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  • 09/07/2025
Os ministros da Fazenda e das Relações Institucionais, Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, respectivamente, se reuniram com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir o IOF. O encontro acontece dias antes da audiência marcada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes para a próxima terça-feira (15).
Comentaristas: Diego Tavares, Sérgio Zagarino, Guilherme Câmara e Thais Cremasco.

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00:01IOF, toda essa conversinha que o governo levou esses dias, arrecadou mais oito bi, tá legal?
00:06Oito bi, nesse negócio vai ou não vai.
00:09Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das relações institucionais, Gleis e Hoffman,
00:17se reuniram com os líderes da Câmara, Hugo Mota, e do Senado, Davi Alcolumbre,
00:24para discutir o IOF.
00:27O encontro acontece dias antes da audiência marcada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes,
00:35para a próxima terça-feira.
00:37Moraes suspendeu os decretos presidenciais que aumentavam as alíquotas do imposto
00:42e também o decreto do Congresso que anulava o aumento às altas do IOF.
00:50Muito bem.
00:51Meu querido Diego Tavares, eu não estou entendendo mais nada no Brasil.
00:57Está tudo de perna para o ar.
01:00O Supremo Tribunal Federal, que deveria dizer se é constitucional ou inconstitucional
01:07o decreto legislativo que suspendeu o aumento do IOF,
01:12suspende tudo e chama todo mundo para negociar, para conversar politicamente.
01:16Gente, o Supremo não tem por função resguardar a Constituição Federal e dizer tecnicamente
01:23o que viola a Constituição e o que não viola?
01:25Por que ele está fazendo uma composição, uma conversa entre os poderes?
01:29Essa não é uma ação política?
01:30Aí eu pergunto o seguinte, o Poder Executivo pode também lançar um decreto aumentando
01:37o IOF, dizendo que a finalidade é arrecadatória?
01:42Quando esse imposto é um imposto regulatório e não arrecadatório?
01:47O imposto extrafiscal, que por isso não obedece à noventena nem à anualidade?
01:52Quando o governo faz isso, ele não está tirando a constitucionalidade do decreto?
02:00Afinal de contas, há um desvio de finalidade.
02:03E o Legislativo?
02:04Agora o Legislativo discute se o imposto tem que ser aumentado ou não ser aumentado.
02:08Quem tem que ver isso não é o Executivo?
02:10Eu não estou entendendo mais nada.
02:12É fogo no parquinho?
02:14Capês, fogo no parquinho e muita gritaria, né?
02:17Boa tarde a você, boa tarde ao Zagarino, ao Guilherme, à Thaís, a todos que nos acompanham.
02:22Nessa tarde de feriado, pelo menos feriado aqui no estado de São Paulo, né?
02:26Embora nós tenhamos audiência em todo o Brasil.
02:28Capês, existe uma desfuncionalidade muito clara entre os poderes
02:31e cada um desses capítulos dá mais munição política para crítica.
02:36Inclusive críticas para todos os lados, né?
02:38Não só aquelas críticas de direita, críticas de esquerda, críticas ao Supremo, críticas ao Parlamento.
02:43Está tudo errado no Brasil.
02:44Realmente, tudo virou uma bagunça.
02:45A respeito do IOF, de fato, existe sim um vício na questão da finalidade.
02:51O IOF, como você disse, é um imposto que se presta a regular a economia.
02:55Quando o governo declara expressamente que está aumentando a alíquota desse imposto
02:59para fomentar a arrecadação e tentar combater, assim, o déficit recorde que nós temos das contas públicas,
03:05existe uma questão aí que tem que ser, de fato, apreciada.
03:09Existe aí um problema de inconstitucionalidade.
03:11Não é essa a finalidade do imposto sobre operações financeiras.
03:14Agora, seu turno também.
03:16O Supremo Tribunal Federal, com todo o respeito que merece essa instituição,
03:20uma instituição que é necessária em um sistema democrático,
03:24marcar uma audiência de conciliação entre os poderes.
03:27Como se nós estivéssemos aqui falando de um divórcio de um casal.
03:30Eu pensei nisso, parece uma vara de família.
03:32Exato.
03:33Reduzir o STF é uma vara de juizado especial,
03:36onde se debatem ali questões, enfim, não questões irrelevantes,
03:41mas questões evidentemente com menos importância do que a relação entre os poderes.
03:46Eu acho que isso fragiliza.
03:47De menor potência ofensiva.
03:48Exatamente.
03:50Como bom criminalista que é, trazendo aqui os termos do direito penal, o professor Capês.
03:54Mas, Diego, eu quero insistir com você.
03:56Quero insistir com você.
03:57Vamos lá.
03:58O decreto legislativo que suspendeu o aumento do IOF,
04:04ele é válido porque o decreto que aumentou o IOF é inconstitucional?
04:10Por que o decreto que aumentou o IOF é inconstitucional?
04:13Porque ele deu uma finalidade arrecadatória,
04:16deu um desvio de finalidade a um tributo que não é arrecadatório.
04:19Então, é inconstitucional.
04:21Ou o Poder Executivo poderia ter expedido um decreto aumentando o IOF
04:26e o Poder Legislativo não tem nada que se meter em questões de discricionariedade.
04:30Então, é um desvio de finalidade da atuação legislativa.
04:33Eu esperava que o Supremo dissesse, pode ou não pode?
04:36É constitucional ou inconstitucional?
04:38Então, essa linha sua que eu estou gostando,
04:41eu queria entender um pouco mais essa tua posição.
04:43Quer dizer, o Supremo acabou funcionando como um órgão de mediação
04:46quando ele deve ser um órgão técnico que proclama a proteção da nossa Constituição Federal.
04:52Exatamente, Capês. Existem bons argumentos nessa discussão.
04:55De fato, o IOF pode ser alterado por decreto do Poder Executivo.
04:59Essa é a forma com que se altera essa espécie de imposto
05:03que, como você disse muito bem, não tem por finalidade arrecadar dinheiro.
05:07Não tem por finalidade encher os cofres públicos.
05:10É um imposto que serve para se regular a economia em determinados momentos.
