- 24/05/2025
Com apresentação do Dr. Claudio Lottenberg, o programa Check Up deste sábado (24) recebe o oncologista Fernando Maluf para uma conversa sobre os desafios do câncer, avanços no tratamento e histórias reais de superação na medicina.
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NotíciasTranscrição
00:00O câncer atinge uma a cada cinco pessoas no mundo.
00:05Uma das principais mudanças na forma como a sociedade encara a doença
00:09foi a popularização do tema, levando o assunto para veículos de imprensa,
00:14empresas e até universidades.
00:17O foco dessas discussões não é simplesmente debater o tema de forma técnica,
00:22mas, acima de tudo, promover a conscientização.
00:25No check-up de hoje, o doutor Cláudio Lutenberg recebe nos estúdios da Jovem Pan
00:30o fundador do Instituto Vencer o Câncer e um dos principais oncologistas do Brasil,
00:36Fernando Maluf.
00:37Fique ligado que o check-up já está no ar.
00:46CECAP Jovem Pan, com o doutor Cláudio Lutenberg.
00:51O assunto do nosso programa hoje é câncer.
00:55De acordo com o levantamento do Instituto Nacional do Câncer,
01:00mais de 700 mil novos casos são esperados no Brasil para o triênio 2023-2025.
01:08Deste total, 70% se concentram nas regiões sul e sudeste.
01:14No país, o tumor maligno mais incidente é o de pele não melanoma,
01:19representando mais de 30% do total de casos,
01:23seguido pelo de mama feminina, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago.
01:30Segundo a OMS, a carga da doença nas Américas
01:33fica atrás apenas de doenças cardiovasculares,
01:36além de ser uma das principais causas de morte na região.
01:40Um outro relatório, realizado pela Sociedade Americana do Câncer,
01:44aponta que 20 milhões de casos foram diagnosticados em 2022,
01:50além de 9,7 milhões de óbitos.
01:53A pesquisa projeta que a doença pode aumentar 77% em todo o mundo até 2050.
01:59Fernando, você que tem uma visão holística,
02:04qual é o diagnóstico do panorama do câncer no nosso Brasil?
02:09O câncer só vem aumentando e, infelizmente, nos próximos poucos anos,
02:15ele vai ser a maior causa de mortalidade no nosso país,
02:21passando as doenças cardiovasculares.
02:23A incidência de vários tumores aumenta de 10% a 20% por década.
02:30Isso acontece por uma série de fatores do mundo moderno.
02:32Portanto, no país, como no mundo também, Cláudio,
02:35que a gente vê que os casos de vários tumores muito comuns,
02:39como câncer de mama, câncer de próstata, câncer de intestino, câncer de pulmão,
02:44só vem crescendo.
02:45E, obviamente, isso merece um olhar muito específico e profundo
02:49de como evitar novos casos, de como tratar e curar os casos diagnosticados.
02:55Fernando, você conhece bem a saúde pública, a saúde privada,
03:00e nós sabemos que o SUS é um permanente desafio.
03:03Existe uma fila no nosso Sistema Único de Saúde
03:06que é, talvez, um dos maiores desafios para qualquer gestor,
03:10aliás, no Brasil e mesmo fora do Brasil.
03:13Mas, particularmente no Brasil, a fila do SUS.
03:16Qual é o impacto disso em termos de prognóstico do câncer?
03:21Existem dois mundos?
03:23Infelizmente, sim.
03:25O SUS tem uma série de aspectos positivos,
03:30transplante, a parte de banco de sangue, SAMU, vacinação.
03:35Mas câncer é uma doença que, ainda no SUS,
03:39ela tem uma distância, infelizmente, muito grande em relação ao sistema privado.
03:44Recentemente, nós apresentamos e publicamos alguns trabalhos
03:47comparando os resultados de pacientes na mesma fase da doença
03:52que se tratavam no SUS ou numa rede privada.
03:56Como exemplo, no câncer de próstata,
03:58que é uma das áreas que a gente trabalha tanto,
04:01um recente trabalho apresentado no Congresso americano pelo nosso grupo
04:04mostrou que pessoas que se tratam numa rede privada
04:08com câncer avançado, comparado com quem se trata no SUS,
04:12têm uma chance de estar vivo da ordem de 90% maior.
