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  • 28/06/2025
O Documento JP detalha a transformação das relações Irã-Israel, a "guerra híbrida" com assassinatos de cientistas nucleares, o apoio iraniano a grupos como Hamas e Hezbollah, o estopim do 7 de outubro e a resposta militar israelense que mudou a face do Oriente Médio.

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https://youtu.be/khB9aJe5fT4

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Transcrição
00:00O documento Jovem Pan de hoje mergulha nos bastidores da guerra no Oriente Médio.
00:22Irã e Israel, dois nomes que separados carregam histórias milenares.
00:27Uma rivalidade antiga que reacende com uma força capaz de moldar o futuro da região e do mundo.
00:34Dois países separados por mais de 2 mil quilômetros, mas profundamente ligados por décadas de desconfiança, rivalidade e medo.
00:43Neste documentário especial vamos entender o que está por trás deste novo capítulo de violência.
00:58Como começou essa rivalidade entre Irã e Israel?
01:02Quem são os líderes que decidem os rumos dessa guerra?
01:05E como a população de ambos os lados vive o medo de um futuro que parece ter sido sequestrado pelo ódio?
01:12Bombardeios, acusações, a entrada dos Estados Unidos.
01:16O que começou como um jogo geopolítico de ameaças e demonstração de força,
01:21rapidamente se transformou em uma escalada de violência e que deixou o mundo se perguntando.
01:27Estaríamos à beira da terceira guerra mundial?
01:29O que faz dois países viverem em constante ameaça de destruição mútua?
01:43Em pleno século XXI, o mundo volta a encarar um pesadelo antigo.
01:48A possibilidade de uma nova guerra no coração do Oriente Médio.
01:53De um lado, o Irã.
01:54Do outro, Israel.
01:55Entre eles, várias nações, povos e interesses políticos.
02:01Dois países, duas visões de mundo, dois passados entrelaçados, duas potências mundiais.
02:09Hoje, separados pelo ódio e pelo medo.
02:12Irã e Israel nem sempre foram inimigos.
02:16Antes da Revolução Islâmica de 1979, o Irã, então governado pelo Shah Muhammad Reza Palev,
02:24era um dos poucos aliados muçulmanos de Israel na região.
02:29Como explica o editor de Internacional da Jovem Pan, Fabrício Neitzke.
02:34Para entender a questão entre Irã e Israel, a gente precisa voltar um pouquinho no tempo.
02:39Até 1979, o Irã era o país do Shah Reza Palesi, que foi destituído por conta da Revolução Islâmica.
02:46E até aquela ocasião, as relações entre Irã e Israel eram consideradas muito boas.
02:51Inclusive, o Irã foi o segundo país ali da região a reconhecer a existência do Estado de Israel.
02:58Havia uma relação muito cordial entre eles.
03:01Isso mudou com a chegada do Ayatollah Khomeini lá na Revolução Islâmica em 79.
03:06As relações mudaram completamente, porque o Irã começou a enxergar Israel como uma espécie de opressor da região.
03:15O que acontece é que as relações, apesar de elas começarem a estremecer em 79,
03:20elas ainda permanecem relativamente boas durante os primeiros anos da República Islâmica,
03:26porque naquele momento havia um consenso internacional, principalmente de Israel,
03:31de que a principal ameaça da região era o Iraque e não o Irã.
03:35Mesmo sem vencedores nesta guerra, o Irã passa então a ser visto como uma ameaça para Israel.
03:42É o que explica o professor de Geopolítica, João Niegrai.
03:47Bem, a gente tem uma série de outras situações que acontecem na década de 80, como a guerra irá-Iraque.
03:52A gente tem, na década de 90 e até os anos 2010, Israel considerando o Irã como uma grande ameaça existencial.
04:03O Irã teve um presidente lá nos anos 2000, até o Lula chegou a se encontrar com ele,
04:08que era o Mahmoud Ahmadinejad, dizendo que Israel tem que ser riscado do mapa e afins.
04:14E a partir dos anos 2010, mais ou menos, a gente percebeu que essa rivalidade entre Israel e Israel assumiu um caráter híbrido.
04:23Então Israel foi acusado de realizar assassinatos seletivos de cientistas nucleares ilenianos.
04:28E do outro lado, o Irã multiplicou sua presença militar na Síria,
04:32assim como reforçou seus laços com esses grupos como o Hamas e o Hezbollah, inimigos de Israel.
04:40E aí a coisa vai até a escalada mais recente, especificamente a partir de 2023,
04:47quando o Hamas, um grupo que é financiado e apoiado pelo Irã,
04:52faz aquele ataque aos israelenses que matou cerca de 1.200 israelenses.
04:57Segundo o professor de relações internacionais Marcos Freitas,
05:01o primeiro-ministro Netanyahu, já há muito tempo, afirma que o verdadeiro vilão da região é o Irã.
05:09Isso por financiar movimentos como o Hezbollah, os Hutis e o Hamas.
05:14Então, historicamente, o Netanyahu tem afirmado que o Irã é o grande inimigo da região
05:20e ele programou até, num acordo com os Estados Unidos, uma série de guerras
05:25que envolveu outros países na tentativa de diluir esse espírito contra o sionismo,
05:33contra a presença do Estado de Israel.
05:36E dentre esses países, obviamente, o mais avançado economicamente,
05:42com maior poder econômico, sem dúvida, é o Irã,
05:44que tem uma das grandes reservas mundiais de petróleo
05:48e que, nos últimos anos, buscou o desenvolvimento da energia nuclear.
05:54Afinal, eles não querem usar o petróleo como forma de geração de energia.
05:59E, neste contexto todo, em que existem radicalismos contra Israel,
06:07ficou entendido, pelo menos pelo Netanyahu, que vem falando sobre isso há anos,
06:12de que, eventualmente, o Irã poderia fazer armas nucleares
06:17e que, necessariamente, poderiam voltar-se contra Israel.
06:20Então, esta é a razão pela qual o Irã disse que eles estavam cumprindo as regras
06:26de supervisão para criarem aí o seu programa nuclear.
06:32Só que Israel entendeu que, particularmente a partir desta visão de Netanyahu,
06:38de que eles estavam enriquecendo mais do que deveriam.
06:40O capitão da reserva do exército israelense, Tomás Arones,
06:45que vive em Israel, aponta também como o grande estopim
06:49do que vem acontecendo hoje em dia o ataque do Hamas a uma festa rave.
06:54O Hamas, quando ele invadiu Israel, esperava que tanto o Irã quanto o Hezbollah e as outras milícias
07:02que estão e estavam sob a direção ou apoio do Irã,
07:09que todo mundo atacasse junto para realmente eliminar o Estado de Israel
07:12e conquistar essa região.
07:14Então, o estopim, para responder a sua pergunta, foi realmente o 7 de outubro.
07:21Por que demorou tanto tempo?
07:23Porque, primeiro, infelizmente, no 7 de outubro o Estado de Israel foi pego de surpresa.
07:30Uma surpresa que fez o mundo parar diante de tanta atrocidade.
07:35O ataque foi ao amanhecer.
07:36Jovens de diferentes lugares do mundo estavam reunidos em uma rave, em Hain, próximo à faixa de Gaza.
07:441.200 pessoas morreram e outras 200 foram levadas como reféns.
07:49É o caso desta jovem franco-israelense em que a mãe implorou pelo retorno da filha.
07:58Estou implorando ao mundo para trazer minha bebê de volta para casa.
08:02Ela só foi a uma festa, a uma festa de festival, para se divertir.
08:07E agora ela está em Gaza.
08:09Ela não é a única.
08:11Há muitas crianças que foram a esta festa.
08:19Pouco mais de um mês depois, o pedido dessa mãe foi atendido.
08:23Mas nem todos tiveram a mesma sorte.
08:45Outros reféns ainda estão sob o domínio do Hamas.