05:14Acontece que, em dado momento, o ministro Fernando Haddad,
05:17ministro da Fazenda, veio a público e disse que essa medida do IOF
05:20fazia parte de um pacote de medidas para fomentar a arrecadação,
05:24para aumentar o dinheiro que entra na conta bancária do Estado brasileiro.
05:29Daí que vem o vício de finalidade.
05:31Não é para essa finalidade que existe esse imposto.
05:34A discussão é válida e, de fato, poderia ser travada no Supremo.
05:37Como você disse muito bem, acontece é que o caminho que o Supremo deu,
05:43a forma com que a questão tramitou no Supremo,
05:46com a designação de audiência de conciliação,
05:49com, agora, essas conversas que estão ocorrendo,
05:51que até essa lutar numa democracia que ocorra, de fato,
05:54que os poderes amenizem aí essa crise,
05:56é aí que está o erro.
05:58Mas, de fato, caberia ao Supremo, nesse caso, só dizer
06:00é constitucional, não é constitucional.
06:02Eu, como estudioso, operador do direito,
06:05estava curioso para saber se pode ou não pode.
06:07Agora, eu não sei.
06:08Eu vou saber o que é melhor dentro do entendimento político.
06:12Infelizmente, fiquei aí aguardando decepcionado.
06:14Mas, Diego, enquanto você falava,
06:18o Guilherme Câmara mafazia um pampeiro aqui fora da câmera
06:22e balançava a cabeça e falava que ele não concorda com nada disso
06:26e que o Supremo ajude com bom senso,
06:28que tem mesmo que compor as partes, tem que conciliar.
06:31E ele é polêmico por natureza, né?
06:33Eu não conhecia, hein?
06:34Mas ele veio aqui e discordou de todo mundo.
06:37Não é fraco nós, cara.
06:37Assim é que é bom.
06:38Assim que nós gostamos aqui.
06:39É bom, né?
06:40Mas olha, Guilherme Câmara, porta-voz do governo com a palavra.
06:46Boa tarde a todos aqui, a todos os telespectadores, ouvintes.
06:50É, eu não mexi tanto a cabeça assim dessa vez, para ser sincero, né?
06:53Mas assim, é aquela velha história, né?
06:55O próprio ministro da Fazenda, que é advogado,
06:58ele deu uma declaração dizendo que não é inconstitucional
07:01você fazer esse decreto.
07:03E é prerrogativa do presidente da República, sim,
07:05fazer esse decreto para fazer o aumento do IOF.
07:07Eu discordo no ponto que se refere a...
07:11que pode parecer uma briga de casal,
07:14mas acredito que é função do Supremo fazer essa mediação
07:17num momento onde os dois poderes,
07:18o Legislativo e o Executivo,
07:20eles não conseguem se acertar de uma maneira que
07:22a gente não vê desde a redemocratização.
07:25Eu, sinceramente, não me lembro numa briga constante
07:28de tantos meses entre esses dois poderes
07:30desde que o Brasil voltou a ser uma democracia.
07:33Então, eu acredito que cabe ao Supremo, nesse momento,
07:36fazer essa mediação.
07:37Eu achei a solução encontrada pelo ministro Moraes
07:40muito positiva no sentido de achar uma solução,
07:43porque a gente precisa de uma solução
07:44para resolver esse impasse.
07:46Porque, lembra bem, o mesmo Congresso
07:47que derruba o decreto do presidente Lula
07:50em relação ao IOF
07:52é o mesmo Congresso que não quer abrir mão
07:53das emendas parlamentares.
07:55E aí o país é que fica nessa corda bamba,
07:57não sabe se arrecada, se não arrecada.
07:59Então, eu acredito que a decisão do Supremo
08:00foi positiva, sim, especificamente do ministro Moraes.
08:03Muito bem. Meu querido Sérgio Zagarino, boa tarde.
08:07Você viu que o Guilherme Câmara
08:08já mudou o nome do ministro Fernando Haddad.
08:11Já batizou de Fernando Supremo Tribunal Federal Haddad,
08:15porque o Haddad disse que é constitucional,
08:17então é constitucional.
08:18Não sabia que era função do ministro da Fazenda
08:20dizer o que é constitucional ou não.
08:21Queria ouvir você, para, claro, polemizar,
08:25criar esse atrito gostoso de ideias
08:28com o Guilherme Câmara.
08:30Boa tarde, Capês.
08:31Boa tarde a todos os nossos telespectadores,
08:33nossos ouvintes.
08:35Eu discordo um pouco do que o Diego estava abordando,
08:39muito em razão de que, na verdade,
08:42o ato, o decreto legislativo
08:45que foi editado pelo presidente da Câmara,
08:48ele é legal, ele é constitucional.
08:50E é isso que, sim,
08:52deveria ter sido avaliado pelo Supremo.
08:55Então, quando a gente tem a discussão,
08:58para você entender de forma muito simples,
08:59o governo criou um aumento de imposto
09:02fingindo que não era aumento
09:03e está tentando enganar você
09:04que era apenas regulatório,
09:07mas que ia ajudar na arrecadação.
09:08Aumento de imposto.
09:09O governo aumentou o imposto
09:10porque ele não consegue cortar gasto,
09:12então a única solução do governo arrecadar
09:14é criando mais imposto, aumentando imposto.
09:17O governo não arrecada dinheiro de outra forma,
09:19senão com aumento de imposto.
09:21Pois bem, só que isso está acontecendo
09:23num cenário que Hugo Mota,
09:25atual presidente da Câmara,
09:26foi eleito presidente,
09:28lembrando, com 35 anos,
09:30com apoio de todo o mercado,
09:33com discurso de austeridade fiscal.
09:36Tanto é verdade que ele,
09:37por inúmeras vezes,
09:38ele insiste em dizer
09:39o governo tem que ter responsabilidade fiscal.
09:43Essa história do arcabouço fiscal
09:45é muito confuso.
09:45A gente precisa apresentar
09:47uma proposta de redução de gastos.
09:49O ministro Fernando Haddad
09:50ainda não conseguiu fazer de forma concreta,
09:52por isso que o governo está nesse embate.
09:54Por quê?
09:55Porque da mesma forma que agora
09:56o presidente do Legislativo
09:57está dizendo que o governo
09:58tem que cortar gastos,
10:00o governo, que é o Poder Executivo,
10:01diz, meu filho,
10:02você tem 60 bilhões de emendas também,
10:04fica difícil.
