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A ditadura de Nicolás Maduro convocou o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, para voltar a Caracas. O regime chavista tomou a medida dias após o Brasil vetar a entrada da Venezuela nos Brics.

Em nota, a ditadura de Maduro afirma que a convocação tem o objetivo “de manifestar seu mais firme repúdio às recorrentes declarações intervencionistas e grosseiras de representantes autorizados pelo governo brasileiro, em particular as feitas pelo assessor especial de Assuntos Exteriores, Celso Amorim”.

Na sequência, o regime chavista diz que o assessor de Lula “se comporta como um mensageiro do imperialismo norte-americano”. 

Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:

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Transcrição
00:00E agora vamos falar da Venezuela.
00:02Pois é, de novo, mas sob a perspectiva brasileira, ou melhor, do governo,
00:07trazendo aqui aquilo que o governo do PT faz em relação ao regime.
00:11Tem briga de amor?
00:13A ditadura de Nicolás Maduro convocou o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadel,
00:17para voltar a Caracas.
00:19O regime chavista tomou a medida, dias após o Brasil, vetar a entrada da Venezuela nos BRICS.
00:24Em nota, a ditadura de Maduro afirma que a convocação tem o objetivo, aspas,
00:28de manifestar seu mais firme repúdio às recorrentes declarações intervencionistas e grosseiras
00:34de representantes autorizados pelo governo brasileiro,
00:37em particular as feitas pelo assessor especial de assuntos exteriores, Celso Amorim.
00:41Fecho as...
00:41Que injustiça!
00:44Como? O Celso Amorim, sempre complacente com a ditadura...
00:49Duda Teixeira, sério, às vezes eu vejo isso nesses últimos dias,
00:53e eu penso assim, será que o pessoal do Lula falou assim,
00:56Pô, repudie aí o que a gente está fazendo, porque aqui no Brasil estão criticando muita gente
01:01por ser cúmplice da ditadura e tal, então faz uma cena aí...
01:05De repente se brigar com o Maduro vai pegar bem, né?
01:08É, de repente se brigar com o Maduro, se ele aparecer brigando com a gente pega bem e tal,
01:13mas é que o Maduro, como o Lula, ele só aceita a subserviência total.
01:18Então como a pressão aqui dentro do Brasil, que pode respingar na popularidade,
01:23que é tudo que o Lula quer zelar, né?
01:25Como no exterior essa pressão foi muito alta, o Lula não pôde assumir 100% do discurso do Maduro.
01:32Ele assumiu 99%.
01:34Ele falou, ah, tem que mostrar ata e tal, mas nem condenou, nem criticou a fraude eleitoral,
01:39a perseguição aos opositores.
01:41Fala uma coisinha do BRICS e tal, por um outro motivo, talvez não.
01:44Então 99%, talvez 98%.
01:47Aí o Maduro, aqueles 2%, ele sente muita saudade, né, Duro?
01:51Você falou muito bem.
01:54Não dá para dizer que o Brasil está super pressionando, criticando, condenando a ditadura de Maduro
02:01pela fraude eleitoral, ou pelas torturas, ou pelas prisões, ou pela falta de democracia.
02:09Não tem.
02:10O Celso Amorim deu aquele depoimento ontem no Congresso Brasileiro e você não vê em momento algum
02:18ele falando que há uma ditadura na Venezuela e que isso é um problema,
02:25ou dizer que é por esse motivo que o Brasil foi contra a entrada da Venezuela no BRICS.
02:32Você não ouve ele falar isso.
02:34O que o Amorim fala no Congresso é, olha, a gente não podia validar o resultado da oposição
02:40porque isso seria um perigoso precedente à institucionalização democrática da Venezuela.
02:46Ele fala isso.
02:47Então, assim, ele diz que o Brasil não reconheceu os resultados da oposição,
02:52que foram comprovados com a divulgação das atas,
02:55porque isso ia afetar a democracia na Venezuela.
02:58Isso é o que o Amorim falou ontem, além de várias outras besteiras.
03:05Então, agora, o regime, ele meio que está reagindo excessivamente.
03:11Isso é uma característica também do governo da ditadura do Maduro,
03:17que sai falando e qualquer coisa é gente que está ali mancomunada com os Estados Unidos,
03:23querendo prejudicar o Maduro, ou um golpe, uma tentativa de magnicídio.