04:17Por que isso?
04:19Pelo atraso no começo do tratamento,
04:23pela falta de remédios de modo importante dentro do SUS.
04:27As filas, elas têm um impacto importantíssimo.
04:29Dois trabalhos publicados pelo nosso grupo agora
04:32mostrou que em câncer de bexiga,
04:34de colo de útero e de próstata,
04:37mesmo em fases precoces,
04:38a mortalidade comparando rede privada e SUS
04:42é incrivelmente maior no SUS.
04:44E um dos motivos,
04:46além, outra vez, da falta de insumos medicamentosos,
04:49falta de radioterapia,
04:51é com certeza as grandes filas.
04:54E como eu falo,
04:55o câncer não tem dó,
04:57o câncer não espera,
04:58o câncer não fala,
04:59essa pessoa é menos favorecida,
05:01então eu vou ser mais lento.
05:03O câncer é implacável,
05:05principalmente se a gente não combater
05:07com as armas certas e no tempo correto.
05:09E quando você olha, Fernando,
05:11o Brasil e fora do Brasil,
05:13nós sabemos que muita coisa,
05:15novas tecnologias,
05:16maiormente medicamentos,
05:18eles surgem fora do país.
05:20O Brasil está atrasado,
05:21o Brasil está inserido nos protocolos.
05:23Qual é o panorama desse tipo de relacionamento global
05:27e que pode, no fundo,
05:28fazer também a diferença?
05:30O Brasil é um Brasil de vários mundos diferentes.
05:33Quando a gente olha a melhor medicina do país,
05:36as ilhas de excelência,
05:38e, por exemplo,
05:39o Hospital Israelita Albert Einstein
05:40é hoje reputado como o melhor centro de câncer da América Latina,
05:45um dos melhores centros de câncer do mundo,
05:48não existe nenhuma diferença
05:49entre o Hospital Israelita Albert Einstein
05:52e outros hospitais de ponta no país
05:54com os melhores centros americanos e europeus.
05:58Porque a mesma tecnologia que é aprovada fora
06:01quase imediatamente aprovada no país.
06:04Portanto, os pacientes têm,
06:06além da melhor medicina no nosso país,
06:09eles têm algo que muitas vezes na Europa e nos Estados Unidos não têm,
06:12que é um grau de acolhimento
06:13que faz uma diferença incrível.
06:15Na área de pesquisa,
06:18nós pesquisadores também criamos protocolos
06:21que têm mudado padrões para o mundo inteiro.
06:24Dois exemplos.
06:25Nós recentemente apresentamos e vamos publicar
06:29um novo protocolo para câncer de pênis,
06:31uma doença de pessoas muito pobres,
06:33principalmente norte e nordeste.
06:36E esse protocolo,
06:37que foi positivo,
06:38virou hoje um protocolo padrão para o mundo inteiro.
06:40Os nossos grupos criaram em câncer de próstata
06:44tratamentos que não diminuem a testosterona,
06:46ou seja, que não fazem a castração na doença avançada
06:49com resultados absolutamente impactantes.
06:52Portanto, o brasileiro,
06:54e nas ilhas de excelência,
06:55não só consegue prover uma incrível assistência médica,
06:59mas hoje o Brasil tem se desenvolvido
07:01como centro formador de tecnologia
07:03e mudança de conduta,
07:05não só para o brasileiro ou brasileira,
07:07mas para as pessoas do mundo inteiro.
07:08Uma das questões que mais despertam dúvidas
07:13na população em geral
07:14é entender os fatores de risco para o câncer.
07:18Muitas pessoas se perguntam
07:19o que realmente pode aumentar as chances
07:22de desenvolver essa doença.
07:24E o check-up foi até as ruas
07:25para ver o que as pessoas acreditam
07:27ser as principais causas.
07:30Conversando com o médico,
07:32eu perguntei se teria alguma causa específica.
07:34Ele falou que não.
07:35Tem pessoas que já nascem com essa doença,
07:38ou ela vai desenvolvendo ao longo dos anos.
