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A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16) mostra que 55% dos brasileiros acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou o presidente dos EUA, Donald Trump, ao criticá-lo durante a Cúpula do Brics, no início de julho. Outros 31% discordam da avaliação e 14% não souberam ou não quiseram responder. A bancada do Morning Show debateu o assunto.
Apresentador: David de Tarso
Comentaristas: Carla Brandão, Gustavo Mesquita, Hugo Rocha e Mano Ferreira

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Transcrição
00:00Quando a gente é perigoso, eu fico na dúvida quando a resposta é chupa jabuticaba pra você ficar mais calmo, né?
00:05E por conta de uma fala assim e de outras até que foram geradas no BRICS,
00:10a maioria dos brasileiros até acredita que Lula provocou o Trump ao criticá-lo durante essa cúpula do BRICS.
00:17O que mostra é justamente uma pesquisa da Quest, divulgada nessa quarta-feira,
00:22onde 55% das pessoas estão dizendo que sim, foram as provocações do presidente Lula
00:29que geraram todas essas ações envolvendo os Estados Unidos.
00:33Mas 72% acham que Trump está errado e 79% também, conforme demonstra essa pesquisa,
00:40temem que as medidas prejudiquem nossa vida por aqui, além, é claro, de tornar tudo mais caro,
00:46que esse é o grande receio.
00:47Mas os brasileiros que responderam a esse questionamento da pesquisa Quest,
00:51dizendo que a culpa tem sim a ver com o presidente Lula, com as falas que foram promovidas.
00:56Que é a partir daí que realmente desencadeou essas medidas, né, mano?
01:01Pois é, eu acho que um ponto central é mostrar como a população brasileira entende
01:06que o comércio é um jogo de ganha-ganha, né?
01:08Ou seja, o comércio internacional nos favorece.
01:12Então, acho que deveria ser uma oportunidade
01:14para que a gente encaminhe a política brasileira a encarar o processo de abertura comercial
01:21que é fundamental para tornar o Brasil mais barato para os próprios brasileiros.
01:28Então, isso que a gente precisa, no lugar do governo federal, do presidente Lula,
01:32ficar fazendo provocações, a gente deveria agora, numa circunstância como essa,
01:38encarar uma agenda séria de abertura econômica e integração global.
01:44E, para isso, a gente precisa de menos ideologia e mais trabalho sério e diplomacia profissional,
01:52fazendo alianças e acordos comerciais que abram mercados para o Brasil
01:57e que também diminuam as barreiras à importação aqui no país.
02:02Cara Brandão, você acredita que realmente a fala do Lula repercutiu
02:05e por isso que o Trump está tomando todas essas medidas?
02:07Sim, ele foi provocado, né?
02:09E, a partir do momento em que ele foi provocado, ele não teve um senso mais democrático
02:14para entender que ele realmente é uma potência,
02:16mas que ele não tem como brigar com a gente.
02:18Ele ganha na balança comercial.
02:20Então, a gente não tem como ser prejudicado de uma forma tão ostensiva,
02:25de uma forma gratuita.
02:26Ele fala, eu posso.
02:27Sim, ele pode.
02:28Só que, realmente, o povo que foi entrevistado pela Quest
02:32reflete um pouco, né?
02:33Porque vai impactar nas nossas vidas, né?
02:36Vai impactar na economia do país, talvez desemprego daqui a pouco.
02:40Mas, como o Hugo falou, nós somos inteligentes
02:43e há que se ter uma comissão, muita gente pensando em soluções
02:46para fugir dessa situação.
02:50Senão, é fato que a gente vai ter um impacto muito grande na nossa economia.
02:54E agora, as medidas também estão sendo desenvolvidas, né?
02:57Movimentações, tanto por parte da esfera federal, como também estadual,
03:02gerando repercussões e guerras políticas.
03:03Ontem, a gente trouxe até a postagem, né?
03:06Do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.
03:09Então, essa busca também pelo protagonismo.
03:12Mas, de fato, a fala do Lula, que depois que ele fez o pronunciamento do BRICS,
03:17o presidente Trump falou, ah, é?
03:18Então, calma aí que eu vou para cima de vocês.
03:20Você entende assim também?
03:22Não, sem dúvida.
03:23Eu acho que é uma sucessão de fatores aí, desde a falta de diálogo,
03:27desde a posse do Trump, quando o Lula comparou ao nazismo, né?
03:31Chamou ele de nazista.
03:33Depois, o alinhamento ao eixo das ditaduras mundiais.