03:28Mas o Maduro não falou isso, mas é sempre uma coisa muito exagerada.
03:33Então, é o modo desoperante do regime do Maduro.
03:38E, na sequência, a ditadura do Maduro diz que o assessor de Lula, abre aspas,
03:42se comporta como um mensageiro do imperialismo norte-americano.
03:47Ele está falando do Celso Amorim, Doutor Tichy?
03:49É a primeira vez, me parece, que o Celso Amorim é acusado de ser um agente do imperialismo ianque,
03:56que ele combateu a vida inteira.
03:58Olha só, pelo menos na retórica, se associando às ditaduras que têm uma retórica anti-americana.
04:06Então, está lá a ditadura Maduro falando que ele se comporta como um mensageiro do imperialismo norte-americano.
04:11Volta para o print, produção.
04:11E tem se dedicado, de maneira impertinente, a emitir juízos de valor sobre processos que são responsabilidade exclusiva dos venezuelanos
04:20e de suas instituições democráticas.
04:23Festivais, como são cínicos?
04:26Que instituições democráticas?
04:27A ditadura está inteiramente controlada pelo Maduro.
04:31Ele tem uma fachada de democracia.
04:33Mas quem controla o Tribunal Supremo de Justiça, como eles chamam lá,
04:39é TJS, se eu não me engano, na própria sigla em espanhol.
04:42TSJ.
04:43TSJ, exatamente.
04:45É a militante do partido do Maduro.
04:48Sim.
04:49Que faz aquilo que ele quer com as suas narrativas.
04:52Nós mostramos isso ao longo dessa cobertura.
04:55E esse negócio de ser responsabilidade exclusiva dos venezuelanos,
04:58os venezuelanos estão sob um regime autoritário.
05:00Eles não têm voz.
05:01Eles mal puderam ter um candidato de oposição,
05:06porque duas candidaturas foram rejeitadas pelo regime.
05:09A da Maria Corina Machado e a da, depois indicada por ela, a professora Cristina Ioris.
05:15E ele continua no seu cinismo.
05:19O comunicado acrescenta, abre aspas,
05:21Tais declarações constituem uma agressão constante que mina as relações políticas e diplomáticas entre os estados,
05:26ameaçando os laços que unem os dois países.
05:29Fecha o aspas.
05:30Está melindroso o Maduro, Duda Teixeira.
05:33Uma agressão constante.
05:34Imagina o governo Lula, que está ali com uma florzinha só, passando no ombro do ditador.
05:43Felipe, uma pessoa sensata que tivesse apontado as violações de direitos humanos na Venezuela,
05:49ou a pressão da ditadura, as torturas, ou a fraude eleitoral, e que recebesse uma reação desse tipo aí,
05:58chamando a pessoa de agente da CIA ou agente do Império Americano,
06:03essa pessoa poderia ficar até orgulhosa, colocar ali uma faixa, uma medalha no peito,
06:08porque ia se sentir bem de incomodar um sujeito como o Nicolás Maduro.
06:12Mas esse não é, obviamente, o caso do Celso Amorim.
06:17O Celso Amorim, quando a Venezuela vai lá e chama ele de agente da CIA ou agente do Império Americano,
06:24isso é uma ofensa.
06:25Isso é um xingamento.
06:27É um xingamento, inclusive, dentro do grupo deles.
06:30Quer dizer, da corrente ideológica de esquerda, dessa tradição de como reagir aos adversários,
06:36qual rótulo colar neles, a esquerda, mais histérica, mais melindrosa,
06:41diante de qualquer divergência ou crítica, ela sai carimbando de agente da CIA,
06:46de representante do imperialismo ianque.
06:48E também, Felipe, uma outra coisa que a gente pode notar é que o Maduro tem sido muito crítico e duro
06:54com o Celso Amorim, mas tem poupado o Lula.
06:56O Lula, geralmente, vai lá tomar um chá de camomila, ele fala para o Lula,
07:02e talvez tenha um motivo para ir, para essa questão.
07:07A gente sabe bem o que o outro fez nos verões passados.
07:11Eles compartilharam empreiteiros amigos, compartilharam marqueteiros,
07:16as relações entre eles foram bastante esmiuçadas em depoimento de delação premiada,
07:23como a gente já mostrou aqui, inclusive tem o corte no canal de YouTube de O Antagonista,
07:27porque Lula apoia Maduro, recomendo a todos, com Mônica Moura e Emílio Odebrecht.
