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Uma coluna de opinião de um jornal americano analisou a crise das tarifas, afirmando que o "bullying" dos Estados Unidos contra o Brasil "está saindo pela culatra". O texto ressalta que a economia brasileira é diversificada e, segundo o artigo, o "tarifaço" de Trump estaria fortalecendo politicamente.

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Transcrição
00:00Eu quero falar um pouquinho também sobre a maneira como a mídia internacional, a imprensa internacional
00:05está falando sobre o tarifácio de Donald Trump, porque o The Washington Post publicou uma reportagem
00:09dizendo que o bullying de Trump contra o Brasil estaria saindo pela culatra.
00:15O Eliseu Caetano é quem vai contar e trazer um pouquinho mais de detalhes sobre essa reportagem publicada.
00:20Fala aí, meu amigo.
00:22Exatamente, Evandro, e com essas palavras, como você disse, por aqui também está todo mundo escalando isso
00:27e a temperatura está altíssima nos Estados Unidos.
00:31Muito boa tarde novamente para você, para os nossos amigos debatedores e para todo mundo que acompanha
00:35o queridinho das tardes da TV brasileira.
00:37Essa notícia está sendo muito repercutida na tarde desta segunda-feira aqui,
00:42porque um artigo, um editorial publicado pelo jornalista Ishan Tarur no Washington Post,
00:49um dos periódicos mais importantes do mundo, não apenas daqui dos Estados Unidos,
00:53garante que essa pressão de Donald Trump sobre o Brasil está favorecendo ninguém mais, ninguém menos do que Lula.
01:01Vale a gente ressaltar, Evandro, que um artigo geralmente é feito por um jornalista convidado,
01:06nesse caso ele é contratado do Washington Post, mas não necessariamente a opinião dele reflete a opinião do jornal.
01:13Mas, de qualquer forma, é interessante, é importante a gente pontuar que foi uma opinião dada e divulgada
01:19em um grande veículo de comunicação, bastante lido aqui no país.
01:23E o jornalista confirmou, com todas essas palavras que você disse, né,
01:27que ao tentar pressionar o Brasil, Trump acabou favorecendo o Lula,
01:31que se aproveitou da crise com um discurso nacionalista e de defesa da soberania.
01:37Eu anotei alguns pontos para a gente fazer uma análise, viu, Cine?
01:40Pontos importantes, então.
01:43A afirmação de que a pressão do presidente Trump sobre o Brasil,
01:46com tarifas e sanções contra autoridades brasileiras,
01:49em defesa de Jair Bolsonaro, está tendo o efeito oposto ao desejado.
01:55Segundo o colunista Isshan Tarur,
01:57a estratégia de Trump acabou fortalecendo politicamente o presidente Lula,
02:01que adotou um discurso nacionalista e de defesa da soberania para rebater as medidas americanas.
02:08A coluna dele destacou ainda que o bullying de Trump,
02:12foi essa palavra utilizada por ele,
02:14foi interpretado no Brasil como uma interferência externa em assuntos internos,
02:19especialmente ao mirar diretamente o presidente,
02:22perdão, ao mirar diretamente o Supremo Tribunal Federal,
02:27acusando-o de perseguir Bolsonaro.
02:29A resposta firme de Lula diante das sanções gerou apoio interno ao governo,
02:34inclusive de setores antiscríticos, segundo a análise.
02:38O jornal concluiu ainda, Sine, que em vez de enfraquecer Lula
02:41ou conter os avanços judiciais contra Bolsonaro,
02:44a ação de Trump fortaleceu a posição do atual presidente
02:48e aumentou o desgaste da imagem dos Estados Unidos
02:52como defensores da democracia e também do Estado de Direito.
02:57Já é uma escalada dessa situação aí no Brasil,
03:02aqui nos Estados Unidos, Sine,
03:04porque a partir desse post, do Washington Post, desse artigo,
03:08vários outros veículos, obviamente, replicaram
03:11e grandes veículos de comunicação aqui nos Estados Unidos
03:14estão repercutindo toda essa situação,
03:18esse verdadeiro imbróglio que se tornou a relação comercial
03:22entre Brasil e Estados Unidos,
03:23que já dura mais de 200 anos de paz
03:26e que agora tem um prazo de até 1º de agosto para ser resolvida.
03:30Muito obrigado pelas informações, viu, Eliseu Caetano.