10:05E é exatamente aí
10:06onde o nosso colega estava dizendo
10:08que existe um conflito muito grande,
10:12é uma falta de harmonia completa
10:13entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo.
10:15Só que isso não tem relação nenhuma
10:17com a questão técnica,
10:18que é aí onde você estava vindo,
10:20Capês, explicando.
10:21De forma técnica,
10:22o presidente pode editar um decreto
10:24e governar por decreto?
10:25Pode.
10:26Mas existe o Congresso Nacional
10:27que ainda vivemos numa democracia
10:29com a representatividade do povo,
10:31nós,
10:32que tem o direito de,
10:34primeiro,
10:35levar à discussão
10:36se o decreto é válido ou não.
10:38E, segundo,
10:39se aquele decreto pode ser derrubado
10:40por outro decreto.
10:42Porque quem manda mais
10:43uma democracia é o povo,
10:44e não o presidente.
10:46Portanto,
10:46o decreto que foi promulgado,
10:49editado,
10:49pelo presidente da Câmara,
10:51ele é válido.
10:52E quando ele foi questionado
10:53no Supremo,
10:55o Supremo deveria ter feito
10:56uma única coisa.
10:57Ter confirmado
10:58se o decreto do presidente da Câmara
11:00era válido ou não
11:01para derrubar
11:02o decreto do presidente.
11:03Era isso.
11:04Não abrir essa mesa de negociação,
11:06porque o Supremo Tribunal Federal
11:08não é ou não deveria
11:10ser um órgão político.
11:11e tem se demonstrado
11:12um órgão político
11:13há muito tempo.
11:14Eu já vi, inclusive,
11:15durante a semana,
11:16entrevista de ministro
11:18dando opinião sobre o IOF.
11:20Ah, mas por quê?
11:20Porque foi questionado
11:21pelo jornalista.
11:23É dever do jornalista.
11:24Eu concordo.
11:25Só que não é dever do ministro
11:26responder de forma parcial
11:28acerca de um fato
11:29que ele vai julgar.
11:31De novo,
11:31o STF,
11:32ele é um dos supremos
11:34de todo o mundo
11:35que tem a maior quantidade
11:36de causas.
11:37O STF vai discutir
11:38tudo no Brasil?
11:39Será que é esse
11:40o papel dele?
11:41Será que o papel dele
11:42dessa vez não deveria
11:43ter sido só julgar
11:43ao invés de ter aberto
11:45essa mesa,
11:45essa rodada de negociação,
11:46que é o que está acontecendo agora.
11:48Quando você pega
11:49o ministro da Fazenda,
11:50a presidente do partido,
11:52que é agora
11:53a Relações Institucionais
11:54do Governo,
11:55tentando abrir um diálogo
11:56com o Poder Legislativo,
11:58será que eles não estão
11:58antecipando o que vai acontecer
11:59nessa audiência
12:00de conciliação
12:01que vai ser feita
12:03com intermediação
12:04do Supremo?
12:05Está tudo errado, Capês.
12:06O Brasil está de ponta cabeça
12:07e a gente tem aí
12:08um ano e meio
12:09até as próximas eleições
12:10para entender
12:11como é que a gente vai conseguir
12:11mudar esse cenário.
12:13Aliás, pela oportunidade,
12:15essa semana teve um programa
12:16direto ao ponto
12:17com o presidente
12:18da Ordem dos Advogados
12:20do Brasil
12:20da Sessão de São Paulo,
12:22que é o doutor Leonardo Sica.
12:24Foi um programa excelente
12:25em que nós debatemos
12:27a reforma do judiciário.
12:29Vale a pena estar aí
12:30à disposição no YouTube
12:31para vocês acompanharem.
12:34Mas ela está aqui,
12:35advogada competente,
12:37bem-sucedida,
12:40combativa,
12:42mulher brava,
12:43elegante,
12:43bonita,
12:44não dá para brigar com ela.
12:46Está certo?
12:47Está aí,
12:47o Scremasco está todo
12:48de vermelho hoje,
12:49claro,
12:49está toda a temática,
12:52e ela já vai para cima,
12:53porque ele provocou.
12:54E eu vou te dar
12:55um combustível,
12:56porque aqui a gente gosta
12:57de jogar gasolina
12:58na fogueira.
13:00O Congresso Nacional
13:02agiu certo,
13:04na minha opinião,
13:04suspender esse IOF,
13:05mas se ele tivesse
13:07preocupação mesmo
13:09com o déficit fiscal,
13:12ele não abriria mão
13:13dos 64 bilhões de reais
13:16de emendas parlamentares?
13:19Também tem uma coisa
13:20que a gente não passa pano
13:21para ninguém.
13:23Vem com essa conversinha
13:24de que é colaborar,
13:25mas eu não sei qual foi
13:26a motivação.
13:28Desculpa,
13:28eu não sei qual foi
13:29a motivação.
13:30Eu concordo com o mérito
13:31do decreto legislativo,
13:32mas não sei qual foi
13:33a motivação.
13:35Eu sei que tem
13:36emenda parlamentar
13:37que está dando escândalo,
13:38tem muito rolo
13:39nessas emendas,
13:4064 bilhões,
13:42o país não está
13:42para gastar essa grana
13:43toda com emenda parlamentar,
13:46então também não vem
13:46dar uma de herói, não.
13:47Aqui não tem vestais
13:48nesta história.
13:50Mas eu quero ouvir,
13:51porque ela ficou tão brava.
13:53Zagarinho,
13:53não sei,
13:54quando você faz aquele olhar
13:56que se ela estivesse
13:57num júri,
13:58ela fuzilaria o promotor.
14:00Então,
14:01com a palavra
14:02a defesa
14:03Thaís Cremasco.
14:05Obrigada,
14:05Capitês,
14:06boa tarde a todas as pessoas.
14:08E o aumento do IOF
14:09é estratégico,
14:11foi pensado.
14:12E por que ele incomoda tanto?
14:14Porque ele bate
14:15no que
14:15muitas pessoas
14:17no Brasil,
14:18especialmente os privilegiados,
14:19têm medo,
14:21que é a justiça social.
14:22O que nós estamos falando?