07:31Vamos ouvir agora, porque esse programa é muito generoso,
07:35o que disse o Celso Amorim, em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara,
07:40o assessor especial do Lula para assuntos internacionais,
07:44o que a gente chama chefe do Itamaraty Paralelo,
07:46falou em mal-estar no relacionamento entre Brasil e Venezuela.
07:52É uma outra palavra, um eufemismo para a briga de amor.
07:55São aquelas discussões entre amiguinhos, entre aliados.
07:59Não é um ataque em relação a inimigos,
08:04não é uma reação a pessoas que fazem críticas de uma maneira incisiva e factual.
08:11Vamos assistir.
08:12As atas não foram publicadas, o princípio da transparência não foi respeitado.
08:19Por outro lado, reconhecer os resultados distintos, com base em dados colhidos por um dos candidatos,
08:24representaria também um precedente perigoso para a institucionalidade democrática.
08:30Por isso, muitos países, que embora tenham dito que achavam que o Edmundo Gonçalves tinha ganhado,
08:35não chegaram a reconhecer oficialmente.
08:38Há uma lista de um certo número de países que, sim, reconheceram.
08:42Mas os próprios Estados Unidos tiveram uma posição um pouco ambígua a esse respeito.
08:47O secretário de Estado, Blinken, chegou a dizer que reconhecia,
08:52mas elementos da Casa Porta Voz da Casa Branca disseram que não era um reconhecimento oficial.
08:57E é compreensível, porque não se pode, digamos, aceitar como um precedente em vigor o fato de que os resultados oficiais
09:15são aqueles apurados pela oposição, ainda que a probabilidade possa ir nesse sentido ou não.
09:22Que enrolação, Celso Amor, em tudo isso para não criticar, para não condenar?
09:29Então, repito, é uma pressão muito grande.
09:31E qual era a retórica de campanha do Lula?
09:34Era a frente ampla pela democracia.
09:36A gente sabe que é uma frente ampla de fachada democrática,
09:39é uma frente ampla que depois já foi se deteriorando.
09:43E você depois legitimar completamente uma fraude eleitoral, ia pegar muito mal.
09:52Agora, eles criticaram a fraude eleitoral?
09:54Eles chamaram de fraude?
09:56Não.
09:57Eles simplesmente descrevem o que aconteceu.
09:58O que aconteceu?
09:59O regime do Maduro não mostrou as atas.
10:02E o que isso significa?
10:04Que é uma ditadura, que é um regime autoritário, que é uma fraude eleitoral?
10:08Não, isso não diz.
10:08Quer dizer, só o máximo a que chega o governo Lula é pegar um elemento da história
10:14e expressar em palavras o que aconteceu.
10:17Não mostrou as atas.
10:19Isso já incomoda o Maduro.
10:20Ele queria que legitimasse a vitória dele, etc., como fez o Vladimir Putin, ditador russo.
10:26Mas o Putin não precisa disputar a eleição, só aquelas de fachada e tal.
10:30Aqui ainda existe uma preocupação do governo com a popularidade.
10:33E aí ele fala que outros países, não, veja bem, também não reconheceram a vitória do adversário e tal.
10:38Olha, isso até se pode apontar qual país reconheceu ou não.
10:43O fato é que o certo a fazer é uma crítica dura a respeito da fraude eleitoral, do autoritarismo, da perseguição aos opositores.
10:52E isso o governo Lula não faz.
10:54E ainda distorce, Duda Teixeira, a posição dos Estados Unidos.
10:59Distorce a posição dos Estados Unidos.
11:01Porque o Blinken, já no dia 1º de agosto, a eleição foi dia 28 de julho.
11:06Antony Blinken, secretário de Estado americano.
11:08Exato.
11:09Logo depois, já tem uma nota do Blinken no site do Departamento de Estado dos Estados Unidos,
11:16dizendo que os Estados Unidos entendiam que a vitória tinha sido do Edmundo Gonzalez Urut, o candidato da oposição.
11:23E o Departamento de Estado, ele é um braço da Casa Branca.
11:27Ele é totalmente ligado ao executivo, ao Joe Biden.
11:31Então, assim, não há dúvida quanto a isso, Felipe.
11:35O que eu acho que aconteceu?
11:36E depois, foram outras notas do Departamento de Estado, desde então.
