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  • 03/07/2025
A cidade de São Paulo enfrenta uma onda de ataques contra ônibus coletivos. Desde junho, mais de 235 veículos foram alvo de vandalismo, com pedras arremessadas e vidros quebrados. Somente entre quarta (02) e quinta-feira (03), 35 novos casos foram registrados, segundo a SPTrans. As autoridades investigam a motivação dos ataques. Deysi Cioccari e José Maria Trindade comentaram.
Reportagem: Danúbia Braga
Comentaristas: Deysi Cioccari e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00Mais de 230 ônibus foram vandalizados desde o início do mês de junho aqui na cidade de São Paulo.
00:06A Danúbia Braga está de volta com as informações sobre essa onda de ataques que tem assustado os moradores
00:12de várias regiões aqui da cidade de São Paulo, principalmente região metropolitana.
00:17Quantos foram registrados então só nas últimas 24 horas, Danúbia?
00:24Olha, nas últimas 24 horas, em torno de 35 ataques a ônibus.
00:29Em toda a capital paulista.
00:32Essas são as informações da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte, junto com a ESPETRANS,
00:37que inclusive emitiram uma nota de repúgio a esses casos, que nos últimos 20 dias então somam 235.
00:45E não são só ataques na capital, na região metropolitana também, em Taboão da Serra, por exemplo,
00:50só na terça-feira foram quatro ataques.
00:52Em Osasco, de acordo também com informações da prefeitura, foram dez só ontem, na quarta-feira.
00:58Ataques esses que têm feito com que, então, por exemplo, Osasco tenha pedido para a guarda municipal
01:05fazer umas operações entardecer e amanhecer, onde os guardas percorrem ali os corredores de ônibus.
01:12Um ataque, inclusive, na zona sul da capital, acabou ferindo uma passageira.
01:16Isso porque uma pedra quebrou o vidro, atingiu o rosto dela, atingindo o seu nariz, ela ficou com o nariz quebrado,
01:24foi socorrida numa unidade de pronto atendimento da zona sul.
01:28Além disso, a polícia, então, vem investigando esses casos, Polícia Civil, DC Cyber,
01:33porque tem algumas linhas de investigação, tanto como, por exemplo, uma retaliação de uma empresa
01:38que perdeu o contrato para operar linhas na zona sul e que teria uma ligação com organizações criminosas.
01:45A polícia também investiga se seriam ataques coordenados de desafios de rede social.
01:52Então, a polícia está bem empenhada em tentar descobrir o que está levando a esses ataques,
01:57tanto na capital quanto na região metropolitana.
02:00São ataques que ocorrem em horários diferentes, por exemplo, na região metropolitana, a luz do dia,
02:06já na capital paulista, somente à noite.
02:08Então, a polícia segue com essas investigações, mas tem assustado muito toda a população de São Paulo,
02:14uma vez em que as pessoas estão ali no transporte público e podem ser vítimas ali de uma pedra,
02:20podem ficar machucadas e pode acontecer até coisa mais séria.
02:23Então, a polícia bem empenhada em 20 dias, 235 ataques.
02:29Volto com você.
02:30Pois é, assustador. Obrigada, Danúbia, pelas suas informações.
02:34Deixa eu já acionar aqui os nossos comentaristas para a gente tentar entender um pouco, né, Deise?
02:39O que está acontecendo? Mais de 200 ataques a ônibus em um mês.
02:43As pessoas já estão cansadas de andar nas ruas, sem conseguir segurar o celular, com as joias.
02:49Agora, no ônibus também, você não pode se deslocar porque está com medo de levar uma pedrada no rosto,
02:55como aconteceu em um dos casos?
02:57É, Soraya, a gente tem um problema que a gente tem falado aqui no Jornal da Manhã,
03:02que é uma falha entre segurança pública e inteligência preventiva.
03:07Nós falávamos ontem sobre isso, que de cada 100 reais investido em segurança pública,
03:12somente 2 reais vão para a inteligência preventiva, né?
