Título Original: Por qual razão o Estado cultiva a miséria e a morte psíquica social da população? Publicado em OS, 7 de Agosto de 2020 ; BC, First published at 01:06 UTC on August 28th, 2020. Créditos: Bárbara S. Silva, Dois, Alexsander Bard, Visão Libertária, ANCAP.SU Publicação Original | Vídeo : https://odysee.com/@ancapsu:c/por-qual-raz-o-o-estado-cultiva-a-mis:f Publicação Original | Descrição ou Thumbnail : https://old.bitchute.com/video/1H3AGyyF8ujp/
Em o “Mito da Caverna” o filósofo Sócrates, que viveu entre 469 AC e 399 AC, tenta explicar para Glauco a necessidade do conhecimento que os humanos possuem. Durante a narração do mito, Sócrates detalha as descobertas de um dos prisioneiros (que havia sido liberto) faz sobre o mundo exterior. Segundo este mito, o prisioneiro, que agora era um homem livre, ao descobrir o mundo exterior e ver a luz do sol pela primeira vez, sente-se desamparado, desconfortável e deslocado. No entanto, aos poucos o ex-prisioneiro agora passa a acostumar-se com a luz do sol e começa a maravilhar-se com a vida que havia fora da caverna. Algo que passa despercebido aos demais é que o Mito da Caverna está inserido no livro “A República”. Sócrates travava um diálogo no qual buscava enfatizar ao Governante a importância que tinha o conhecimento na vida dos atenie
00:00Por qual razão o Estado cultiva a miséria e a morte psíquica social da população?
00:05O Estado precisa que as pessoas tenham medo.
00:08Este é o Visão Libertária, sua fonte de informações descentralizadas e distribuídas.
00:12Esse artigo foi sugerido e escrito por Bárbara S. Silva, revisado por dois e narrado por Alexander Barthes.
00:18Aqueles que enganam sempre encontram aqueles que se deixam enganar.
00:21Essa é uma frase atribuída a Nicolau Machiavelli, filósofo italiano que viveu entre os anos 1469 e 1527.
00:30O interessante dessa frase é que, embora antiga, ela representa muito bem a relação entre o Estado atual e a população que ele domina.
00:38Nós, seres humanos, começamos nossos processos de busca por sobrevivência a partir do momento em que decidimos nos arriscar e sair das cavernas.
00:46O homem primitivo, em busca de uma melhor qualidade de vida, descobriu e aprendeu a manusear o fogo.
00:52Com isso, ele pôde preparar melhor sua comida, ter aquecimento e ainda se defender de animais silvestres.
00:58Também foi muito importante ele ter aprendido a fabricar lâminas, mesmo que rudimentares, a partir de pedras.
01:05Com essas lâminas, ele passou a se defender de animais e caçar mais facilmente, o que era essencial para sua alimentação.
01:12Esse processo foi fundamental para que o ser humano desenvolvesse as suas habilidades de descoberta e criação.
01:18Portanto, é correto afirmar que as necessidades da vida fizeram com que a nossa espécie progredisse em meio à natureza árdua, hostil, bela e desconhecida.
01:28Desde então, a humanidade passou a experimentar inúmeras transformações.
01:32E no decorrer de nossa história, vimos inúmeras civilizações surgirem, terem um crescimento significativo e finalmente serem destruídas por tiranos.
01:42Foi isso que aconteceu com a Mesopotâmia, o Egito Antigo, a Grécia Antiga, Pérsia, Roma Antiga e tantas outras civilizações.
01:51Bem, mas por que isso ocorre?
01:52Qual é a essência básica que, ao desencadear o crescimento, provoca posteriormente a destruição?
01:58Em O Mito da Caverna, o filósofo Sócrates, que viveu entre 469 e 399 a.C., tenta explicar para Glauco a necessidade do conhecimento que os humanos possuem.
02:10Durante a narração do mito, Sócrates detalha as descobertas que um dos prisioneiros que havia sido liberto faz sobre o mundo exterior.
02:17Segundo este mito, o prisioneiro, que agora era um homem livre, ao descobrir o mundo exterior e ver a luz do sol pela primeira vez,
02:24sente-se desamparado, desconfortável e deslocado.
02:28No entanto, aos poucos, o ex-prisioneiro agora passa a acostumar-se com a luz do sol e começa a maravilhar-se com a vida que havia fora da caverna.
02:36Algo que passa despercebido aos demais é que o mito da caverna está inserido no livro A República.
02:42Sócrates travava um diálogo no qual buscava enfatizar ao governante a importância que tinha o conhecimento na vida dos atenienses.
02:49Por meio do mito da caverna, Sócrates afirma que o conhecimento é libertação e que o oposto disso é prisão.
02:56Claro que o mito da caverna foi lido por muitas pessoas, inclusive por governantes parasitas sagazes por poder.
03:02Esses últimos, inclusive, passaram a aproveitar da necessidade de conhecimento dos seres humanos para manipulá-los a seu favor.
03:09E tal procedimento foi ficando cada vez mais sofisticado no decorrer da história da humanidade.
03:15E tal sofisticação faz com que encontremos um nome muito conhecido, principalmente por políticos, o filósofo Nicolau Maquiavel, mencionado no início desta crônica.
03:25Maquiavel escreveu a obra O Príncipe em 1513, que só foi publicada postumamente em 1532.
03:33Maquiavel dedicou sua obra a Lourenço de Médici II, neto de Lourenço, o Magnífico.