03:34Bom, o Jornal Americano falando, então,
03:35que houve um tiro que saiu pela culatra político,
03:38só que tem a questão prática,
03:40e a questão prática é tarifação do país.
03:43Dá para dividir as duas coisas
03:45e resolver as duas celeumas de maneiras e estratégias diferentes
03:48com pessoas diferentes, hein, Bruno Moussa?
03:50Bom, vamos lá.
03:51Como eu defendi nos meus comentários anteriores,
03:53eu acho que todo mundo, principalmente da iniciativa privada,
03:55tem a liberdade de atuar como quiser,
03:57sem juízo de valor.
03:58O Washington Post é um jornal contra o Trump.
04:00E o que me chamou a atenção aqui
04:02é que ele disse que o tiro sai pela culatra,
04:05mas na sua reportagem, que eu li,
04:07ele não explicou o porquê dos motivos da tarifa imposta.
04:12Então, ele deixa no ar, deixa algo abstrato.
04:14Concorde ou não, não foi colocado,
04:16ou não foram colocados os motivos.
04:19Não foi colocado que o Brasil
04:20não é uma potência econômica, sequer militar,
04:22e que ele está se juntando à China
04:24para defender os interesses dos BRICS,
04:28que no fundo, convenhamos,
04:29é o interesse da China aqui na América Latina.
04:32É o player mais importante.
04:33Quando nós escolhemos um lado
04:35e nós poderíamos estrategicamente
04:38ser mais, digamos, diplomáticos,
04:41atuar com os dois lados,
04:42afinal de contas, o Ocidente,
04:44independente se o país é de esquerda ou direita,
04:46ele negocia da mesma maneira,
04:48diferente de alguns países autoritários
04:50do outro lado do mundo.
04:52Então, o Brasil escolheu,
04:53ou melhor, na figura do executivo,
04:56escolhemos ficar ao lado de determinados países
04:59para representar os interesses da China aqui.
05:01Então, me pareceu bastante vaga
05:04a reportagem do Washington Post.
05:06E, de novo, só o tempo dirá
05:08se o Tiro saiu pela culatra ou não.
05:10Eu, particularmente, acho que não,
05:12justamente pelo fato de ter ainda
05:13um ano e meio para a eleição.
05:14Se talvez fosse daqui a um mês,
05:16poderia ser diferente.
05:17Mas, como falta tempo,
05:18eu acho melhor ter precaução e esperar.
05:20Concorda com a análise do Musa?
05:21Hein, Fábio Piper?
05:23Olha, o Washington Post é uma empresa,
05:25uma das marcas do grupo do Jeff Bezos, né?
05:29Que, nos últimos tempos,
05:31é um empresário que se aproximou do presidente Trump.
05:36Então, vejam só...
05:37Todos os donos de Big Tech exposaram ao lado de Donald Trump
05:39Sim, exatamente.
05:40...durante a posse dele,
05:42exatamente porque entendem que o movimento
05:43que o Donald Trump faz é interessante
05:45para todas essas empresas,
05:47as ajudam.
05:47Então, mesmo aqueles que nem se alinham
05:49tanto politicamente com o Donald Trump,
05:51nesse momento, silenciam diante da política dele, né, Piper?
05:54Claro, claro.
05:55E o tarifácio, ele, de certa forma,
05:59ele também é uma forma de, supostamente,
06:03proteger um setor dessas grandes corporações americanas.
06:08Agora, vejam só.
06:10No Canadá e na Austrália,
06:15aconteceram movimentos semelhantes no começo do ano
06:17e o presidente Trump operou um milagre, né,
06:21de fazer com que os partidos conservadores
06:23desses dois países perdessem eleições
06:25que estavam praticamente em ganhas.
06:27Então, a retórica e o que acontece aqui no Brasil
06:29não é nenhuma novidade em relação
06:31ao que já vem ocorrendo em outros países do mundo.
06:34Hoje mesmo tem uma pesquisa divulgada pelo jornal O Globo,
06:37feito, enfim, por uma entidade estrangeira,
06:39que aponta que a rejeição aos Estados Unidos
06:44cresce e dispara a índices muito importantes
06:47desde a posse do presidente Trump,
06:50que não vem se tornando uma figura
06:52exatamente popular no mundo todo.
