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Após a divulgação do tarifaço de Donald Trump sobre produtos brasileiros, a China liberou 183 empresas brasileiras para exportar café e a medida é válida por cinco anos e começou no dia 30 de julho. Para falar com mais detalhes sobre a medida, o Morning Show entrevista o presidente do Cecafé, Marcio Pereira. Comentaristas: Mano Ferreira, Jess Peixoto, David de Tarso e Jesualdo Jr.

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Transcrição
00:00Do negócio da China, ele tem um negócio muito lucrativo, pelo visto,
00:04será que vai ser do presidente Lula, que vai tentando, de alguma forma,
00:07credenciar os exportadores de café brasileiros junto ao regime chinês?
00:12E, realmente, essa relação parece estar se estreitando, se aproximando.
00:15Não deixa de ser uma clara provocação também aos Estados Unidos,
00:19porque agora, com esse tarifaço do Donald Trump sobre os produtos brasileiros, pessoal,
00:22a união entre os dois países do BRICS, China e Brasil,
00:26solidificou, ou pelo menos tem uma oportunidade de se solidificar cada vez mais.
00:30A China liberou 183 empresas do Brasil para exportar café para o país asiático,
00:35e a medida vale por cinco anos, cinco anos, a partir de 30 de julho.
00:40A gente já vai ter aqui uma...
00:42Até porque o Brasil já sofre com uma concorrência severa,
00:44principalmente de Colômbia e Vietnã, no nosso café.
00:47Brasil, já há mais de 100 anos, um dos principais produtores de café,
00:50mas agora foi um dos itens que não escapou do tarifaço de Donald Trump.
00:56Então, fica a pergunta, né?
00:57Será que com a abertura do mercado chinês para o café do Brasil,
00:59o impacto do tarifaço pode ser menor do que a previsão inicial?
01:03Para discutir isso com a gente,
01:05eu proponho que a gente receba agora o presidente do Secafé,
01:07que é o Márcio Pereira, aqui do Morning Show Alvivaço.
01:09Fala, Márcio.
01:10Beleza, Márcio. Obrigado pela presença aqui.
01:13Há esse movimento aí chinês para fazer essa abertura para as empresas brasileiras,
01:18para realmente fazer essa transição de mercados.
01:21A gente imagina que tem uma burocracia ou um trabalho danado ali de reorientação.
01:26Mas você acha que com esse credenciamento vai ser relativamente fácil?
01:30Como é que você está vendo?
01:33Bom dia, prazer estar aqui com você, Jovem Pan.
01:37Bom, com relação ao credenciamento propriamente dito,
01:41na verdade isso é um passo de desburocratização,
01:44mas que já está sendo trabalhado desde 2022.
01:49Então, exportadores brasileiros já exportam café para a China,
01:53é aqueles que estão com seus dados cadastrados e liberados,
01:57e o que se fez nesse momento foi avançar no credenciamento
02:01de praticamente todos os preitos que ali já estavam.
02:05Então, é importante a desburocratização,
02:09mas ela por si só, ela não tem muito efeito.
02:13O efeito vai existir se nós tivermos negociações,
02:19aumentos de exportação, mais volume de compra por parte da China.
02:25Inclusive, lembrando que em matéria recente,
02:28em outros canais de comunicação,
02:30eu levantei a questão que outros países tarifam o café brasileiro,
02:35inclusive países do BRICS,
02:36tarifam inclusive o café solúvel,
02:39que é o nosso produto de maior valor agregado.
02:41Então, é claro que é louvável o trabalho de abrir esse credenciamento,
02:48mas há que se intensificar muito mais,
02:51no sentido de que um trabalho que já está sendo feito,
02:54principalmente ali pela PECS Brasil,
02:56em desenvolver o café brasileiro,
02:59e eu, inclusive, estive na China,
03:01passei 30 dias na Ásia,
03:03dois quase 12 dias na China,
03:04e fiquei muito impressionado com o aumento de consumo
03:08e com a vontade da população chinesa de tomar café,
03:12principalmente cafés do Brasil,
03:14que são muito destacados pela maior rede de cafeteria,
03:17lá na China, que é a Luckin Coffee,
03:20que, inclusive, tem lojas temáticas de Brasil.
03:23Então, existe um ambiente favorável,
03:25mas o mero credenciamento das empresas
03:29não se torna automaticamente aumento de exportação.
03:34É um passo a mais.
03:36E, obviamente, que com as dificuldades impostas pelo governo americano,
03:40com eventual tarifa de 50%,
03:42a qual nós estamos trabalhando para reduzir,
03:45nós não jogamos a toalha,
03:47entendemos que há espaço para reduzir enquanto setor privado,
03:50e, para isso, a gente precisa realmente de uma comunicação
03:54mais alinhada dos poderes públicos aqui e lá,
03:58mas o setor privado está trabalhando também junto ao governo americano
04:01para que nós não tenhamos ponto final na tarifa de 50%.
04:08Brasil depende dos Estados Unidos na sua exportação, 16%,
04:12e Estados Unidos e Brasil, 33%, do que ele importa.