14:24De uma arrecadação
14:25de 20 bilhões
14:27e meio
14:28que impactaria
14:29o pequeno
14:30trabalhador,
14:31assalariado.
14:32Não,
14:32impactaria
14:33quem tem
14:34grandes fortunas.
14:35São essas pessoas
14:37que seriam impactadas
14:38com o IOF.
14:39Daí você vê
14:40as pessoas fazendo
14:40uma cortina de fumaça
14:42para demonizar
14:43e criar conflitos
14:45em uma decisão
14:46que é muito importante
14:47para o país.
14:49É importante
14:49para o nono país
14:50mais desigual
14:51do mundo
14:52que é o Brasil.
14:53Então,
14:53nós precisamos
14:54tratar o tema
14:55do IOF
14:56com a seriedade
14:57que ele merece.
14:59É muito importante
15:00que haja
15:01essa correção
15:02para o bem
15:03de todo o povo brasileiro.
15:05Então,
15:05não adianta a gente
15:06falar
15:06o STF não deveria...
15:08Qual é o problema
15:09de sentar
15:10e fazer conciliação?
15:12Audiência de conciliação,
15:13oitiva,
15:14diálogo tripartite,
15:15diálogos
15:16entre os atores
15:17é fundamental
15:19para a democracia.
15:20Nós estamos falando
15:21e essa questão
15:22do IOF,
15:23Haddad,
15:25chamei Fernando
15:26de Haddad.
15:27Fernando.
15:27O seu xará,
15:28colega de faculdade.
15:29É, o seu xará.
15:30Estudamos juntos
15:31e porque a gente brigava.
15:32Eu estava pela direita,
15:34ele pela esquerda,
15:34mas Haddad é gente boa.
15:36Então,
15:36e essa questão
15:37do IOF
15:38é muito importante
15:39porque ele pode impactar,
15:41inclusive,
15:42de uma forma mais forte,
15:45essa polarização no Brasil.
15:46Porque a partir do momento
15:47que o governo se coloca
15:49e está colocando
15:50institucionalmente
15:51que o IOF,
15:52a taxação,
15:53essa IOF
15:53é uma forma
15:54de distribuir dinheiro
15:56entre as pessoas,
15:57vai se criar uma narrativa
15:59de pobres contra ricos
16:00no nosso país.
16:01E daí que o negócio
16:02vai ficar pior ainda.
16:03Então,
16:04não existe problema
16:04em conversar,
16:05não existe problema
16:06em arrecadar
16:0720 bilhões e meio
16:09a mais
16:10daqueles mais ricos
16:11que não contribuem
16:12de forma progressiva
16:14e justa
16:15em relação aos impostos.
16:18Olha,
16:19essa questão
16:20de jogar
16:21os pobres
16:22contra os ricos,
16:23não foi isso
16:24que a Thais disse,
16:24mas eu estou pegando
16:25a temática.
16:26A questão
16:26de jogar
16:27os pobres
16:27contra os ricos
16:28me lembra
16:29tanto
16:30o Manifesto Comunista
16:32ultrapassado
16:32de 1848
16:34em que a culpa
16:35é da burguesia,
16:37dos empresários
16:38pela desgraça
16:39do proletariado.
16:41Como se o proletariado
16:42fosse uma camada
16:42uniforme
16:44e não composta
16:44por uma multiplicidade
16:46de profissões
16:47e funções
16:47variadas
16:48com interesses
16:49contrastantes.
16:50Eu lembro
16:50uma frase
16:51do Guilherme Câmara
16:52do Bertrand Russell
16:52que dizia o seguinte,
16:54Karl Marx
16:55ao propor
16:56a ditadura
16:57do proletariado
16:58não queria o bem
16:59dos mais pobres,
17:01ele queria a infelicidade
17:03dos mais ricos.
17:05Essa questão
17:05de jogar rico
17:06contra pobre
17:06eu queria te ouvir
17:07porque
17:08eu acho um discurso
17:10muito demagógico
17:11e oportunista
17:12pois o atual governo
17:14está há 18 anos
17:15no poder
17:16desde 2003
17:17já ficou 17 anos
17:18e meio
17:19no poder
17:19a culpa é dos ricos
17:22ou do governo
17:23que não fez
17:24uma reforma administrativa
17:26até hoje
17:26que devia ser feita
17:27que não compatibilizou
17:29a distorção
17:30de salários
17:31no funcionamento
17:31no funcionalismo público
17:32que esbanjou
17:34em isenções fiscais
17:36sobretudo
17:37no governo Dilma
17:37comendo um terço
17:39do PIB nacional
17:40que não tem
17:42preocupação
17:43com o equilíbrio fiscal
17:44é culpa dos ricos
17:46ou está na hora
17:47de parar de culpar
17:48os outros
17:48sentar na cadeira
17:49e governar?
