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Por conta da possível taxação de Donald Trump, o Ibovespa registrou sua pior semana em três anos. O economista Rodolpho Tobler, do Movimento Brasil Competitivo e da Fundação Getúlio Vargas, fala sobre os caminhos trilhados pelo governo brasileiro e os impactos da medida americana.

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Transcrição
00:00É isso, e os impactos dessa taxação de 50% sobre os produtos brasileiros,
00:05que foi anunciada por Donald Trump.
00:07É importante a gente trazer os muitos aspectos que envolvem esse anúncio,
00:12quais serão os caminhos trilhados pelo governo brasileiro.
00:14Por essa razão, a gente conversa a partir de agora com o economista Rodolfo Tobler,
00:20do Movimento Brasil Competitivo e também da Fundação Getúlio Vargas,
00:23a quem agradeço demais pela participação.
00:26Rodolfo, seja muito bem-vindo mais uma vez aqui à programação da Jovem Pan.
00:30Eu que agradeço, uma boa tarde, muito obrigado pelo convite.
00:33Pois é, Rodolfo, tem alguns pontos, eu acho que a gente pode tratar nessa conversa,
00:38mas o que a gente precisa considerar em relação ao anúncio que foi feito por Donald Trump,
00:42principalmente as justificativas pouco objetivas naquele comunicado que foi divulgado,
00:49quando ele trata dessa taxação de 50%,
00:51quais as leituras que nós devemos fazer, que você gostaria de compartilhar com o nosso público?
00:58As demandas comerciais que ele menciona ali podem ser respondidas ou negociadas pelo governo,
01:07mas tem questões políticas citadas ali que são muito sensíveis.
01:11Me parece que o governo não sabe exatamente qual é a melhor resposta,
01:16o caminho mais adequado a ser trilhado a partir de agora.
01:19É, acho que inicialmente o que a gente observa é que é um ambiente de grande incerteza,
01:24não é a primeira vez que ele fala em aumentar as taxas,
01:26e pode ser em alguns casos que ele acaba voltando atrás,
01:28não chega de fato a ser cumprida aquelas taxas que são aumentadas,
01:32porque começa a ter um ambiente de negociação,
01:34o governo brasileiro já declarou que vai tentar fazer um tipo de negociação,
01:37mas que tem seus limites também.
01:38O que a gente tem visto nesse momento é que tem alguns produtos,
01:41algumas partes da economia brasileira,
01:43que tem uma relação comercial muito grande com os Estados Unidos,
01:46tendem a ser impactados diretamente,
01:48já tem mostrado sua preocupação em relação a isso.
01:50Então, acho que tem um espaço aí para ser negociado,
01:52porque, de fato, o comunicado do presidente Trump tem diversos fatores.
01:57Tem uma questão econômica, quando ele fala de déficit, superávit ali,
02:00que não está, de fato, sendo mostrado na realidade,
02:02mas também tem um cunho político muito importante
02:05que a gente não sabe como vai ser tratado.
02:07Mas o que a gente tem visto é que todo esse efeito,
02:08não só inicialmente, como a gente tem visto,
02:10dificuldade com as empresas,
02:12dificuldade no ambiente macroeconômico,
02:13empiora da Bolsa, aumento do dólar.
02:16A gente também vê uma questão muito grande
02:18quando a gente olha até um pouco mais para o longo prazo.
02:19Esse aumento das incertezas,
02:21esse aumento do protecionismo,
02:23os países cada vez mais aumentando suas tarifas
02:26para produtos estrangeiros,
02:27especialmente os iniciados a partir dos Estados Unidos,
02:30isso gera um problema de longo prazo.
02:31Então, quando a gente vê o Brasil tendo que até falar
02:34que deve fazer a reciprocidade
02:36de aumentar tarifas também de produtos que vão ser importados,
02:39isso gera uma perda de competitividade.
02:41A gente tenta mensurar, entender qual o tamanho desse custo Brasil,
02:45por exemplo, quando a gente fala,
02:47que são barreiras que impedem que a gente tenha uma economia
02:50cada vez mais competitiva.
02:51Essa piora na relação global,
02:53essa piora nas cadeias globais,
02:54é muito ruim para a gente também,
02:55porque a gente acaba tendo cada vez mais,
02:57quando a gente olha como população brasileira,
02:59menos produtos ofertados,
03:00uma menor competição,
03:01maior aumento de preço dos produtos.
03:03As nossas empresas aqui também
03:04perdem sua competitividade internacional
03:06na medida que sua relação comercial com os Estados Unidos,
03:09que é de longo tempo, vai se perdendo também,
03:11vai sendo cada vez mais taxado.