04:16Eu queria lembrar que o café brasileiro,
04:18ele tem um papel que vai muito além do que a gente enxerga,
04:22meramente do ponto de vista cafés do Brasil.
04:25No setor privado, existem fóruns e reuniões constantes
04:30entre cafés do Brasil, cafés do Vietnã,
04:34cafés da Colômbia, cafés do Peru, cafés de Honduras,
04:37onde o papel do Brasil tem sido
04:40apoiar, incentivar iniciativas
04:42que favoreçam a proteção ambiental,
04:46favoreçam tecnologia e ciência com melhoria de qualidade.
04:50Isso é um trabalho conjunto das origens.
04:54Então, penalizar o Brasil, de certa forma,
04:57está penalizando todos,
04:59porque o Brasil é parceiro de todas as origens
05:03na construção de uma cafeicultura
05:05extremamente ambiental,
05:08rastreável, de qualidade.
05:10Então, não cabe, sob hipótese nenhuma,
05:14tarifar café brasileiro,
05:15que não é meramente uma liderança quantitativa.
05:19Ela é muito mais.
05:20Ela transfere conhecimento
05:22para que os outros sigam avançando.
05:25Agora, tudo isso torna-se ainda muito mais difícil
05:27no momento que a gente lembra
05:29que basicamente os Estados Unidos
05:30importam semi-manufaturados do Brasil
05:32com alto valor agregado
05:34e a China basicamente importa as nossas commodities.
05:36Então, não é num piscar de olhos,
05:38não é só num clique de um botão
05:40que essa mudança ou reorientação
05:42da nossa pauta de exportações aconteceria.
05:44Na melhor das hipóteses,
05:45com economistas sérios prevendo
05:46que demoraria de três anos a cinco anos
05:49para mudar completamente a pauta de exportações
05:51para os Estados Unidos,
05:52para outros compradores como China, Rússia e Índia, por exemplo.
05:55Mas o fato é o seguinte,
05:57pelo menos há essa disposição,
05:58esse diálogo está existindo entre vocês
05:59e os Estados Unidos para, de alguma forma,
06:01achar um meio termo, um denominador comum
06:02para evitar que vire esse embate todo.
06:06E ainda mais nessa conversa de café toda aqui,
06:09a maquininha de café aqui da Jovem Pó quebrou hoje,
06:11está todo mundo precisando de um café,
06:12está difícil de chover,
06:13está dando até água na boca,
06:14duro, dureza viver por aqui,
06:16mas tudo bem.
06:17Vamos aqui, Márcio, por favor,
06:19com a Jess Peixoto,
06:20com a próxima pergunta.
06:21Mas, prazer falar contigo,
06:23eu sou uma apreciadora,
06:24uma fã de café,
06:24poucas pessoas amam o café tanto
06:26quanto eu e o Mano Ferreira.
06:27E o Mano Ferreira mais, sim.
06:27É.
06:28E a minha pergunta é mais sobre esses mercados,
06:31a gente sabe que os Estados Unidos
06:32têm uma dependência muito grande
06:34do café brasileiro,
06:35um terço do mercado deles
06:36é preenchido pelo café brasileiro.
06:39Então, vai ter um aumento de preço
06:41momentâneo ainda,
06:43que no melhor cenário deles,
06:44no custo do cafezinho aí,
06:45o Donald Trump vai ter que lidar
06:47com essa crítica por parte da população.
06:49E a minha pergunta é,
06:50tendo em vista que nós somos esses fornecedores,
06:53que esse um terço da produção,
06:55ele não vai estar saindo,
06:56indo para os Estados Unidos,
06:57o que é mais provável de acontecer?
06:58É mais provável que outros players,
07:00outros agentes comprem isso,
07:02seja a Europa, seja a China, seja quem for?
07:04Ou é provável também que isso interaja nacionalmente,
07:07esse café possa ficar no Brasil
07:08e o preço do café no Brasil diminuiu?
07:11O que é mais provável de acontecer
07:13e como você está vendo essa lógica aí do mercado?
07:15E o que os Estados Unidos,
07:16quem são os parceiros que os Estados Unidos
07:18estão tentando pegar esse um terço,
07:20um terço de café dos Estados Unidos,
07:21é muita coisa.
07:22Então, imagino que eles não têm ali na disponibilidade.
07:25Muito obrigada.
07:27Muito boa a sua pergunta.
07:28Primeiro, os Estados Unidos,
07:31eles consomem, como os outros países,
07:32cafés que são característicos do hábito de consumo
07:36da sua população.
07:38Então, mesmo que ele recorra a cafés de outras origens,
07:43ele vai mudar o paladar dos cafés
07:46que são oferecidos para os consumidores.
07:49E quando a gente conversa com os torradores lá fora,
07:51a gente sabe que não se muda um padrão sequer,
07:54quanto mais um todo o universo de padrões
07:57onde entra o café brasileiro.
07:59Mas vamos levar em consideração
08:00que a tarifa é 50%,
08:02que o custo é muito alto,
08:03o importador não tem outra opção,
08:06para não tornar tão danoso
08:09para a população que consome o café
08:12com um custo inflacionário tão alto
08:14e que ele recorra a outras origens.
