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Diversão
Transcrição
00:00Pra quantos mundos uma estrada pode nos levar?
00:11A gente te convida numa travessia no tempo, às vezes assim, devagar, ajustando os ponteiros pra não perder as tradições.
00:22Outras vezes a viagem é acelerada, vertical, com pressa de crescer, entregando modernidade no piloto automático.
00:33Oi, me chamo Pequi.
00:35São caminhos que desenham um novo interior, do país e de nós mesmos.
00:42É a rota dos encantos, dos desafios.
00:47Coragem, terra dentro.
00:49Vocês nem imaginam até onde a história pode nos levar.
00:54Isso aqui parece cenário de joio.
00:57Mas que Brasil é esse que atravessa as montanhas e faz brotar riquezas no Planalto Central?
01:06Este é o coração do país.
01:09Olá, já estamos no ar com uma expedição de tirar o fôlego.
01:14Durante um mês, atravessamos o meio do Brasil.
01:18Longe das fronteiras.
01:21Foram 2.300 quilômetros entre Minas Gerais, Goiás e Tocantins.
01:29Belos cenários.
01:30Muitas aventuras.
01:32Na terra, no céu e na água.
01:36Mas essa é uma expedição caçadora de histórias.
01:39Histórias de gente.
01:41Por um caminho que um dia foi aberto pela ganância, na busca pelo ouro, pelo sonho de enriquecer.
01:49Hoje, a ideia de riqueza é outra.
01:52Do barro às minas de lítio.
01:55Da agricultura aos novos combustíveis.
01:59Essa é a rota do crescimento e da reinvenção no país.
02:05Nossa expedição, uma coprodução com a TV Anhanguera, em Goiás e no Tocantins, começa nas Minas Gerais.
02:14Conversos do poeta Drummond.
02:17Nas vozes desse imenso Brasil do meio.
02:21As estradas são promessas de ida e volta.
02:37No vale, elas se estendem como os fios finos de esperança.
02:42Hora cortadas pela chuva.
02:45Hora esquecida pelo tempo.
02:51O vale é o vale do Jequitinhonha.
02:54Um lugar que está passando por transformações muito grandes.
02:59Nossa expedição começa bem ali, naquela cidadezinha.
03:02Santana do Araçuaí.
03:05Essa cidade foi colocada no mapa pela arte.
03:09E como tantas outras aqui em Minas Gerais, cresceu em torno de uma igreja.
03:21Olha, tudo tem um tempo.
03:23Um tempo de nascer, um tempo de crescer.
03:27Hoje a vida é corrida demais.
03:29Parece que as pessoas perderam o tempo.
03:31Não tem tempo mais pra nada.
03:32O pai não conversa com o filho, o filho não conversa com o pai.
03:34E vai por aí afora, né?
03:35Pra mim o tempo tem uma grande importância na vida, né?
03:38O tempo e a vida no Jequitinhonha mudaram.
03:47Como é que chamavam o vale antes, seu José?
03:50O vale da miséria.
03:52Não tinha nem essa luz aí.
03:55Era uma luzinha tocada a motor que tocava lá embaixo, né?
03:59Não tinha nem uma rua calçada.
04:00Era tudo roos buracada, cheio de buraco, né?
04:03O vale do Jequitinhonha é um pedaço do Brasil.
04:06Que a gente carrega dentro da consciência.
04:10Como uma culpa, uma interrogação ou um remorso.
04:14A população de 3 milhões de habitantes sofre com a seca que transformou a região
04:18numa das mais pobres do Brasil.
04:21Plantações queimadas pelo sol, currais vazios, famílias na miséria.
04:26Ali, homens, mulheres e crianças vivem luta com a terra dura e a chuva rara.
04:32Mas não se entregam.
04:36Trabalham, inventam e cantam.
04:41Essa terra que é capaz de transformar escassez em fartura.
04:47Sonho em realidade.
04:49Solo duro em arte.
04:52É isso que você faz, né, Augusto?
04:54Exatamente.
04:54Aqui é o brejo, era antes de plantação de arroz.
04:58Agora não dá mais pela seca, né?
04:59A vida que a terra não dá, o barro dá?
05:01O barro dá, exatamente.
05:06Eu costumo brincar que eu nasci num berço de barro e imaginação.
05:12As bonecas nascem daqui.
05:14Herança ancestral aqui do barco.
05:15Sim, a dona Isabel já começou na década de 70.
05:19Isabel Mendes da Cunha.