08:48Esse foi considerado por especialistas um dos episódios mais brutais da história recente do Oriente Médio.
08:56Homens armados cercaram o local e abriram fogo, como conta esse soldado israelense.
09:02Imagine usar um foguete que atira em casas ou tanques, disparando contra um grupo de 20 civis.
09:12E metralhadoras.
09:14Vi metralhadoras nos veículos.
09:16Havia paraquedas no céu.
09:18Havia foguetes vindo em nossa direção e foi isso que eu vi.
09:29Esse outro israelense fala da descrença que a população passou a ter em relação aos políticos depois disso.
09:36Não acredito mais em políticos, não confio mais em ninguém depois do que aconteceu aqui.
09:41Eu vivia na utopia de viver em um lugar seguro.
09:44Mas depois do que aconteceu, pessoas da minha idade foram mortas terrivelmente.
09:51No dia 10 de outubro, um novo massacre.
09:54Mais de 100 pessoas foram mortas no kibbutz de Farasa.
09:57O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou a comparar os acontecimentos com o Holocausto.
10:04Depois desses acontecimentos, o mundo testemunhou não apenas o luto de uma nação, mas também a fúria de uma resposta.
10:24Israel lançou uma das maiores ofensivas militares de sua história contra a faixa de Gaza.
10:30Entre os alvos, um hospital foi bombardeado.
10:34Estávamos dormindo, não houve aviso, nada.
10:37Eles destruíram a casa sobre nossas cabeças enquanto dormíamos.
10:42Não somos pessoas em guerras ou associadas a ninguém neste conflito.
10:47Estávamos apenas cuidando da nossa própria vida.
10:51Estamos morrendo de fome.
10:54Não temos nada para comer.
10:56Perdemos todos os nossos pertences.
10:59Crianças estão mortas, não sobrou ninguém.
11:02Os israelenses atingiram casas e pessoas que estavam dormindo.
11:07Pessoas que não fizeram nada de errado.
11:10Netanyahu se defendeu dizendo que o alvo não era o hospital,
11:14mas um centro de comando e controle que fica no complexo que abriga o centro médico.
11:19Israel, a partir do 7 de outubro, entrou em um conflito, em uma guerra contra sete ou mais frontes.
11:30E o Irã era um desses desde o começo.
11:33Só que Israel é um país muito pequeno, com capacidades fenomenais, mas ainda assim limitadas.
11:42Então, a decisão de atacar o Irã nesse momento foi uma questão estratégica.
11:50Então, primeiro, os perigos mais imediatos, os perigos que estão mais aqui,
11:57que podem fazer o maior estrago no primeiro momento.
12:01E depois ampliar o espectro de atacar onde a gente deve.
12:06Mas o atual grande conflito que abalou o Oriente foi a investida de Israel ao Irã no dia 13 de junho deste ano.
12:14A chamada Operação Rising Lion bombardeou mais de 100 alvos, entre eles, centros nucleares e instalações militares.
12:24O Irã respondeu com mísseis balísticos contra áreas residenciais em Israel,
12:29como explica o professor de geopolítica João Niegrai.
12:33Então, começa na madrugada de 13 de junho, quando Israel realiza uma série de ataques coordenados
12:38contra instalações militares e nucleares do Irã,
12:41incluindo a usina de Natanz, que é o centro nevrálgico do programa de enriquecimento de urânio iraniano.
12:49Essa ofensiva, que não teve a participação formal dos Estados Unidos,
12:53ela marcou uma escalada muito perigosa nessa geopolítica que já é tão delicada do Oriente Médio
12:59e acaba tendo implicações significativas para toda a estabilidade global, inclusive para o Brasil.
13:06O Irã tem um programa nuclear que acabou sendo um dos grandes focos de discussão geopolítica das últimas décadas.
13:15Israel lançou um bombardeio direto contra alvos no Irã,
13:20marcando uma nova e perigosa fase no conflito.
13:23Em cinco dias de conflito, Israel teria feito mais de 600 operações de reabastecimento de caças em voo.
13:32Ou seja, Israel tem o total domínio do espaço aéreo iraniano.
13:36Isso mostra que esses ataques israelenses foram efetivos especificamente para minar a capacidade aérea do Irã.
13:42De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica,
13:46o Irã começou a produzir em grande escala urânio enriquecido a 60%,
13:52um nível próximo aos 90% necessários para a fabricação de armas nucleares.
13:59O presidente Barack Obama, depois o próprio Trump,
14:01tentaram negociar com o Irã para que o Irã reduzisse o seu programa nuclear.
14:07O receio de Estados Unidos e Israel é que o Irã tivesse bombas atômicas.
14:11E, embora o Irã já tivesse dito anteriormente que essa não era a sua intenção original,
14:18o que se sabe é que para produzir uma bomba atômica é necessário enriquecer o urânio a cerca de 90%.
14:24E nós sabemos que o Irã já tinha, nós sabemos através de relatórios de inteligência,
14:30que o Irã já tinha urânio enriquecido em torno de 60%.
14:34Os ataques de Israel, segundo analistas, é uma mensagem clara.
14:39Israel não aceitará que o Irã tenha acesso a armas nucleares.
14:44Há um outro fato também.
14:45Estados Unidos e o Irã negociavam um acordo nuclear
14:49que Trump havia dado 60 dias para o Irã se manifestar a favor ou contra o acordo,
14:56alegando que se fosse contra teria consequências muito graves.
14:59Israel ataca no dia 61, ou seja, isso deixa a entender que a falta de um acordo,
15:07embora as negociações continuassem, haviam reuniões marcadas para o Oman no domingo,
15:13três dias após o primeiro ataque israelense.
15:16Isso leva a crer que houve também um certo apoio dos Estados Unidos,
15:21um certo aval dos Estados Unidos para conduzir esse ataque
15:25diante dessa ameaça nuclear que o Irã representa.
15:28Oficialmente, o Irã afirma que seu programa nuclear é pacífico,
15:33destina-se a gerar energia, impulsionar a ciência e tratar doenças com tecnologia nuclear.
15:40Mas o mundo não acredita totalmente nessa versão,
15:43muito menos Israel, como fala o cônsul-geral de Israel, Rafael Erdais.
15:49O programa iraniano de mísseis balísticos, de criar 10 mil mísseis balísticos,
15:56de criar o arsenal mais grande do mundo de mísseis balísticos,
16:00é uma ameaça existencial.
16:02Não falando sobre o programa nuclear do Irã,
16:07de criar bombas nucleares e mandar essas bombas nucleares contra Israel,
16:14mas não só, não só.
16:16Irã é um país que está atrás do terrorismo mundial.
16:23Desde a revolução que eles tiveram,
16:28está atrás de muitos atentados em todo o mundo.
16:33Se Israel já tem, então por que o Irã não pode?
16:49A resposta de Israel e dos Estados Unidos é simples.
16:52O regime iraniano não é confiável, principalmente por causa da motivação ideológica.
16:58O Irã se vê como o líder da resistência contra o imperialismo ocidental e o sionismo.
17:05A bomba seria, para muitos dentro do regime,
17:08uma ferramenta para equilibrar forças numa região onde o inimigo Israel já a possui.
17:14Yasmin Kalmet, especialista em conflitos no Oriente Médio, destrincha o assunto.
17:19Estados Unidos fazia visitas constantes para ver se realmente o Irã estava desenvolvendo armas nucleares ou não.
17:29Só que o Irã vai e continua negando que está produzindo armas.
17:33Simplesmente diz que está utilizando de uma perspectiva mais científica para a energia
17:40e também para fins medicinais, para a medicina e tudo mais.
17:43Mas também não vamos ser, aí entra uma questão, não vamos ser também incautos e pensar que a gente sabe
17:50que nessa região, como uma região muito tumultuada, uma região que constantemente está instável,
17:57é sempre bom ter garantias de que, caso aconteça alguma coisa, eu posso ter algo para me defender.