06:55Terceira coisa, vejam, repito, eu insisto muito nisso,
06:59o Brasil, ele tem laços,
07:03ele procura negociar com todos os países do mundo
07:05e não é só com os BRICS,
07:08o Brasil está em meio a uma negociação
07:11para estabelecer um mercado comum,
07:14um acordo de livre comércio com a União Europeia.
07:19Não é um acordo de livre comércio com os BRICS.
07:22Então, a retórica do presidente Trump
07:25também cai por terra em relação a isso.
07:28Porque, vejam, é óbvio que há um componente
07:31de tentativa de hegemonia política, sim.
07:34O que acontece hoje aqui
07:36e o que vem acontecendo com outros países
07:38e em outros países
07:39é nada mais do que uma releitura
07:42do que foi a Gaia Fria.
07:44Se naquele momento dava para mandar tropas
07:47e roubar governos hoje,
07:49hoje não.
07:49Hoje o que se busca
07:50é provocar estabilidade econômica nesse país.
07:54É uma disputa de hegemonia, sim.
07:57É uma outra forma de se implantar um polo de poder, sim.
08:00E o Brasil, realmente, ele faz parte disso.
08:03O que foi, Bruno?
08:04O único grande ponto do acordo da União Europeia
08:07é que está há tempos para sair, não sai.
08:09E o grande ponto é que a União Europeia,
08:11que é extremamente aliada à OTAN,
08:12a OTAN veio a público na semana passada
08:14e falando que pode tarifar o Brasil
08:16em 100% se continuar negociando com a Rússia.
08:18Mas, Bruno, mas veja só, Bruno,
08:21com todo respeito, veja.
08:23A OTAN, ela não é um bloco econômico,
08:26ela é um bloco militar.
08:27Ela não tem poder de caneta de tarifar ninguém.
08:29A OTAN não pode fazer isso.
08:31Ela não tem legitimidade.
08:33Quem pode fazer isso é a União Europeia.
08:35E, aliás, a presidente da União Europeia
08:39tem laços muito sólidos com o governo brasileiro.
08:42Não, perfeito.
08:43E eu nem disse que irá fazer,
08:44mas é bem provável que se a OTAN
08:46continue ameaçando o Brasil pelas suas ações
08:48e a União Europeia tem que se aliar a um ou ao outro,
08:52eu acho muito mais provável que ele se alinhe
08:53a Estados Unidos e a própria OTAN
08:55do que enfrentar esses dois grupos,
08:58o militar e o econômico,
08:59o encontro do Brasil, a favor do Brasil, né?
09:01Fala, Gani.
09:02Olha só, o Piper trouxe uma análise bastante realista
09:05em relação a essa disputa de hegemonia hoje, né?
09:09E, principalmente, uma guerra econômica
09:11entre Estados Unidos e China.
09:14Isso é verdade.
09:15Agora, como é que o Brasil, então,
09:17deve se posicionar perante esse mundo?
09:20Então, é claro que o Brasil tem a liberdade
09:23de fazer acordo com quem ele quiser, evidentemente.
09:27Agora, isso também traz riscos no mundo real.
09:29Então, um alinhamento total em relação à China,
09:34a levantar a bandeira de substituição do dólar,
09:36voltando lá naquela hora lá do meu comentário,
09:39quando entrou o sócio nesse falando,
09:41o que eu ia dizer é que na cúpula antes do Rio de Janeiro,
09:44na cúpula do Cazaquistão,
09:45começou um movimento muito forte ali
09:48de implementar um sistema de pagamentos dos BRICS.
09:54E isso daí é o que enfurece o Donald Trump.
09:57Por quê?
09:57Porque esse sistema de pagamento seria justamente
10:00uma espécie, entre aspas, Evandro,
10:02de um PIX internacional,
10:04onde você pudesse pagar em real, em UAN,
10:06ou em outra moeda de algum dos países.
10:09Na prática, o que isso significa?
10:11Um caminho para a substituição do dólar.
10:13Por isso que muita gente,
10:15a gente foi um dos pioneiros aqui nesse programa,
10:17em levantar essa bandeira
10:19de que essa questão do dólar
10:21é muito relevante para os Estados Unidos.
10:25Então, é claro que o Brasil pode fazer acordo com a China,
10:27o próprio Estados Unidos faz acordo com a China,
10:29o próprio Estados Unidos tem um comércio ativo com a China,
10:32não tem como desprezar a China.
10:33Agora, a questão é o tom que você adota.
