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Transcrição
00:00E ontem, mais especificamente neste domingo, os chilenos foram às urnas para votar em um plebiscito sobre a nova Constituição que busca substituir o texto da era da ditadura.
00:13A pressão era para reescrever a Constituição que remonta ao governo do general Augusto Pinochet, que comandou o Chile entre 1973 e 1990.
00:23Essa pressão nasceu de protestos inflados há quatro anos, encadeados em parte pela profunda desigualdade que muitos atribuíam a essa estrutura.
00:33Esse reverendo foi a segunda tentativa do país de se redigir uma nova Carta Constitucional.
00:41Para falar um pouquinho sobre o resultado desse referendo, eu trago ele, Caio Matos, o nosso repórter internacional que entende tudo de América Latina
00:51e também nessas questões de nossos irmãos. Caio, deixo com você.
00:57Boa tarde, Wilson. Boa tarde, gente. Tudo bem?
01:01Então, os chilenos foram ontem, no domingo 17 de dezembro, votar pela segunda vez em um referendo para tentar mudar a Constituição do Chile,
01:10que é a Constituição em vigor hoje, data do regime totalitário do ditador Augusto Pinochet.
01:18Então, a questão, a reforma constitucional do Chile é a questão mais importante, que mais mobiliza a política do país
01:27desde o início do atual mandato do atual presidente, o Gabriel Boric.
01:34E, na verdade, até precede ele. Ele se elegeu em 2021 com uma campanha forte a favor de se mudar a Constituição.
01:44Que o Chile tem problemas, tem demandas sociais muito fortes relacionadas à Constituição,
01:49que datam as mais recentes, desde a onda de protestos de 2019,
01:53que foi a principal crise do governo, do antecessor do Boric, o Sebastião Pinheira,
01:58e que foi o que começou a desandada do governo dele, que ajudou o Boric a se eleger em 2021.
02:07Então, a reforma da mudança da Constituição do Chile é o tema mais importante da política do Chile há anos
02:12e, sem dúvida, é o tema mais importante do governo de Gabriel Boric.
02:16E, no domingo, ontem, 17 de dezembro, os chilenos votaram 56% contra a mudança da Constituição e 44% a favor.
02:32Aparentemente, a princípio, pode parecer que isso foi uma derrota para o Boric,
02:36mas, na verdade, foi uma, não uma vitória também, mas um alívio à rejeição a essa proposta de Constituição,
02:45porque essa segunda proposta de Constituição ia totalmente contra a vontade do governo do Gabriel Boric,
02:52mais à esquerda, porque, como eu falei, essa é a segunda vez que se vota uma Constituição,
02:57que se tenta mudar a Constituição do Chile, desde o começo do governo do Gabriel Boric.
03:03Em 2022, o Gabriel Boric conseguiu eleger maioria na Assembleia Constituinte,
03:08que elaborou a proposta de Constituição na época e que foi votada em 2022,
03:15na verdade, a Assembleia Constituinte vem desde 2021, a primeira, né?
03:20E não conseguiu aprovar porque tinha, era tida como uma Constituição muito progressista demais,
03:26com muitos, tinham até interpretações que se dava a entender que a água,
03:30não seria possível privatizar a venda de água, a água potável seria um bem público.
03:35Tinha muitas controvérsias naquela proposta que não passou e aí o governo chileno tentou mais uma vez
03:43tentar elaborar um novo texto constitucional, só que dessa vez com a maioria era conservadora,
03:54na verdade, comandada pelo principal adversário do Boric, que perdeu para ele na última eleição,
03:59José Antônio Cassi, que representa uma direita bem conservadora.
04:04E essa proposta atual, ela tinha algumas interpretações que podiam andar a entender
04:08que, sem dúvida, dificultariam, por exemplo, a questão do aborto, né?
04:13A realização do aborto no Chile.
04:16Então, para essa Constituição que se foi votada neste final de semana, no domingo,
04:22embora a reforma constitucional seja uma campanha, seja uma plataforma importante do governo do Gabriel Boric,
04:29a que foi votada neste domingo ia totalmente contra as diretrizes e a ideologia do seu governo.
04:36Com a rejeição, ele sente um certo alívio.
04:40E o Boric já deixou claro que não vai tentar elaborar uma terceira Assembleia Constituinte
04:46e tentar elaborar uma terceira Constituição.
04:48Então, esse não do domingo foi definitivo e os chilenos terão que continuar com a Constituição do Pinochet,
04:55que, pelo que se dizia nas ruas de Santiago, é menos pior do que as duas que foram propostas nesses últimos anos.
05:04Wilson?
05:05E ainda falando sobre os nossos irmãos, o Javier Milley adotou várias medidas de austeridade fiscal
05:10nessa primeira semana de governo.
05:13Então, vamos aproveitar e ainda, como já estamos com ele, com o Caio Matos,
05:17eu queria te perguntar o seguinte, Caio.
05:19E aí, essas primeiras medidas foram efetivas?
