Os dados divulgados pela Confederação Nacional de Comércio e Bens de Serviços e Turismo mostram que a inadimplência no Brasil chegou a mais de 30% da população brasileira, atingindo o maior patamar em quase dois anos. Comentaristas: Mano Ferreira, David de Tarso, Jess Peixoto e Firmino Cortada
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00:00Acho que vai agregar discussão, até porque dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo Pessoal
00:06mostram que a inadimplência nesse Brasil, que é um problema crônico, chegou a mais de 30% da população brasileira,
00:13chegando ao maior patamar em quase dois anos.
00:16Em julho, só pra gente contextualizar, 12,7%, 13% das famílias brasileiras endividadas disseram não ter condições de pagar suas dívidas,
00:26o que representa um aumento de 0,2 pontos percentuais em relação a junho, quando a porcentagem era de 12,5%.
00:33Então, não deixa de ser um aumento. A gente fica falando aqui de porcentagens, de estatísticas, mas aí são tragédias familiares,
00:40é o pai humilhado, é a mãe no cheque especial, é a incapacidade de dar um boneco, um presente, ou até ter o provento pra poder sustentar uma família.
00:49Todo brasileiro sabe bem o que isso significa na prática, é você ter que escolher qual é o boleto que não vai pagar naquele mês,
00:55porque não tem dinheiro pra pagar todos. E aí você tem que ficar gerenciando pra quem você vai dever nesse mês
01:03pra tentar se equilibrar na corda bamba, sendo que isso tudo num contexto em que os juros estão altíssimos,
01:11como tava falando o Firmino. Então, na prática, isso vai criando uma bola de neve, que deixa todo mundo mais pobre.
01:18E por que a gente vive esse cenário? Porque seguimos como um país incapaz de debater a sério os seus próprios problemas,
01:28de tal modo que o próprio governo assume que em 2027 teremos um colapso fiscal, ou seja,
01:34os gastos obrigatórios do governo vão ser maiores do que aquilo que o governo consegue arrecadar.
01:40É por isso que a taxa de juros é tão alta. Porque a gente não consegue dar um norte pro país que tenha credibilidade
01:49de que nós vamos conseguir ter as contas balanceadas, equilibradas, num prazo que não é nem longo, é um médio prazo.
01:58Aí eu pergunto pra vocês quatro aqui, pra todo mundo nos assistindo, se essa próxima informação aqui mostra
02:03que, de fato, os nossos representantes e todos os três poderes, de fato, têm as prioridades alinhadas aí com o interesse nacional.
02:11Até porque, enquanto toda essa encalacrada institucional só vai se aprofundando,
02:15o STF aprovou um orçamento, pessoal, de um bilhão, com um B de Baiacu, como diria Ciro Gomes,
02:20um bilhão de reais pro ano que vem. Inclusive teve um aumento, claro, em relação a esse ano.
02:25Mano Feira, traz aqui o panorama que preciso desses números e a gente debate com a nossa bancária.
02:30Pois é, Marinho. A proposta do STF pra 2026 teve um aumento em relação a 2025,
02:36que ficou na casa de 953 milhões de reais.
02:40A previsão de principal aumento de gasto é no item segurança do Supremo Tribunal Federal.
02:48E a Corte alega que, por motivos públicos e notórios, é preciso reforçar a segurança dos ministros
02:56e do próprio prédio do Supremo Tribunal Federal e que isso custaria, de fato, bastante mais por fatores externos.
03:05O ponto, na minha visão, é que não se pode ignorar a lei da gravidade, a lei da aritmética.
03:12O dinheiro acabou.
03:13Então, se vai aumentar gasto com item, tem que compensar cortando em outro.
03:18É assim na vida de qualquer ser humano.
03:21Devia ser assim também no governo.
03:23É, o que me pega aqui, se a gente realmente visse a nossa corte mais alta de justiça desse país
03:29prendendo o bandido, dando o exemplo, fazendo decisões que não tivessem um claro viés político,
03:35talvez esses um bilhão até se justificariam, né, Firme?
03:37Não, eles são tão gente boa, né?
03:39Eles são tão galera, eles são tão amigos do povo.
03:42Eu tô ouvindo você falar ali por causa de segurança, mas tadinho, né, gente?
03:45Por causa de segurança.
03:46Tem que escoltar, mas, gente, como que você vai entrar pra assistir um jogo do Corinthians, né?
03:50Como que você vai num avião da FAB pra assistir um jogo do Corinthians, né?
03:53Sem ter uma estrutura, sem ter uma segurança, é difícil, né?
