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Neste episódio do Check Up, o Dr. Cláudio Lottenberg recebe o endocrinologista Simão Lottenberg para falar sobre diabete, uma doença que afeta quase 590 milhões de pessoas. O Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial de casos, com mais de 16 milhões de pessoas com a condição..Saiba tudo sobre as causas, tratamentos, formas de prevenção e os principais mitos e verdades relacionados a esse tema que afeta a qualidade de vida de milhões de pessoas.

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00:00No Brasil, milhões de pessoas convivem com diabetes, uma condição que interfere na forma como o corpo regula os níveis de glicose no sangue.
00:12Apesar de ser uma doença silenciosa, em seus estágios iniciais, ela pode desencadear diversas complicações graves, caso não seja controlada com acompanhamento médico e diversos cuidados.
00:23No Check-Up de hoje, o Dr. Cláudio Lutenberg recebe o Dr. Simão Lutenberg, endocrinologista no Hospital Israelita Albert Einstein.
00:32Como o diabetes é diagnosticado? Quais são os tipos e como tratar?
00:37Todas essas respostas e muitas outras no Check-Up de hoje, que está no ar.
00:47Check-Up Jovem Pan, com o Dr. Cláudio Lutenberg.
00:51Olá, o Check-Up de hoje falará sobre diabetes.
00:59Diabetes é a condição caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue, causada pela falta de insulina no pâncreas ou pela perda de deficiência da ação do hormônio em pessoas obesas.
01:12De acordo com o Atlas Global da Doença, divulgado em abril deste ano, quase 590 milhões de pessoas, entre 20 e 79 anos, enfrentam esse problema de saúde.
01:25São 16,6 milhões no Brasil, que ocupa, inclusive, a sexta posição no ranking mundial de casos,
01:32apresentando também uma alta de 5,7% em comparação ao levantamento divulgado em 2021.
01:39No ano passado, mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo morreram em decorrência da doença.
01:45111 mil só no Brasil.
01:48Com mais de 250 bilhões de reais gastos, nosso país é o terceiro no mundo com mais despesas para tratamentos.
01:55E diga uma coisa, o Brasil diagnostica adequadamente o diabetes ou a gente tem gente que acaba não sendo diagnosticado?
02:04Diabetes é uma doença crônica, de alta prevalência.
02:09Os estudos epidemiológicos falam em 10% da população adulta com diabetes médicos.
02:18Mas a gente acredita que pelo menos 50% dos pacientes não são diagnosticados.
02:27Quer dizer, você esperaria ter no Brasil cerca de 20 milhões de diabéticos.
02:31E uma boa parte desses acabam não sendo diagnosticados.
02:35Exatamente.
02:36Entretanto, o mundo vive uma verdadeira epidemia de obesidade.
02:40O quanto que a obesidade poderá estar acarretando no incremento do número de diabéticos para hoje e para o futuro?
02:47Existem dois tipos de diabetes.
02:49O tipo 1 e o tipo 2.
02:51O tipo 2 acomete mais adultos e representa de 90% a 95% dos pacientes.
02:59E no tipo 2, a obesidade é uma das causas fundamentais.
03:03Quanto mais o indivíduo tiver um peso inadequado, peso elevado, maior a chance de desenvolver o diabetes.
03:12Então, porque a insulina, que é o hormônio que metaboliza a glicose e, em última análise de metabolismo, também gorduras e proteínas, funciona mal nos pacientes portadores de diabetes.
03:26Quer dizer, na realidade, então, a obesidade tem impacto importante.
03:30Porque o paciente que tem uma certa quantidade de insulina, a grosso modo, ele pode, de certa forma, não ter quantidade suficiente caso ele seja mais obeso.
03:41Exatamente.
03:42E como você poderia explicar para aqueles que nos assistem o que é o pré-diabetes?
03:48O paciente sente alguma coisa ou é algo que é só detectado através de exames específicos?
