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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), defendeu o uso da Lei da Reciprocidade como uma "resposta serena, mas firme" ao tarifaço do governo de Donald Trump. A declaração foi dada em uma conferência na Organização das Nações Unidas (ONU).

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/0aWGPqU2rfs

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Transcrição
00:00Aliás, o presidente da Câmara, Hugo Mota, também falou sobre esse assunto num evento da ONU.
00:04Vamos então com o André Anelli, que voltou de um ano sabático e tá agora conosco aqui no nosso 3 em 1.
00:09Bem-vindo, meu amigo. Que bom tê-lo de volta.
00:14Obrigado, Evandro. Foram só 15 dias, mas que bom que parece o ano.
00:18Boa tarde pra você. Boa tarde a todos aqui no 3 em 1 da Jovem Pan.
00:22De fato, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, se manifestou durante uma conferência interparlamentar promovida em colaboração com a Organização das Nações Unidas, a ONU.
00:35E foi nessa ocasião que ele acabou afirmando que várias medidas foram colocadas em prática aqui pelo Congresso Nacional,
00:43no sentido de fazer com que o governo federal possa contra-atacar, por assim dizer, diante desse tarifaço que foi imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
00:55de 50% nos produtos importados aqui do Brasil.
01:00E Hugo Mota acabou listando entre essas possibilidades de contra-ataque a lei de reciprocidade econômica.
01:07Essa medida que prevê, por exemplo, o fim de concessões comerciais, também o fim de acordos de investimento e até mesmo o término de obrigações relativas à lei de propriedade intelectual.
01:22E o presidente da Câmara, Hugo Mota, citou que essa medida pode ser colocada em prática pelo governo federal,
01:28pra fazer então uma compensação a todo esse tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
01:35e que isso se trataria então de uma resposta serena, mas com firmeza.
01:41No domínio comercial, aprovamos a lei de reciprocidade econômica.
01:46Com ela, o Brasil tem ferramentas adequadas para responder a práticas discriminatórias em relação aos produtos brasileiros.
01:54É uma resposta serena, mas firme, em linha com a nossa profunda preocupação com o uso de medidas comerciais unilaterais para fins protecionistas
02:05e para ingerência em assuntos internos de outros países.
02:10Apesar dessa possibilidade, conforme a gente já vem destacando aqui na programação da Jovem Pan,
02:19o governo brasileiro, principalmente por conta também de mobilização de parlamentares nos Estados Unidos nesse momento,
02:26vem tentando diálogo com o presidente dos Estados Unidos, também com autoridades americanas,
02:33no sentido de fazer com que esse tarifaço previsto para ter início no dia 1º de agosto, ou seja, daqui a três dias,
02:40não seja colocado em prática, porque na avaliação das autoridades brasileiras,
02:46os americanos teriam mais a perder até mesmo do que os brasileiros,
02:51uma vez que já existe um saldo favorável na balança comercial para os Estados Unidos
02:56e que, portanto, então, não haveria necessidade desse tarifaço.
03:00Esse tem sido o principal discurso, não só do governo, mas também daqueles parlamentares que buscam diálogo com os americanos.
03:08Evandro.
03:08Muito obrigado, André Anelli.
03:09Um ótimo trabalho para você.
03:11Nos falamos mais ao longo dessa edição.
03:13O Alangani, o presidente da Câmara está falando sobre a lei da reciprocidade.
03:17Houve um trabalho aqui do Legislativo para garantir que o governo tivesse essa ferramenta em mãos,
03:21quando começou a perceber que os Estados Unidos poderiam levar a uma batalha tarifária envolvendo também o nosso país.
03:29Só que, nas últimas reuniões que nós vimos com o vice-presidente Geraldo Alckmin
03:33e com outros atores que estão atuando nessa situação agora,
03:38vários representantes de associações do agronegócio, de empresas que serão impactadas,
03:41disseram que não concordavam com a reciprocidade porque entendem que isso poderia significar uma retaliação
03:47e que traria questões e consequências mais negativas ainda do que as que podemos ter a partir de 1º de agosto.
03:53Como é que você avalia a fala do presidente da Câmara, Hugo Motta?
03:57Sou contra a fala do presidente da Câmara dos Deputados.
04:01Sou a favor dessas associações de classe, que me parece também que é a do vice-presidente da República.
04:05Ou seja, a gente já tem um problema com a tarifa de 50%.
04:10Se a gente retaliar com a reciprocidade, a gente passa a ter dois problemas.
04:15A gente importa uma inflação, a gente encarece o processo produtivo para as indústrias nacionais.
04:22Infelizmente, com todo esse tarifaço, vem-se uma falácia, uma falsa verdade, Evandro,
04:27de que o protecionismo, quando você aplica contra o outro país, você sai ganhando e o outro país sai prejudicado.
04:34E não!
04:35Na verdade, o protecionismo é um veneno que se volta contra si.