03:56Então, assim, é uma vergonha isso aqui, gente.
03:59É um desrespeito com a gente, com o nosso dinheiro.
04:03Olha, gente, o que a gente tá vivendo, eu nunca vi o judiciário chegar nesse ponto de desmoralização.
04:11É, será que seriam necessários esse aumento em gás de segurança, se os ministros não tivessem se tornando...
04:17Ah, mas...
04:17Tem 11 constituições ambulantes, popstars de si mesmo.
04:20Ô, gente, eu vou falar uma coisa.
04:21Eu acho que não, eu acho que não.
04:22É o protagonismo, né, Marinho?
04:24Então...
04:24Essa é a situação.
04:25Antes, você falava também ministros do Supremo Tribunal Federal.
04:28A política também colocou o protagonismo no judiciário.
04:30A gente vai continuar...
04:31A gente vai continuar...
04:32Prometo que a gente continua aqui repercutindo exatamente esse ponto.
04:34Não sei antes, eu vou fazer um rápido break.
04:35Só pra quem tá nos ouvindo pela rede Jovem Pan de Rádio Morning Show.
04:38Volta já já.
04:39A TV de Justiça saiu cara.
04:41Não, mas é sobre isso.
04:44E aí você coloca um protagonismo sobre os juízes da corte, que antes muitos nem eram conhecidos.
04:49Você podia estar ao lado numa aeronave comum, num voo de carreira, onde estava um ministro
04:54do Supremo Tribunal Federal, que você nem sabia quem era.
04:57Às vezes, só quem é realmente da imprensa que eventualmente reconhecia o ministro.
05:02Hoje não, hoje todos sabem.
05:03Justamente por conta desse protagonismo.
05:05Saudade de quando os juízes julgavam e não se expressavam.
05:08E eles chamam pra si essa questão.
05:10Pois é.
05:10E aí, diante de um ambiente polarizado, eles não conseguem sair.
05:14Aí tem que, como você bem colocou, voo da FAB, com gasto de querosene, de combustível
05:19de avião, segurança reforçada, toda a estrutura de escolta, que aí tem de área desses
05:25policiais que vão fazer essa segurança.
05:27Então, os gastos, óbvio que eles vão aumentar.
05:30Mas a gente precisava de tudo isso, se não tivesse um protagonismo que foi chamado pelo
05:36Supremo Tribunal Federal?
05:37Essa que é a questão.
05:38Eu acho que em 10 anos, assim, a reputação do Supremo, ela acabou.
05:42Eu não sei se vocês lembram de uma foto clássica do Joaquim Barbosa, rasgando a Constituição.
05:47A gente olhava, a gente tinha respeito.
05:50Hoje acabou.
05:51Em 10 anos, vocês destruíram a imagem do Supremo.
05:53Segurando a Constituição, não rasgando, né?
05:55Eu imagino.
05:56Não era rasgando, era uma foto, assim, claro.
05:58Sempre manter, só pedir para o microfone, você sempre manter...
06:01Desculpa.
06:01Na posição.
06:02Mas vamos lá com a Jessa.
06:03Eu acho que tem uma situação que é o valor dessa segurança, né?
06:06São 72 milhões por ano.
06:09Então, 72 milhões por ano para 11 pessoas em segurança.
06:13É um valor muito alto.
06:16Claro que eles precisam de escolta, claro que eles precisam de segurança, mas aonde isso
06:20está chegando em relação de orçamento público?
06:23É muito alto.
06:25E vamos pensar assim, você que está saindo de casa para trabalhar, que está às vezes
06:28nos escutando no rádio, nos assistindo, onde levar o filho na escola.
06:31Será que você não precisa de segurança num país em que todo mundo pode levar uma
06:34bala perdida?
06:35Em que todo dia tem assalto?
06:36Em que a taxa de homicídio e da violência é comparável à guerra civil em determinados
06:42lugares?
06:42Então, assim, todo mundo está em risco no Brasil.
06:44E aí, a partir disso, me fica a pergunta.
06:47Também não vale, em determinados casos, se eles querem mais seguranças, eles que ganham
06:52bem, pagarem pela própria segurança em dados casos?
06:55Não estou falando a segurança básica, acompanhamento básico, mas eu estou falando que em 2019,
06:59esse valor era cerca de 30 e poucos milhões.
07:02E agora, esse valor tem 72 milhões.
07:05Então, existe um aumento aí muito alto, que quando eles estão no exterior, viagem
07:09internacional, também vai segurança pública.
07:11Não, é o seguinte, para tudo, para, para, para, para, para, para, para, para, para, para,