03:53Você faz uma pergunta que é fundamental.
03:56É uma situação que, além do risco maior de desenvolver a doença, já implica em maior risco do ponto de vista cardiovascular.
04:07Portanto, identificar esses indivíduos representa poder intervir mais precocemente e fazer com que a gente possa prevenir eventos futuros.
04:20O indivíduo com pré-diabetes é, em geral, assintomático.
04:23Então, o que é que nós precisamos?
04:25Saber identificar aqueles pacientes de risco e, nesses pacientes de risco, investigar e, feito o diagnóstico, estabelecer condutas.
04:38Em geral, de estilo de vida, mas que podem comportar também o uso de medicação no sentido de prevenir o desenvolvimento da doença e prevenir esse desenvolvimento, prevenir as complicações.
04:56E a questão não é simplesmente fazer exames indiscriminadamente.
05:01Isso é uma mensagem importante para a gente passar.
05:04A questão é ver aqueles indivíduos que têm mais risco e, assim, eles serem investigados.
05:11E, do ponto de vista populacional, tomar medidas em relação à população, em relação ao estilo de vida da população, no sentido de prevenir a doença.
05:22Então, nós vamos ajudar as pessoas como um todo.
05:25Quer dizer, a pessoa que tem o pré-diabetes, se ela é bem orientada, ela, de certa forma, poderá ser detectada e tratar mais precocemente.
05:36O que significa, no fundo, um prognóstico melhor, tanto no sentido individual quanto no sentido coletivo.
05:42É correto?
05:43Exatamente.
05:44E também um gasto menor.
05:46Se eu intervenho mais cedo, a gente vai conversar sobre isso, o diabetes é uma doença que leva a complicações mais tardias.
05:56Então, se eu consigo prevenir, eu vou gastar muito menos com esse indivíduo.
06:01Isso vai representar muito menos para o sistema de saúde, se eu tiver que tratá-lo lá na frente.
06:08A observação que o doutor Simão faz é muito importante, porque o autocuidado tem, no fundo, uma implicação dentro dos contextos de saúde coletiva.
06:17Ou seja, não é porque nós temos o direito ao acesso que nós podemos simplesmente achar que a gente pode se dar ao luxo de não tratar porque estamos afetando-nos de maneira individual.
06:28E sim a saúde coletiva.
06:30Eu fui criado, Simão, num ambiente onde as pessoas dizem, olha, não come açúcar porque você vai desenvolver diabetes.
06:37Quer dizer, é uma cultura, desde sempre, desde menino, isso é verdadeiro, até que ponto isso tem, de fato, algo que possa corroborar no desenvolvimento para o diabetes ou o tipo de alimentação?
06:49É uma crença antiga, né?
06:51É baseada na ideia, bom, se o que eleva no sangue é o açúcar, que é a glicose, se eu comer muito açúcar, eu vou desenvolver diabetes.
07:00Mas o contexto é muito maior.
07:01Na verdade, o diabetes é uma doença de todo o metabolismo, seja de açúcar, seja de gorduras.
07:08Então, comer muito açúcar é prejudicial?
07:11Sim, na medida em que eu consumo mais energia e posso ganhar peso.
07:16Como nós falamos anteriormente, a obesidade está diretamente relacionada ao diabetes.
07:21Se eu como muito açúcar, eu vou ter mais chances de desenvolver diabetes na medida que eu ganho peso.
07:27Mas se eu como muita gordura, também isso vai acontecer.
07:30Então, está tudo inserido num contexto, principalmente, do ganho de peso e de alterações metabólicas correlacionadas que vão levar ao diabetes.
07:43É evidente que no tratamento do diabetes, a gente leva em consideração a rejeição de açúcar.
07:50Por quê?
07:50Quando eu como açúcar, a glicose no sangue se eleva rapidamente.
07:55Eu precisaria ter mecanismos para combater isso.
07:58Então, essa questão do açúcar é abordada nesse sentido.