10:36Uma coisa é,
10:38eu tenho uma posição neutra, pragmática,
10:40faço acordo com o mundo inteiro,
10:42dependo do fertilizante da Rússia,
10:43do óleo diesel da Rússia,
10:45depende de produtos chineses,
10:46depende do investimento norte-americano.
10:48Ok, a outra coisa é escolher o lado.
10:50E muitas vezes eu entendo que essa linha é muito tênue.
10:54Por isso que exige uma grande habilidade diplomática.
10:58Você vê, o que está acontecendo agora,
11:01esse tipo de sanção ao Brasil,
11:03ele é, claro que numa escala diferente,
11:06diferente, mas ele tem, por exemplo,
11:08parentesco com o que a Rússia fez com a Ucrânia.
11:11Então, a Rússia podia, era mais forte,
11:13enfim, vocês estão querendo se aliar a outro bloco,
11:15a gente vai e invade.
11:17E é óbvio que o Ocidente acabou protestando contra isso.
11:21E até hoje tenta manter a, enfim,
11:23a Ucrânia minimamente em pé.
11:25Os Estados Unidos, obviamente, não vão fazer isso,
11:27enfim, com o Brasil e com outros países.
11:30Mas vão lá e aplicam sanções.
11:31Então, a gente não pode querer legitimar esses instrumentos,
11:38seja da guerra, enfim, militar lá,
11:42ou de algum tipo de ação bélica ou econômica por aqui.
11:46Arremate, Zé.
11:49É, eu acredito que o jornal captou muito bem
11:53o que aconteceu aqui com esse processo.
11:56Mudou aqui a divisão de força política.
11:59Não há dúvida que foi um tiro no pé.
12:02Se o objetivo, e nós ainda achamos isso,
12:06eu pelo menos acho, né,
12:08de que o objetivo não é só comercial,
12:10tem uma ponta comercial ali, né,
12:12mas o próprio jornal diz claramente
12:15de que é favorável aos Estados Unidos
12:18a nossa relação de balança, né,
12:20de balança comercial.
12:21Então, assim, não é comércio.
12:23E se era o objetivo de fazer política,
12:25piorou e muito,
12:28deu aos partidos de oposição
12:30uma bandeira nova,
12:33que é a do nacionalismo,
12:34que até então era da direita.
12:36O Lula fez um discurso lá
12:39dizendo que as cores,
12:41verde e amarelo, são deles, né,
12:44para ter uma ideia.
12:45E o jargão era a nossa bandeira,
12:51jamais era a vermelha, né,
12:53da direita.
12:55Então, o que está acontecendo?
12:56O Centrão agora entendeu
12:57que não é bom comprar essa briga,
13:01porque os empresários,
13:03eles lidam sim com a política,
13:05mas quando entra dinheiro no meio,
13:08eles têm que ir pelo lado do dinheiro.
13:11São empresas, familiares,
13:13alguns estão na terceira, quarta geração,
13:16não querem deixar a coisa cair assim.
13:18Eu conversei aqui com autoridades,
13:21o ministro,
13:22o ministro Paulo Teixeira,
13:26ele tem ali no Ministério dele,
13:28do Desenvolvimento Agrário,
13:30vários setores,
13:31e um deles é a Conab.
13:33E ele está tentando
13:34levar setores ali
13:36de produção de alimentos
13:38a consumir aqui.
13:39de que forma?
13:41Compra através da merenda escolar,
13:44de compras públicas, né,
13:46não é repassar dinheiro,
13:48mas compras,
13:49para consumir esse produto
13:51que é perecível, né,
13:52aqui no Brasil.
13:54Eu não sei se há espaço
13:55para tanto produto assim,
13:57frutas, verduras,
13:59e que são perecíveis.
14:00Não dá para estocar,
14:02por exemplo,
14:02como cereais.
14:03Então, assim,
14:04o governo está
14:05tentando fazer ali,
14:07e isso tudo
14:08é dividendos políticos
14:09para o governo.
14:11Hoje,
14:11o ministro Geraldo Alckmin,
14:13presidente da República,
14:14interino, né,
14:15ele hoje é o presidente interino,
14:18está reunido
14:19com os representantes
14:19das grandes empresas
14:21de comunicação,
14:22as big techs, né.
14:24Então, assim,
14:25tudo isso
14:25é, sim,
14:26dividendos políticos.
14:27Obrigado.

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