08:17A produção mundial de café,
08:19ela é muito ajustada
08:21e às vezes, inclusive,
08:21menor do que o consumo atualmente.
08:24Isso pode começar a aliviar um pouco
08:26a partir da safra de 2026 e 2027.
08:29Mas, no quadro Atubal,
08:31o Brasil exporta para todos os países,
08:35inclusive para todos os países produtores.
08:39Isso é importante notar.
08:40Por que ele importa para os países produtores?
08:43Porque esses países,
08:44ou utilizam o café brasileiro
08:46em blends de cafés que vão industrializar,
08:49ser reexportados com valor agregado,
08:50que é algo que nós precisamos trabalhar muito,
08:53porque o Brasil deveria liderar essa pauta
08:54e não entregar matéria-prima
08:55para outros produtores,
08:57ou, o que mais ocorre,
08:59eles utilizam esses produtos brasileiros
09:01que normalmente são mais competitivos
09:02no seu mercado interno
09:04e, como não produzem tanto quanto o Brasil,
09:07exportam ao máximo para trazer receitas
09:10vindas de outros países
09:11com maior valor agregado.
09:13Bom, se a gente tiver uma equação
09:17onde os Estados Unidos
09:18estão sendo favorecidos por outras origens,
09:20naturalmente abriciar portas,
09:23tanto dos países consumidores de café,
09:26aí eu vou falando principalmente de Europa,
09:29desculpa,
09:30e, obviamente, também Ásia.
09:33E, por fim, os países produtores.
09:36Então, há uma alternativa para o café brasileiro,
09:39mas a melhor alternativa
09:41que a gente continua trabalhando,
09:42como eu falei aqui,
09:43é reduzir as tarifas do café brasileiro
09:47e, nesse sentido, o CCAFÉ,
09:50Conselho de Portadores de Café do Brasil,
09:52ele trabalha, obviamente,
09:54com o governo brasileiro,
09:56ele trabalha junto com a iniciativa privada.
10:00Assim como no Brasil,
10:01você tem o lado de direita e esquerda,
10:04lá fora também tem do mesmo jeito.
10:06Você tem importadores que favorecem mais a direita
10:10durante campanhas
10:11e outros que favorecem mais a esquerda,
10:12o que, obviamente, é compreensível.
10:14Mas o que a gente precisa é achar os canais corretos
10:17para que os nossos cafés
10:19atendam os americanos.
10:21É um mercado que a gente não deve abrir mão,
10:23mas não é uma sinuca de bico,
10:24vamos dizer assim, para o Brasil.
10:26É isso aí, Márcio Pereira.
10:29Eu queria ter esse otimismo todo,
10:31só fico temendo, né,
10:32que com o Brasil vendendo agora mais para a China,
10:35a relação Brasil-Estados Unidos
10:37parece que virou igual ao café, né?
10:39Já foi extra forte,
10:41está virando pó
10:42e tem chance de ir para o saco.
10:43Mas a gente torce para que não seja o caso
10:45e que você e o seu otimismo vençam e prevaleçam.
10:47Obrigado, Márcio Pereira.
10:48Conte com a gente aqui sempre.
10:49Posso te assegurar,
10:51posso te assegurar
10:51que não será o caso.
10:52Amém.
10:53Tomará.
10:54A gente está muito atento
10:55ao que está acontecendo,
10:56não será o caso.
10:57E só terminando a resposta,
10:59o preço do café
10:59para o consumidor no Brasil e no mundo
11:01já está em vias de queda,
11:04independente de tarifas.
11:06Tarifas só em centímetros,
11:07mas independente de tarifas,
11:08porque a cotação na Bolsa
11:10de Nova Iorque hoje está 280.
11:13O recorde no ano passado
11:14foi 440.
11:16Foi o maior recorde da história.
11:18Então, esses estoques altíssimos
11:20devem começar a receber compras
11:21em valores mais baixos,
11:23que vai baixar o nível
11:24para todas as indústrias e consumidores
11:26no mundo inteiro.
11:27Show de bola.
11:27Bela notícia.
11:28Bela notícia, sempre didático.
11:30E o Brasil seguirá
11:31contra tudo e contra todos,
11:33independentemente do cenário,
11:35a grande potência
11:36da café e cultura global.
11:36Obrigado, Márcio Pereira,
11:39pela presença.
11:41Abraço, tchau.
11:42Tamo junto.
11:43Olha agora, o fato é o seguinte,
11:44tem muita gente que precisa de café
11:46para dar aquele pump,
11:47para acordar,
11:47já eu sou muito mais,
11:49sem desconsiderar o café,
11:50que também não vamos ser hipócritas,
11:51é muito importante,
11:52mas por que não também incrementar
11:54com uma bela dose de magnésio
11:55para poder acordar tudo,
11:57corpo, mente,
11:57todas as juntas
11:58e você ficar na sua melhor versão.
11:59Por que não, né?
12:00Então,

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