08:02Mas não é o fato de comer muito açúcar.
08:05É o fato de ganhar peso em um contexto do tratamento.
08:10Então, o fundamental é entender o diabetes como uma doença do metabolismo todo.
08:15Não só em relação ao ingresso de açúcar, que é como a gente ouvia quando nós éramos crianças.
08:20É verdade, você cita algo que realmente é bastante importante.
08:26As pessoas entenderem que o diabetes é algo mais amplo, não é uma doença de açúcar elevado.
08:32É claro, a glicemia pode estar aumentada dentro de um contexto metabólico.
08:38Agora, uma das coisas também que é uma dúvida que todos têm é entender a diferença entre o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2.
08:45Dá para a gente uma noção exata do que representa essas diferenças.
08:51São doenças, na verdade, são doenças cuja via final comum é a glicose alta.
08:57Mas, na verdade, são duas doenças diferentes.
09:00O diabetes tipo 1, que em geral acomete crianças e adolescentes,
09:05mas pode também acometer alguns adultos, o indivíduo tem um fenômeno de auto-imunidade.
09:14Quer dizer, o organismo reconhece as suas células do pâncreas que produzem a insulina como estranhas
09:22e produz anticorpos contra essas células.
09:27Isso vai destruindo essas células gradualmente e bloqueando a produção desse hormônio da insulina.
09:35Como ela não é produzida, leva a um aumento da glicose,
09:39porque a insulina é o hormônio responsável por colocar a glicose para dentro da célula.
09:45Então, o indivíduo com o tipo 1 necessariamente precisa de insulina para o seu tratamento.
09:50Ótimo.
09:51No menos, existem hoje vários tipos de insulina, hoje é mais confortável,
09:55mas ele precisa de insulina.
09:59No tipo 2, o fenômeno é diferente.
10:01É um indivíduo que tem vários mecanismos de resistência à insulina.
10:06O principal, já falamos aqui, a gente fala várias vezes para que as pessoas entendam,
10:12é a obesidade, principalmente a obesidade central.
10:16Então, aquela gordura que se localiza no abdômen.
10:20O diabetes tipo 2 se desenvolve pela resistência aos efeitos da insulina,
10:27causas hereditárias e também a partir de hábitos não saudáveis no cotidiano,
10:32principalmente, inclusive, pelo alto consumo de carboidratos e sedentarismo.
10:38Também conhecida por diabetes insulino-dependente,
10:41corresponde a 90% dos casos e afeta principalmente adultos a partir dos 40 anos e idosos.
10:48Durante toda a sua apresentação, você fez menção também às doenças crônicas
10:56que derivam do diabetes tipo 2, que são, na verdade, manifestações importantes.
11:02Que doenças são essas e quais são os cuidados que os pacientes têm que ter
11:06em relação ao acompanhamento desse tipo de manifestação?
11:10Essa é uma consideração fundamental.
11:12A gente conhecer as doenças que o diabetes, as complicações, as doenças que o diabetes
11:18pode acarretar no futuro.
11:21Essas complicações são dependentes, primeiro, do controle dos níveis de glicose,
11:29do bom tratamento da doença e também do controle de outros fatores de risco,
11:35colesterol, pressão, etc.
11:37Então, existem algumas alterações que são inerentes ao diabetes que aparecem no tipo 2
11:42e mais também no tipo 1.
11:45São alterações que decorrem de lesões em pequenos vasos sanguíneos
11:52e que vão levar a lesões nervosas, a neuropatia diabética,
12:00quer dizer, paciente que tem alterações como dor, alterações de dores, formigamentos,
12:08problemas de sensibilidade periférica, problemas de lesão dos nervos do trato gastrointestinal.
12:16Então, várias alterações neurológicas.
12:19Isso a gente chama de neuropatia diabética.
12:22Você pode ter alterações renais, que tem uma análise também, vem de alterações microvasculares.