03:39O intuito de sua obra era aconselhar o governante sobre a melhor estratégia para comandar os seus súditos e sobre como conquistar novos territórios sem grandes dificuldades.
03:49Em um trecho de sua obra, Maquiavel diz que quando os estados que forem adquiridos estiverem acostumados a viver sob leis próprias e em liberdade, existem três caminhos que podem ser trilhados por aqueles que desejam mantê-los.
04:02O primeiro é arruiná-los, o segundo é habitar no estado e o terceiro é permitir que continuem vivendo sob suas próprias leis, arrecadando um tributo e criando dentro dele uma oligarquia que se manterá fiel a você.
04:16Como esse governo, sendo criado pelo príncipe, sabe que não permanecerá sem a amizade e os interesses do príncipe, faz o máximo para apoiá-lo.
04:25Portanto, aquele que quiser manter uma cidade acostumada à liberdade conseguirá isso com mais facilidade por intermédio dos seus próprios cidadãos.
04:34Ao observarmos a data que tal ideia perversa foi escrita, notamos que desde aquela época já existiam indivíduos que adquiriam conhecimento para dominar os demais.
04:43Assim como Maquiavel, outros vinham no estado uma oportunidade para consolidar seu nome e para conquistar poder.
04:49Pessoas como Maquiavel existem até hoje.
04:52Elas são habilidosas em notar como funciona o ciclo de dominação e subserviência dos indivíduos.
04:58Elas usam o instinto e o medo deles contra eles mesmos.
05:01Pessoas como Maquiavel, ao invés de alertarem o povo, aproveitam-se de suas necessidades para dominá-los.
05:07Mas por que isso ocorre? Por que isso ainda é possível?
05:11Simples. As pessoas permitem isso.
05:13Uma grande parte da população chamada conhecidamente como massa tem medo extremo.
05:18Esses indivíduos desejam e clamam por garantias.
05:22Sejam elas de segurança, trabalho, felicidade, saúde, entre outras milhares de necessidades humanas.
05:27Não é por menos que as legislações positivadas crescem e tomam força de tempos em tempos com os dizeres
05:33Saúde é um direito, educação é um direito, trabalho é um direito, ser feliz é um direito.
05:40Esses direitos nada mais são do que prisões, amarras confundidas com liberdade e vida.
05:46Outra coisa que perturba a mente humana, que clama por poder, é a abundância.
05:51A maioria dos tiranos temem a abundância de sua classe dominada justamente porque a abundância anda de mãos dadas com a liberdade.
05:58Uma vez que as pessoas aprendem a lidar com seus medos e superá-los, tornam-se livres e dispostas a desbravarem a vida.
06:06Não é por menos que todos os estados socialistas utilizam-se das necessidades humanas para o seu domínio.
06:13Frederic Bastien, economista e jornalista do início do século XIX, é o autor do livro O que se vê e o que não se vê.
06:20Em um capítulo do livro sobre o Estado, Abundância e Miséria, ele descreve a articulação feita para aprisionar os indivíduos em seus próprios receios.
06:29É fato que tememos a pobreza, mas aprendemos a nos conformar mais com ela do que com a riqueza.
06:34Observe como se comportam aqueles que conquistaram patrimônios com muito esforço e dedicação.
06:39Depois de um período, passam a mostrar-se arrependidos de terem conquistado o que conquistaram.
06:44Sentem-se culpados e envergonhados e dizem frases como, o dinheiro não traz felicidade.
06:50Claro que nem todos os ricos se sentem assim.
06:53Os corporativistas, por exemplo, fingem sentir isso com o intuito de esconder os seus reais interesses,
06:59que são de permanecerem em seus postos por longos anos.
07:02Não há nada de errado em querer continuar rico ou mesmo ser rico de fato por toda a vida.
07:07Para quem se garante um livre mercado provendo produtos e serviços de qualidade, a riqueza é uma recompensa muito justa.
07:14A crítica aqui é destinada a quem desdém a produção de riqueza e mesmo assim adora o conforto que a riqueza proporciona,
07:21mas não quer produzir riqueza na livre concorrência.
07:24Esse é o caso de empresários corporativistas que contam com o Estado para protegê-los da abundância de ofertas de produtos e serviços.
07:32Ou seja, a ampla concorrência ou livre mercado.
07:36O Estado mantém seu poder com a ajuda daqueles indivíduos de mentalidades mais fraca e manipulável.
07:41Essas pessoas temem a individualidade, a experiência do viver, a responsabilidade, a liberdade e a busca pela felicidade.
07:49Então, voltando à pergunta do título, por qual razão o Estado cultiva a miséria e a morte psíquica social da população?
07:57Simples, porque indivíduos miseráveis, tanto financeiramente quanto emocionalmente, são muito mais fáceis de serem controlados.
08:05Os Estados, como todas as máfias, são chefiados por políticos que sabem muito bem disso.
08:10Percebendo e desenvolvendo as falhas, fraquezas e necessidades humanas, os políticos conseguem justificar para a população todos os roubos estatais.
08:19E sem nenhum pudor, eles utilizarão tudo isso contra os seus povos, apenas pela fome e sede de poder.
08:25Em alguns casos mais extremos mencionados anteriormente, o Estado explorou tanto a população que a civilização desenvolvida naquele local acabou desaparecendo.
08:35Porém, é possível que nas próximas décadas, com o desenvolvimento da tecnologia e da informação descentralizada,
08:41as máfias estatais não consigam mais impor medo nas pessoas e acabem desaparecendo.
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