05:21É a dona Isabel, uma das artesãs mais famosas aqui de Minas Gerais.
05:25Os traços cuidadosos e os detalhes de cada expressão conquistaram o Brasil e o mundo.
05:31Aqui nas portas das casas sempre tem gente.
05:43Essas casas simples, janelas pequenas, portas baixas.
05:48Típicas aqui do Vale de Aquitionha, onde faz um calorão danado.
05:54Aqui é o clima semiárido, sertão mineiro.
05:57Mas quando eu entro nesse quintal, o clima muda, cheio de plantas.
06:02Olha que flor mais linda.
06:04Esse aqui é o quintal da casa de dona Isabel, a grande artesã da região.
06:10Mulher que criou a arte das bonecas, que sobrevive até hoje.
06:14Já está na quarta geração.
06:16Esse quintal de dona Isabel me traz muitas memórias de infância.
06:20Minha família daqui, minha avó, morava na cidadezinha aqui perto, chamada Felisburgo,
06:24onde eu ia muito passar férias.
06:27Esse forno é um forno de biscoito, a lenha.
06:31Essa porta clássica, com duas etapas.
06:34Dá na cozinha, cozinha com telhas amarradas, com cipó.
06:39E aqui estão as duas filhas, herdeiras diretas de dona Isabel.
06:45Maria e Glória.
06:50Gostinho de lenha fazendo um cafezinho aí, dona Maria.
06:53Esse café é de onde?
06:54Duas barras.
06:54Aonde que mãe morou um tempo, muito tempo, né?
06:59Assim, minha mãe não morreu não, né?
07:01Ela só não está aqui no nosso meio, mas assim, ela está presente em todo momento
07:05da nossa vida.
07:06Então, assim, graças a Deus a gente está mantendo isso, né?
07:09Eu, minha irmã Maria, meu irmão Amadeu, né?
07:12A minha filha Andréia, meu neto Matheus, né?
07:16Com nove anos, a quarta geração, né?
07:19E as pessoas que aprenderam com ela também.
07:22Que é Ana Ribeiro, Alice, Teca e o Augusto.
07:25Eu vou completar 50 anos.
07:27Desde criança, eu lembro disso.
07:30Não tinha água encanada.
07:32A água era nos córregos.
07:35E com isso, a mortalidade infantil era grande por causa da chistose.
07:40De cada dez crianças, seis são desnutridas.
07:43E vão carregar a marca da fome pelo resto da vida.
07:46Muitas vezes faltou comida mesmo, né?
07:49Um dia eu cheguei a desmaiar.
07:52Eu vi a mãe contar isso muitas vezes.
07:54Em 2004, o talento de Dona Isabel foi reconhecido com o prêmio de artesanato para a América Latina, concedido pela Unesco.
08:04As grandes bonecas chegaram a ser vendidas por mais de 5 mil reais no mercado de arte.
08:10E aí, com a descoberta de Dona Isabel, a Codevalle fez um projeto junto com as prefeituras
08:17para trazer água encanada para Santa Ana Varaçoeira.
08:20Ela tem esse fator histórico que mudou a vida de Santa Ana do Araçoeira, levando água na torneira.
08:27Mudou a história da população.
08:29Eu sobrevivi do barro e sobrevivo do barro.
08:35Nós compramos uma casa, criamos nossos filhos com barro.
08:39Eu falo que é uma riqueza, porque você vê a gente passar fome e hoje chegar onde a gente chegou hoje, graças a Deus e a ela, né?
08:47Agora, as pessoas vinham aqui comprar as peças de Dona Isabel e ela recomendava comprar de outro.
08:54Aí ela falava assim, não, mas essa menina aqui, ela tem oito filhos e precisa de ganhar dinheiro também.
08:59Ah, então nós vamos ajudar.
09:00Quando eu vejo que eles estão trabalhando e vendendo e estão tendo encomenda, eu fico satisfeita como se fosse eu, sabe?
09:07E ela, ela não sabia ler nem escrever, mãe, não sabia nada, né, Ledor?
09:11Matheus, você não conheceu sua bisavó, mas herdou talento, você faz boneca desde seis anos.
09:18Me conta como é que você imagina a sua bisavó?
09:22Não, ela é uma pessoa gentil.
09:24E gentilisa pra você é o quê?
09:26Amor.
09:29Quando você faz uma boneca, você sente sua mãe viva?
09:32Ah, sim, sim.
09:34Não é só quando eu faço boneca, não.
