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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o governo brasileiro não irá pedir aos Estados Unidos um adiamento para a entrada em vigor das novas tarifas. As medidas, anunciadas pelo presidente Donald Trump, estão previstas para valer a partir de 1º de agosto.

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Transcrição
00:00Pessoal, falando sobre acordo, nós mostramos pra vocês nessa edição do 3 em 1 uma reunião que aconteceu envolvendo Geraldo Alckmin, ministro Carlos Fávaro e vários representantes de associações brasileiras de produtores e de produtos que serão impactados pela taxação de Donald Trump.
00:14E agora eu vou conversar aqui com a nossa repórter Patrícia Faubusch, que vai trazer as informações pra gente.
00:20Porque a Patrícia acompanhou toda essa reunião e inclusive quais serão as estratégias do governo daqui pra frente.
00:26Porque não há possibilidade de se pedir a extensão do prazo pra aplicação dessas tarifas, né Patrícia?
00:32O que o pessoal tá pretendendo fazer então? Bem-vinda. Boa tarde pra você.
00:39Oi Cine, tudo bem? Boa tarde pra você, pra todo mundo que tá acompanhando a gente no 3 em 1, na Jovem Pan.
00:46Cine, eu tenho pra dizer o seguinte, hoje a gente viveu aqui no MDIC uma coisa bem parecida com aquele meme, sabe?
00:5311h59 uma coisa, meia-noite outra. Por quê?
00:57Pela manhã, após a reunião com os representantes do setor de indústria, palavras do vice-presidente Geraldo Alckmin,
01:06ministro também aqui do Ministério de Desenvolvimento, Comércio e Serviços, ele falou o seguinte,
01:13queremos resolver o problema, problema dessa questão do tarifácio do Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
01:20O mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido.
01:27O que que aconteceu? Essa reunião com a indústria foi às 11 horas da manhã,
01:32à tarde, às 14 horas, foi uma reunião com os representantes do agronegócio.
01:37Terminou a reunião, veio essa declaração dizendo que não, não vamos.
01:44Que, de fato, o tarifácio está previsto para 1º de agosto, ou seja, daqui umas duas semanas,
01:51e que o governo federal não vai recorrer ao adiamento desse prazo.
01:56A gente tem, então, esse momento mesmo em que o vice-presidente Geraldo Alckmin,
02:00que está à frente aí dessas tratativas que envolvem o tarifácio dos Estados Unidos em cima das exportações brasileiras.
02:08Vamos ver esse trecho, então, o que que ele falou sobre esse adiamento.
02:12De trabalharmos juntos para reverter este quadro.
02:17Houve uma colocação aqui da questão que o prazo é exíguo e pedindo um prazo maior,
02:27mas a ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido,
02:32mas é procurar resolver até o dia 31.
02:35Ou seja, Cine, é trabalhar.
02:41Trabalhar muito em cima dessas duas semanas até o dia 1º de agosto.
02:46E o que que o governo federal fez?
02:47Chamou a iniciativa privada para fazer o seguinte,
02:51para conversar com fornecedores, com compradores,
02:56com seus parceiros comerciais nos Estados Unidos,
02:59para que eles consigam, vamos dizer assim, apresentar ideias, algumas sugestões,
03:05enquanto não se chega, vamos dizer assim, a uma revisão desse tarifácio.
03:10E também esse pedido ao setor privado que haja nesse sentido de entrar em contato com esses parceiros comerciais
03:17também é, vamos dizer assim, uma forma de tentar pressionar o governo dos Estados Unidos
03:23a rever essa questão do tarifácio que começa agora em 1º de agosto.
03:29O agronegócio, só para eu concluir aqui a minha participação, Cine,
03:33ele é um setor muito importante e muito sensível também aqui do Brasil,
03:38porque impacta diretamente na balança comercial, nas exportações
03:44e taxando, tendo problemas em cima das atividades do agronegócio,
03:50acaba fazendo o que?
03:51Acaba impactando no preço dos produtos, enfim,
03:55tanto aqui dentro do Brasil como também os produtos para os Estados Unidos,
04:00que consomem produtos do agronegócio do Brasil,
04:05como café, como suco de laranja, como a gente já citou anteriormente.
04:09Cine, devolvo para você.
04:10Muito obrigado, Patrícia. Obrigado por trazer também essa percepção nos bastidores
04:15da dificuldade em se chegar a uma decisão entre amanhã e a tarde
04:18com mudanças de rumos também ao longo desse período.
04:22Ótimo trabalho para você em Brasília.
04:23A gente vai se falando. Seja sempre muito bem-vindo ao nosso 3 em 1.
04:26Alan Gani, é normal, digamos, esperar que não haja muita diretriz relacionada a esse tema?
04:33Exatamente porque tudo é tão novo e há uma dificuldade tão grande de articulação
04:38que é aceitável que os ministros não saibam exatamente de que maneira conduzir,
04:45ou se vão pedir mais prazo, ou se vão trabalhar dentro dos prazos.
04:50Como é que se avalia?
04:50É muito difícil, até porque a gente não está acostumado com esse tipo de embate com os Estados Unidos.