04:41Você acomoda a tua indústria, você perde inovação, você gera mais inflação internamente,
04:47porque os produtos importados ficam mais caros.
04:49Vamos ver agora, na prática, se de fato entrar tarifas maiores lá nos Estados Unidos.
04:55Isso chegar lá na ponta.
04:57Vamos perguntar se o consumidor norte-americano vai gostar do produto chinês chegando mais caro lá no supermercado,
05:03na loja de varejo, o carro europeu chegando mais caro, sei lá, o alimento do Brasil chegando mais caro.
05:10Então, o protecionismo é ruim, não é um negócio que...
05:14Essa ideia de exportar é o que importa, que tinha esse lema na década de 80 aqui no Brasil, é horroroso.
05:20Olha o que era a nossa indústria na década de 80, quando o Brasil era fechado, altamente protecionista.
05:26Quando a gente começou a se abrir para o mundo e diminuir, a gente ainda é muito protecionista, hein?
05:32E quando a gente começou a se abrir, Evandro, é que justamente a indústria começou a se modernizar aqui.
05:37Então, não tem que ir pela reciprocidade.
05:40A gente vai acabar gerando um problema para a gente mesmo.
05:43E para você, Piperno, reciprocidade ou não?
05:46Está correta para mim a fala do presidente da Câmara, porque é o seguinte.
05:50O mecanismo aprovado, ele não significa uma vacina, um remédio para ser necessariamente utilizado.
05:56É importante que você tenha esse recurso.
05:59Mas, é mais prudente, aí eu vou concordar em parte com o que o Alan disse, que não se usa.
06:05Então, vamos lá.
06:07O Brasil resolve retaliar tudo, enfim, taxar tudo em retaliação.
06:12É errado que, por exemplo, você vai retaliar um produto farmacêutico, por exemplo,
06:16isso vai carecer o remédio, isso vai prejudicar a população.
06:20Mas, por exemplo, e se o governo resolve, nessa política de retaliação, sobretaxar uma joia da Tiffany's?
06:32Dane-se.
06:32Não é um produto de primeira necessidade, o que consta.
06:37Então, aí não haveria problema.
06:38Você vai, por exemplo, usar isso com moderação e com inteligência.
06:43Repito, não se pode sair retaliando indiscriminadamente, porque você vai, como disse o Alan, prejudicar o consumidor final.
06:50Você não vai, por exemplo, sobretaxar carro.
06:54Até porque, você pega, por exemplo, uma General Motors americana, ela está aqui no Brasil há 100 anos.
06:59Você vai penalizar uma empresa que sempre atuou aqui no Brasil?
07:03Não faz o menor sentido.
07:04Mas, em compensação, em setores muito específicos, eu acho que esse é um remédio que pode ser usado até porque, dependendo a área, o Brasil vai encontrar fornecedores em outros países.
07:18Agora, 4h27min, quem nos acompanha pela rádio, um rápido intervalo, já já espero vocês.
07:22Nas outras plataformas da Jovem Pan, continuamos.
07:24Bruno Musa, quero te ouvir.
07:25Bom, vamos lá. Eu também discordo totalmente do que disse o Hugo Mota, pelo simples fato que, quando ele diz que a resposta é serena, mas firme, eu acho que eu volto no pragmatismo.
07:39Não adianta nada termos serenidade e não conhecermos o inimigo.
07:42Acredito que todo mundo aqui já teve a oportunidade de ler a arte da guerra.
07:46E um dos grandes ensinamentos milenares é você precisar conhecer quem está do outro lado.
07:51E o que adianta você ser sereno nesse ponto, mas as consequências são muito piores pra gente.
07:57Repito, discordamos do remédio, mas as consequências são muito piores pro nosso lado.
08:03Portanto, essa serenidade não vai trazer nenhum tipo de benefício.
08:07Vale muito mais a diplomacia que passa por uma mudança de estratégia como um todo.
08:11Esse ponto que o Alan falou é importante mencionar, esmiuçar um pouco mais, porque talvez não seja muito do dia a dia de todo mundo.
08:18Quando você entra num protecionismo, que ele é deletério pra todas as partes, tem alguns pontos principais aqui.
08:25O primeiro é que ele desincentiva a inovação e a tecnologia.
08:28Pra que é que você vai investir em inovação e tecnologia se você tem alguém te protegendo, mesmo você sendo ineficiente?
08:37E pior de tudo, quem te incentiva a manter ineficiente?
08:41Quem te dá dinheiro, subsídios, protecionismo.
08:44E quem é o dono desse dinheiro? O pagador de imposto.
08:47Significa que se nós sairmos às ruas e explicar pra cada uma das pessoas que o dinheiro deles tá sendo destinado
08:55pra proteger alguns poucos privilegiados de uma determinada indústria A ou B,
09:00aposto que todos serão contrários a isso e dirão,
09:03ora, deixa o dinheiro na minha mão que eu faço o melhor uso do meu dinheiro que eu já gerei.