09:36Não tem medo, eu sinto que ela tá aqui no nosso meio.
09:38E as coisas que ela falava pra gente, né?
09:42Na hora de queimar, na hora de se modelar, não, minha filha, você tem que fazer desse jeito.
09:49Fica guardado isso, né?
09:53Ela falava que não tanto tanto que aprendo é pouco.
09:56Era vivendo e aprendendo, que nunca acabaram de aprender.
10:01A pessoa não tá levando pra casa uma escultura qualquer.
10:05Ela tá levando a história do Vale de Quitionha.
10:07As figuras que tem aqui no Vale.
10:10Sendo o nosso cotidiano, os homens do Vale.
10:15Os lavradores.
10:17Das mulheres grávidas.
10:22Essas mulheres fortes, essas mulheres guerreiras.
10:25Então você vê muita beleza.
10:28Tem muita beleza no Vale.
10:31Essas noivas nasceram de um sonho de sua avó, né, André?
10:34Um sonho que ela tinha de casar, de vestido de noiva, que ela nunca pôde ter.
10:38Quando eu casei mesmo, eu queria fazer um vestido assim, como ela fazia das noivas.
10:43Como ela sonhava.
10:44Mostrei pra ela e falei, mãe, era isso que você queria?
10:46Ela passou a mão no meu vestido e falou, era isso mesmo, minha filha.
10:52Então a gente constrói os nossos sonhos.
10:54E as bonecas dizem por si só, né?
11:03Falam que a gente veio do barro, né?
11:05Quando eu era criança, eu tratava ela como pessoas que existiam.
11:09Minha mãe começou trabalhando e eu comecei indo junto com quatro anos de idade.
11:14Então, em vez de brincar com os brinquedos que eu tinha, eu criava os meus próprios brinquedos.
11:19Essa aqui foi das primeiras, acho que é a primeira, que eu fiz com quatro anos de idade.
11:24Já era uma noiva?
11:25Já era uma noiva.
11:26É uma das bonecas mais valiosas que eu tenho, assim, de todas.
11:29E quem é você, Augusto?
11:31Quem sou eu? Eu acho que eu sou uma alma descoberta, assim.
11:36Você entra na universidade, cursa belas artes, se torna um artista com toda a instrumentação teórica.
11:45Você tá mudando essa história?
11:46Eu acho que meus sonhos já estão se realizando.
11:50Fiz a faculdade, meu curteamento na cidade grande, na capital de Belo Horizonte, foi todo com o dinheiro das bonecas.
11:59Hoje a gente tem conforto, hoje a gente pode sonhar, a gente já viajou de avião milhões de vezes.
12:04E antes isso não era uma coisa que poderia ser sonhada aqui no Vale e fazendo o que a gente faz.
12:11pegando o barro do próprio quintal, da própria terra, transformando em uma boneca.
12:18Isso não passava antes nas cabeças das pessoas.
12:21É uma alquimia que se faz.
12:21É uma alquimia.
12:22O vale da riqueza, das possibilidades, o vale que é possível viver.
12:35O rio de Kitionha corre pro mar, vai dar lá na Bahia.
12:39Essa imensidão de água carrega muitas riquezas.
12:43De Kitionha é uma palavra indígena.
12:46Significa rio largo, como se vê, e cheio de peco.
12:50Mas os recordes de calor agravam a situação da seca que o vale ainda está na lista dos piores índices de desenvolvimento humano do Brasil.
13:02A pecuária, a principal atividade econômica, caiu pela metade.
13:06Os animais seguem o instinto e vão para onde um dia houve água.
13:10Parece que o tempo não passa.
13:22Olha aí a cena se repetindo.
13:24O gado fugindo da morte, décadas depois.
13:29Estão indo pra onde?
13:30Pedra Branca, fazenda Pedra Branca.
13:33Quantos quilômetros de distância?
13:34Ah, dá mais ou menos uns 25, 27 quilômetros.
13:38É o quê? Pra levar pra um pasto melhor?
13:40Um pasto melhor.
13:43O vaqueiro contou pro Jorge, nosso produtor, que os açudes secaram antes do tempo.
13:48Eles esperavam mais chuva nessa época do ano.
13:52Aí, o jeito é levar o gado pro outro campo.
13:55Quando essas estradas nem existiam, os vaqueiros já cruzavam a vastidão.
14:00Junto com o ouro, que atraiu tanta gente pra esse miolo do Brasil,
14:03a boiada tomou conta do vale do Jequitião.