04:57É muito diferente do caso do México, da Índia,
05:00que eles têm canais abertos em Washington, eles têm think tanks, que são centros de pesquisa
05:07para lançar estudos e que vão ao encontro dos seus interesses nacionais.
05:14No caso do Brasil, tudo é muito novo.
05:17Agora, não tem muito remédio, Evandro.
05:20A saída é a negociação de uma maneira exaustiva.
05:25Eu não vejo que tarifas recíprocas são uma boa ideia.
05:29Por quê? Porque é um remédio que se volta contra a gente,
05:32à medida que traz mais inflação e prejudica a nossa indústria nacional.
05:37Tem que negociar.
05:38Bruno Musa, e você? Como avalia essa situação e a maneira como o governo deve conversar,
05:43conduzir esse diálogo? Tem que ser no sapatinho com o Donald Trump?
05:48Sem dúvida nenhuma. Até porque, concordando ou não com as tarifas,
05:51eu já falei que, filosoficamente, eu me oponho a elas.
05:54Eu acho que é uma desvantagem para todos os lados, inclusive para os Estados Unidos.
05:58Mas, nesse ponto, eu acho que a gente tem que entender as nossas fragilidades
06:03e temos que assumir que, do outro lado, tem alguém que é muito mais forte
06:07e que nós dependemos dos produtos deles muito mais do que eles dependem do Brasil.
06:12Portanto, nós temos muito mais a perder.
06:14Esses números já ficaram públicos, mas do que nós exportamos,
06:18uma grande parte vai para os Estados Unidos, 12% mais ou menos.
06:23do que tudo que eles importam, 1% vem do Brasil e são produtos, em grande parte, commodities,
06:29à exceção de alguns, mas que as commodities podem ser encontradas por outros fornecedores.
06:34Só que o que nós importamos dos Estados Unidos ou de alto valor agregado que nós exportamos,
06:39temos dificuldade de encontrar um potencial comprador à altura dos Estados Unidos.
06:44Então, nós saímos perdendo.
06:46E, olhando para o histórico recente, o Trump é instável.
06:50Ele coloca tarifas, ele tira, ele colocou 145% na China, voltou atrás.
06:55Enfim, a gente sabe dessa falta de previsibilidade.
06:58E brincar com isso, subestimá-lo, o custo é muito alto.
07:03Então, eu acho que nós temos que ter coerência, serenidade
07:06e juntarmos, realmente, ao interesse de colocar na mesa pessoas que deixem de lado o perfil ideológico
07:14e entrem numa negociação, digamos, racional com tudo isso.
07:19Nós temos muito mais a perder.
07:21E isso os próprios números mostram.
07:23Prazer, Maria Trindade.
07:24É difícil imaginar um posicionamento direto do presidente Lula nessa articulação,
07:29porque a gente percebeu um certo distanciamento, digamos, de um diálogo direto,
07:33uma conversa na sala, à mesa, entre Lula e Donald Trump.
07:37Quem você entende que deve conduzir agora essa articulação
07:41para o negócio numelar ainda mais?
07:46Pois é, olha, eu disse aqui há dias atrás
07:49que o presidente Lula foi aconselhado e ele aceitou e falou sobre isso
07:55e não ia ligar para o Donald Trump.
07:58Uma conversa, sim, não é boa, não.
08:03Porque o Trump tem feito armadilhas, né?
08:06E muito menos, eu acho, se convidar o Lula para ir lá
08:09é capaz dele não ir lá no Salão Oval
08:10para não repetir outras cenas lá, como no Zelensky e tal.
08:15Ele puxa orelhas do Lula e isso não vai ficar bom.
08:18Então, assim, o presidente Lula se afastou e orientou.
08:23Nos bastidores ele está dizendo o seguinte,
08:26politicamente é bom que esse debate prossiga
08:29porque está encurralando o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro,
08:34do filho e do presidente Jair Bolsonaro
08:36e, por outro lado, ele está conseguindo adesão.
08:39Ele tem conversado com representantes do agronegócio
08:42que são adversários do governo, não gostam do governo.
08:46Hoje, da CNI, que está preocupada, né?
08:49A Confederação Nacional da Indústria,
08:51que tem que proteger a indústria.
08:53Isso é muito bom para ele, né?
08:54Essa situação.
08:56E Geraldo Alckmin é crível,
08:58ele se lida muito bem,
09:00se dá muito bem com grupos empresariais
09:02e está fazendo uma gestão muito importante.
09:06Tem gente querendo adiar e ele dizendo
09:07não, tem que resolver.
09:09E qual é a história?
09:11Primeiro, o Senado Federal já definiu,
09:14vai mandar um grupo ao Washington
09:16e mostrar, tecnicamente, qual é a situação do Brasil
09:20e o que pode ser feito, né?
09:22Mas isso, tecnicamente, não diretamente ao presidente,
09:25mas a interlocutores do presidente.
09:27E o governo está deixando a coisa andar, né?
09:31Sem um posicionamento forte, mas também sem aliviar.
09:34E veja bem que o senador Morão
09:38e outros senadores, até de direita,
09:41estão batendo forte nessa possibilidade
09:44do Donald Trump intervir de uma forma
09:46tão forte aqui no Brasil e no judiciário.
09:50Então, o presidente Lula
09:52está jogando politicamente com a história.

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