03:12Então, tem alguns fatores que a gente observa,
03:14não só esses de curto prazo,
03:15mas alguns fatores de preocupação também do longo prazo,
03:18porque isso não deve parar por aqui.
03:19O que a gente tem visto,
03:20por mais que possa ser negociado,
03:22o que a gente tem visto já desde o início do ano,
03:24é um aumento desse protecionismo,
03:25uma piora nas relações globais de comércio,
03:28e isso acaba afetando diretamente também
03:30aqui a nossa economia brasileira.
03:32Agora, Rodolfo, eu acompanhei muitos jornalistas
03:34que se debruçaram e tentaram listar
03:37setores que seriam severamente impactados,
03:40caso essa taxação entre em vigor
03:42a partir do dia 1º de agosto.
03:44E queria que você também fizesse uma reflexão
03:46e listasse para a gente os segmentos
03:49que deverão ser muito impactados,
03:52quais produtos deixariam de ser exportados
03:54para os Estados Unidos
03:55e as alternativas que estão sendo aventadas.
03:59Ministro Carlos Fávaro falando sobre
04:01um redirecionamento para outros mercados,
04:03e aí um outro representante do governo
04:05falou que Belarus poderia ser o destino
04:08de parte das nossas exportações,
04:10como se a gente pudesse colocar na mesma prateleira
04:13Estados Unidos e Belarus.
04:14Enfim, queria que você trouxesse um pouco
04:16dessa percepção, segmentos
04:18ou produtos muito impactados
04:20impactados e quais são as alternativas
04:22pensando em um redirecionamento?
04:25O que a gente tem visto muito
04:27são atividades que têm uma relação comercial
04:29muito grande com os Estados Unidos,
04:30a gente pode citar aqui a questão alimentícia,
04:33a gente viu muito falando sobre carne,
04:34sobre suco de laranja, sobre café,
04:36que são produtos que têm uma alta exportação
04:38para os Estados Unidos.
04:39Temos também questões da indústria química,
04:41da indústria de aviões,
04:42que a gente tem tido principalmente
04:43quando a gente viu o caso da Embraer,
04:45de peças de aviões,
04:46porque uma parte dela já é produzida
04:47nos Estados Unidos.
04:48Então, a gente tem uma quantidade significativa
04:51e a gente olha principalmente
04:52essa questão da indústria brasileira
04:54que acaba sendo impactada.
04:56Quando a gente vê quais são
04:56as possíveis soluções,
04:58acho que a gente tem que ver agora
04:59o que vai acontecer até 1º de agosto,
05:01se de fato essas tarifas vão ser mantidas
05:03e também começar a entender
05:05o quanto que o mercado americano
05:07vai conseguir absorver
05:08ou vai parar de importar esses produtos.
05:10Quando a gente olha, por exemplo,
05:11o café, que é um produto
05:12que faz bastante relevância
05:13na cesta do americano,
05:15ele não é tão fácil de ser substituído
05:17por outro país.
05:18A gente sabe que o Brasil e a Argentina
05:19são fortes produtores,
05:20mas não se tem uma oferta
05:21tão grande de produtos
05:22para que os Estados Unidos
05:23possam trocar por um país
05:24com uma taxa menor
05:25ou talvez vai ter que até consumir,
05:27talvez em menor escala,
05:29mas consumir nesse valor mais alto
05:30e trazer uma inflação
05:31para o país norte-americano.
05:33Eu acho que quando a gente vê
05:34essa questão de tentar direcionar
05:35para outros países,
05:36tentar encontrar um novo mercado,
05:38isso de fato pode acabar sendo feito.
05:40Mas isso não é tão imediato.
05:41Todo esse desarranjo
05:42da cadeia global
05:43que pode acontecer
05:43quando a gente olha
05:44da perspectiva do Brasil,
05:45dessas empresas,
05:46isso deve levar algum tempo.
05:48Não acho que possam surgir
05:49novos países,
05:49como o novo mercado,
05:50o governo possa tentar
05:51fazer essa conexão,
05:52tentar melhorar
05:54essa relação com outros países
05:55para tentar desafogar,
05:57vamos dizer assim,
05:57esses possíveis produtos
05:58que não vão ser comprados
06:00pelos norte-americanos.
06:02Não é tão fácil.
06:03Então, assim,
06:03não parece que é tão fácil
06:05encontrar um país
06:06com apetite de consumo americano,
06:08dado que é um país muito grande
06:09e que isso seja feito
06:11de uma maneira tão fácil e tranquila.