14:12É uma região meio mineira, meio baiana.
14:16Sertaneja.
14:17Seguramente uma região sertaneja.
14:19Descoberta por sertanejos.
14:21Por homens que sabiam se locomover nos matos.
14:24Que adquiriam essa experiência através dos indígenas.
14:27Então, era uma região de produção de gado que vinha pro interior de Minas Gerais,
14:31vinha pra essa região aurífera, pra fornecer alimento.
14:37Mexe muito com o imaginário mesmo da gente, o vale do Jequitião, hein?
14:41Esse aqui é um elo, um elo perdido que a gente tá conhecendo.
14:44Um elo perdido porque tem a ignorância da gente na cidade grande que não conhece isso aqui.
14:50Pra mim é um sonho passar por aqui, tá com vocês aqui.
14:53Nem sei que vocês estão me filmando.
14:55Obrigado, meu amigo.
14:55Obrigado, meu amigo.
14:57O Vale do Jequitião é uma região extremamente rica.
15:05Rica pela sua cultura e rica também por conta dos minérios que guardou.
15:10Bom dia.
15:12Bom dia.
15:13Araçuaí é uma cidade simpacata.
15:16Um polo, um micropolo regional aqui do Médio de Jequitião.
15:21É a porta de entrada pro Vale do Lítio, considerado o mineral do futuro.
15:26Uma das maiores reservas do planeta tá aqui no Vale do Jequitião.
15:30A quantidade de minerais que a gente já vê aqui depositados, nós estamos entrando na mais antiga mina de lítio aqui da região do Vale do Jequitião.
15:46É, a CBL, a Companhia Brasileira de Lítio.
15:50A gente vai descer mais de 300 metros pra dentro da terra.
16:09Equipe do Globo Repórter descendo do nível 260 para o nível 39.
16:15Trabalha aqui há quanto tempo, padre?
16:23Um, 31 anos.
16:24Sua vida tá dentro dessas rochas?
16:27É, minha vida profissional tá aqui dentro da rocha.
16:29E cada ponto da mina, na hora que tu faz referência, é a situação que eu tava passando na época.
16:34Meu casamento, meu bom nascimento dos meus filhos, aí uma matriz, a perca da minha mãe, recentemente também do meu pai.
16:44As marcas que imprimimos na rocha, né, do nosso dia a dia.
16:48O ar chega aqui por esses dutos enormes.
16:54Parece ambiente de filme, ficção científica, fora do planeta.
17:02Vou limpar a lente da câmera porque tá embaçada a 265 metros.
17:09Embaixo da terra o calor, a umidade, né, Adri?
17:13Embaçam lente, meus óculos também.
17:16É que eu brinco o pegão quando for levar o homem pra lua.
17:21Então nós temos que criar toda uma estrutura pra que suporte a vida aqui dentro.
17:25Essa carregadeira tem a função de pegar as rochas.
17:30É operada pelo Zebander por controle remoto.
17:34É um carrão de controle remoto.
17:38E temos o principal aqui no nosso caso, o espadomínio.
17:42Aqui temos um maior aqui, que é esse aqui que contém o lítio.
17:46Curioso porque ele tem um tom esverdeado, né?
17:50Coloca a luz embaixo.
17:53É verde feito a criptonita do super-homem, né?
17:55É.
17:57O cinturão é ruim, né?
17:58Mas pra gente ele é bom.
18:00Hoje com a mudança da matriz, né, energética, o pensamento no futuro, o grande lance é o lítio pra composição das baterias.
18:09Tudo tem bateria hoje.
18:14Computador, celular, carros, satélites.
18:17E dentro desses cristais, o Jequitonha tem as maiores reservas do Brasil.
18:22Quer dizer, o Vale da Morte virou o Vale dos Tesouros.
18:27E olha o tamanho desse cristal.
18:29Muito raro, né, na literatura a gente não tem de escrita um exemplar desse mineral tão grande, né, em torno de dois metros.
18:37Então vamos deixar ele preservado para futuras estudos, para geração científica e principalmente pela educação também.
18:45E a vida aqui embaixo é muito movimentada, né?
18:48Toda hora passa um caminhão, passa uma máquina, olha só ali.
18:53O nome dessa máquina é perfuratriz.
18:56Ela faz perfurações de até 14 metros na rocha, que são recheadas de explosivos.
19:02É o primeiro passo na extração do lítio.
19:07Pra diminuir ao máximo o risco, muitas das atividades aqui são automatizadas.