07:42E acontece mais em pessoas idosas também.
07:45É a péssima alimentação que está causando o câncer.
07:48É um dos itens,
07:49mas eu acho que tem outros itens também
07:51que causam alimentação.
07:53Cigarro,
07:54um monte de outras coisas.
07:56As pessoas ingerem muitas substâncias,
07:59jogam muitas substâncias no organismo,
08:01a própria poluição,
08:02que tudo ajuda,
08:03tudo complica tudo.
08:05E aderindo à péssima alimentação,
08:07então causa não só o câncer,
08:09como outras doenças que vêm aparecendo por aí.
08:12A rotina, cigarro,
08:14má alimentação,
08:15estresse,
08:17acho que é isso que deve causar o câncer.
08:18Na verdade,
08:18a gente está fazendo aqui um tratamento de câncer
08:21e foi diagnosticado o câncer puramente pelo tabagismo.
08:24Então, acho que coisas como estresse,
08:26que acumula aí no tabagismo,
08:29não comer demais,
08:30coisas industrializadas,
08:31acaba prejudicando a saúde
08:33e, consequentemente,
08:34talvez um câncer,
08:36uma outra doença.
08:37E o dia a dia aí,
08:38que é um movimento,
08:39uma correria,
08:40a poluição que você inala também,
08:43pode te causar isso?
08:44Mas, afinal, Fernando,
08:48quais são os verdadeiros fatores de risco
08:50para o desenvolvimento do câncer?
08:52Essa é uma pergunta muito importante,
08:54porque o fator de risco
08:55que as pessoas acham que é o principal,
08:58ele é, na verdade,
08:59um dos menos frequentes,
09:01que é o fator genético.
09:03De cada 10 casos de câncer, Cláudio,
09:05um só é por uma mutação
09:08que vem de pai ou de mãe
09:09de algum gene,
09:10que normalmente era um gene protetor
09:12e que ele, alterado,
09:14ele deixa de proteger o organismo.
09:17Os outros 90%
09:18ou são causas desconhecidas
09:20ou, na sua maioria,
09:22são por fatores extremamente bem conhecidos.
09:25E eu acho aqui que
09:26as pessoas que deram esse depoimento na rua
09:29acertaram em cheio.
09:31Quais são os principais?
09:33No passado, o cigarro era o número um.
09:35Mas, felizmente,
09:36em vários países,
09:37e no Brasil também,
09:38programas anti-tabagismo
09:40vêm melhorando
09:41e o número de pessoas fumantes
09:43vêm caindo gradativamente.
09:45Então, hoje,
09:46empatado com o cigarro
09:47como causa de câncer,
09:48vem uma tríade
09:49de ingesta de alimentos cancerígenos.
09:54Vou citar alguns deles.
09:55Alimentos, por exemplo,
09:57embutidos,
09:58enlatados,
10:00alimentos ricos em açúcar,
10:01ricos em gorduras,
10:04sedentarismo,
10:04que são as pessoas
10:05que não fazem atividade física,
10:07e a obesidade.
10:08Então, essa tria de obesidade,
10:10sedentarismo e dieta,
10:12hoje,
10:13representa um fator de risco
10:14tão grande ou maior
10:15até do que o próprio cigarro,
10:17mas para tumores diferentes.
10:20Um outro fator
10:21é o álcool,
10:22principalmente o álcool
10:23em quantidades moderadas
10:25ou mais altas
10:26de modo frequente.
10:28O outro é poluição,
10:29que um dos entrevistados
10:31mencionou.
10:31A poluição
10:32é uma das principais causas
10:34hoje de câncer de pulmão.
10:36Outros fatores,
10:37exposição à luz solar
10:38e um muito importante,
10:40que a gente poderia evitar
10:42de um modo muito simples,
10:44são os tumores causados
10:46por vírus
10:47ou por bactérias.
10:49Os vírus são mais comuns.
10:51Hepatite
10:51e o vírus HPV,
10:53que causa câncer de colo
10:54de útero,
10:55de pênis,
10:55vulva,
10:56vagina e garganta.