18:04Então, não me espantaria se o Irã ou a Pérsia, em algum momento, apresenta uma arma nuclear.
18:10No comando de Israel está Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro que se tornou uma figura central
18:17da política israelense nas últimas décadas.
18:20Líder do partido de direita Likud, Netanyahu é conhecido por sua retórica firme em relação ao Irã
18:27e ao terrorismo islâmico.
18:29Para muitos israelenses, ele representa segurança.
18:32Para seus críticos, um líder divisivo e autoritário.
18:36No entanto, após o ataque de 7 de outubro, mesmo parte da oposição reconheceu a necessidade
18:43de unidade nacional sob sua liderança.
18:46Em uma entrevista, o primeiro-ministro disse que está mudando a face do mundo
18:50e que acolhe toda ajuda para destruir as instalações nucleares da República Islâmica.
18:56Ele é uma pessoa bastante conservadora, de direita, muito forte nas suas defesas em relação ao Estado de Israel
19:09e que não teve sucesso, um sucesso que talvez deveria ter sido assegurado em termos da opinião pública
19:19de como ele lidou com os reféns que foram feitos na invasão pelo Hamas,
19:26naquele momento que eles sequestram e bombardeiam e atacam de uma maneira muito efetiva Israel.
19:36Começando com o conflito entre Hamas e Israel.
19:39Do lado iraniano, o poder está dividido.
19:42Mas a figura central é Ali Khamenei, o líder supremo da Revolução Islâmica
19:47que exerce mais autoridade que o presidente do país.
19:51Khamenei, que governa desde 1989, é o chefe máximo das Forças Armadas e da política externa.
19:59Sua visão é teocrática e anti-ocidental.
20:02E ele é considerado o arquiteto por trás do apoio iraniano a grupos como Hamas.
20:08Como em absolutamente todas as guerras, esse conflito traz grandes marcas para a população civil.
20:14No caso do Irã, em pouco mais de uma semana, foram aproximadamente 600 mortos,
20:19incluindo muitos civis nesse meio.
20:21Do lado de Israel, um número muito reduzido.
20:24Mas que chama a atenção porque desde o 7 de outubro, a defesa israelense funcionou muito bem.
20:30Israel tem um sistema avançadíssimo de defesa antiaérea,
20:35que evita que foguetes, mísseis, sejam disparados de outros países e atinjam o seu território.
20:41Agora a situação é diferente porque o Irã é um país que tem um arsenal balístico muito maior.
20:47E ele consegue sobrecarregar a defesa aérea israelense e assim atingir alvos no solo,
20:55no território de Israel de fato.
20:57Isso levou à morte de alguns civis, foram pelo menos 20 civis em pouco mais de uma semana,
21:02algo que Israel até então não havia vivenciado desde o 7 de outubro,
21:07embora o risco fosse sempre muito iminente.
21:10O que acontece é, as marcas que isso deixa na população civil
21:14acabam provocando, possivelmente, protestos contra os dois governos.
21:19Tanto o governo Netanyahu, que já vinha fragilizado,
21:22mas também contra o governo do presidente iraniano Massoud Pesachikian
21:26e o regime, que é caracterizado pelo líder, o Ayatollah Ali Khamenei.
21:30Existe também o medo de uma bomba em mãos erradas,
21:34um governo em colapso ou até a transferência de tecnologia nuclear
21:39para grupos como Hezbollah ou Hamas, organizações apoiadas pelo Irã.
21:45A possibilidade de uma guerra total entre os dois países,
21:48com efeitos devastadores para todo o planeta, não pode mais ser ignorada.
21:54Nenhum país diz que tem arma nuclear para usar.
21:57A arma nuclear serve como uma estratégia de dissuasão,
22:00ou seja, eu não vou atacar um país que tem arma nuclear,
22:02porque ele tem arma nuclear.
22:04E talvez o receio do Irã ter essas armas é justamente
22:07que eles se tornariam um alvo um pouco menos frágil.
22:10E do outro lado, os israelenses dizem,
22:13olha o que o Irã está fazendo conosco.
22:14Se eles tivessem arma nuclear, eles já nos teriam atacado
22:17com esse tipo de bomba.
22:21Então, ninguém diz que tem arma nuclear para usar.
22:23Ela é uma estratégia de dissuasão.
22:25Agora, os países nucleares, eles acabam tendo uma posição levemente mais confortável
22:32que os demais do cenário internacional.
22:34Não importa se eu tenho uma, se eu tenho cem, ou se eu tenho mil bombas nucleares.
22:39Um conflito envolvendo o Irã tem ramificações econômicas significativas
22:44tanto para o próprio país quanto para a economia global.
22:47A escalada das tensões no Oriente Médio levanta uma questão crucial.
22:53Quem realmente se beneficia de um conflito entre Irã e Israel?
22:57A resposta é complexa, mas uma coisa é certa.
23:01A corrida armamentista ganha força.
23:03Nós vemos, do lado de Israel, eles têm uma produção própria,
23:07mas eles importam muito dos Estados Unidos.
23:10E no Irã, nós já vemos armas russas sendo utilizadas.
23:13Então, eles têm, então, Rússia e Estados Unidos são os maiores, vamos dizer assim,
23:18vencedores, entre aspas, no sentido do lucro que eles obtêm com esse conflito, com certeza.
23:25E, infelizmente, para eles é muito lucrativo que a guerra continue
23:30e que o conflito se estenda por mais tempo.
23:33Empresas de defesa israelenses, como a Elbert Systems,
23:37viram suas ações subir mais de 20% nos últimos meses.
23:40Países do Golfo compram sistemas de defesa anti-míssel.
23:45A Arábia Saudita, só em 2023, gastou 75 bilhões de dólares em defesa.
23:51E o Irã, apesar das sanções, estaria se fortalecendo,
23:55produzindo drones e mísseis, vendendo inclusive para aliados como Rússia
23:59e grupos armados na Síria e no Iêmen.
24:02Os conflitos, na realidade, eles só enriquecem a indústria armamentista.
24:08Vamos levar isso em consideração.
24:11E volto a repetir aqui, a Rússia e a China, em esse momento,
24:16eles querem crescer economicamente.
24:19A China já deixou isso muito claro,
24:21sobretudo quando ela tenta fazer algum tipo de intermediação
24:26para não entrar em conflitos.
24:28A gente já viu várias vezes isso na China.
24:30O único conflito da China é com o Taiwan.
24:32Porque a guerra te dá lucro,
24:34mas crescer a partir da ciência e tecnologia
24:39te dá muito mais lucro que uma guerra.
24:41O que vamos ver é que vai haver um crescimento expressivo
24:43da demanda por armamentos,
24:45e também um crescimento na evolução do sistema de defesa aérea,
24:53da tecnologia de vigilância e também da cibersegurança militar.
24:58Isso com certeza vai crescer.
25:00Isso que quer dizer, né?
25:02E aí isso vai fazer também com que haja compras emergenciais
25:05de armas e de utilização de tecnologias.
25:09Ao mesmo tempo, tu me perguntas,
25:11quem vai ser os que se vão beneficiar com isso?
25:14Estados Unidos é o primeiro que se beneficia.
25:17A gente sabe que a indústria armamentista dos Estados Unidos
25:20é muito grande.
25:21Inclusive, você tem um lobby muito grande no Senado.
25:26A gente sabe que o lobby é muito grande
25:28da indústria armamentista no Senado.
25:35Hoje, o comércio global de armas
25:37movimenta mais de 2 trilhões de dólares por ano,
25:41segundo dados do Instituto Internacional de Pesquisa
25:44para a Paz de Estocolmo.
25:46Os Estados Unidos lideram este mercado
25:48com 39% de todas as exportações de armas no mundo.
25:53Em seguida, vem Rússia, França, China e Alemanha.
25:56A guerra também gera saltos de tecnologia.