17:51Olha Capes
17:52eu vou começar
17:52pelo começo
17:54como diria o outro
17:54porque essa questão
17:56do manifesto comunista
17:57é muito importante falar
17:58porque o comunismo
17:59hoje em dia
18:00ele nada mais é
18:01do que um fantasma
18:03inexistente
18:03como todo fantasma
18:04na minha opinião
18:05não existe mais comunismo
18:07não existe
18:07aquilo que Karl Marx
18:08escreveu em 1848
18:09no manifesto
18:10é algo
18:11que era daquela época
18:13de lá pra cá
18:15o comunismo
18:15foi interpretado
18:16de várias maneiras
18:17como por exemplo
18:17na União Soviética
18:18como por exemplo
18:18em Cuba
18:19como por exemplo
18:19no Vietnã
18:20como por exemplo
18:21na experiência no Chile
18:22mais recentemente
18:23nos anos 70
18:23e como mais recentemente
18:26ainda na Venezuela
18:26enfim
18:27mas nem de perto
18:28é aquilo que Karl Marx
18:30defendia
18:30no século XIX
18:32então assim
18:33falar de comunismo
18:34hoje em dia
18:34de a luta de classes
18:36hoje em dia
18:36ser baseada
18:37no manifesto comunista
18:38é algo que
18:39pra mim funciona
18:41como um fantasma
18:41inexistente
18:42não existe mais
18:43essa possibilidade
18:44esse é o primeiro ponto
18:45segundo ponto
18:46por mais que esse governo
18:48esteja no poder
18:49há tantos anos
18:49com esse período
18:52entre Temer e Bolsonaro
18:53de ausência
18:54mas de fato
18:56foi o governo
18:56que mais fez
18:57em termos
18:58de redução
18:59da desigualdade
19:00com programas
19:01como ProUni
19:02como Bolsa Família
19:02isso tudo
19:03agora
19:03essa questão
19:04da taxação
19:06dos mais riscos
19:07da reforma
19:08nos impostos
19:09porque não faz sentido
19:09que uma pessoa
19:10que ganhe 100 mil reais
19:11por mês
19:11pague a mesma alíquota
19:12do que quem ganha
19:1410 mil
19:1515 mil por mês
19:15não faz o mínimo sentido
19:16isso é uma bandeira
19:17que esse governo
19:18já tentou levantar
19:18há muito tempo
19:19e não conseguiu
19:20porque não é interesse
19:21da Câmara
19:21aprovar uma medida dessa
19:23porque muitas
19:23das pessoas
19:24que estão na Câmara
19:25e muitos dos apoiadores
19:27de quem estão na Câmara
19:28leia-se
19:28quem faz o lobby
19:29na Câmara
19:30para essas pessoas
19:31não interessa
19:32que haja essa reforma
19:33e que o pobre
19:34e que o rico
19:35pague menos
19:36então
19:37talvez
19:37desde 2003
19:39para cá
19:39nunca teve um momento
19:40onde essa oportunidade
19:42de se reduzir
19:43essa desigualdade
19:43esteve tão
19:44em pauta
19:45como agora
19:46é a primeira vez
19:47que eu vejo isso
19:47então assim
19:48talvez seja um momento
19:49sim de discutir isso
19:50não pensando em termos
19:51de
19:52o manifesto
19:53do Partido Comunista
19:54isso não
19:54mas talvez
19:55você entender
19:56o momento
19:57do Brasil atualmente
19:58que
19:58passados tantos anos
20:00a gente tem que lembrar
20:00que nós somos
20:00o último país do mundo
20:02a acabar com a escravidão
20:03então quer dizer
20:04a desigualdade é
20:06algo presente ainda
20:07no Brasil
20:08a escravidão no Brasil
20:09acabou em 1888
20:10quer dizer
20:10faz muito pouco tempo
20:12então algo tem que ser feito
20:13para acabar com essa
20:14com essa desigualdade
20:15que ainda tem
20:16mas é através do IOF
20:17Guilherme
20:17porque
20:17essa discussão
20:19quando a gente fala
20:19em trazer uma seriedade
20:20para essa discussão
20:21a seriedade
20:22eu não vejo
20:22quando o governo
20:23coloca
20:24o aumento da alíquota
20:25do IOF
20:26como forma de se fazer
20:27justiça tributária
20:27como se o IOF
20:29sendo aumentado
20:29tivesse impacto
20:30somente nos ricos
20:31é claro que não
20:32isso é a maior mentira
20:33a maior balela
20:34de todas
20:34que vem sendo contada
20:35nessa história toda
20:36primeiro que a balela
20:37é que taxar grandes fortunas
20:39aumenta de sobremaneira
20:41a arrecadação
20:42e causa
20:42uma grande distribuição
20:45uma grande distribuição
20:46dessa riqueza
20:46para os mais pobres
20:47é a grande mentira
20:48todas as experiências
20:48nesse sentido
20:49foram fracassadas
20:50a mais latente
20:51é da França
20:52no qual o imposto
20:52sobre grandes fortunas
20:53foi chamado
20:54inclusive de imposto
20:55inglês
20:55porque fez com que
20:56as grandes fortunas
20:57migrassem da França
20:58para a Inglaterra
20:59gerando mais arrecadação
21:00para os ingleses
21:01e o IOF
21:02a gente sabe muito bem
21:03não é aquele imposto
21:04que vai incidir
21:04só sobre quem compra dólar
21:06quem tem grandes investimentos
21:07em grandes fundos
21:08o IOF
21:09ele vai encarecer o crédito
21:10o crédito principalmente
21:11para as empresas menores
21:12e empresas que repassarão
21:14esse aumento
21:15no custo do crédito
21:16para a ponta
21:17ou seja
21:17o aumento do IOF
21:18vai fragilizar
21:19ainda mais
21:20o bolso do mais pobre
21:21a falta de seriedade
21:22no debate
21:23ela começa
21:24quando o governo
21:25coloca esse aumento
21:26do IOF
21:26como uma forma
21:27de se fazer
21:27justiça tributária
21:28quer fazer justiça tributária
21:30quer levantar de fato
21:31a bandeira
21:31por que não propõe
21:32na Câmara
21:32o tal do imposto
21:34sobre grandes fortunas
21:35e coloca isso
21:35no debate popular
21:36coloca isso
21:37para os parlamentares
21:39debaterem
21:39não é através do IOF
21:40que se faz
21:41aquilo que eu estou entendendo
21:42do teu raciocínio
21:44você está querendo dizer
21:45que o aumento do IOF
21:47não é o apanágio
21:48para a solução
21:49de todos os problemas