10:57Então,
10:57existe vacina para o HPV,
10:59principalmente para meninos
11:00e meninas dos 9 aos 14 anos.
11:02Existe vacina para hepatite B.
11:04Então, se a gente se vacinar,
11:05a gente também se protege
11:07de vários tipos de câncer.
11:09A gente vai conhecer agora
11:11a história da Mariana Fernandes,
11:13que foi diagnosticada
11:14aos 35 anos de idade
11:15com câncer de mama.
11:17Acompanhada de perto
11:19pelo doutor Maluf,
11:20Mariana conta para a gente
11:21aqui no Check-Up
11:22como descobriu a condição
11:24e como foi seu tratamento.
11:26Bom, eu tenho uma história
11:29com câncer,
11:30eu falo que muito curiosa,
11:32porque eu fui diagnosticada
11:34aos 35 anos
11:35e eu era formada
11:37em fisioterapia,
11:38especializada em câncer de mama.
11:40O meu trabalho de conclusão
11:41de curso na faculdade
11:42foi sobre câncer de mama.
11:44Então, eu sempre tive
11:45muita curiosidade
11:46sobre o câncer de mama.
11:49E aos 35 anos,
11:51eu, através do autoconhecimento
11:53das mamas,
11:54que é o famoso autoexame,
11:56eu descobri o nódulo
11:59e naquele momento
12:01eu senti que não fazia
12:03parte do meu corpo
12:04porque eu já tinha o hábito
12:05de fazer esse autoconhecimento
12:07sempre.
12:09E quando eu descobri,
12:10realmente,
12:11eu corri para resolver logo
12:14e realmente era um câncer
12:16muito pequenininho.
12:19Na época, eu não precisei
12:20fazer quimioterapia
12:21e nem radioterapia,
12:22eu fiz apenas hormonioterapia.
12:24foi uma jornada,
12:27eu falo que eu não sei
12:28o que é mais difícil,
12:30porque o diagnóstico
12:32é muito difícil,
12:33mas o tratamento,
12:35ele judia bastante.
12:37Nessa primeira jornada,
12:39eu,
12:39como eu não fiz a quimio
12:40e a rádio,
12:41foi mais tranquila.
12:43então,
12:44apenas com a hormonioterapia
12:45e a mastectomia
12:46que eu tirei
12:47as duas mamas,
12:48acabei
12:50vivendo a minha vida
12:52e,
12:53infelizmente,
12:54um ano e meio
12:55após esse diagnóstico,
12:57eu tive uma doença multifocal,
12:59eu tive uma recidiva
13:00na mesma mama
13:01que foi retirada
13:03e foi muito complicado
13:06entender,
13:08olhar no espelho
13:09e saber que eu estava
13:11com câncer novamente.
13:16Nessa recidiva,
13:18eu tive que fazer
13:18um tratamento
13:19muito mais,
13:21muito mais forte,
13:23muito mais invasivo,
13:25então,
13:26eu fiz a cirurgia
13:27de novo,
13:28novamente,
13:29e eu fiz a quimioterapia,
13:31radioterapia
13:31e comecei a fazer
13:33um bloqueio hormonal
13:35para entrar
13:36numa menopausa induzida
13:38e, atualmente,
13:39eu estou com 40 anos,
13:41então,
13:41cinco anos se passaram
13:43no primeiro diagnóstico
13:44e, hoje,
13:45eu me sinto
13:46completamente curada,
13:47mesmo não estando
13:49nesses cinco anos
13:51de fechamento
13:53sem o câncer,
13:54mas eu já me sinto curada.
13:56Emocionante, né?
14:03Maluf,
14:04o câncer de mama
14:05está entre
14:06o câncer
14:07dos mais
14:09prevalentes
14:10no Brasil
14:10e fora do Brasil.
14:12Como é que você
14:13pode me dizer
14:14a respeito
14:14dos fatores de risco?
14:16Quem tem mais chance
14:17de desenvolver
14:18câncer de mama?
14:19É o câncer
14:19mais comum na mulher,
14:21no mundo inteiro
14:21e no Brasil.
