O Antagonista Meeting é um encontro especial que promove discussões sobre os principais temas do mercado sob a ótica de especialistas e representantes da iniciativa pública e privada.
A experiência da pandemia fez com que todos voltassem a atenção à própria saúde e a de seus amigos e familiares. No pós-pandemia, houve uma busca por hábitos saudáveis e um crescimento da consciência sobre as questões de saúde mental e riscos ligados à longevidade e à saúde da mulher. Como garantir acesso a todos e como difundir cultura e hábitos de prevenção? Chamamos um grupo de especialistas para debater o tema.
E para esse debate convidamos:
- Luiz Carlos Zamarco, secretário municipal de Saúde de São Paulo. Médico pela Universidade de Mogi das Cruzes, com especialização em Saúde Pública e Administração Hospitalar. Trabalha na saúde pública há mais de 30 anos e coordena o Comitê Técnico-Científico Covid-19.
- Renato Casarotti, presidente da Abramge (Associação brasileira de Planos de Saúde).
- Giuliana Cividanes, Médica Psiquiatra com Mestrado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), pesquisadora do Programa de Atendimento e Estudo em Violência (PROVE) da UNIFESP. Especializada em temas de saúde mental, depressão, síndrome do pânico, dependência química.
Mediação: Mauro Tagliaferri
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00:00Eu acho que educação, principalmente em saúde mental, é muito importante, porque quando você fala de transtornos psiquiátricos, você envolve muito a questão comportamental e emocional.
00:13Então, o indivíduo toma muito isso como sendo uma questão da personalidade dele.
00:18Então, se ele chegar no ambiente de trabalho ou para as outras pessoas e falar que tem depressão, muitas vezes ele vai sofrer preconceito.
00:25Ah, imagina, isso é fraqueza, isso é frescura, isso é falta de ter um tanque de roupa para lavar.
00:32Então, são questões que estão muito presentes na saúde mental, preconceito, e que faz com que as pessoas não busquem atendimento.
00:40Acabam buscando atendimento já em situações extremas, o que dificulta também o tratamento.
00:46Então, quando a gente fala em acesso à saúde mental, eu acho que a gente tem uma coisa anterior, que é o preconceito.
00:53Porque se eu acho que psiquiatra é só para louco, se eu acho que psiquiatra é só para quem é fraco,
00:59que psiquiatra é só para quem está desocupado, não tem o que fazer, se tivesse um tanque de roupa para lavar, não estava deprimido,
01:05eu não vou buscar atendimento quando eu sentir alguma coisa de errado comigo.