trump.
00:12Ao vivo, a repórter Camila Yunis tem mais detalhes pra gente a respeito dessa avaliação. Oi Camila, bom dia pra você.
00:22Oi Nonato, um ótimo dia pra você também, pra Soraya, pra todos que nos acompanham aqui no Jornal da Manhã.
00:27Pois é Nonato, esse levantamento foi feito pela UFMG e mostrou um panorama de como essas tarifas de Donald Trump devem afetar o Brasil.
00:38Como você disse, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro estão liderando aí, portanto, este ranking.
00:45E em primeiro lugar está o estado de São Paulo, que pode ter perdas de até 4 bilhões de reais.
00:51Rio de Janeiro e Minas Gerais estão na sequência com perdas que podem chegar a 1 bilhão de reais.
00:57Esses impactos, em média, deverão chegar a 28 bilhões de reais, de acordo com este levantamento feito pela UFMG.
01:06No entanto, Nonato, alguns setores podem ser mais impactados.
01:10Justamente o setor industrial, esse é o que deve ser mais impactado de forma negativa, de acordo com este levantamento.
01:17E as perdas podem chegar a 51 bilhões de reais.
01:21Em contrapartida, outros setores, como é o caso do agronegócio, podem ter aí, ser beneficiados com esse tarifas de Donald Trump, com uma expansão e uma abertura de mercado.
01:34De acordo com este levantamento, o agronegócio pode ter ganhos de até 32 bilhões de reais.
01:40E alguns estados que seriam beneficiados seriam, portanto, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná e também o Maranhão.
01:51Esse levantamento da UFMG foi feito entre os dias 7 e 11 de abril.
01:55A gente viu nesses últimos tempos, nessa gangorra de tarifas de Donald Trump, nessa queda de braço também com a China.
02:02Então, isso deve mexer bastante no cenário mundial e aqui no mercado brasileiro não é diferente, né, Nonato?
02:09Sem dúvida. Camila Yunis, obrigado com essas informações em São Paulo.
02:12E nós vamos já trazer aqui para a nossa conversa os nossos comentaristas, a Deise Siocari e também o Cristiano Beraldo, nesta manhã.
02:20Vou começar contigo, Beraldo, porque, é claro, todo mundo perde nesse cenário de tarifas proposto aí pelo Donald Trump,
02:26principalmente os estados-nações, mas também tem essas implicações estaduais, como aponta esse levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais.
02:35E não deixa de ser curioso, Beraldo, que os mais afetados são São Paulo, Minas e Rio de Janeiro,
02:41estados governados por governadores que têm um alinhamento mais próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro,
02:48que é um apoiador do Donald Trump, não?
02:49Pois é, Nonato, o ponto é que esse comércio internacional, ele é muito dependente do governo federal.
02:57A gente precisa lembrar que o Brasil é uma federação cujos estados não têm absolutamente nenhuma autonomia.
03:03Ficam todos lá de pires na mão e de joelhos se humilhando para a União fazer o trabalho que ela deveria fazer.
03:10Porque essa desorganização mundial, no comércio mundial, que aconteceu em razão das medidas tarifárias anunciadas por Donald Trump,
03:21na verdade, elas atrapalham esse comércio com os Estados Unidos, mas para um país como o Brasil,
03:27também pode gerar oportunidades da gente encontrar outros parceiros, outros mercados,
03:33a gente avançar de uma forma estratégica, em parceria até com o próprio Estados Unidos,
03:39já, afinal de contas, temos essa proximidade geográfica, uma grande população e uma área territorial também bastante extensa,
03:48com muita fronteira marinha, então temos tudo positivo para aproveitar uma aproximação com os Estados Unidos
03:56nesse momento em que o seu grande oponente é a China.
03:59Só que não, o Brasil não vai fazer isso, porque o Brasil tem uma visão muito imediatista e medíocre.
04:03O Brasil vai dobrar a aposta numa parceria com a China, que vai colocar o país nas mãos dos chineses cada vez mais.
04:11E o grande risco que eu vejo disso tudo é o Brasil se entregar a esta nova rota da seda que a China está produzindo,
04:18com seus países parceiros, em que ela coloca centenas de bilhões de dólares para tomar conta,
04:24para ser dona da infraestrutura logística desses países.
04:27O Brasil não pode cair nesta tentação, o Brasil precisa resistir, ser estratégico, pensar no futuro.
04:34E esses Estados, eles vão ter também que encontrar novos caminhos para se fortalecerem,
04:40fortalecerem as suas economias e enxergarem, no meio do caos, oportunidades para melhorarem seus negócios.
04:45É, Beraldo, a gente sempre tem falado aqui o quanto esse tarifaço, ele expõe essa fragilidade da economia brasileira
04:54diante de reconfigurações do mercado global, do comércio global.
04:58A gente sempre fala isso, as oportunidades, elas até aparecem, os caminhos aparecem,
05:02mas parece que o Brasil não sabe trilhar esses caminhos.
05:06Então, essa concentração regional da indústria que a gente vê aqui,
05:09a falta de uma política industrial do futuro,
05:12e essa dependência dos mercados tradicionais, eles tornam o país muito vulnerável a decisões unilaterais
05:19como essas que a gente está vendo agora do Donald Trump.
05:21Então, me parece que tem um esgotamento do modelo industrial exportador brasileiro, né?
05:26Esses setores mais afetados, o automotivo, o siderúrgico e o metalúrgico,
05:31eles refletem um modelo de industrialização que é voltado para commodities de maior valor agregado.
05:37Mas isso é altamente sensível com essas medidas protecionistas.
05:43Então, a reação dos Estados Unidos agora, ela não impacta tão somente a balança comercial desses estados, né?
05:51Mas ela acaba mostrando um problema de fundo que o Brasil não avançou nessa diversificação da pauta exportadora
05:57e no fortalecimento das cadeias produtivas regionais.
06:01Então, essas perdas previstas para São Paulo, para Minas, para Rio de Janeiro,
06:04elas acabam ilustrando como que o país concentrou setores estratégicos em poucos polos
06:10e não desenvolveu contrapartidas regionais e nem procurou de forma alguma
06:14reduzir a dependência dos poucos compradores internacionais.
06:17É uma coisa que a gente bate dia sim, dia também aqui na Jovem Pan.
06:20Então, a possibilidade do ganho para estados do agronegócio, como Mato Grosso e Goiás,
06:25ela deve ser vista com cautela, porque agora tudo a gente vai colocar nas costas do agronegócio,
06:29o agronegócio vai ter que salvar o Brasil de tudo.
06:31Não, é preciso uma política fiscal, econômica, de longo prazo, de médio e longo prazo,
06:37aqui no Brasil, que é tudo que a gente não tem.

Recomendado