12:28Então, lembrando que diabetes é a maior causa de transplante de rim.
12:34Então, isso é um dado importante.
12:36Essa doença pode ser, pelo menos, retardada se não evitada.
12:42Você tem aí a sua área, Cláudio, que é questão de alterações oculares.
12:49Diabético, o comportador de diabetes tem mais catarata e tem uma lesão que é muito característica,
12:56que é a retinopatia diabética.
12:57Então, são alterações dos pequenos vasos da retina,
13:01e me corrija se eu estiver errado,
13:03uma das maiores causas de cegueira ainda hoje.
13:07Então, são alterações decorrentes, basicamente, do diabetes.
13:12Então, é importante o que fazer.
13:16Acompanhar o paciente, pesquisar essas alterações com frequência,
13:21quer dizer, acompanhamento clínico e, quando necessário, o laboratorial desse paciente é fundamental.
13:28Então, exame de fundo de olho, você sabe muito bem.
13:31O exame neurológico bem feito, avaliação cardiovascular adequada.
13:36Também não adianta a gente ficar fazendo o exame de forma indiscriminada,
13:40ter um protocolo bem feito para isso, acompanhar a função renal.
13:47Em geral, no portador de diabetes tipo 2, a gente já faz esse monitoramento desde diagnóstico.
13:55Por quê?
13:56Porque é uma doença em que a gente não sabe quando começou.
14:00No tipo 1, naquelas outras alterações, a gente espera alguns anos para fazer esse acompanhamento,
14:04porque ele vem com o aparecimento da doença.
14:07Então, fundamental é o conhecimento dessas complicações, a detecção precoce,
14:13e a melhor forma de prevenir é tratar quanto mais cedo possível
14:19e acompanhar também os outros fatores de risco.
14:22Porque existe um conceito, que é muito importante, que nós chamamos de memória metabólica.
14:29Quanto mais tempo de exposição à glicose alta, maior a chance de desenvolver essas complicações
14:35que podem ser graves se não serão detectadas precocemente.
14:40Doutor Simão chama a atenção várias vezes para aquilo que pode impactar o custo da saúde social,
14:47algo que tem uma repercussão importante em termos de saúde coletiva.
14:51Falou, e vocês devem ter prestado atenção, da repercussão dentro da doença renal.
14:56E, aliás, para os sistemas de saúde, terapia dialítica, terapia de transplante renal,
15:03é isso que é usado como parâmetro de referência para validar os custos dos sistemas de saúde.
15:08Mas uma pergunta que provavelmente está todo mundo esperando fazer, Simão,
15:12é justamente sobre as canetinhas emagrecedoras.
15:16Elas funcionam? Como é que elas são indicadas dentro da perspectiva do diabetes?
15:19Também muito importante. Nós precisamos esclarecer a população,
15:23esse conceito do que estão chamando de canetinhas emagrecedoras.
15:30É importante lembrar que elas são medicações cuja via de administração é a via subcutânea.
15:36E hoje nós temos a facilidade de que elas podem ser administradas através de canetas que são indolores.
15:46Mas a gente usa essas canetas também para tratar com insulina, anticoagulantes,
15:53uma série de coisas que podem ser administradas por essa via.
15:57E é importante esclarecer às pessoas o que elas são.
16:02De uma década, de 10, 15 anos para cá, nós aprendemos que o intestino é também um produtor de hormônios,
16:15também funciona como uma glândula.
16:17O que são esses hormônios produzidos pelo intestino?
16:20O que eles fazem?
16:22Eles são um aviso.
16:24Quando o indivíduo come, ele produz esses hormônios.
16:27E esses hormônios são o que?
16:30Um aviso para o organismo de que ele está se alimentando.
16:34Que o organismo tem que dispor do seu maquinário, vamos dizer assim,
16:38para disponibilizar a energia.
16:41Quer dizer, a gente come por quê?
16:42Porque é bom, é muito bom.