03:36Irã, Venezuela, Coreia do Norte, Rússia.
03:41A relativização do terrorismo, a defesa insistente aí do Irã.
03:46A legitimação de grupos como o Hamas.
03:49Agora, a fala recente é a provocação em relação à dolarização da economia.
03:54Então, são diversos fatores que levam o Brasil a ser interpretado,
04:00não só pelos Estados Unidos, mas por outras potências mundiais,
04:03do mundo civilizado, dos estados democráticos de direito,
04:07como um país que hoje se alinha a ditaduras.
04:09E, aliás, importante também citar, muito se fala aí da carta do Trump,
04:13que teria uma impropriedade quando ele fala da balança comercial,
04:16que, na verdade, os Estados Unidos são credores.
04:19É verdade.
04:19Mas, analisando a carta, eu estava vendo uma análise mais detida,
04:23o que a carta diz e critica é o excesso de protecionismo do Brasil.
04:27E isso, de fato, é uma realidade.
04:29É uma verdade.
04:30O Brasil, em termos de política externa,
04:32é um dos países mais protecionistas,
04:34que tem barreiras tanto tarifárias como outras barreiras não tarifárias
04:38das mais elevadas do mundo.
04:40Então, isso, como disse o Mano, é um fato para a gente refletir.
04:44Eu acho que não basta agora.
04:45Claro que a pesquisa vai demonstrar aí
04:47que a maioria dos brasileiros está insatisfeitos com o tarifazo,
04:51com o aumento da tarifa do Trump.
04:52Assim como eu estou, como todos os brasileiros temos que estar.
04:55Mas a gente tem que procurar as causas e reconhecer as nossas falhas.
04:58E dividir.
04:59Quando a gente fala em defender o Brasil,
05:01não significa defender uma política desastrosa,
05:05uma política externa, uma diplomacia ideológica desastrosa
05:08levada a cabo pelo nosso governo federal,
05:10que são coisas distintas.
05:11E um ponto fundamental é que essas barreiras comerciais tarifárias e não tarifárias
05:16prejudicam e empobrecem o Brasil.
05:19Ou seja, nós ficamos obrigados a pagar mais caros
05:23por produtos de pior qualidade
05:25por conta de barreiras como essa,
05:28que acabam favorecendo apenas poucos amigos do rei.
05:31É como o que são barreiras não tarifárias.
05:34Eu dei um exemplo outro dia.
05:35É como a tomada de três pinos que só existe no Brasil.
05:38Quando você cria essas jabuticabas que...
05:41Ah, não.
05:42Para atuar no Brasil tem que ser com esse tipo de tomada.
05:45Aí é uma barreira não tarifária.
05:47Porque para qualquer outro produto fabricado fora,
05:52ser vendido aqui tem um custo a mais de adaptação à tomada.
05:56Eles já estão pensando em quebrar patentes, né?
05:58Já estão pensando em realmente fazer essa mudança
06:00que talvez traga algum benefício também para o brasileiro.
06:04Tem essa vantagem.
06:04É, o pessoal no chat, inclusive, está comentando bastante aqui,
06:07para quem nos acompanha pelo YouTube.
06:09Aí o Ian dos Santos, ele mandou assim,
06:11enquanto esquerda e direita vivem brigando,
06:13o povão vai se lascando.
06:14E basicamente é isso, né?
06:15Nessa briga toda generalizada,
06:17ninguém consegue resolver o problema
06:19e a gente vai sofrendo com as consequências,
06:21mercados parados.
06:23Até a pesquisa também demonstrou isso,
06:25da quest que a gente está repercutindo aqui,
06:27que mais da metade dos brasileiros
06:29é contra o discurso que coloca os ricos contra pobres.
06:33Uma campanha do governo federal que a gente repercutiu
06:36aqui também no Morning Show,
06:37dizendo até, com o uso da inteligência artificial,
06:41mostrando uma pessoa pobre ali,
06:43de origem simples,
06:44carregando um saco pesado nas costas,
06:46enquanto que o rico de terno
06:48carrega um saquinho pequenininho ali,
06:49consegue andar tranquilamente, de boa,
06:51porque os impostos para ele realmente não pesam.
06:55Pelo menos essa é a campanha que está sendo pregada
06:57e que as pessoas também são contra esse discurso, Hugo.
07:02Falando sobre a questão do chat,
07:04as pessoas muitas vezes criticam
07:07o fato de eu falar que o Brasil é um país perigoso.