26:01A gente nunca pode esquecer que a internet é resultado de guerra.
26:05O forno micro-ondas é resultado de guerra.
26:09Existe uma série de inovações tecnológicas,
26:12na questão espacial,
26:14de imagem,
26:15uma série de coisas que advém justamente desta ideia do confronto
26:20e guerra da dinheiro.
26:22E, obviamente, que nós sabemos que não são todos os países
26:25que têm capacidade de produzir equipamentos
26:28ou armas de guerra
26:32em quantidade, em qualidade
26:34e também há um alcance global.
26:37Então, são indústrias altamente lucrativas
26:42por causa da especificidade tecnológica que muitos têm
26:48e isso gera um benefício econômico para muitos países.
26:53Então, não tenha dúvida, por exemplo,
26:55que os Estados Unidos,
26:57ao falarem para os europeus
26:58e eles precisam aumentar a sua participação,
27:03tributar a sua participação orçamentária
27:07na questão de guerra,
27:10subindo para 2% ou até 5%,
27:12como o próprio Trump falou recentemente.
27:15É um mercado que os países são muito ociosos
27:17e a gente sabe que muitas guerras são iniciadas
27:20até para testar a qualidade do equipamento
27:23e se transformam.
27:25E essa é sempre a parte triste da guerra
27:28mas se transformam num grande showroom
27:31dos equipamentos militares.
27:34Enquanto os lucros da guerra vão para poucos,
27:36o custo humano é imenso.
27:39Civis são deslocados,
27:40economias são destruídas
27:42e gerações crescem sem paz.
27:45Para as vítimas, a guerra é tragédia.
27:48Tomás atualmente dorme no bunker
27:50com a esposa e mais cinco filhos.
27:52O primeiro ataque israelense
27:55foi de quinta para sexta
27:57e na sexta-feira à noite
28:00a gente já estava com todas as restrições
28:02ativadas.
28:07A gente estava em casa,
28:08até que no meio da refeição
28:09a gente tinha acabado de começar
28:11a sentar para comer
28:13e de repente toca a sirene
28:16e a gente tem que ir para o bunker.
28:17E quando a sirene toca,
28:18o tempo se esgota.
28:20Para muitas pessoas,
28:21a escolha é difícil.
28:23Ficar e enfrentar tudo isso
28:25ou ir embora.
28:32Na travessia entre a Turquia e o Irã,
28:35mãe e filha descrevem suas experiências
28:37fugindo de Teherã.
28:39Elas contam que a cidade está
28:41com acesso limitado à internet,
28:43problemas para sacar dinheiro
28:45e escassez de alimentos.
28:46A mãe fala que não sabe
28:48o que teria acontecido
28:49se elas não tivessem deixado a terra.
28:52Elas ainda vão enfrentar
28:53uma viagem de ônibus
28:54de 25 horas até Istambul
28:57e depois um voo para a França.
28:59No Irã,
29:00a capital Teherã se esvazia.
29:02As primeiras explosões
29:03no sul do país
29:04provocaram uma corrida silenciosa
29:06para o interior
29:07e as regiões montanhosas.
29:10Mais de 100 mil pessoas
29:11já deixaram suas casas
29:12desde os primeiros alertas
29:14de ataque aéreo
29:15segundo estimativas
29:16de organizações humanitárias.
29:19Famílias inteiras
29:20abandonaram tudo
29:21com medo de um bombardeio
29:22em larga escala.
29:24Sem passagens de avião,
29:25sem combustível para todos,
29:27muitos pegam a estrada a pé,
29:29de moto
29:30ou em caminhonetes improvisadas.
29:32Cada um com uma história
29:33diferente para contar,
29:35mas todas que falam
29:36de sofrimento
29:37e de incertezas
29:39sobre o futuro.
29:40Toda a comunidade judaica
29:42do Irã
29:42condena este ataque selvagem.
29:44Tenho uma mensagem
29:45para Netanyahu.
29:47Esteja preparado
29:48para enfrentar
29:49as consequências
29:50deste ataque brutal
29:51muito em breve.
29:53Se até ontem
29:54eu era apenas
29:55uma mulher comum,
29:56de agora em diante
29:57sou uma mãe em luto,
29:59lamentando as crianças
29:59inocentes
30:00que foram mortas
30:01neste crime.
30:02Estamos verdadeiramente
30:04de luto,
30:05verdadeiramente com dor
30:06e nossos corações
30:07estão profundamente partidos.
30:10Com esta ação,
30:11Netanyahu mostrou
30:12que não faz distinção
30:14entre mulheres,
30:15homens ou crianças.
30:16Ele só se importa
30:18com seus próprios interesses.
30:20E seu objetivo
30:21não é nada
30:22além de derramamento
30:23de sangue
30:24em todo o Oriente Médio.
30:27Principalmente
30:28em Tel Aviv,
30:29em Israel,
30:29os moradores
30:30vivem em alerta
30:31e com medo.
30:32Já em relação
30:33às outras cidades,
30:34o cenário
30:34não é muito diferente.
30:36O pavor tomou conta
30:37da realidade do Estado.
30:39Eu sou uma pessoa
30:40que nunca tinha visto
30:40um filme de terror
30:41e eu vi o filme de terror
30:42acontecendo ao vivo
30:44e a cores
30:44e verdadeiro
30:46e com os meus irmãos.
30:48Mas na verdade
30:48o massacre
30:49não foi o massacre
30:50de judeus e de jorraileiros.
30:52Foi o massacre do mundo.
30:54O mundo deveria
30:54chegar dessa forma.
30:56Então quando eu travei,
30:57eu travei do que eu vi
30:59e do que eu estava vivendo.
31:01Porque as pessoas
31:01estavam assim,
31:02ah, 7 de outubro,
31:04já foi.
31:05Não,
31:057 de outubro
31:06ainda é hoje.
31:07Hoje nós temos
31:1020 reféns vivos
31:13embaixo dos túneis
31:15dos terroristas
31:16palestinos do Hamas
31:17sendo torturados,
31:20passando fome
31:20sem ver a luz do dia.
31:22Eu hoje consigo
31:23falar isso sem chorar
31:26e sem me tremer inteira.
31:28Eu não estava conseguindo.
31:29Enquanto líderes
31:30discursam em palácios
31:32e parlamentos,
31:33o povo espera
31:34por soluções,
31:35por paz,
31:36por humanidade.
31:37espera por um tempo
31:38em que o medo
31:39não dite mais
31:40o ritmo da vida.
31:41Porque no fim das contas,
31:43nenhuma bomba atômica
31:44pesa mais
31:45do que o sofrimento
31:46de vários povos.
31:47Outros países
31:48especulam,
31:49inclusive,
31:50sobre a possibilidade
31:51do desencadeamento
31:52da Terceira Guerra Mundial.
31:54É difícil a gente dizer
31:55claramente
31:57se a gente
31:58está mais perto,
31:59se a gente
32:00vai
32:00estar
32:01literalmente
32:01caminhando
32:02para os próximos
32:04passos
32:04para uma Terceira Guerra Mundial,
32:05porque isso pode
32:06se estender
32:06por anos
32:07até que
32:08algo maior
32:09se desenvolva.
32:11Mas
32:11é basicamente
32:14um consenso
32:15na insegurança
32:17internacional,
32:18na inteligência
32:19e etc.,
32:20que
32:21a gente
32:22está mais perto
32:23de um conflito maior.
32:25Então,
32:26diversas organizações
32:27internacionais,
32:29diversas
32:30empresas,
32:31inclusive,
32:31mercados,
32:32empresas atuando
32:33no mercado
32:34de maneira geral,
32:35estão
32:36acreditando
32:38que a gente
32:38está caminhando,
32:39sim,
32:39para uma
32:39guerra maior.
32:50No mundo
33:06todo,
33:07as pessoas
33:07foram às ruas
33:08protestar
33:09contra a guerra.