16:44Mas a gente come porque a gente tem que dispor de energia.
16:48Tem a energia que é utilizada no momento, que é o carboidrato.
16:53Tem a energia que a gente armazena, que é a gordura.
16:56Tem a energia de construção, que é a proteína.
17:00Então, esses hormônios, os principais são o GLP-1 e o GIP, o nome técnico não é tão importante nesse momento.
17:09Então, a primeira coisa, o que ele faz?
17:11Ele dá uma sensação de saciedade.
17:13Dizem para a gente, ó, você está comendo, já não precisa comer tanto.
17:17Depois, ele vai dispor dessa energia.
17:21O que ele avisa?
17:22Ele vai mandar produzir insulina.
17:23Insulina, o que faz?
17:24A gente já falou.
17:27Guarda a glicose dentro da célula.
17:30O que ela faz também?
17:31Ela ajuda a construir os depósitos de gordura.
17:35Bloqueia que se quer de proteína.
17:37Então, outra mensagem.
17:40Existe um outro hormônio chamado glucagon, que previne a hipoglicemia.
17:44Então, ele inibe o glucagon.
17:45Então, são uma série de mensagens para, eu vou dizer para o organismo, dispor dessa energia que está entrando.
17:55E aí, o que fizeram os cientistas?
17:57Fizeram agonistas.
17:59O que são isso?
17:59São substâncias que parecem esses hormônios e funcionam como eles e funcionam durante muito mais tempo.
18:06Então, essas substâncias foram sintetizadas no sentido inicialmente de tratar o diabetes e começaram a ser usadas com sucesso no tratamento do diabetes.
18:21Mas aí, o que a gente viu?
18:23A gente viu que, em função dessas mensagens, elas, agindo por mais tempo, ajudavam as pessoas a emagrecer.
18:33Então, são drogas que estão sendo usadas para tratar uma doença chamada diabetes e uma outra doença que também pode acarretar o diabetes, que se chama obesidade.
18:44Então, isso é muito importante.
18:48A gente não pensar nelas como algo que vai ser mais uma panaceia para emagrecer.
18:55São drogas importantíssimas.
18:57São drogas importantíssimas no tratamento do diabetes.
19:00se mostraram benéficas, inclusive na prevenção direta de doenças cardiovasculares, principalmente ateroscleróticas.
19:12Então, é assim que a gente tem que encarar.
19:15Não é uma droga...
19:16Não são drogas para o indivíduo que quer perder 3 quilos e emagrecer.
19:22Então, o fundamento é uma droga que nos ensina a disponibilizar energia e faz com que controla a glicemia, previne complicações do diabetes
19:37e é útil no tratamento da obesidade, da doença chamada obesidade.
19:43Interessante, nós vamos em algum momento até voltar a isso no próximo programa
19:46para colocar a questão da obesidade dentro da lógica da depressão, da ansiedade,
19:53que são coisas correlatas.
19:54Ou seja, obesidade é uma questão de natureza estética.
19:57E para finalizar, você vive o diabetes, eu acho, praticamente uma vida sua profissional dedicada a isso.
20:02O Brasil tem encarado o desafio do diabetes dentro da proporção que mereceria ser encarado?
20:08Eu acho que ainda não.
20:11Quer dizer, eu acho que a gente pode...
20:15A gente melhorou muito nos últimos anos.
20:18A gente dá uma assistência ainda melhor, mas nós temos três formas.
20:23Eu vou repisar alguma coisa que a gente já conversou aqui.
20:25A gente tem três momentos, até para tentar sintetizar o que nós falamos.
20:31A gente tem três momentos em que a gente pode intervir.
20:35O que a gente chama de intervenção primária, secundária e terciária.
20:39Então, a intervenção primária é aquele momento da prevenção, da identificação do pré-diabetes.
20:44Quanto melhor a gente fizer isso e a gente não faz isso ainda tão bem,
20:49a gente vai economizar para o futuro.