06:12Então, de qualquer maneira,
06:13a gente já imagina
06:14algum tipo de turbulência,
06:15algum tipo de problema
06:16nesses primeiros meses,
06:17caso, de fato,
06:18essa medida seja confirmada
06:20a partir de 1º de agosto
06:21e também vendo
06:22até que ponto
06:22o governo brasileiro
06:23vai conseguir fazer
06:24algum tipo de retaliação,
06:26algum tipo de resposta.
06:27Sem dúvida alguma.
06:28E um país que poderia
06:29receber parte das exportações
06:31seria a China.
06:32Só que a China já é
06:33o principal parceiro comercial.
06:34Então, talvez não seja
06:35o melhor destino
06:36para redirecionar
06:37parte dessas exportações.
06:39Agora, Rodolfo,
06:40nós trouxemos,
06:42no dia de ontem,
06:43a informação de que
06:44o governador de São Paulo,
06:45Tarcísio de Freitas,
06:46se reuniu com o encarregado
06:48de negócios da Embaixada
06:49dos Estados Unidos
06:50para entender um pouco
06:51da dinâmica dessa taxação,
06:53quais são as alternativas
06:54para além do que
06:57o governo federal
06:58for decidir
06:59em relação a medidas.
07:01Se vai negociar
07:02ou se pretende devolver
07:03na mesma moeda,
07:04a lei de reciprocidade,
07:05por aí vai.
07:06Queria que você também
07:07trouxe a sua impressão
07:08sobre a abertura
07:10de várias frentes
07:11de negociação.
07:12Porque, assim,
07:13espera-se que o governo federal
07:14tome uma decisão,
07:16mas, ao mesmo tempo,
07:17a gente poderá observar
07:18negociações feitas em blocos.
07:20Os governadores
07:21tomam a frente
07:22e tentam negociar
07:22defendendo os interesses
07:24das indústrias
07:25de seus estados.
07:26Da mesma forma,
07:27blocos de empresas
07:29ou de empresários
07:30que representam
07:31determinados setores.
07:33É uma alternativa?
07:34Pode ser uma saída?
07:35Ou você também
07:36vê um aspecto negativo
07:39quando se abre
07:40muitas frentes
07:40de negociação
07:41que, lá na frente,
07:43um pode desautorizar o outro?
07:46Eu acho que, inicialmente,
07:47vendo toda essa dinâmica
07:50que foi criada
07:51com uma taxação,
07:51obviamente,
07:52do valor muito mais alto
07:52do que se tinha,
07:53toda essa turbulência
07:54que foi criada,
07:55eu acredito que
07:56essas várias frentes
07:57de negociação
07:58são importantes.
07:59Muito para também
07:59ajudar a pressionar,
08:00demonstrar o valor
08:01problema,
08:03mostrar que tem
08:03uma intenção
08:04de resolver esse problema.
08:05Porque,
08:06quando a gente vê
08:06esse aumento
08:07de taxação,
08:08ele tem problema
08:08nos dois pontos.
08:09A gente tem um problema
08:10aqui na indústria brasileira,
08:12principalmente,
08:12dessas atividades
08:13que a gente mencionou
08:14anteriormente,
08:14porque elas vão ter
08:15uma dificuldade
08:16de conseguir manter
08:17esse nível de produção
08:18e escoar
08:18esse nível de produção.
08:19E aí,
08:20quando a gente vê
08:20a questão do governador
08:21Tarcísio,
08:21é porque também
08:22São Paulo tem
08:22uma grande fonte
08:23da indústria brasileira,
08:24é o grande responsável
08:26por boa parte
08:27da indústria brasileira,
08:28e aí acaba tendo
08:29um efeito direto também,
08:30até o próprio Estado
08:31de São Paulo
08:31pode acabar sofrendo
08:32no segundo momento.
08:33Então,
08:33é importante que se tenha isso.
08:35A gente tem visto
08:35muitas associações também
08:36já relatando o problema,
08:38a gente vê
08:39essa questão da carne,
08:40que é um...
08:41o mercado americano
08:42é muito grande
08:42para a economia brasileira
08:43também,
08:44para essa atividade,
08:45também fazendo já uma nota,
08:47demonstrando sua preocupação,
08:48demonstrando o desejo
08:50de resolver isso,
08:52e também,
08:52quando a gente tem
08:53essa relação
08:53com os americanos,
08:55tentando conversar
08:56com outras frentes
08:56dentro do Estado
08:58norte-americano,
08:58é muito importante também,
08:59porque para eles também
09:00não é um resultado
09:01tão favorável.