33:15A esperança
33:17dividida
33:18em diferentes
33:18nacionalidades,
33:20nas ruas
33:21de Paris,
33:21na França,
33:23em Caracas,
33:25nos Estados Unidos
33:27e em Israel.
33:32O povo
33:33se uniu
33:34num movimento
33:34global
33:35de resistência,
33:36esperança
33:37que praticamente
33:38sumiu
33:39com a entrada
33:40dos Estados Unidos
33:41na guerra.
33:45O correspondente
33:47da Jovem Pan
33:48nos Estados Unidos,
33:49Eliseu Caetano,
33:51acompanhou passo
33:52a passo
33:52os movimentos
33:53feitos por
33:54Donald Trump
33:55antes de decidir
33:56o ataque.
33:57Donald Trump
33:58falou em duas
33:59semanas,
34:00mas voltou
34:01atrás.
34:02Dois dias
34:02depois deste
34:03anúncio,
34:04os Estados Unidos
34:05atacaram.
34:06A secretária
34:07de imprensa do governo,
34:08Caroline Levite,
34:09chegou a dizer
34:10que Trump
34:10estava interessado
34:11em usar
34:12uma solução
34:13diplomática
34:14e que com base
34:15no fato
34:16de que há
34:16uma chance
34:17substancial
34:18de negociações
34:19que podem
34:20ou não
34:20ocorrer
34:21com o Irã
34:21em um futuro
34:22próximo,
34:23ele só tomaria
34:24a decisão
34:24de participar
34:25ou não
34:26mais à frente.
34:28Enquanto o presidente
34:29dos Estados Unidos,
34:30Donald Trump,
34:31circulava pelo
34:32seu famoso
34:33clube de golfe
34:34em New Jersey,
34:36na noite de
34:36sexta-feira,
34:37os aviões americanos
34:39estavam prestes
34:40a decolar.
34:41Para os espectadores
34:43presentes no clube,
34:45Trump demonstrou
34:46pouca ansiedade
34:48em relação
34:49à sua decisão
34:50de autorizar
34:51os ataques aéreos
34:52a três instalações
34:54nucleares iranianas.
34:56Enquanto Trump
34:56acompanhava
34:57Sam Altman,
34:58presidente executivo
34:59da empresa
35:00OpenAI,
35:01em um evento
35:02para novos membros
35:03realizado em um
35:04dos refeitórios
35:04do clube,
35:05ele estava relaxado
35:07e, pelo menos
35:08em público,
35:09de bom humor,
35:10disseram as pessoas
35:11que o viram.
35:12Vinte e quatro
35:13horas depois,
35:14o líder americano
35:15estava na sala
35:16de crise,
35:17no porão
35:18da Casa Branca,
35:19assistindo aos ataques
35:20que havia aprovado
35:21dias antes
35:23com o codinome
35:24de Operação
35:26Martelo
35:26da Meia Noite,
35:27em tempo real,
35:29nos monitores
35:30da instalação.
35:31A decisão
35:32de prosseguir
35:33com os ataques
35:34colocou os Estados Unidos
35:35diretamente
35:37no conflito
35:38do Oriente Médio.
35:38A ofensiva
35:40ocorreu após
35:41dias de deliberação
35:42pública,
35:43com o presidente
35:44alternando entre
35:45fazer ameaças
35:47militares
35:47contra o Irã
35:48nas redes sociais
35:49e manter
35:51preocupações
35:52pessoais
35:53de que um ataque
35:54militar
35:55arrastasse os Estados Unidos
35:57para uma guerra
35:58prolongada.
35:59O advogado
36:10e professor
36:10de direitos humanos
36:12e constitucional
36:13Frederico Afonso
36:15fala sobre a parceria
36:16entre Estados Unidos
36:18e Israel.
36:19Os Estados Unidos
36:20são parceiros
36:21históricos
36:22de Israel,
36:23mas a gente tem
36:24um risco
36:25real
36:25de escalada,
36:27acaba reacendendo
36:29uma política
36:30externa
36:31de intervenção,
36:32você tem repercussão
36:33política,
36:34você tem uma repercussão
36:35econômica
36:37interna.
36:38Israel tem
36:39um gasto
36:40por dia
36:41de milhões
36:42de dólares.
36:45O primeiro
36:46ministro
36:47de Israel
36:48enfrenta
36:48uma crise
36:49política
36:50antes
36:51da invasão
36:53do grupo
36:53terrorista
36:54do Hamas,
36:55então ele tem
36:55uma questão
36:56política interna,
36:57tem uma questão
36:57com o judiciário,
36:59então isso vai
37:00alimentando
37:01outras questões,
37:02vai protelando,
37:03vai atrasando
37:06uma hora
37:07impossível
37:08cobrança
37:09que ele vai ter.
37:10Por sua vez,
37:12a Europa
37:12teve uma reunião
37:14em Genebra
37:15com os diplomatas,
37:17a Europa
37:17já sofre
37:18uma onda
37:19migratória
37:20e uma instabilidade
37:21no mercado
37:22da energia,
37:24mas a União
37:24Europeia
37:25geralmente adota
37:26sempre uma postura
37:27diplomática
37:28mais cautelosa,
37:30mas suas ações
37:31são limitadas
37:33sem essa unidade
37:34política
37:35e sem esse poderio,
37:36essa unidade
37:37militar
37:38que os Estados Unidos
37:39possuem.
37:41No dia 21 de junho
37:44de 2025,
37:45o mundo todo
37:46ficou em alerta.
37:48Os Estados Unidos
37:49bombardearam
37:50as três principais
37:51instalações
37:52nucleares
37:53iranianas,
37:54Fordow,
37:55Natanz
37:56e Isfahan.
37:57O país
37:58era o único
37:59no mundo
37:59com bombas
38:00capazes
38:01de acessar
38:02essas instalações.
38:03essa operação
38:06foi realizada
38:07em coordenação
38:08com Israel
38:08e sem autorização
38:10do Congresso,
38:11gerando forte
38:12condenação
38:13internacional
38:14e a promessa
38:15de retaliação
38:16por parte
38:17do Irã.
38:18Em resposta
38:19aos ataques
38:20israelenses
38:21e americanos,
38:22o Irã lançou
38:23mísseis balísticos
38:24contra o Norte
38:25e o Centro
38:26de Israel
38:27em 22 de junho
38:29de 2025.
38:30Esses ataques
38:31atingiram
38:32áreas civis,
38:33incluindo cidades
38:34como Tel Aviv,
38:36causando danos
38:37significativos
38:38a edifícios,
38:40carros
38:40e deixando
38:41dezenas de feridos
38:42com relatos
38:43de até 86
38:44pessoas feridas
38:45e mortes
38:46de civis.
38:47A impressão
38:48que se tem
38:49é de que
38:49não é uma coisa
38:50pontual,
38:55mas parece ser
38:55uma coisa repetitiva,
38:57que denota
38:57que é
38:59dentro do
38:59arcabouço
39:00de coisas
39:00que ele
39:01prensa
39:01ou uma estratégia
39:03que ele segue.
39:04O Irã
39:05deixou muito claro
39:06que o objetivo
39:07dele era simplesmente
39:08dar uma resposta
39:09para a própria
39:12opinião pública,
39:14mas sem querer
39:15gerar um problema
39:17que poderia ser
39:18muito maior.
39:19O Irã
39:20concordou ali,
39:21acordou com os Estados Unidos,
39:23os termos,
39:24o horário,
39:25até o número
39:26de mísseis
39:26que seriam lançados
39:27com um objetivo
39:29muito simbólico
39:30de dizer
39:31que seriam
39:31agredidos,
39:33mas que estariam
39:33retribuindo
39:34a agressão
39:35sem o objetivo
39:36de buscar
39:37
39:38um
39:39aprofundamento
39:42numa relação
39:44de guerra
39:44com os Estados Unidos.