03:15O resto é para a reação. Então, ou seja, depois que acontece a violência,
03:20depois que acontece o assalto, é que a segurança pública se preocupa em reagir.
03:25Então, a gente tem que investir, o Estado tem que investir mais na prevenção.
03:30Isso não acontece, né? De cada 100 reais, somente 2 reais vão para a prevenção.
03:34Então, a gente também tem um impacto direto, se a gente for observar o que tem acontecido
03:39nessas últimas 24 horas, é um impacto direto muito mais na população que precisa do transporte público.
03:47É uma população mais vulnerável, né?
03:48Essa população que precisa, que utiliza esse transporte público, que precisa do ônibus,
03:53que precisa circular pela cidade de São Paulo, pela população metropolitana.
03:58Então, é uma população que às vezes utiliza, é uma população mais periférica,
04:03que utiliza esse transporte público, que depende do veículo para trabalhar,
04:07para estudar, para se locomover, para utilizar o sistema de saúde.
04:12E o Estado precisa compreender que isso não se trata somente de vandalismo, né?
04:17Não é simplesmente o vândalo, mas é uma disputa territorial e política por controle social, né?
04:25Passa muito além do vandalismo, né?
04:27Então, sem uma resposta estratégica do Estado, do município,
04:31o colapso da confiança institucional, ele vira combustível para mais violência ainda.
04:37Então, se o Estado, além de tudo, ele não utilizar uma inteligência preventiva,
04:44o controle social sai do Estado e vai para o vandalismo.
04:47Ele vai para esses agentes, para esses vândalos, que vão tirar do Estado o controle social.
04:54E aí, meu amigo, depois que passa essa linha, depois que cruza essa linha, não volta mais.
05:00Zé Maria Trindade, queria te ouvir também nesse mesmo assunto, à medida em que, como a Deise destacou,
05:06isso pode até, de algum modo, incentivar outros grupos, né?
05:09Ou seja, as razões podem ser as mais variadas possíveis, desde a possibilidade do tal do desafio da internet,
05:16como algumas autoridades falaram aqui em São Paulo, até a possibilidade de ir na onda, na vibe do que está rolando,
05:23e até mesmo do próprio crime organizado também aterrorizar a população de um modo geral.
05:27Ou seja, as razões podem ser várias, né, Zé?
05:30E aí, essa questão de você tentar se antecipar a elas, é que é o X da questão, né?
05:37É.
05:38Ataque a um ônibus é um crime, um crime grave e deve ser tratado como tal.
05:45Até a malandragem tem lá suas éticas.
05:48Houve um momento em que o assaltante de banco enfrentava dificuldades pesadas nas cadeias.
05:55Isso porque entendiam os presos de que quem usa ônibus é a sua tia, a sua mãe, a sua irmã e os seus parentes, né?
06:05Então, o assaltante de banco, quando caía na...
06:08Desculpa, o assaltante de ônibus, quando caía na cadeia, enfrentava dificuldades.
06:13Veja que seriedade.
06:15E aí, a gente vê ataques pedradas e até ônibus sendo insediados para atrapalhar a vida das pessoas.
06:22A criminalidade muda e é preciso mudar.
06:26Quando um crime acontece, é porque o sistema de segurança falhou.
06:31A polícia é o último anteparo contra o crime.
06:34A polícia não é o principal ator contra o crime.
06:41E é por isso que a polícia tem que investir em inteligência, tem que investir em prevenção,
06:46para descobrir quem são os malandros que estão fazendo isso com a população.
06:51Porque é um ataque contra a população, contra a sociedade.
06:55Nós vivemos ali num momento muito tênue, no debate que está aqui no Congresso Nacional,
07:02sobre estabelecer de vez o que é o terrorismo.
07:06Terrorismo é assustar a população de forma coletiva.
07:10E esse é um tipo de terrorismo e que deve ser tratado como tal.
07:16Não como uma malandragem de internet, não como uma ação isolada,
07:21mas sim como um crime grave de terrorismo para levar a população a ficar cada vez mais com medo e reclusa em casa.

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