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O Supremo Tribunal Federal (STF) validou a tomada de veículos de inadimplentes sem a necessidade de decisão judicial prévia. A medida, que segue o marco civil das garantias, tem gerado debates sobre os direitos dos consumidores e a atuação das instituições financeiras.

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Transcrição
00:00O STF validou que bancos e credores podem retomar veículos de inadimplentes sem autorização judicial,
00:07desde que respeitem direitos como a privacidade e a dignidade do devedor.
00:12A medida segue o marco legal das garantias.
00:15A Janaína Camelo chega novamente aqui no nosso 3 em 1 para falar quando é que vale essa decisão, hein Janaína?
00:22É muito interessante isso. Bem-vinda novamente.
00:24Pois é, né Kobayashi? Porque o que o STF fez foi julgar um recurso contra essa medida que já é prevista pelo marco legal das garantias,
00:36de que não é necessária uma ordem judicial para apreensão, confisco de bens móveis, como os veículos e imóveis também, né?
00:44Isso já estava previsto pelo marco legal das garantias, que foi aprovado em 2023.
00:49E ali no caso dos veículos, é quando ele é colocado como garantia no financiamento, né?
00:55O caso, no caso dos imóveis, no caso da hipoteca.
01:00Então, ali no caso é quando o comprador ainda não é proprietário do bem, quanto não quitar esse imóvel.
01:10Então, esse recurso foi apresentado ao STF e os ministros julgaram.
01:13Então, foi apresentado pela Associação dos Magistrados Brasileiros e também por entidades que representam oficiais de justiça,
01:19com a seguinte alegação de que o confisco ali, sem análise prévia do judiciário,
01:25viola direitos da dignidade da pessoa humana, a propriedade e a intimidade à vida privada.
01:31Então, esse recurso foi julgado, mas o resultado não foi unânime, viu?
01:35Os ministros, a ministra Carmem Lúcia e o ministro Flávio Dino votaram contra, pela inconstitucionalidade dessa medida.
01:44Mas ficou valendo ali o voto da maioria.
01:47O ministro Dias Toffoli, que é o relator, ele reconheceu a necessidade de fazer um ajuste nesse texto,
01:52com relação ali aos direitos humanos.
01:55Então, ele disse o seguinte, que o texto agora vale contendo a seguinte tese,
01:59que devem ser assegurados os direitos à vida privada, à honra e à imagem do devedor,
02:04à inviolabilidade do sigilo de dados, à vedação ao uso privado da violência,
02:10à inviolabilidade do domicílio, à dignidade da pessoa humana e à autonomia da vontade.
02:16Então, esse foi o resultado final aí do julgamento que aconteceu no plenário virtual,
02:21mas mantendo ali em tese o que já está disposto no marco legal das garantias.
02:27Muito obrigado. Muito obrigado, Joana Ana Camelo, diretamente de Brasília.
02:30Eu quero entender aqui dos nossos colegas como é que vocês veem essa questão,
02:34porque há sempre uma discussão muito grande quando há alguma mudança na lei
02:38que favorece o credor de conseguir obter meios de alcançar uma dívida,
02:44seja com um veículo, com um imóvel, às vezes até com algumas medidas atípicas,
02:49suspensão de CNH, por exemplo, bloqueio de cartão de crédito,
02:52algumas outras medidas até como bloqueio de passaporte, às vezes para obrigar o devedor a pagar.
02:59Isso aí, de um lado, dá mais garantia para que os credores consigam exercer o seu negócio,
03:06por outro lado, também mexe na vida de muita gente ali mais pobre que estão no campo dos inadimplentes.
03:12Como é que você vê, Alangani?
03:13Não, eu acho que é positivo, porque a justiça brasileira, de um modo geral,
03:17ela é pró-devedor, então é pró-inadimplência, as decisões judiciais acabam beneficiando mais os devedores
03:25do que os credores, e isso explica, em parte, por que a nossa taxa de juros é tão elevada.
03:32E, é claro, se você não pagou, você tem que ter algum tipo de consequência.
03:38Se você se tornou insolvente, inadimplente, tem que ter consequência.
03:41Se não tiver consequência, é um convite à inadimplência,
03:45porque daí todo mundo vai ter um incendio e falar, bom, eu não vou pagar mesmo, não vai acontecer nada,
03:48então eu vou financiar um carro, vou financiar um imóvel, se eu não pagar, não acontece nada.
03:53Então tem que ter, claro, uma punição.
03:55E você, Zé?
03:58Olha, as garantias são essenciais para, primeiro, baratear o sistema, né?
04:03Baratear o empréstimo, o risco.
04:05E, em segundo lugar, para ampliar.
04:08Eu fui testemunha aqui de um processo muito interessante,
04:11que foi a renovação, atualização da lei do inquilinato, né?
04:18Oficializando a denúncia vazia.
04:20O que é a denúncia vazia?
04:22É o dono do imóvel retomar o imóvel.
04:24Antigamente, não podia.
04:26E o que que acontecia?
04:26As pessoas não compravam imóveis para alugar,
04:29porque você alugava e não sabia quando recebia.
04:32E podia defasar, a pessoa entrava no imóvel, não saía, era terrível.
04:37E aí, o que que aconteceu?
04:39Foi uma atualização, o número de imóveis à disposição de aluguel aumentou muito, barateou.
04:46E é assim, o mercado, ele cobra.
04:49Existem leis na economia que não podem ser revogadas.
04:52E a lei da oferta e da procura é isso, né?