09:02Esse aumento de taxação
09:03muito alto em produtos
09:03que fazem parte
09:04da cesta de consumo deles
09:05com alguma relevância,
09:07isso pode acabar gerando
09:08um movimento inflacionário
09:08para os Estados Unidos.
09:09Então, assim,
09:10também se tem uma preocupação
09:11dos americanos,
09:12é claro que foi uma decisão
09:14do presidente Trump,
09:15mas boa parte
09:16da sociedade americana
09:17também não está a gostar
09:17de ter ali seus produtos
09:18e do seu consumo
09:19do dia a dia
09:19subindo de preço,
09:20porque nem todos eles
09:21vão ser fáceis
09:22de encontrar por outros países
09:23e conseguir repor
09:24essa importação.
09:25Então, o que a gente tem visto,
09:26acho que nesse momento
09:27é importante sim
09:28que a gente tenha
09:28essas várias frentes
09:29para poder ajudar
09:31a demonstrar a insatisfação,
09:33ajudar a demonstrar
09:33uma vontade
09:34de se resolver isso
09:35para que se negocie,
09:38para que a gente não chegue
09:38agora em 1º de agosto
09:39esse aumento da tarifa
09:40pegue um pouco
09:41de surpresa,
09:42porque boa parte
09:43das empresas
09:43já estão no seu processo
09:44produtivo em linha,
09:45já tem expectativa
09:47de contratos,
09:47de exportação
09:48dos seus produtos,
09:49então que isso seja
09:50resolvido mais rápido.
09:51Acho que nesse momento
09:52ainda é,
09:52acho que o governo federal
09:53tem feito suas tentativas
09:54também,
09:55acho que é importante
09:55que a gente consiga
09:56tentar entender
09:57como pode ser feito,
09:58solucionado,
09:59pelo menos boa parte
10:00dessa turbulência
10:01que a gente tem visto
10:02agora com o aumento
10:02das tarifas.
10:03Sem dúvida,
10:04e o tempo é muito curto,
10:05é preciso correr
10:06e avançar
10:07com essas tratativas
10:08e negociações.
10:09Só para a gente finalizar
10:10e ir olhando
10:11para a próxima semana,
10:12eu acho que a gente tem
10:13muitos desafios
10:14pela frente,
10:14principalmente o governo federal
10:16na tentativa
10:17de achar um caminho
10:18mais adequado
10:19para reversão
10:20ou negociação
10:21da imposição
10:22dessa taxação
10:23pelo governo norte-americano.
10:25Se você estivesse
10:26na equipe de negociação,
10:28Rodolfo,
10:29quais aconselhamentos
10:30você compartilharia
10:32com a equipe
10:33do governo federal?
10:34Você acha que
10:35o que tem sido aventado
10:36de adotar a lei
10:38de reciprocidade,
10:39portanto,
10:40devolver na mesma moeda,
10:41eu até leio muitos artigos
10:43a respeito disso,
10:44mas colocam o Brasil
10:46no mesmo pé de igualdade
10:47dos Estados Unidos.
10:48Muitos até relembram
10:49o ping-pong
10:50entre Estados Unidos
10:51e China.
10:52Os Estados Unidos
10:52impuseram uma taxação
10:54de 50%,
10:55a China vai lá
10:56e impõe uma de 60%.
10:58Acho que a dinâmica
10:59é diferente
11:00entre Brasil
11:00e Estados Unidos.
11:01qual é o exercício
11:03que o governo federal
11:04e, enfim,
11:05as pessoas que estarão
11:06à frente dessa negociação
11:08devem levar em consideração?
11:10Se você estivesse lá,
11:11quais aconselhamentos
11:12você daria?
11:14É, acho que também
11:15isso é bastante interessante
11:16porque a gente tem que lembrar
11:17também um pouco
11:18do momento macroeconômico
11:19que a gente vive hoje.
11:20A gente está hoje no país
11:21com uma taxa de juros
11:22em um patamar elevado,
11:23a gente está tentando
11:23conter uma inflação,
11:24principalmente de longo prazo,
11:25subindo esses juros,
11:26a gente está tentando
11:27reequilibrar as contas
11:28federais e estaduais,
11:30também municipais,
11:31estão tentando resolver
11:32problemas fiscais,
11:34controlar a inflação
11:34e vivendo um período
11:35de juros muito alto.
11:37Então, a gente também
11:37não tem tanto espaço
11:38para poder fazer
11:39simplesmente uma reciprocidade,
11:40aumentando todas as tarifas
11:41como foi feito na China.