07:11Sabe por que o Brasil nunca vai ser perigoso?
07:13Por conta da política.
07:15A política é o grande problema.
07:17A gente elege mal as pessoas
07:18e por isso que acontece o que acontece no nosso Brasil.
07:20essa polarização absurda
07:23e as pessoas ficam perdendo tempo
07:24com esse debate infundado.
07:27Então, o que poderia ser feito
07:29era a construção de um país.
07:31A construção de um país é impossível ser feita
07:34porque nós não temos o entendimento
07:36sobre republicanismo.
07:38Nós não somos um país republicano.
07:39Nós não elegemos as pessoas
07:42para que elas construam um projeto de país.
07:44O país é construído
07:46sempre pensando na próxima eleição.
07:48Então, o seu comentário,
07:50o ouvinte que nos acompanha,
07:52ele criticou o fato de eu ver o mundo
07:54como uma coisa positiva.
07:56É que eu vivo no mundo da Poliana, sabe?
07:58Aquele livro da Leonor Taylor,
08:01que é Poliana,
08:02onde tudo é positivo.
08:04Eu tenho essa visão positiva do nosso país.
08:06Então, esse é o grande problema.
08:09O grande problema é que nós não temos
08:10uma política republicana
08:12que construa o nosso país.
08:14É por isso que,
08:16obviamente, você está correto.
08:17É impossível o Brasil ser um país decente
08:20porque nós não conseguimos construir as coisas
08:23no longo prazo.
08:24E sempre construímos as coisas no imediatismo
08:28e perdemos tempo, obviamente,
08:30com questões secundárias.
08:31Eu estava refletindo também sobre a fala
08:32do Dr. Mesquita,
08:33que trouxe a questão do Brasil ser protecionista.
08:37O próprio presidente Lula,
08:38durante o discurso no BRICS,
08:39falou que ele é contra o protecionismo
08:42e é a favor do multilateralismo.
08:44Só que, fazendo a reflexão do que você trouxe,
08:47de fato, a gente é mais protecionista
08:49se formos analisar
08:50do que os próprios Estados Unidos.
08:52Muito mais.
08:53O que não dá é para ser protecionista
08:55quando interessa
08:56e ser liberal,
08:57defender a abertura econômica
08:58quando é do outro lado.
09:00Então, a gente tem que se colocar
09:01do outro lado também
09:02e olhar as nossas falhas.
09:04Agora, eu queria comentar,
09:06David,
09:06essa pesquisa aí,
09:08que mostra que a grande maioria
09:09dos brasileiros rejeita
09:11essa divisão aí
09:12entre ricos e pobres,
09:14porque isso é um verdadeiro tapa na cara
09:16daqueles que insistem
09:18em jogar na conta
09:19da política de conflito
09:21entre classes
09:21os reais problemas do Brasil
09:23em vez de buscar soluções reais.
09:26Isso mostra que o brasileiro
09:27cada vez mais está se informando
09:28e não está se vendendo aí,
09:30não está aceitando
09:31esse papinho populista
09:33aí entre vilões
09:34e santinhos
09:36e ricos e pobres
09:38que, na verdade,
09:39disfarçam o verdadeiro problema,
09:40que disfarçam
09:41as verdadeiras falhas
09:43do país,
09:43que é a incompetência,
09:45é a corrupção,
09:47é todo esse estado
09:48de coisas que a gente assiste
09:49e quem paga a conta
09:51no final
09:51é o povo
09:52que está cada vez mais pobre.
09:53O que a gente tem que buscar
09:54é que todos os brasileiros
09:56saiam da linha da pobreza,
09:58se tornem classe média,
09:59se tornem ricos.
10:00Agora,
10:01o que a gente assiste
10:01de outro lado,
10:02muito parte da esquerda
10:04e do socialismo quer
10:05é que o povo continue pobre,
10:07porque eles se alimentam
10:08dessa pobreza
10:09enquanto o povo está pobre.
10:10continua dependente
10:12do governo
10:13e aí o governo,
10:14por meio de políticas
10:15assistencialistas,
10:16como Bolsa Família
10:17e tantas outras,
10:18continua dominando
10:20o povo
10:20e o povo
10:21não consegue
10:23sair da escravidão,
10:24não consegue conquistar
10:25a liberdade.
10:25É isso que a gente
10:26tem que desafiar.
10:26é isso que a gente
10:27tem que fazer.
10:27É isso que a gente
10:28tem que fazer.
10:28É isso que a gente
10:29tem que fazer.

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