14:22Só pele para o câncer de pele
14:23e os fatores de risco
14:25são super bem definidos.
14:26Fatores genéticos,
14:28outra vez,
14:29um caso
14:29em cada dez
14:30de câncer de mama.
14:31Lembrar que o câncer de mama
14:32acontece em cada
14:33oito mulheres,
14:34uma,
14:34portanto,
14:35a chance é de
14:36pelo menos 10%
14:37para cada pessoa.
14:39Então,
14:39o fator genético
14:40é responsável
14:41por 10% dos casos.
14:43A obesidade
14:44é um fator importante
14:45de câncer de mama,
14:47como também é a questão
14:48da dieta
14:49e do sedentarismo.
14:51Mas entra um outro
14:51fator importante,
14:53Cláudio,
14:53que é uma longa exposição
14:55ao estrógeno,
14:57que é um dos hormônios
14:58femininos.
14:59E baseado nisso,
15:01um dos fatores de risco
15:02que vem se configurando
15:03como algo muito importante
15:05em câncer de mama
15:06são reposições hormonais.
15:09A reposição hormonal,
15:10quando bem feita,
15:12quando bem discutida,
15:13ela tem uma série
15:14de benefícios.
15:15Ela tem o benefício
15:16no coração,
15:18no colesterol,
15:19nos ossos,
15:20na saúde vaginal,
15:21na pele,
15:22no libido.
15:22mas quando ela é feita
15:24em pessoas
15:24de alto risco
15:25para câncer de mama,
15:27ou quando ela é feita
15:28com tratamentos hormonais
15:29inadvertidos
15:30em altíssimas doses,
15:32o que infelizmente
15:33é uma coisa
15:34que a gente vê hoje
15:35muito
15:35por essa busca
15:37dessa beleza,
15:38dessa perfeição,
15:40isso é um fator de risco
15:41para câncer de mama.
15:42O que protege
15:43o câncer de mama?
15:44Além do exercício,
15:45da dieta,
15:46do peso,
15:47é beber pouco,
15:48porque o álcool também
15:49é um fator de risco
15:50para câncer de mama,
15:52é a lactação,
15:53a lactação,
15:55mães que amamentam
15:56se protegem também,
15:58e outra vez
15:59é fazer os exames
16:00de prevenção
16:01que a gente chama,
16:02no caso,
16:03a mamografia
16:04e o ultrassom de mama
16:05complementar,
16:07geralmente,
16:07a partir dos 40 anos
16:08de idade,
16:09anualmente.
16:10A mamografia
16:11e o ultrassom de mama,
16:12além de todo o estilo
16:13de vida melhor,
16:15eles literalmente
16:16salvam vidas.
16:17Fernando,
16:18o paciente tratou,
16:19como é que você sabe
16:20que não está recidivando
16:21e como você faz
16:23o diagnóstico diferencial
16:24de um outro tipo de câncer?
16:26Ótima pergunta.
16:28A gente hoje,
16:29quando trata um paciente
16:30com câncer de mama
16:31ou de próstata
16:32ou de intestino
16:34ou de ovário
16:35e a pessoa não tem
16:36mais doença visível,
16:38a gente não consegue
16:39ter certeza
16:40que aquela pessoa
16:41está curada,
16:42porque mesmo que
16:42uma tomografia,
16:43um ultrassom,
16:44uma ressonância,
16:45um PET scan,
16:45falem, está tudo limpo,
16:48pode ser que tenha
16:49uma célula perdida ainda
16:50que não seja detectável
16:52porque ela é muito
16:53pequenininha.
16:54Então, a gente muitas vezes
16:55depois de uma cirurgia
16:56faz tratamentos
16:57pós-operatórios
16:58que a gente chama
16:59de preventivo
16:59para aumentar mais ainda
17:01a chance de cura.
17:03Para onde que a gente
17:03está caminhando?
17:05Existe um teste
17:06que é absolutamente
17:07revolucionário
17:09chamado biópsia líquida.
17:11O que ele avalia é,
17:12geralmente no sangue,
17:13fragmentos do DNA
17:16de uma célula
17:16tumoral circulante.