09:08E não que poucos centralizem pra que o que eles consideram privilegiados ou, digamos, estratégicos como um todo.
09:16Portanto, há uma socialização do prejuízo através do dinheiro de todo.
09:21E só pra complementar, que quando a gente fala, por exemplo, o Piperno mencionou da joia da Tiffany e disse
09:26dane-se, vamos tributar. Não é.
09:29Você tem uma cadeia produtiva que envolve toda a joia da Tiffany pra chegar lá.
09:33Desde vendedores, a transportes, a logística, mineradores de ouro.
09:37Tudo isso também impacta a geração de emprego, impacta toda a série da cadeia produtiva.
09:42Portanto, eu não acho dane-se em nenhum ponto.
09:45Eu acho que o protecionismo é deletério por completo.
09:49E forçar o pagador de imposto a pagar por isso, aí sim, falta serenidade, falta coerência e nós pagamos novamente.
09:57E pra você, Zé Maria Trindade, em que barco você está quando olhamos pra fala do presidente da Câmara, Hugo Mota,
10:04que diz, a ferramenta nós temos, agora seria apenas aplicá-la.
10:09É uma resposta serena, mas é firme.
10:11É, mas eu acho que o protecionismo é deletério mesmo.
10:17É óbvio, quando você protege, parece que no primeiro momento já compararam até com a droga, né?
10:23Provoca aquela euforia inicial, você pensa que é bom, aí depois vem a consequência que ela é deletéria.
10:31E o Brasil é um grande exemplo disso.
10:33Olha, Alan, eu cobri sete, sete longos planos econômicos do governo.
10:40Virei um especialista.
10:42Então, eu sabia quando a cara do ministro dizia que o plano estava indo por algo abaixo.
10:48Eu entendia quando cada secretário, que eram cargos importantíssimos, poxa, a gente nem ouve falar,
10:55mas os secretários do Ministério da Fazenda, cada um cuidava de um setor,
10:59eram seguidos por nós jornalistas a todo instante.
11:03Não, nós vivíamos de planos.
11:05E eu entendia quando o plano dava errado.
11:07É quando o governo pedia por favor aos empresários para não aumentar preços.
11:13Olha, qual é o empresário que vai fazer um favor ao governo levando prejuízo?
11:19O empresário tem é lucro, e o lucro é bem-vindo.
11:21Quando eles estão ganhando lucro, eles não digam, olha, aqui, nós estamos ganhando bem aqui,
11:26vamos dividir com o governo.
11:28Aí, quando dá prejuízo, chama o governo para dividir o prejuízo?
11:32Isso está errado, não é lógico.
11:34E eu tenho dois pontos, assim, básicos, sem falar no computador cobra, pelo amor de Deus.
11:40Mas o governo Collor de Mello, ele disse que os nossos carros eram carroças.
11:46E eram.
11:47O carro mais moderno era um gol quadrado horroroso.
11:51E você assistiu os filmes, aqueles carros maravilhosos.
11:54Collor de Mello foi lá, buscou um Lincoln Continental,
11:58estacionou na porta do Palácio do Planalto e chamou a imprensa.
12:01Eu entrei no Lincoln, tinha até vidro elétrico no Lincoln,
12:05para você ter uma ideia, que coisa maravilhosa.
12:06Aquele estofado de chenil, navalhada, era um negócio maravilhoso.
12:12E ele falou assim que eu quero o Brasil.
12:14E aí, o resultado?
12:14Foi o Collor que abriu o mercado.
12:17E aí, no plano real, quando a chamada área branca, né,
12:21que geladeiras, máquinas e tal, começou a aumentar o preço,
12:24abriu o mercado, chegou geladeira nova aqui, bonitinha, mais barata.
12:28A indústria tem que se adaptar.
12:30E a gente tomava vinho alemão, lipfraumiste, que era chiquelésimo naquela época, baratinho.
12:36E a indústria do vinho brasileiro, ah, nós vamos quebrar e não sei o quê e tal.
12:40Não quebraram, estão aí, vinhos maravilhosos, nossos espumados são melhores,
12:44até que alguns franceses e tal.
12:47Então, assim, o Alan tem razão.
12:49Abrir o mercado, importar, importa também cultura, importa tecnologia.
12:55Alguns setores perecem, perecem.
12:58Eu vi também o Lula decretar a China como economia de mercado.
13:03E foi um horror, vieram, que aqui é uma caixa de ressonância, né?
13:06Vieram e falaram comigo assim, olha, a indústria de tecido vai quebrar,
13:11a indústria calçadista não pode competir com a China.
13:15É verdade, alguns setores padecem, mas estão recuperando.
13:18Então, a abertura a longo prazo é muito boa.
13:21E eu acho, pode até ser que esteja errado.
13:23Mas Donald Trump está levando os Estados Unidos para uma situação de estagnação mesmo.

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