39:46Então,
39:46essa mensagem
39:47o Irã
39:47deixou muito clara
39:48no sentido
39:49de que a guerra
39:50não é com os Estados Unidos,
39:51eles estavam revidando
39:52com base
39:54no direito
39:54internacional
39:55garantido
39:56pela Carta
39:57das Nações Unidas
39:58a um ataque
39:59que sofreram,
40:00mas fizeram isso
40:01de uma maneira planejada
40:02porque não interessa
40:03para o Irã,
40:03em primeiro lugar,
40:04trazer os Estados Unidos
40:06para a guerra,
40:06definitivamente,
40:07porque eles sabiam
40:08que poderia acontecer,
40:09e em segundo lugar,
40:10piorar a situação
40:11regional deles.
40:12Mas o que o mundo
40:13assistiu logo depois
40:14do ataque
40:15dos Estados Unidos
40:16deixou várias
40:17perguntas no ar.
40:19Esperava-se
40:19uma ofensiva
40:20prolongada,
40:21estratégica,
40:23com desdobramentos
40:24sérios e duradouros.
40:26Mas o que aconteceu
40:27foi uma entrada rápida,
40:29alguns bombardeios
40:30e uma saída
40:32ainda mais rápida.
40:33Qual foi o plano
40:34exatamente?
40:36Neutralizar
40:36as instalações
40:37nucleares iranianas?
40:39Sabotar
40:40o enriquecimento
40:41de urânio?
40:42Impor medo?
40:43O que os Estados Unidos
40:44pensaram
40:45quando apertaram
40:46o botão vermelho?
40:48Uma guerra
40:49de 12 dias
40:50foi como Donald Trump
40:51chamou o fim
40:52do conflito.
40:53O presidente
40:53dos Estados Unidos
40:54disse que esse fim
40:56será saudado
40:57pelo mundo.
40:58Abre aspas.
40:59Esta é uma guerra
40:59que poderia ter durado
41:00anos e destruído
41:01todo o Oriente Médio,
41:03mas não destruiu
41:04e nunca destruirá.
41:05Fecha aspas.
41:06Trump acrescentou
41:07que Deus abençoe Israel,
41:09que Deus abençoe o Irã,
41:11que Deus abençoe
41:12o Oriente Médio,
41:13que Deus abençoe
41:15os Estados Unidos
41:15da América,
41:16que Deus abençoe
41:18o mundo.
41:18Ao recuar,
41:20o presidente
41:20dos Estados Unidos
41:21determinou
41:22que Israel
41:23deveria também
41:24parar com os ataques.
41:26Abre aspas.
41:27Durante cada
41:27cessar fogo,
41:28o outro lado
41:29permanecerá pacífico
41:31e respeitoso.
41:33Fecha aspas.
41:34Acrescentou o presidente
41:35ressaltando
41:36que o fim do conflito
41:38ocorreria
41:38em até 24 horas.
41:41Mas dos dois lados
41:42foram registrados
41:43ataques
41:44após o anúncio.
41:45Tel Aviv disse
41:46que as forças iranianas
41:47dispararam
41:48pelo menos
41:49seis mísseis
41:50contra o território
41:51israelense.
41:52Já do lado iraniano,
41:54três pessoas
41:54teriam morrido,
41:56segundo a agência
41:57estatal de notícias,
41:58que relatou ainda
41:59diversas explosões
42:00em Teherã.
42:02Depois disso,
42:03Israel e Irã
42:04confirmaram a trégua.
42:05O cessar-fogo
42:06começou só depois
42:07de quatro ondas
42:08de ataques
42:09em territórios
42:10ocupados por Israel.
42:11O primeiro-ministro,
42:12Benjamin Netanyahu,
42:13afirmou que concordou
42:14com a trégua
42:15e disse
42:16que Israel
42:17já atingiu
42:18os objetivos
42:19de remover
42:20a ameaça nuclear
42:21e de mísseis balísticos
42:22do Irã.
42:23Mas a pergunta
42:25segue no ar.
42:26Realmente,
42:27estamos livres
42:28de uma guerra?
42:29Trump passou
42:30esse problema
42:31para o futuro.
42:32E o próximo presidente
42:33dos Estados Unidos,
42:34daqui um,
42:35dois,
42:36três mandatos,
42:37é que terá
42:37de enfrentar
42:38essa questão
42:39de uma maneira
42:40igual ou diferente.
42:42Então,
42:42Trump com a ação
42:43postergou
42:44para o futuro
42:45este problema
42:47que era enfrentado.
42:49Para Netanyahu,
42:50resolveu
42:51um problema
42:52imediato
42:53que era
42:53as falhas
42:55e o insucesso
42:58da sua ação
42:59em Gaza
42:59que gerou
43:01para Israel
43:02uma
43:03mácula
43:06na sua história
43:07com relação
43:08à possibilidade
43:09de estar cometendo
43:10ali
43:11o genocídio
43:12e também
43:15o fato
43:17de que os reféns
43:18não foram encontrados
43:19até hoje.
43:21Muita gente
43:22comentou,
43:22por exemplo,
43:23que eles tiveram
43:25facilidade
43:25para encontrar
43:26altos líderes
43:28de comando
43:29iraniano,
43:30mas não conseguem
43:30encontrar em Gaza
43:31que não tem
43:32a mesma capacidade
43:33e nem o mesmo
43:36território
43:36que o Irã.
43:39Então,
43:40aí não se nota
43:41uma falha
43:41no serviço
43:42de inteligência.
43:47A guerra
43:48entre Irã
43:49e Israel
43:50não é apenas
43:50uma disputa
43:51por território,
43:52mas também
43:53uma batalha
43:54pelo controle
43:54de recursos
43:55vitais.
43:56E um desses recursos,
43:58mais estratégico
43:59do que nunca,
44:00está no epicentro
44:02do conflito,
44:03o canal de Hormuz.
44:04A possibilidade
44:06de fechar o canal
44:07não é um gesto
44:08simbólico,
44:09é um golpe
44:10direto
44:10nos mercados
44:11globais.
44:14O canal de Hormuz,
44:15localizado
44:16entre o Irã
44:17e a costa
44:18de Oman,
44:19conecta o Golfo Pérsico
44:20ao Mar Arábico
44:21e é um dos maiores
44:23e mais importantes
44:24corredores de transporte
44:25de petróleo
44:26do mundo.
44:27Diariamente,
44:28cerca de 20%
44:29do petróleo global
44:31passa por ali,
44:32totalizando
44:33aproximadamente
44:3417 milhões
44:36de barris
44:36por dia.
44:38Na Europa,
44:39o clima
44:39era de apreensão.
44:41Quando os Estados Unidos
44:42entraram na guerra,
44:44os líderes europeus
44:45fizeram exatamente
44:46o que se espera
44:47em momentos
44:48de crise.
44:49Reuniões
44:49de emergência
44:50e discursos
44:52cautelosos.
44:53Afinal,
44:54se Washington
44:54decide atacar
44:55o Irã,
44:56o impacto
44:57não para
44:57nas dunas
44:58do Oriente Médio.
45:00O eco
45:00chega até
45:01as janelas
45:01de Berlim,
45:02Paris e Londres.
45:03A reação
45:04na Europa
45:05quem traz
45:05é o repórter
45:06Luca Bassani.
45:08Em um cenário
45:09onde uma guerra
45:10regional
45:10também está
45:11nos confins
45:12do território
45:13europeu,
45:14as lideranças
45:15da União Europeia
45:16e de outros
45:17países do continente
45:18pediram
45:19para que houvesse
45:20um momento
45:21de desescalada,
45:22para que os
45:23beligerantes
45:24voltassem à mesa
45:25de negociação
45:26e pudessem
45:27resolver
45:27todas essas
45:28problemáticas
45:29de maneira
45:30diplomática.