17:18Ele não é nem
17:19visto a célula,
17:21é um vestígio da célula,
17:24ou seja,
17:24é uma microcaracterística
17:26de uma célula.
17:27Esse exame
17:28tem sido estudado
17:29para vários tumores,
17:30os testes
17:31estão sendo refinados
17:32e ele vai servir
17:33para várias coisas,
17:35mas as duas principais.
17:37A primeira é
17:37para quem opera
17:38de um câncer,
17:39saber com certeza
17:40se aquela pessoa
17:41está ou não curada,
17:43porque se ela estiver curada,
17:44ela não precisa fazer
17:45nenhum tratamento adicional,
17:47o que obviamente
17:47é uma glória
17:48para o paciente
17:49porque ele fica
17:50livre de efeitos
17:51colaterais.
17:52A segunda utilidade
17:54desses exames
17:55vai ser para
17:56antecipar,
17:57Cláudio,
17:58em 3,
17:595,
17:597,
18:0010 anos,
18:01um diagnóstico
18:01de um câncer clínico.
18:03Tem que lembrar
18:04que o câncer,
18:04quando ele aparece,
18:05são milhões de células
18:07que ficam conjugadas
18:08e formam o nódulo.
18:10Esses testes
18:11agora estão sendo
18:11estudados
18:12para pegar o tumor
18:14numa fase
18:15de 2 células,
18:1610 células,
18:1715 células,
18:18ou seja,
18:18anos e anos
18:19antes do aparecimento
18:21do tumor.
18:22Se isso
18:23acontecer do jeito
18:24que a gente espera
18:24nos próximos poucos anos,
18:26nós vamos conseguir
18:27literalmente
18:28prevenir
18:29de modo
18:29incrivelmente eficaz
18:31vários tumores
18:32muito agressivos,
18:33como câncer de ovário,
18:35câncer de pâncreas,
18:36câncer de pulmão,
18:37entre outros.
18:37Fernando,
18:38na tua maturidade,
18:40na sua carreira,
18:41que é brilhante,
18:43você convive,
18:44lógico,
18:44com um aspecto técnico
18:46que tem que ser
18:47de domínio
18:48absolutamente
18:50impecável
18:51e, ao mesmo tempo,
18:52um cenário
18:53de humanização
18:54e de acolhimento.
18:56Para quem nos assiste,
18:57como identificar
18:58quem é o bom profissional
19:00que não só
19:01através de um bom currículo?
19:03Acho que é uma pergunta
19:04importantíssima.
19:05Eu falo que
19:06a minha maior escola
19:08da vida
19:09são meus pacientes
19:10e as famílias.
19:11É onde
19:12eu tive,
19:13além da faculdade,
19:14da residência,
19:15o meu maior aprendizado.
19:17Eu acho que
19:17o bom médico,
19:18além de tecnicamente,
19:20tem que ser muito bom,
19:21saber a literatura
19:22em profundidade,
19:23como aplicar ela,
19:24porque não adianta
19:25ter um trabalho,
19:26cada paciente tem características
19:27e você tem que aplicar
19:28o melhor estudo
19:29para a característica
19:30daquele paciente.
19:31é se portar
19:33na cadeira
19:34do paciente,
19:35é fazer um exercício
19:36mental
19:36de você sentar
19:38naquela cadeira
19:39como se fosse você
19:40com problema.
19:41E quando você consegue
19:42transpassar a mesa
19:44que separa você
19:45de um paciente
19:46ou de uma paciente
19:47e senta na cadeira
19:48daquela pessoa,
19:49você passa literalmente
19:50a entender
19:51o que aquela pessoa
19:52está passando.
19:54E aí vem o sentimento
19:55de
19:55eu preciso estar junto,
19:58eu preciso cuidar,
19:59porque eu me importo
20:00com o problema
20:01daquela pessoa
20:01como se fosse um problema
20:03de um ente querido.
20:04Então,
20:05acho que de tudo
20:05que eu poderia falar
20:06para os mais jovens
20:08que estão se formando,
20:09é que a característica
20:10principal do médico,
20:11humanística,
20:13é literalmente
20:14cuidar do problema
20:15do outro
20:16como se fosse
20:17o seu problema
20:18ou de alguém
20:18que você ama.