11:42Então, quando o Maduro persegue o Edmundo Gonzalez Urut, quando o Urut sai da Venezuela e vai para a Espanha,
11:48você tem notas do Departamento de Estado falando a mesma coisa.
11:51Então, dizer que ali teve porta-vozes da Casa Branca, ele nem diz o nome, que estão negando isso.
11:58Agora, o que aconteceu?
12:00A maioria das democracias do mundo apontaram a fraude e reconheceram a vitória do Edmundo Gonzalez.
12:07Inclusive, governos de esquerda, o Joe Biden, o Gabriel Boric, no Chile.
12:15O que aconteceu é que o Brasil ficou meio que isolado, porque o Brasil não fez isso.
12:20O Brasil até passou vergonha na época da Assembleia da ONU, que o Lula nem cita a Venezuela.
12:27E você tem um comunicado lá de 60 países, ou mais de 50 países, dizendo isso.
12:33Foi fraude, quem venceu foi o Edmundo.
12:35E aí, o que ele faz? Em vez de assumir a posição ou mudar a posição dele, ele vai lá e fala que é a posição dos Estados Unidos.
12:42O Amorim e o Lula têm fixação para os Estados Unidos.
12:45Ah, mas não era bem isso.
12:46Sabe, é até uma falta de respeito com os outros países.
12:50Então, e é completamente incoerente com as posições históricas do Celso Amorim.
12:55Quer dizer, nessa hora, os Estados Unidos servem como referência.
12:59E ele até dá essa margem para o Maduro, dentro desse raciocínio histérico, melindroso, de uma esquerda da época da Guerra Fria,
13:10a acusá-lo de porta-voz do imperialismo norte-americano.
13:14Quer dizer, nessa hora, para o Celso Amorim, vai, não.
13:17Ele está distorcendo, não é a posição americana.
13:19Mas ele fala assim, os próprios Estados Unidos e tal, não reconheceram a vitória do Edmundo Gonçalves e tal,
13:24para justificar a posição dele, do governo Lula.
13:28Então, até entendo, é claro que não justifico, a posição do Maduro, injusta com o seu camarada Celso Amorim,
13:35mas condizente com essa histeria esquerdista que o Celso Amorim sempre alimentou.
13:42Na verdade, o Celso Amorim empresta um discurso ideológico para os interesses políticos do Lula.
13:48Como que ele faz isso? Ele defende a multipolaridade.
13:52Então, o Lula precisa ficar aliado, no raciocínio dele, desses regimes autocráticos, dessas ditaduras,
13:59porque, nesse clubinho, ele não precisa apresentar dever de casa, não precisa combater a corrupção no país,
14:04ter equilíbrio fiscal, não precisa ter instituições agindo de maneira separada, independentes, etc.
14:11Não precisa nada, é só você negociar ali com eles, é que você consegue.
14:15Então, o Celso Amorim empresta um discurso que não é o discurso de precisamos negociar com ditaduras,
14:23é um discurso de que, olha, o mundo não pode ficar com um polo apenas,
14:28que é o polo do império dos Estados Unidos.
14:31Então, precisa haver outros polos, e nós estamos aqui criando os polos, representando o sul global.
14:36Aí, finge que eles estão na parte dos pobres contra os ricos e projeta esse populismo para a escala internacional,
14:44quando eles estão ao lado de ditadores.
14:48Então, assim, essa sempre foi a função do Celso Amorim dentro do esquema de poder petista.
14:52Diga, Doutor Teixeira, você está com vontade de falar? Fala.
14:54Felipe, tem uma questão freudiana aí, né?
14:56Porque ele está sempre criticando, atacando os Estados Unidos para qualquer assunto do mundo.
15:01Está falando de Cuba, é culpa dos Estados Unidos.
15:04Vai falar da Ucrânia, a culpa é dos Estados Unidos.
15:06Vai falar de Israel, os Estados Unidos.
15:08Vai falar da China, o BRICS é os Estados Unidos.
15:11É isso aí.
15:12Só que aí, às vezes, se ele quer falar, se promover, fazer qualquer coisa,
15:17e aí ele pega e cita os Estados Unidos também, né?
15:19É posar de democrata.
15:20Ou seja, também não importa o que os Estados Unidos façam ou não,
15:24se é o Biden, se é o Trump, se é a Kamala Harris,
15:27é uma fixação, uma coisa meio freudiana mesmo.

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