45:31Nós vemos
45:32que, ao contrário
45:33do atual
45:34conflito
45:34que segue
45:35na faixa
45:36de Gaza
45:36entre Israel
45:37e Hamas,
45:38onde lideranças
45:38europeias
45:39como o primeiro
45:40ministro
45:40Pedro Sanches
45:41da Espanha,
45:42primeiro ministro
45:42Kirsten
45:43do Reino Unido
45:44e o presidente
45:45francês
45:45Emmanuel Macron
45:46da França,
45:47que criticaram
45:48Israel
45:48pela sua estratégia,
45:50o alinhamento
45:50com os israelenses
45:52se deu de forma
45:53mais direta,
45:54principalmente
45:54por grande
45:55parte das lideranças
45:57e da população
45:58europeia,
45:59considerarem
45:59o programa
46:00nuclear iraniano
46:01um grande
46:02problema
46:03para a paz
46:04na região
46:05e também
46:05para a estabilidade
46:07em todo
46:08o mundo.
46:08Alguns deles
46:09inclusive temendo
46:10que atos
46:11mais radicais
46:12de terrorismo
46:13pudessem se desenvolver
46:14dentro das suas
46:15próprias fronteiras,
46:16além também
46:17da possibilidade
46:18de serem alvos
46:19de programas
46:20dos mísseis
46:20balísticos
46:21no futuro
46:22com o desenvolvimento
46:23dessas tecnologias
46:24de forma secreta
46:25pelo regime
46:26iraniano.
46:28Caso o canal
46:29de Hormuz
46:29seja bloqueado
46:30e as rotas
46:31comerciais
46:32interrompidas,
46:33a insegurança
46:34alimentar
46:35e o colapso
46:36econômico
46:37podem obrigar
46:38milhões de pessoas
46:39a buscar refúgio
46:40na Europa,
46:41gerando tensões
46:42políticas
46:43e sociais.
46:45E a preocupação
46:45europeia
46:46não se dá
46:47apenas no campo
46:48da segurança
46:49dos seus próprios
46:49cidadãos,
46:50mas também
46:51na área
46:52econômica.
46:53Afinal,
46:53desde o começo
46:54da guerra
46:54entre Rússia
46:55e Ucrânia,
46:55o principal
46:56fornecedor
46:57de commodities
46:58energéticas
46:59aos países europeus,
47:00a Rússia
47:01está completamente
47:02inviabilizada
47:03de fazê-lo
47:04e por isso
47:05a Europa
47:05depende de forma
47:06crucial
47:07das rotas
47:08de petróleo
47:09e de gás natural
47:10através do estreito
47:12de Hormuz,
47:13significando
47:13uma nova guerra
47:15nessa região,
47:15grande instabilidade
47:17para que
47:17esses barris
47:18de petróleo
47:19pudessem chegar
47:20ao continente europeu
47:21e garantir
47:22a segurança energética
47:23de mais
47:24de 400 milhões
47:25de pessoas.
47:26Além disso,
47:27há uma preocupação
47:28também
47:28do aspecto
47:29político interno,
47:30já que uma nova
47:31crise humanitária
47:32dentro do Oriente Médio
47:33poderia promover
47:35uma nova crise
47:36de refugiados,
47:37a exemplo
47:38do que aconteceu
47:38na Síria
47:39há cerca
47:39de 10 anos,
47:40onde mais
47:41de 6 milhões
47:42de sírios
47:42saíram do seu país
47:43e cerca
47:45de 2 milhões
47:46deles vieram
47:47aqui para a Europa.
47:48Se o mesmo
47:49acontecesse
47:50nesse momento
47:50com a ascensão
47:51de várias
47:52retóricas
47:53anti-imigração
47:54dentro da Europa
47:55poderia significar
47:56também uma mudança
47:57política
47:58bastante grande
47:59que afetaria
48:00vários paradigmas
48:02para as próximas
48:03gerações.
48:05Pessoas que não
48:06pretendem esperar
48:07no meio da guerra
48:08para saber
48:09o que o futuro
48:10reserva.
48:15Para a Europa,
48:17a pergunta
48:17que paira no ar
48:18é simples,
48:19mas aterrorizante.
48:21O que acontece
48:22se o conflito
48:23escalar e a guerra
48:24nuclear se tornar
48:25uma possibilidade
48:26concreta?
48:27Como enfrentar
48:28uma crise
48:29de refugiados
48:30ainda maior?
48:31A questão
48:32é
48:33que
48:34os países
48:35não estão
48:37preparados
48:38para uma nova
48:39crise de refugiados.
48:40A gente já está
48:40com uma crise
48:41muito grande
48:42de refugiados.
48:45E aí,
48:45assim,
48:46teríamos que pensar
48:48quais seriam os lugares
48:49os locais
48:50onde esses países
48:51seriam.
48:52Inicialmente,
48:53essas pessoas
48:54vão para a Europa.
48:56E os países
48:57da Europa
48:57estão com uma
48:58grande onda
48:59de,
49:00digamos assim,
49:03de grupos
49:04de extrema direita
49:05que são xenófobos
49:07e que são
49:07anti-imigração.
49:09Então,
49:09isso traria
49:10uma onda
49:11muito mais forte
49:12para permitir,
49:14por exemplo,
49:15que esses países,
49:16que a extrema direita
49:17ganhem nesses países
49:18por uma questão
49:19de segurança.
49:20Porque essa é a ideia
49:21que se utiliza
49:22quando a gente
49:22tem refugiados
49:24em excesso,
49:25de que há uma crise
49:26de segurança
49:27e os governantes
49:29necessitam ser eficientes
49:31com respeito
49:32a essa crise
49:33de segurança
49:33e não permitir
49:34mais refugiados,
49:35porque isso implica
49:37maiores gastos
49:38para o Estado,
49:38enfim.
49:40A outra,
49:41essa é a primeira questão,
49:42então,
49:42essa crise
49:43de refugiados
49:44levaria,
49:46em primeira instância,
49:47uma grande onda
49:48de refugiados
49:50para a Europa
49:50e a segunda
49:52seria,
49:52talvez,
49:53para a América Latina.
49:55No Irã,
49:56a capital Teherã
49:57se esvazia aos poucos.
49:59As primeiras explosões
50:01no sul do país
50:01provocaram uma corrida
50:03silenciosa
50:04para o interior
50:05e as regiões montanhosas.
50:07Famílias inteiras
50:08abandonaram tudo
50:09com medo
50:10de um bombardeio
50:11em larga escala.
50:14Chayanne tem a família
50:15toda no Irã.
50:16Acompanha de longe,
50:18angustiado,
50:19tudo o que está acontecendo.
50:21Exato,
50:21eu não tenho contato
50:22com eles,
50:23só bem de vez em quando,
50:25quando eles conseguem
50:26usar VPN
50:30ou qualquer tipo de coisa
50:32para conectar
50:32no internet
50:33ou algumas ligações
50:34diretas,
50:35a gente consegue
50:36se comunicar.
50:38Porque acesso
50:39de internet
50:40está limitado
50:41quase está a zero
50:43lá,
50:44mas é bem limitado.
50:46Sempre dentro
50:47da nossa história,
50:48da nossa cultura,
50:49sempre foi
50:50paz
50:51e amor.
50:53E vários poetas
50:55nesse meio
50:56vieram
50:56e passaram
50:57esse recado
50:57para o mundo,
50:58que o povo persa
50:59que o povo persa
50:59nunca quiserem
51:01um conflito.
51:02Apesar
51:02do lugar
51:04estratégico
51:05que o Irã
51:06e a Pérsia
51:07estão,
51:08sempre existiu
51:10conflito lá
51:11por conta
51:12da geografia
51:14do Irã,
51:15por conta
51:15do lugar
51:18que o Irã
51:18está,
51:19no meio
51:20do mundo quase,
51:21então tudo passa
51:22por lá,
51:22por conta das reservas
51:23e tudo,
51:24o Irã
51:24sempre foi alvo
51:25de poderes.