11:43É claro que a nossa economia
11:44também é uma economia
11:44um pouco mais fechada.
11:46O aumento,
11:46se a gente, por acaso,
11:47taxasse de volta
11:48no mesmo valor,
11:49não é um aumento
11:49que seria tão grande assim,
11:50mas teria um impacto.
11:52E, nesse momento,
11:52quando a gente está
11:53vivendo um período
11:54de tentativa
11:55de reduzir a inflação,
11:56de controlar a economia brasileira,
11:58não seria interessante
11:59a gente voltar a ter
12:00um possível risco de inflação,
12:01algum pico de inflação,
12:03porque o Banco Central
12:03teria que ficar de olho
12:04e tentar agir nesse sentido.
12:05Então, acho que o primeiro passo
12:06é a gente tentar olhar
12:07o cenário macroeconômico brasileiro
12:08para tentar olhar
12:10com mais cautela
12:11nessa questão da reciprocidade.
12:12Eu acho que aí
12:13o principal ponto vai ser
12:14olhar item a item,
12:15quais são os itens
12:15que a gente consegue
12:16importar mais ou menos,
12:19qual que é o grande risco
12:20para a nossa economia
12:21e tentar negociar
12:22de alguma maneira.
12:23Eu acho que ter
12:24alguma reciprocidade,
12:26alguma resposta
12:26é importante até
12:27para também se demonstrar
12:28uma satisfação,
12:29dado que toda essa mudança
12:30que foi feita,
12:31esse aumento de tarifas
12:32tem impacto significativo
12:33em grandes atividades
12:34e grandes empresas
12:35aqui no Brasil
12:36e isso afeta diretamente
12:37a economia brasileira também.
12:38Então, é necessário
12:39uma resposta,
12:39é necessário
12:40se posicionar
12:42nesse sentido,
12:43mas acho que o mais importante
12:44é nessa resposta
12:45e nessa reciprocidade
12:46que a gente também
12:47não traga mais problemas,
12:48porque isso aí
12:49acaba virando
12:49uma bola de neve.
12:50A gente vai conseguir
12:51rebater em parte
12:52essa tarifa dos Estados Unidos,
12:54mas a gente vai trazer
12:55mais inflação,
12:55a gente vai trazer
12:56menos crescimento
12:57e aí a gente volta
12:57para aquela parte
12:58que a gente falou inicialmente,
12:59que a gente já tem hoje
13:00no Brasil,
13:01um custo brasileiro elevadíssimo,
13:02a gente vai acabar
13:03piorando isso também
13:03no longo prazo,
13:04porque a gente vai fechar
13:05nossa economia,
13:06a gente vai ter mais dificuldades
13:07para ser mais competitivo
13:08ao redor do mundo,
13:09não é tão simples
13:10arranjar novos parceiros
13:11por mais que se tente também.
13:12Então, tem toda
13:13essa equação
13:14que tem que ser feita,
13:15como ter alguma resposta,
13:17como ter algum posicionamento,
13:18mas também que não gere
13:19uma turbulência adicional
13:20dentro da nossa economia
13:21que já vive um momento
13:22de elevada incerteza,
13:24de elevada dificuldade
13:25para controlar a inflação,
13:26de momento de juros altos.
13:27Então, acho que essa equação
13:28é o principal momento,
13:29olhar item a item
13:30onde pode ser feito
13:31algum tipo de posicionamento,
13:32mas também tentar negociar
13:33para que a gente consiga
13:34sair disso
13:36sem que tenha necessidade
13:37desse 50%
13:38a partir de 1º de janeiro
13:39para todos esses produtos,
13:40porque vai ter impacto
13:41nos Estados Unidos,
13:42mas também vai ter impacto
13:43aqui no Brasil,
13:43principalmente quando a gente olha
13:44nessas atividades
13:45e nessas empresas.
13:47Pois é, as reflexões
13:47e as análises
13:48sobre os possíveis impactos.
13:50dessa tarifa de 50%
13:52sobre os produtos brasileiros,
13:53conversamos com o Rodolfo Tobler,
13:55Movimento Brasil Competitivo,
13:58também da FGV,
13:59Fundação Getúlio Vargas.
14:01Rodolfo, muito obrigado
14:01pela participação, viu?
14:03Grande abraço,
14:03bom fim de semana
14:04e volte mais vezes
14:05aqui à programação
14:06da Jovem Pan.
14:08Eu que agradeço,
14:08fico aqui à disposição.
14:10Legal.

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