05:22Era tudo que a gente esperava?
05:24Qual é a sua avaliação sobre a primeira semana do mandato dele, de Javier Milley?
05:32Bom, Wilson, a primeira semana do mandato do Javier Milley ficou marcada em questão de medidas econômicas
05:40pelo anúncio de medidas que o ministro da Economia, o Luiz Caputo, fez na televisão.
05:46Foi um anúncio gravado, mas transmitido na televisão em rede aberta.
05:51E ele trouxe nove medidas para tentar botar a Argentina nos trilhos, digamos assim.
05:58A principal delas foi a desvalorização do peso na cotação oficial para o dólar,
06:04que estava na casa dos 365 pesos por dólar, o que era uma cotação completamente artificial.
06:10As pessoas mal conseguiam, pessoas normais, os argentinos normais, mal conseguiam ter acesso
06:15a essa cotação e tinham que se refugiar no mercado paralelo, onde o dólar está a mil pesos.
06:20Então, eles desvalorizaram esses 365 pesos, o dólar, para 800.
06:27Isso impacta nas outras cotações também.
06:29A Argentina tem mais de 10 cotações diferentes de dólar.
06:32E outras medidas que o Caputo anunciou também foram anúncio de redução do Estado,
06:40cortes de funcionários públicos, cortes de propaganda governamental na imprensa,
06:46manutenção de cortes em alguns subsídios, manutenção de outros.
06:52Então, ainda é muito cedo para avaliar os impactos dessas medidas.
06:57Algumas já receberam, algumas já dá para se perceber um certo impacto, como por exemplo,
07:04sempre já, antes mesmo da posse do Milley, mas já com ele eleito,
07:08já se previa essa desvalorização do peso na cotação oficial.
07:12Então, os preços já refletiam essa expectativa do mercado para a desvalorização.
07:18Então, já se vê uma certa inflação, já desde um pouquinho antes da posse do Milley,
07:22e ela deve continuar.
07:24A questão é, se o mercado, tanto nacional quanto internacional,
07:29acreditar, ter confiança de que as propostas do Javier Milley
07:35vão ajudar o governo argentino, o Estado argentino,
07:38a botar as suas contas em dia, a tendência é que o país se estabilize e a inflação se controle.
07:45Mas para medir essa confiança ainda está muito cedo, é um processo demorado mesmo.
07:49Ainda devemos esperar ainda mais aumento de inflação,
07:53que é esse choque imediato às medidas do Milley.
07:57Mas as principais medidas, na verdade, ainda o Caputo, que é o ministro da Economia,
08:02fez só os anúncios na semana passada.
08:04Nessa semana que está se iniciando, a expectativa é que o Milley apresente
08:09um decreto de necessidade e urgência, que se chama, em curto, DNU,
08:16que é para, ele vai apresentar ao Congresso propostas concretas
08:20de redução do tamanho do Estado,
08:23de reformas para liberalizar a economia
08:28e afrouxar legislações trabalhistas.
08:34E essas medidas, a gente ainda não tem muitos detalhes delas,
08:40mas ele vai apresentar ao Congresso como decreto de necessidade e urgência,
08:43porque aí não é necessário a aprovação do Congresso.
08:47Aí as discussões jurídicas de como vai se executar esse decreto,
08:54ou se haverá contestações, é uma outra história,
08:56mas a expectativa é que nesta semana se apresente
08:58esse decreto de necessidade e urgência com essas medidas,
09:01com esses três eixos principais,
09:03desregulamentar a economia, afrouxar a legislação trabalhista
09:06e reduzir o tamanho do Estado,
09:08para botar em concreto o que o Milley vai fazer,
09:13ou pelo menos quer fazer,
09:16e de maneira rápida, sem precisar de aprovação do Congresso,
09:19para poder botar a Argentina nos trilhos.
09:22Uma coisa muito importante que acho que é de se destacar
09:25é que o governo do Javier Milley,
09:27que mal tem duas semanas,
09:31está começando a segunda semana,
09:33ele tem uma...
09:35A coisa mais importante que aconteceu,
09:37na verdade, é algo que fica fora do controle do governo,
09:40que foi uma tempestade que atingiu a província de Buenos Aires,
09:46principalmente a região sul da província de Buenos Aires,
09:49e, bom, 16 pessoas já morreram,
09:51e a região metropolitana da cidade de Buenos Aires,
09:54que fica no norte,
09:57ou seja, no oposto de onde foi o epicentro da tempestade,
10:00mas mesmo assim,
10:01a região metropolitana de Buenos Aires
10:03tem 150 mil pessoas sem luz.
10:07Então,
10:07esse foi, sem dúvida,
10:09o evento que mais marcou
10:10o início,
10:12esse comecinho do governo Milley,
10:14embora esteja fora do controle dele,
10:18mas é um fato muito importante
10:21que não se pode se deixar de relevar.
10:44E aí
10:49e aí
10:51e aí
10:56e aí
10:56e
10:57ou
10:58e
10:59e
10:59e

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