51:28Em Israel,
51:29a sensação
51:29é a mesma.
51:31Há aeroportos
51:31lotados,
51:32voos comerciais
51:33sobrecarregados,
51:34quem pode
51:35voa para a Europa
51:36ou para os Estados Unidos.
51:38A população
51:38vive em estado
51:39de alerta.
51:40Nós conversamos
51:41com o Daniele,
51:42que vive em Israel,
51:43um pouco antes
51:44dos Estados Unidos
51:45atacarem o Irã.
51:47Acostumada
51:47com o clima
51:48de tensão,
51:49ela já se preparava
51:50para o que estava
51:51por vir.
51:52Até lá,
51:52a vida agora
51:53está sendo
51:53o ponte
51:54de tudo,
51:55você vê
51:56muitos dos mísseis
51:57estão caindo
51:57dentro de Tel Aviv
51:59e aqui,
52:00além de ser,
52:02são 20 minutos
52:03para a gente
52:03não parece nada,
52:04mas no conceito
52:06de Israel,
52:06que é um país
52:07muito pequeno,
52:0820 minutos
52:08faz toda a diferença.
52:10E também
52:11porque aqui
52:12nesse apartamento
52:13eles têm
52:13um abrigo
52:14dentro do apartamento.
52:15Em Tel Aviv
52:16eu tenho um abrigo
52:17no subsolo
52:18do meu prédio,
52:18então quando toca
52:19um alarme
52:20a gente tem
52:20um minuto e pouco
52:21para se ajustar
52:22para entrar
52:23dentro de um abrigo.
52:24agora eles estão
52:24dando um tempo
52:25maior,
52:26então eles avisam
52:27e aí eles falam
52:29que nos próximos minutos
52:30vai tocar um alarme
52:31e quando toca
52:32esse segundo alarme
52:33você tem um minuto
52:33e pouco.
52:34Então aqui
52:35eu já vou direto
52:36para o quarto
52:37dentro do apartamento,
52:38lá eu teria que
52:39sair correndo,
52:40descer escada
52:41e compartilhar
52:42o abrigo
52:43com os vizinhos,
52:44então aqui é mais
52:44cômodo,
52:45além de não ser
52:45o ponte
52:46como está sendo
52:47em Tel Aviv.
52:47O Conselho
52:52de Segurança
52:53da ONU
52:53se reuniu
52:54para discutir
52:55a guerra,
52:56mas a sessão
52:56foi marcada
52:57por uma intensa
52:58troca de acusações
52:59entre as representações
53:01diplomáticas
53:01de Irã,
53:02Israel
53:03e Estados Unidos
53:04sem a aprovação
53:06de uma resolução
53:06que pudesse frear
53:08o conflito.
53:11O papel da ONU.
53:14Nós tivemos
53:14uma reunião
53:15de emergência
53:16do Conselho
53:17de Segurança,
53:19essa reunião
53:20de emergência
53:21foi pedida
53:21justamente
53:22pelo Irã
53:24e a grande
53:25verdade é que
53:26o Conselho
53:26de Segurança
53:27hoje já não decide
53:28mais nada
53:29há muito tempo,
53:31desde
53:32uma reunião
53:34que teve
53:35já há muitos
53:36anos
53:37na qual
53:39o Conselho
53:40de Segurança
53:41deu um parecer
53:42favorável
53:43
53:43para a
53:45incursão
53:46na Líbia,
53:47depois disso,
53:49China
53:49e a Rússia
53:51entenderam
53:53que ali
53:53não foi o caso
53:54e nunca
53:55mais o Conselho
53:57de Segurança
53:57decidiu nada.
54:00Ele delibera,
54:01virou um fórum
54:02de discussões
54:03de um lado,
54:05Estados Unidos,
54:06França
54:06e o Reino Unido,
54:08do outro lado,
54:09a China
54:10e a Rússia
54:11que são os membros
54:12permanentes
54:13do Conselho
54:15de Segurança.
54:16Então,
54:16hoje,
54:17a ONU
54:17determina na carta
54:19mediar conflitos,
54:21aplicar sanções,
54:23tem essas missões
54:24de observação,
54:26essas missões
54:27humanitárias
54:28da ONU,
54:28mas elas são limitadas
54:29porque tem que ter
54:30autorização
54:31dos Estados
54:32envolvidos.
54:34Essas sanções
54:35unilaterais
54:36ou sanções
54:36coordenadas,
54:37como foi imposta,
54:38por exemplo,
54:39ao próprio Irã
54:40no caso
54:41do seu programa
54:42nuclear.
54:43Muitas vezes
54:44tem um efeito
54:44relativo
54:45e pode,
54:46inclusive,
54:46agravar
54:47as crises
54:48humanitárias.
54:50O advogado
54:51Ariel de Castro
54:52Alves,
54:53membro da Comissão
54:54de Direitos Humanos
54:55da OAB
54:56de São Paulo,
54:57também vê hoje
54:58a ONU
54:59com pouca atuação.
55:01A ONU,
55:02infelizmente,
55:02não tem conseguido
55:04promover a paz,
55:05promover
55:06os direitos humanos,
55:08promover o entendimento
55:09entre os países
55:10e mediar
55:11os conflitos.
55:13Esperamos
55:14uma atuação
55:15mais protagonista
55:16da Organização
55:17das Nações Unidas,
55:19exatamente
55:20de acordo
55:21com as suas
55:22atribuições.
55:23Mas,
55:24para isso,
55:25os países
55:25também precisam
55:27respeitar
55:28as atribuições
55:29da ONU.
55:30E os Estados Unidos,
55:31infelizmente,
55:33na atual gestão,
55:34tem atacado
55:36a ONU
55:37e tem também
55:38tirado
55:39as próprias
55:40finanças,
55:41porque os Estados Unidos
55:43sempre foram
55:44fundamentais
55:45para manter
55:47a própria estrutura
55:49da ONU.
55:50Então,
55:50nesse cenário atual,
55:52infelizmente,
55:53vemos uma ONU
55:54cada vez mais
55:55enfraquecida
55:56e uma dificuldade
55:57maior
55:58dela,
55:59de fato,
56:00patrocinar
56:00a paz no mundo.
56:02No fim,
56:03os que correm
56:04não fogem
56:05só das bombas,
56:06fogem da incerteza,
56:08fogem da perda
56:09e de um futuro
56:10que agora
56:10parece tão frágil
56:12quanto o silêncio
56:13entre dois ataques.
56:19O que começou
56:21como uma escalada
56:22de tensões
56:23no Oriente Médio
56:24se transformou
56:25em poucos dias
56:26em um dos momentos
56:27mais delicados
56:29da história recente.
56:32Na Europa,
56:34cresce o medo
56:35de retaliações.
56:37Nos mercados,
56:38reina a insegurança.
56:40E enquanto líderes
56:41discursam,
56:42quem vive
56:43nas fronteiras
56:44da guerra
56:44enfrenta uma realidade
56:46brutal,
56:47diária,
56:47sem pausa.
56:50Este não é apenas
56:51mais um conflito
56:52entre nações rivais.
56:54É um momento
56:55em que cada decisão
56:56carrega um peso histórico
56:58e cada silêncio
56:59um risco devastador.
57:02O documento Jovem Pan
57:12fica por aqui.
57:13Se você quiser rever
57:14esse e outros programas,
57:15não esqueça,
57:16estamos em todas
57:17as plataformas digitais.
57:19Uma ótima noite
57:20para você
57:21e até mais.
57:22documento Jovem Pan
57:43A opinião dos nossos comentaristas
57:47não reflete necessariamente
57:49a opinião do Grupo Jovem Pan
57:51de Comunicação.
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57:58A continuação do Grupo Jovem Pan
58:00A continuação do Grupo Jovem Pan

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