21:50como se o fato
21:52de não ter
21:52permitido o aumento
21:54do IOF
21:54vai atrapalhar
21:56um governo
21:57que já está
21:57com uma dívida
21:58de 11 trilhões
22:00de reais
22:00e paga de juros
22:02anualmente
22:02um trilhão de reais
22:03e é o IOF
22:04que vai resolver
22:04é isso que você está dizendo
22:05e outra coisa
22:07que eu queria te falar também
22:08será que toda culpa
22:09se resume em jogar
22:12pobres contra ricos
22:13e dizer que o comunismo
22:15é um fantasma
22:15então como não tem
22:16mais esse fantasma
22:17deixa eu jogar
22:18os ricos
22:19eu tenho que arrumar
22:19um culpado
22:20o culpado agora
22:21não é a burguesia
22:22o culpado agora
22:23são os ricos
22:23e o culpado
22:24é o aumento do IOF
22:25que não aconteceu
22:26é isso que você está dizendo
22:27porque o Guilherme Câmara
22:28está aqui
22:28protegendo até
22:29esse cremato
22:30está assim
22:30fazendo assim
22:31com a cabeça
22:32e eu estou entendendo
22:33o teu raciocínio
22:34vai um pouquinho
22:34mais adiante
22:35que eu queria ouvir
22:35um pouco mais
22:36essa questão
22:37dos mais ricos
22:38como se o mundo
22:39fosse um jogo
22:40de soma zero
22:40no qual os muito pobres
22:42não tem nada
22:42porque os bilionários
22:43tem o dinheiro
22:44isso não existe
22:45o número
22:45de bilionários
22:47dos últimos 500 anos
22:48para cá
22:48aumentou de sobremaneira
22:49e também aumentou
22:50de sobremaneira
22:51o número de pessoas
22:52que saíram da miséria
22:53e ascenderam
22:54para classes sociais
22:55maiores
22:55ou seja
22:56o dinheiro
22:57de um milionário
22:58de um bilionário
22:59não é um cofre
22:59do tio Patinhas
23:00que está lá cheio
23:01de moedas
23:01onde ele mergulha
23:02e fica lá curtindo
23:03sua fortuna
23:03o dinheiro
23:04de um bilionário
23:05produz riqueza
23:06o dinheiro
23:06de um bilionário
23:08gira a roda
23:09da economia
23:09faz
23:10recolhe tributos
23:11gera empregos
23:12ou seja
23:12eu quero é mais
23:13bilionários aqui no país
23:14eu quero que as pessoas
23:15tenham
23:15principalmente os bilionários
23:17de fora
23:17tenham o Brasil
23:18como um lugar
23:18atrativo
23:19para os seus investimentos
23:20e não esse ambiente
23:21tóxico que se cria aqui
23:22para que essas pessoas
23:23tragam para cá
23:24as suas riquezas
23:25agora de fato
23:26esse debate
23:27não é travado
23:27de forma séria
23:28quando o IOF
23:29é tido como
23:30a grande panaceia
23:32para resolver
23:32o problema fiscal
23:33do Brasil
23:34o problema fiscal
23:35do Brasil
23:35ele vai passar
23:36a ser resolvido
23:36quando os nossos dirigentes
23:38olharem da porta
23:39para dentro
23:39da máquina pública
23:40nós temos uma máquina
23:41pública extremamente
23:42cara
23:42defasada
23:43ineficiente
23:44e não se cogita
23:45em momento algum
23:46os cortes
23:47de alguns cargos
23:48comissionados
23:49que não produzem nada
23:49a privatização
23:50de empresas estatais
23:51que dão prejuízo
23:53para os cofres públicos
23:55nada disso se cogita
23:56
23:56muito pelo contrário
23:58tivemos
23:58noticiamos
23:59repercutimos aqui
23:59na Jovem Pan
24:00há pouquíssimo tempo
24:01a arrecadação recorde
24:03então eu chamo
24:04coloco
24:04até de colocar
24:05aqui na mesa de debate
24:06principalmente
24:06para o Guilherme
24:07que não deve concordar
24:08comigo
24:09para a Thaís
24:09que não deve concordar
24:10comigo nesse ponto
24:10a questão da curva
24:12de Laffer
24:12existe um momento
24:13no qual não adianta
24:15mais você aumentar
24:15a arrecadação
24:16porque você vai exaurir
24:18a capacidade contributiva
24:19de um povo
24:20que já paga muito imposto
24:21o Brasil não admite
24:22mais aumento de imposto
24:24ninguém mais aguenta
24:24pagar imposto por aqui
24:25muito bem
24:26é o seguinte
24:27também tem uma coisa
24:28o rico que gasta
24:30o dinheiro dele
24:31não tem problema
24:32o duro é o rico
24:32que enriquece com dinheiro público
24:34e gasta dinheiro público
24:35aí é complicado
24:36mas eu queria ouvir você
24:38meu querido Guilherme
24:39pelo que eu entendi
24:40nesse confronto
24:42o ideal seria
24:43eliminarmos os ricos
24:44completamente do país
24:46ficamos só com os pobres
24:48e com o estado forte
24:49estado forte
24:50e sociedade fraca
24:52é o modelo soviético
24:54é Mao Tse Tung
24:56é Kim Jong-un
24:57é Fidel Castro
24:58é aquele clã
25:00o Maduro
25:01o Nicolás Maduro
25:02todos eles
25:04vindo para o Brasil
25:05é isso que você prega
25:06quando você
25:07de maneira ostensiva
25:09quase que hostilizando
25:11o Diego Tavares aqui
25:12balançava a cabeça
25:14gesticulava com as mãos
25:15pedia a palavra
25:16já que você não quer ricos
25:18aqui no Brasil
25:18com a palavra
25:19para sua réplica
25:20Guilherme Câmara
25:22de maneira alguma
25:23aliás a Thaís
25:23estava mais nervosa
25:24do que eu
25:24nesse momento
25:25inclusive
25:25estava mesmo
25:26eu vou deixar ela por último
25:27que ela vem com tudo
25:28não de maneira alguma
25:30o que eu acredito
25:31é o seguinte
25:31não tem uma
25:32quais as opções
25:34que a gente tem na mesa
25:34nesse momento
25:35reforma administrativa
25:36é algo que não vai acontecer
25:36no Brasil tão cedo
25:37por um motivo simples
25:38a Câmara não vai aceitar
25:39fazer isso
25:40porque a Câmara
25:40para a Câmara
25:41interessa que o sistema
25:43político brasileiro
25:44seja do jeito que é
25:44porque são os deputados
25:46inclusive que são indicados
25:47para esses cargos
25:48são aliados dos deputados
25:50que são indicados