20:53Depois, a intervenção secundária é tratar bem aqueles indivíduos acometidos.
20:58E o terciário é tratar bem aqueles indivíduos que já têm as complicações.
21:04E a gente pode fazer isso melhor, a um custo não tão maior,
21:10se a gente aproveitar as ferramentas que hoje em dia a gente tem,
21:15inclusive as ferramentas tecnológicas.
21:18Se a gente, no contexto geral, seja público ou privado,
21:22aproveitar uma série de ferramentas.
21:24Hoje a gente tem muitas formas e você entende muito disso.
21:30A gente tem muitas formas de chegar ao paciente de forma eficiente, mais barata,
21:40e conseguir retardar o aparecimento da doença e as suas complicações.
21:47Então, é fundamental a gente tentar e formar, além de usar a tecnologia,
21:54formar indivíduos competentes, equipes multiprofissionais.
21:57Isso não depende só do médico.
21:59No tratamento do diabético, nós temos o médico, a nutricionista,
22:03o psicólogo para ajudar a conviver com a doença,
22:06o educador físico.
22:10Não para administrar exercício, mas ensinar a fazer exercício.
22:14Se a gente conseguir unir tudo isso,
22:17a gente pode enfrentar o problema de uma forma muito mais eficiente.
22:22O check-up foi às ruas para saber quais dúvidas comuns do cotidiano
22:28as pessoas têm relacionadas ao diabetes.
22:32Doutor, pessoas diabéticas podem comer chocolate?
22:35E aí, doutor Simão, pode ou não pode?
22:37Em determinadas situações com orientação médica e nutricional, pode sim.
22:43Doutor, pessoas diabéticas podem comer pão?
22:46E agora, pão, pode ou não pode?
22:48No mesmo contexto, podem, sem dúvida podem,
22:53mas com orientação em relação à quantidade.
22:56Doutor, frutas podem ser consumidas à vontade?
23:00Será que é vontade mesmo, Simão?
23:02Podem, devem comer frutas.
23:05Nada é à vontade.
23:06Tem que haver um contexto dentro de uma alimentação balanceada.
23:10Doutor, é verdade que o chá pode controlar a diabetes?
23:14Ajuda?
23:14São mitos que vão se renovando a cada geração, né?
23:20O chá pode ser muito bom, pode ser muito bom para se tomar,
23:23mas para a diabetes não funciona.
23:27Doutor Simão Loutenberg, meu querido irmão,
23:29eu quero de verdade agradecer por você ter vindo aqui no dia de hoje.
23:33Eu que agradeço, fico muito, muito feliz de estar aqui,
23:36uma grande oportunidade e parabéns.
23:38É um orgulho para mim ver uma iniciativa tão importante
23:42ser realizada aqui na Jovem Pan por você.
23:44O nosso check-up fica por aqui.
23:46Hoje falamos sobre diabetes e acredito que trouxemos coisas muito importantes
23:51para você que aqui nos acompanha.
23:53Ficamos por aqui.
23:55Jovem Pan se despede, voltará em breve.
23:58Para você que tem alguma dúvida, alguma sugestão,
24:01mande seu e-mail para drclaudio.com.br.
24:06Semana que vem, estaremos de volta.
24:09E no check-up de hoje, você viu.
24:12Pré-diabetes, como identificar e prevenir o risco de desenvolver a doença.
24:17O impacto da obesidade e o aumento no número de casos no Brasil e no mundo.
24:22Diabetes tipo 1 e tipo 2, o que são e quais as diferenças entre os tipos da doença.
24:28As canetas emagrecedoras e como agem no tratamento do diabetes.
24:33E saúde pública, com campanhas e informações sobre diabetes para toda a população.
24:39Até a próxima edição do Check-up.
24:46Check-up Jovem Pan.
24:48Com o doutor Cláudio Lotenberg.
24:52A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
25:03Realização Jovem Pan News.

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