04:55Então, é o seguinte, se o vendedor tem uma possibilidade de financiar,
05:02ele vende muito mais.
05:04A venda está diretamente ligada à possibilidade de financiar.
05:06E se o financiador tem garantias de receber o imóvel, ou, nesse caso, o automóvel,
05:14ele pode financiar com juros menores.
05:18Os juros podem ser os mesmos, mas o que entra ali, que é o lucro e o risco, né?
05:24O risco é calculado, existem cálculos especiais para isso.
05:28Então, se não tem um risco, aí é lógico que fica mais barato financiar.
05:33Então, o que precisa é isso, é agilidade, não é só através de automóveis e tal.
05:40É a facilidade de retomar um bem que foi financiado, né?
05:45Isso faz a coisa ficar mais barata e mais ágil.
05:48E aumentar a oferta, e isso é bom para o consumidor no final.
05:52Você não pode beneficiar espertalhões que pagam a prestação e cismam que o bem é dele, né?
05:59Além de tomar o bem, é preciso responsabilizar a pessoa que, de má fé, comprou e não pagou.
06:06Claro.
06:07Para você que está nos acompanhando, para você entender,
06:10desde 2023, que é justamente a data dessa lei, né?
06:12Que é o marco civil das garantias, se você compra e dá um bem em garantia,
06:17como um veículo, por exemplo, uma alienação fiduciária,
06:21se você não pagar, está devendo, não precisa mais o credor entrar com uma ação na justiça.
06:27Ele já não vai gastar com os custos do processo, aquilo tudo,
06:31e vai poder alcançar extrajudicialmente, sem necessidade de um processo, esse bem.
06:36No final das contas, Segre, eu quero entender,
06:38isso aí vai começar a baratear os juros, o acesso ao financiamento, por exemplo?
06:42Na teoria, sim, na prática, duvido.
06:44Tem dois tipos de inadimplentes, o picareta e o preocupado.
06:48O picareta é aquele que compra sabendo que não vai pagar,
06:50e como o sistema permitia demorar, demorar, demorar,
06:54ele pegava um carro, usava o carro, não pagava o carro,
06:57detonava o carro e depois, pá, devolvia o carro já detonado,
07:00e para aquele que financiou, era prejuízo.
07:03O outro é o preocupado, dizendo, eu quis comprar, comprei,
07:06pensando que poderia pagar, alguma coisa deu errado,
07:08perdi o emprego, o negócio não saíram corretamente,
07:10e eu preciso negociar.
07:12Essa pessoa vai e negocia com o credor
07:16para encontrar uma forma de que ele continue ficando com o bem,
07:20de repente esticando o prazo, diminuindo os juros,
07:23ou alguma coisa assim.
07:24Esse sistema está certo.
07:26Por que eu digo que na teoria, sim, na prática, não?
07:28Eu lembro até agora,
07:30os valores das passagens eram muito elevados.
07:33Aí disseram, vamos diminuir a questão das malas,
07:36para que, com isso, conseguimos diminuir o valor da passagem.
07:42Não deu certo.
07:43Estamos esperando, né?
07:45Não deu certo.
07:45Parece que você não está esperando o suficiente.
07:47E agora vamos diminuir a alimentação nos voos.
07:51Eu lembro até agora, na época da saudosa Varig,
07:56tinha até os talheres eram de metal.
07:59E fazia uma pergunta de sempre, que eu lembro até agora,
08:03quando você viaja de avião, é massa ou frango, né?
08:06É massa ou frango.
08:08E agora não tem nada.
08:10Tem água porque tiveram que diminuir o custo para você
08:13e eu pagarmos menos a passagem.
08:15Diminuiu?
08:16Não, não diminuiu.
08:17Agora, se você quiser sentar numa poltrona que você escolhe,
08:21tem que pagar também.
08:22É piada.
08:23Então, na teoria, era para reduzir o valor da passagem.
08:26Na prática, não deu certo.
08:27Daqui a pouco a gente vai ter aviões aí com os passageiros voando em pé.
08:31Com certeza.
08:31Isso não é brincadeira, não.
08:32Outro dia um estudo aí, tem lá um esquema de segurança
08:36que eles estão apropriando.
08:37Mas é para diminuir os custos, ô Fábio Piperno, não vem, não.
08:41Ô Piperninho, só para fechar aí as questões todas desse debate,
08:45no final das contas, STF respeitando a autoridade do Congresso, né?
08:50Não, claro.
08:51E veja, é sim uma questão de mercado.
08:53É isso que o Segredo falou.
08:54O sujeito que está devendo, mas enfim, o sujeito de boa fé
08:58que passou no decorrer, enfim, da vigência desse financiamento
09:05a ter alguma dificuldade para quitar a sua dívida,
09:08ele vai lá, procura o credor, tenta renegociar isso,
09:12seja numa loja de departamentos, no supermercado
09:15ou na concessionária do veículo.
09:17Até porque, para a própria concessionária retomar o bem, né?
09:23Tem todo um processo que demora aí para vender de novo,
09:26aquilo fica parado.
09:27Então, muitas vezes, vale a pena buscar o caminho da renegociação.
09:32Fica melhor para todas as partes envolvidas.
09:35Agora, o golpista profissional, a gente sabe que aqui no Brasil tem golpe para tudo, né?
09:40Então, para ele, se realmente houver uma flexibilização muito forte dessas exigências,
09:48aí vai ter golpe para todo lado o tempo todo.

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