25:50para esses cargos
25:51comissionados e tal
25:52então reforma administrativa
25:53nesse momento
25:54eu duvido que seja aprovada
25:55o governo tem que trabalhar
25:55com o que ele tem na mão
25:56o IOF é uma medida
25:58plausível
25:59aumentar o IOF
26:00no momento que necessita
26:01de arrecadação
26:01porque qual que
26:02se a gente ver por exemplo
26:03que os economistas
26:04estão falando
26:04qual que seria a outra opção
26:05o inter-economista
26:06falar corta gasto social
26:07e assim
26:08entre aumentar o IOF
26:10que de fato
26:10não é apenas
26:11para os mais ricos
26:12mas principalmente
26:14para os mais ricos
26:14ou é isso
26:15ou cortar gasto social
26:16entre aumentar o IOF
26:18e cortar a Bolsa Família
26:19cortar verba
26:20para a educação
26:20cortar verba
26:21para a saúde
26:21eu nesse sentido
26:23aí eu sou um bolchevique
26:24se isso é ser bolchevique
26:26eu sou
26:26porque é muito mais importante
26:28você taxar
26:29o que está mais ao alto
26:30do que você cortar
26:31gastos
26:33seria melhor o governo
26:34ter mais autoridade
26:36e cortar os 64 bilhões
26:39de emendas parlamentares
26:41que a gente sabe
26:41que tem rolo aí
26:42na maioria delas
26:43ou agora
26:44se o nosso presidente
26:45está só viajando
26:46pelo exterior
26:47e não cuida
26:48da articulação interna
26:49aí fica complicado
26:51meu querido Guilherme Câmara
26:52então eu vou discordar
26:53de você de novo
26:53porque a gente está
26:54num regime
26:55onde o congresso
26:56tem um papel
26:57muito importante
26:57não adianta
26:58o regime presidencialista
27:00de coalizão é esse
27:01então há muitos anos
27:02a gente discute isso
27:03ah, mas o governo
27:04é refém do congresso
27:05sim, o governo
27:06é refém do congresso
27:07no Brasil
27:08e é assim que funciona
27:08o governo Fernando Henrique
27:10teve que fazer
27:11muitas concessões
27:11para aprovar a reeleição
27:12o governo Lula
27:14lá no primeiro mandato
27:15teve que fazer
27:15muita concessão
27:16para conseguir
27:16para não cair
27:17diante do mensalão
27:19e agora o governo
27:19precisa fazer
27:20essas concessões
27:21para poder governar
27:22e como que chama
27:23essas concessões atualmente
27:24as emendas parlamentares
27:25que eu duvido
27:26mas eu duvido mesmo
27:27que o congresso
27:28vai querer perder
27:28esse benefício
27:30das emendas parlamentares
27:31então de novo
27:31o governo tem que trabalhar
27:33com o que ele tem na mão
27:33cortar a emenda
27:34está fora de cogitação
27:36pois é
27:37é o que eu acho estranho
27:38aí você vê
27:39que o
27:40presidente Lula
27:42ganhou as eleições
27:43mas a maioria
27:45da população
27:46não queria necessariamente
27:48ele
27:48porque isso se reflete
27:50na composição
27:51das forças
27:52do congresso nacional
27:53houve claro
27:54um desgaste
27:55muito grande
27:56na imagem
27:56do presidente Jair Bolsonaro
27:58foi pau a pau
27:59a eleição
28:00mas a maioria
28:01que votou
28:02pode ser tanto
28:03no Bolsonaro
28:04quanto no Lula
28:05talvez quisesse
28:06uma outra opção
28:07e aí o congresso
28:08nacional não reflete
28:10a vontade popular
28:11com a tendência
28:12no poder executivo
28:13e cria toda essa
28:14dificuldade
28:15de gestão
28:16no poder legislativo
28:17mas meu querido
28:18Sérgio Zagueto
28:19você ouviu atentamente
28:20a fala do Diego Tavares
28:22você ouviu
28:23o Guilherme Câmara
28:24e o Guilherme Câmara
28:25dizendo que é um governo
28:26que busca justiça social
28:27o governo está
28:28há 18 anos
28:29aí no poder
28:30e nós temos hoje
28:3160 milhões de pobres
28:33e 10 milhões
28:34vivendo na extrema
28:35pobreza no país
28:36são 70 milhões
28:37se a finalidade
28:38era essa
28:39as custas de uma dívida
28:40de 11 pontos trilhões
28:41ficamos um pouco distantes
28:43não?
28:44sem dúvidas
28:45quem é que
28:46tira a pessoa
28:47da pobreza?
28:49é o Estado?
28:50é o assistencialismo?
28:52é o valor
28:53que dá para a pessoa
28:54para ela conseguir sobreviver?
28:55ou é o emprego?
28:58ou é a geração de renda?
29:00ou é fazer com que a pessoa
29:01consiga adquirir recursos
29:04para poder garantir
29:05a sua subsistência?
29:07é emprego e renda
29:08e quando você tem
29:09uma medida
29:10e aí eu vou voltar aqui
29:11eu vou discordar
29:12da Thaís
29:13do Guilherme
29:14do Diego
29:14quando começou a falar
29:15de coisas
29:16que não tem relação
29:18nenhuma com a discussão
29:18a discussão aqui
29:19é o seguinte
29:20a discussão aqui é o seguinte
29:21o governo
29:22ele criou uma medida
29:24para aumentar recursos
29:26aumentar impostos
29:28sendo que
29:29o problema no Brasil
29:30não é esse
29:31o problema todo
29:33que deve ser
29:34apontado
29:35e discutido
29:36é
29:37será que essa medida
29:38que o governo federal
29:39apresentou
29:41através do Fernando Haddad
29:43ela é boa
29:44para a economia
29:45e quando eu falo
29:46economia
29:47ela vai atingir
29:48quem mais emprega
29:50no Brasil
29:50porque quem mais emprega
29:51no Brasil
29:52não é o grande bilionário
29:53igual eles estão aí
29:54num mundo a parte
29:55que eles estão discutindo
29:56agora
29:57isso é um mundo a parte
29:58que eles estão discutindo
29:59quem mais emprega
29:59no Brasil
30:00é o pequeno empreendedor
30:01é o pequeno empresário
30:02é ele que mais emprega
30:03sabe quem vai ser
30:04mais afetado
30:05com essa medida absurda
30:06desse aumento de IOF
30:07o pequeno empreendedor
30:09então o crédito
30:11vai ficar mais caro
30:12para ele
30:12automaticamente
30:13ele não vai conseguir
