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O vice-presidente Geraldo Alckmin participa nesta segunda-feira (21) de uma reunião com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) para tratar das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Cristiano Beraldo e Nelson Kobayashi comentaram.
Reportagem: Marília Ribeiro
Comentaristas: Cristiano Beraldo e Nelson Kobayashi

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Transcrição
00:00O governo continua realizando reuniões com setores para discutir o tarifácio de Donald Trump.
00:05A Marília Ribeiro está de volta e traz as atualizações para a gente. Marília.
00:12É isso mesmo, Soraya. Mais uma semana com reuniões com os setores que devem ser atingidos por essa tarifa de 50% a partir do dia 1º de agosto que foi anunciada por Donald Trump.
00:25Isso se entrar em vigor. O governo vem articulando aí para poder fazer negociações para que de fato essa medida não venha entrar em vigor a partir do dia 1º de agosto.
00:35Nesta segunda-feira, o presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que está liderando todas essas reuniões,
00:46ele vai se reunir a partir das 3 horas da tarde com a Comissão do Comércio Internacional do Parlamento Europeu.
00:53E já às 4 horas da tarde, a previsão é que ele se encontre com Cláudio Bier, que é o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul.
01:02A expectativa é que logo após essa reunião, o Geraldo Alckmin converse com a imprensa para poder fazer um balanço dessas reuniões que acontecem nesta segunda-feira,
01:12assim como ele tem feito em outros dias. Como, por exemplo, na última sexta-feira, ele conversou com os nossos colegas que estavam aguardando no finalzinho
01:21e ele afirmou que o governo vai continuar apostando no diálogo e na negociação com os Estados Unidos,
01:28mesmo logo após tudo relacionado a Donald Trump voltado para o ex-presidente Jair Bolsonaro por conta da operação da última sexta-feira.
01:39Além disso, Geraldo Alckmin disse que recorrer à Organização Mundial do Comércio, a OMC, será medida de último caso.
01:48Até sexta-feira, nós tivemos aí que o governo dos Estados Unidos não respondeu uma carta que foi enviada pelo governo brasileiro
01:56no início da semana passada que acabou pedindo aí a suspensão do tarifácio.
02:01Então a gente segue acompanhando essas reuniões aqui em Brasília, Soraya, e trazendo todas as atualizações de acordo com o que o governo vem discutindo.
02:09O que os empresários pedem é a prorrogação para que essa medida possa entrar em vigor, que ela possa se estender entre 60 e 90 dias.
02:21Por enquanto, o governo brasileiro vem descartando isso e vem apostando, sim, no diálogo e na negociação com o governo americano
02:29para poder suspender esse anúncio que foi feito por Donald Trump. Soraya?
02:33Tá certo, Marília. Obrigada, viu, pelas suas informações. Vou já acionar aqui os nossos comentaristas para a gente discutir essa questão.
02:41Começando por você, Kobayashi, agora. O quanto de espaço você vê do lado americano para essa negociação, esse possível acordo?
02:49Olha, Soraya, há sim espaço para negociação, tanto que isso foi expressamente colocado na carta,
02:56na primeira carta do presidente americano ao presidente Lula, que ele abre margem para um tipo de negociação.
03:03Claro que não para o primeiro momento. Inclusive, teve aquela entrevista em que ele disse que não queria encontro tão logo com o presidente brasileiro.
03:11Mas o campo está aberto para a negociação. A negociação, tanto para a prorrogação, quanto para uma solução em específico.
03:18Que, no meu ponto de vista, passa necessariamente por uma mudança de postura do Brasil em relação à relação Brasil-China, Brasil-Brix.
03:25E, em especial, nas várias críticas que o presidente Lula fez ao dólar e à hegemonia da moeda americana nas relações internacionais.
03:35No meu ponto de vista, talvez seja esse o grande motivo que levou Donald Trump a aplicar a taxação.
03:41Donald Trump está usando, convenientemente, o argumento Bolsonaro e o argumento STF para pressionar o Brasil a se colocar em uma posição de maior neutralidade,
03:52de equidistância entre Estados Unidos e China, muito diferentemente do que indicava o discurso do presidente Lula na cúpula dos BRICS.
04:02Geraldo, a gente tem visto muitas reuniões ocorrendo com os mais variados setores e à frente o vice-presidente Geraldo Alckmin.
04:10É ele que deve ser o cara que deve ir até o Donald Trump negociar efetivamente para tentar, se não um adiamento, a possibilidade de redução de tarifas, Geraldo?
04:21Olha, Donato, nesse contexto, o vice-presidente Geraldo Alckmin é o que mais tem interesse em, pelo menos, aparecer como a pessoa do diálogo,
04:31que está defendendo o interesse da indústria, dos empresários brasileiros.
04:36Por quê? Ele pretende ser candidato em São Paulo no próximo ano e São Paulo é bastante influenciado por essas tarifas.
04:47Haverá um impacto sério na economia do Estado de São Paulo caso essas tarifas passem a valer a partir de 1º de agosto.
04:55Portanto, ele quer ser visto pelo seu eleitorado, pelo seu Estado, como alguém que articulou a solução para esse problema,
05:03que é diferente do interesse do presidente da República.
05:07Para Lula, apostar nessa disputa de Brasil contra os Estados Unidos é algo que traz uma reversão da sua perda de popularidade
05:19e vai ser fundamental para ele, para as eleições do próximo ano.
05:24Ele se colocar como um defensor do Brasil diante dos Estados Unidos, este imperialista que quer dominar o Brasil,
05:32quer dominar o mundo todo.
05:34Ele continua proferindo ofensas ao presidente Donald Trump e isso faz parte dessa estratégia.
05:40Além da questão eleitoral, tem também o interesse de Lula de se aproximar ainda mais da China
05:49e usar esse momento para entregar de mão beijada para os chineses a entrada do Brasil na chamada nova rota da seda.
05:58O que é isso?
05:59É o Brasil permitir que a China não só faça investimentos, mas domine infraestrutura estratégica para o Brasil.
06:07A principal delas, o principal projeto que está em discussão é uma ferrovia que liga o Pacífico, através do Peru,
06:15até o Atlântico, passando pelo Brasil, cruzando o Brasil inteiro.
06:19A China tem interesse em construir essa ferrovia, com o apoio do governo brasileiro naturalmente,
06:24para que ela possa dominar a logística e facilitar a sua vida.
06:29Se ela tiver uma ferrovia que leve a produção brasileira até o Peru, num porto que a China já domina,
06:35ela tem um ganho de eficiência logística, porque não precisa, os navios que vão e vêm da China não precisam mais passar pelo canal do Panamá.
06:44Portanto, há um conjunto de fatores e quem sai perdendo com todos eles é o Brasil.

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