20:19Partindo desse princípio,
20:21eu acho que
20:22a empatia,
20:24o toque,
20:24o carinho,
20:25o calor humano,
20:27o acolhimento,
20:28eles são coisas
20:28que vão florescendo,
20:30mas a partir dessa base,
20:32que é a base
20:32de eu estou do seu lado
20:34e eu estou do seu lado
20:35para resolver
20:36o seu problema
20:36dentro de tudo
20:38que eu tenho
20:39de ferramentas
20:40que eu posso resolver.
20:41Nós médicos,
20:42e eu falo isso
20:43para os meus residentes,
20:45meus fellows,
20:46meus assistentes,
20:47nós médicos
20:47não somos mais ou menos
20:48úteis quando a gente cura.
20:50A gente é útil,
20:51a gente é um servidor,
20:53a gente quer curar todos,
20:54mas se a gente não cura,
20:55a gente quer controlar
20:56o problema,
20:57e se a gente não consegue controlar,
20:58a gente quer evitar
20:59o sofrimento.
21:00A gente não é mais ou menos
21:02importante em nenhum
21:02desses três cenários.
21:04Então,
21:04a gente tem que servir
21:05e chegar no melhor
21:06do que a gente pode
21:07para cada tipo de situação.
21:09Infelizmente,
21:10a gente não consegue
21:11tudo o que a gente gostaria,
21:13mas a gente tem que ir
21:14para casa e dormir
21:14e falar,
21:15eu fiz o meu melhor
21:16dentro de tudo
21:17que eu conheço
21:18e do tudo
21:19que eu tinha
21:19de disponível
21:20para poder oferecer
21:21para aquele paciente,
21:22para aquela família.
21:23Fernando,
21:24absolutamente inspirador.
21:26Eu quero realmente
21:27dizer que fico
21:29encantado
21:30por aquilo que pude
21:31escutar aqui
21:32e tendo
21:33mais uma vez
21:34a certeza
21:35daquilo que já
21:35sentia por você,
21:37que é uma grande admiração,
21:39como profissional,
21:40como colega
21:41e sobretudo
21:41como ser humano.
21:42Muito obrigado.
21:43Obrigado pela entrevista.
21:44Quero também agradecer
21:46a você que nos acompanhou
21:48através de todas
21:49as plataformas
21:50da Jovem Pan.
21:52Se ficou alguma dúvida
21:53sobre o tema
21:54que abordamos hoje
21:55ou caso queira
21:56fazer uma sugestão,
21:58nos envie um e-mail
21:59doutorcláudio
22:00arroba
22:02jovempan.com.br
22:05No check-up de hoje
22:08você viu
22:09o cenário do câncer
22:10no Brasil
22:10e a perspectiva
22:12do crescimento
22:12da doença
22:13nos próximos anos.
22:14A diferença de tratamentos,
22:16disponibilidade de medicamentos
22:18e a taxa de mortalidade
22:20entre redes privadas
22:21e públicas.
22:22Tratamentos,
22:23medicamentos
22:24e o avanço
22:25na medicina
22:25fora do Brasil.
22:27Os principais fatores
22:28de risco
22:29Câncer de mama
22:30Fatores de risco
22:31Prevenção
22:32O risco de recidiva
22:34e o diagnóstico
22:35que diferencia
22:36o desenvolvimento
22:37de um novo câncer
22:37do ressurgimento
22:39após o período de cura
22:41E a importância
22:42do bom profissional
22:43além do currículo
22:44para o acompanhamento
22:45e orientação
22:46adequada
22:47ao longo de todo
22:48o tratamento
22:49Até o próximo check-up!
22:50CICAP Jovem Pan
22:56Condutor Cláudio Lotenberg
22:59A opinião dos nossos comentaristas
23:03não reflete necessariamente
23:05a opinião do Grupo Jovem Pan
23:07de Comunicação
23:08Realização Jovem Pan News
23:14Realização Jovem Pan News
23:14A continuação do Grupo Jovem Pan News
23:16A continuação do Grupo Jovem Pan