30:14ter como garantir
30:16o seu negócio
30:17e é esse negócio
30:18que está empregando você
30:19que está nos assistindo
30:20é esse negócio
30:21que está empregando
30:22o teu primo
30:22a tua tia
30:23teu filho
30:24a tua filha
30:25e aí vai gerar
30:26mais desemprego
30:27e eu só trouxe isso
30:28à tona
30:28porque você comentou
30:29dessa questão
30:29da desigualdade
30:30para você reduzir
30:31a desigualdade
30:32você tem que ofertar
30:32mais geração de renda
30:34para você ofertar
30:35mais geração de renda
30:36você não pode tomar
30:37uma medida
30:37contrária aos principais
30:39economistas do país
30:40não é uma medida
30:41de Fernando Haddad
30:42do governo federal
30:43que vai apresentar
30:44soluções para reduzir
30:45a desigualdade social
30:45com um aumento
30:47de um IOF
30:47não é isso
30:48para você conseguir
30:49você tem que juntar
30:50pessoas que tenham
30:51capacidade técnica
30:52para isso
30:52eu vi
30:53a Fé Comércio
30:54eu vi
30:55a Associação dos Comerciantes
30:57todos eles
30:57apontando
30:58professores da FGV
31:00todos eles apontando
31:01essa medida
31:02vai afetar diretamente
31:04o pequeno empreendedor
31:05obviamente
31:06quem mais emprego
31:07no Brasil
31:07é o pequeno empreendedor
31:08portanto
31:09você
31:10que está nos assistindo
31:11é o mais prejudicado
31:13a gente tem que começar
31:14a discutir o Brasil
31:14de forma mais séria
31:15gente
31:15pelo amor de Deus
31:16com mais técnica
31:17não com esses
31:17ah o Brasil é desigual
31:19por causa de períodos
31:20atrás
31:20não acabou
31:21tem solução para isso
31:22sim
31:22de forma técnica
31:23solução é saber votar
31:26Thaís Cremasco
31:27há dois modelos
31:29que foram apresentados
31:30aqui
31:30um
31:31um estado
31:32protetor
31:33welfare state
31:33que arrecada
31:34tributos
31:35e presta
31:36assistência
31:37à população
31:39mais carente
31:40outro
31:40é o estado
31:41que
31:41promove
31:43o crescimento
31:43econômico
31:44intervém pouco
31:45com o crescimento
31:47as empresas
31:47podem gerar
31:49mais emprego
31:49e a pessoa
31:50não precisa
31:50do assistencialismo
31:51ela mesma
31:52consegue o seu emprego
31:53qual dos modelos
31:54você prefere?
31:56bom
31:56primeiro
31:58pode prosseguir
32:00é bom
32:00desculpa
32:01caiu o microfone
32:02aqui
32:02primeiro
32:02eu acho
32:03muito importante
32:04a gente entender
32:05que existe
32:06uma mentira
32:07sendo jogada
32:07aqui o tempo todo
32:08a mentira é
32:10o IOF
32:10vai atingir
32:11as pessoas
32:11pobres
32:12do nosso país
32:13não é
32:14não é isso
32:15que o governo
32:16não é isso
32:17que numericamente
32:18está comprovado
32:19você está discordando
32:20os principais
32:20economistas do país
32:21sim
32:21os principais
32:22economistas do país
32:22estão errados
32:23mas o Zagarino
32:24mas o Zagarino
32:26ela tem direito
32:28de discordar
32:29não, tudo bem
32:29mas discorda
32:30então, por favor
32:31ela está dizendo
32:32que o que foi falado
32:34aqui não está certo
32:35quer que ela concorda
32:36com você
32:36então não tem debate
32:37é, não
32:38segundo inclusive
32:39o que o próprio
32:40o que o próprio
32:41ministro Haddad
32:41então não estou tirando
32:42da minha cabeça
32:43obviamente
32:43mas diferente
32:45de tirar da nossa cabeça
32:46obviamente
32:47que vai atingir
32:47as pessoas mais pobres
32:48não é verdade
32:49é, e essa guerra
32:52do rico contra o pobre
32:53não sou eu
32:54que estou inventando
32:55essa guerra
32:56já existe
32:57nós já vivemos
32:58num país
32:59onde a pessoa
33:00que compra arroz
33:01paga imposto
33:02sobre arroz
33:02e o jatinho
33:03não paga IPVA
33:04então a gente já vive
33:06na guerra dos pobres
33:07contra os ricos
33:07não sou eu
33:08que estou inventando
33:08essa guerra
33:09a questão é
33:10o discurso
33:12que está
33:12que está sendo
33:14enganado
33:15enganando as pessoas
33:16para dizer
33:16olha, você
33:17trabalhador
33:18classe média
33:18será afetado
33:19com o aumento do EF
33:20isso é falta de caráter
33:21né, isso é mentir
33:23através
33:23e não é nem de estatística
33:24porque não foi colocada
33:25nenhuma estatística aqui
33:26né, vai atingir
33:27eu gostaria de saber como
33:28como vai atingir
33:29não vai atingir
33:31vai atingir
33:31aquela pessoa
33:32que ganha
33:33mais de 100 mil reais
33:34por mês
33:35são essas pessoas
33:35que serão
33:36fortemente atingidas
33:37então acho que tem prazer
33:38a verdade
33:39não vai
33:40da pessoa física
33:41não vai
33:41da pessoa física
33:42não vai
33:43cada um tem aqui
33:44cada um tem direito
33:45dá licença
33:46cada um tem expor
33:47a sua opinião
33:48ela teve espaço
33:50dela
33:50vocês tiveram de vocês
33:51ela expôs a opinião dela
33:53que aliás
33:54é uma opinião
33:54com a qual
33:55Gabriel Galípolo
33:56economista
33:57indicado pelo presidente Lula
33:58e presidente do Banco Central
33:59não concorda
34:01diferentemente
34:01da Thaís Cremasco
34:02Gabriel Galípolo
34:03entende que isso pode
34:04afetar investimentos externos
34:07a vinda de capital
34:08estrangeiro para o Brasil
34:09e pode enviar
34:10um mau sinal
34:11de que aqui existe
34:12controle sobre fluxo
34:13de capital
34:14o que indiretamente
34:15claro
34:16prejudicaria os pobres
34:17com a redução do crédito
34:18encarecimento do crédito
34:19e diminuição
34:21de oportunidades
34:22de investimento
34:23mas cada um aqui
34:24tem a sua opinião
34:25Galípolo teve a dele também
34:26e a sua opinião

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