19:12Se der ruim numa mina, as pessoas têm pra onde correr.
19:17São rotas apertadinhas, como essa aqui, mas seguras, que levam até a superfície.
19:22Só que na hipótese de não dar pra chegar até a superfície, no caminho tem várias câmaras de segurança,
19:30com oxigênio, ração humana, medicamentos e água.
19:35Daqui a pouquinho vai acontecer uma detonação.
19:38Assim que aqueles operários acabarem de instalar nas rochas, explosivos como esse aqui.
19:47Tudo preparado lá embaixo, mas detonação mesmo, só quando não tiver mais ninguém lá.
19:54E a certeza de que a mina tá vazia é esse quadro, quando todos os crachás saírem daqui.
19:59Eu não vou negar que essa hora a barriga da gente faz mais barulho que as explosões lá embaixo.
20:10Cada turno na mina leva oito horas.
20:12E é na hora do almoço que a gente tem noção de quanta gente trabalha aqui.
20:16Gente que antigamente tinha que sair de Araçuaí pra conseguir um emprego.
20:21É o caso do Adler, filho do Adler, saiu da terra, saiu pra estudar e voltou.
20:28Em 2023 eu retornei pra cá pra trabalhar na mineração aqui.
20:33Hoje eu sou analista de processo, eu trabalho na área do beneficiamento.
20:37Meu pai, ele retira um mineral bruto e a gente meio que lapida esse mineral pra vender ele, exportar esse mineral.
20:45E ele é só continuidade na vida, né?
20:46É, minha continuidade.
20:49É, eu fiquei emocionado.
20:50Assim, talvez não tenha a palavra pra descrever, mas é emoção.
20:54Desde pequeno teve aquela inspiração, uma fascinação por...
20:58É, pra conhecer mais, cada vez mais sobre esses minerais.
21:02Agora não pergunto mais a última estrada.
21:07O que a gente quer nessa reportagem é que você viaje nas belas imagens
21:12dos repórteres cinematográficos Rafael Nascimento e Lucas Luz.
21:16E descubra com a gente como são lindos os caminhos que nos levam ao meio do Brasil.
21:23Como se diz aqui em Minas Gerais, é bonito demais, senhor.
21:26As ruas aqui de Diamantina são de pedra, por isso que carro sacode tanto.
21:52A cidade surgiu em 1713, foi fundada por bandeirantes, mas primeiro criaram um arraial, era o arraial Tijuco.
22:02A gente vai encontrar ali também a presença de diamante a partir da década de 20 do século XVIII.
22:08Foi muito importante pra Minas Gerais.
22:10É, tanto que a coroa portuguesa vai cuidar dessa região de forma muito restrita.
22:16Vai ter uma designação de um contratador específico pra cuidar dessa região diamantina.
22:20Terra de personagens históricos do Brasil, como Chica da Silva, que viveu aqui.
22:28Caminhar no diamantina é tropeçar na história.
22:31Aqui, por exemplo, é a joalheria Pádua.
22:33A mais antiga em atividade no Brasil.
22:36Existe desde 1888, tem 137 anos.
22:41A loja parece que parou no tempo.
22:43Os móveis, o chão, tudo é preservado da época da fundação, que coincide com o ano da abolição da escravidão no Brasil.
22:53O jeito de fazer as joias é o mesmo.
22:55As mesmas máquinas, um passeio pela história.
23:00Peças do século XIX.
23:02Aqui se trabalha com prata, ouro e coco.
23:06Esse enfeite de cabelo é a primeira peça feita aqui na oficina.
23:12As mulheres usavam assim.
23:16Quando a loja abriu, o Brasil vivia na monarquia e chamava Império do Brasil.
23:23Um ano depois, começou a República.
23:26Estados Unidos do Brasil.
23:28Hoje, somos a República Federativa do Brasil.
23:31Seu Antônio é o fundador?
23:33O fundador.
23:33Ele usava essas canetinhas, com diamantes na ponta, e ele conseguia esculpir.
23:39Ele chegou a fazer o trabalho no cristal, no topazio e no citrinho.
23:43Aqui, seu Antônio, Juscelino Kubitschek.
23:47Na época, presidente da República, cidadão ilustre de Diamantina e personagem importante nessa expedição.
23:54E essa balança aqui era de seu Antônio?
23:56Essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:01E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:03E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:04E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:05E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:06E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:08E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:10E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:11E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:12E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:13E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:14E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:15E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.
24:16E essa balança é que ele usava para pesar os diamantes.