- 27/06/2025
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NotíciasTranscrição
00:00O governador Tarcísio de Freitas disse que não houve excesso por parte das Forças de Segurança de São Paulo
00:05nas operações realizadas no Guarujá, no litoral, após a morte de um policial da Rota na semana passada.
00:11Em coletiva hoje, segunda-feira, Tarcísio afirmou que oito pessoas morreram na ação
00:15em resposta ao assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos.
00:20Mas destacou que a polícia tem agido com profissionalismo. Vamos acompanhar.
00:24Cada ocorrência é investigada. Não há ocorrência que não seja investigada.
00:28Então nós temos a presença da polícia civil. Todas as ocorrências vão ser investigadas.
00:33Agora, nós não podemos permitir que a população seja usada e não podemos permitir,
00:39não podemos aí sucumbir às narrativas. A gente está enfrentando o tráfico de drogas.
00:45A gente está enfrentando o crime organizado. E a gente tem que ter consciência disso.
00:49O quão é difícil enfrentar o crime organizado. E a gente tem uma polícia extremamente profissional
00:55que sabe usar exatamente a força na medida que ela tem que ser usada.
01:01Claro, não houve hostilidade, não houve excesso. Houve uma atuação profissional
01:06que resultou em prisões. E nós vamos continuar com as operações.
01:12Segundo a gestão estadual, o governo do Tarcísio, dez pessoas foram presas,
01:18incluindo o homem suspeito de ter atirado contra o policial da rota.
01:22Aliás, circulou aí o áudio que está sendo atribuído ao advogado desse sujeito,
01:30que dá uma orientação para ele dizer que ele estava se entregando para que fosse interrompido
01:38o massacre que o governo estava fazendo. Então, quer dizer, você tem aí o suspeito
01:44e para ele se entregar pelo cometimento do crime, ele deve saber que cometeu, se presume,
01:50querendo posar de mártir, construindo uma narrativa. Você veja que isso é feito no crime organizado
01:56armado também. Você tem uma orientação para o sujeito construir uma narrativa
02:02para posar de quem é aquele responsável por interromper o massacre.
02:06Olha, eu só estou me entregando porque vocês estão matando pessoas e eu quero parar com isso.
02:12Sendo que o sujeito está se entregando por ter matado um policial.
02:16E ele menciona nominalmente o Tarcísio de Freitas e o De Rit, que é o secretário de Segurança, né?
02:23O Guilherme De Rit. Você acha que o cara ia pensar nisso sozinho?
02:28Pois é, você vê que há uma articulação para a construção de narrativa em todos os campos
02:34para efeito de propaganda. E sabe-se que essa propaganda é muitas vezes alcançada
02:39porque a pessoa que orientou sabe que existe uma caixa de ressonância para isso.
02:44E ela está no Brasil, no debate público brasileiro, no campo da esquerda.
02:49É o campo que demoniza os policiais mesmo antes de saber o que aconteceu.
02:55E aqui ninguém está defendendo abuso policial.
02:58Aqui eu sempre tive essa postura, fiz jornal local no Rio de Janeiro,
03:03são 20 anos de trabalho jornalístico, defendendo o quê?
03:05Que se saibam quais são os elementos específicos de cada episódio.
03:10É por isso que eu sempre defendi que houvesse câmeras nos uniformes dos policiais.
03:14Porque senão você tem esse debate histérico,
03:17que ficam os defensores incondicionais dos policiais de um lado
03:20e os defensores incondicionais, sejam de bandidos, sejam de supostos moradores.
03:27E muitas vezes bandidos sendo tratados como moradores inocentes
03:32e quando a gente vai ver depois, não, tem a ficha corrida, etc.
03:37Mas é usado isso para justificar a alegação de que houve abusos,
03:42que houve excessos, enfim, de que houve tortura.
03:45Para a gente saber se isso aconteceu,
03:47precisa haver uma investigação independente sobre cada um desses casos.
03:50E o Tarcísio, inclusive, ele falou isso.
03:52Apesar, assim, é uma postura que pode até ser, até certo ponto, ambígua,
03:58mas ele não deixou de falar que cada morte vai ter uma apuração.
04:02Estava até com essa declaração específica, mas, enfim, é irrelevante.
04:06Ele falou isso praticamente três vezes, assim, que cada morte vai ser apurada.
04:10Ele começa falando isso nesse trecho que a gente reproduziu agora.
04:13Eu acho que ele foi muito bem, ao dizer, ao começar,
04:17pelo menos nesse trecho aí, falando isso,
04:20eu acho que depois a afirmação dele,
04:23não houve abuso, era desnecessário.
04:26Exatamente.
04:27É o caso.
04:30Eu sou também, às vezes, mal interpretado quando eu digo isso.
04:35Mas eu também acho que, assim, o governo e a polícia,
04:38elas têm que estar do lado da civilização.
04:41Isso significa o quê?
04:44Cumprir regras, certo?
04:47Precisa cumprir regras.
04:49O policial não pode ter a licença que o bandido tem
04:52para meter o louco, como se diz popularmente.
04:56Ele tem um ônus.
04:58É verdade, é terrível você dizer isso.
05:01O policial vai para a linha de frente com um ônus
05:04de seguir as regras,
05:07de fazer as coisas como mando manual, certo?
05:09E é por isso que você precisa passar pela investigação e tudo mais.
05:14Então, porque isso que legitima e que separa, de fato,
05:17o policial daquele que não segue a regra nenhuma,
05:19que é o bandido.
05:21Então, um governador, numa situação como essa,
05:26tem que dizer, confiam na minha polícia,
05:28nós sabemos que fazemos um trabalho profissional,
05:32mas vamos seguir o procedimento,
05:34vamos seguir as regras e fazer a investigação.
05:36e quando ela estiver concluída, vamos apresentar os resultados.
05:41E daí você pode falar, tenho confiança,
05:43você não pode dizer categoricamente, não houve abuso.
05:47Exatamente.
05:47Porque às vezes há.
05:49Ponto final.
05:50É como eu estava dizendo, Felipe.
05:52Não se trata de santificar e demonizar de um lado.
05:56As coisas precisam ser vistas caso a caso.
06:01Em toda organização, em toda instituição,
06:05você tem aquele que foge a regra,
06:07que faz a coisa do jeito errado.
06:10Então, precisa.
06:12Isso nada mais é do que dizer,
06:15nós estamos do lado da civilização.
06:18Por quê?
06:19Porque a gente segue regras.
06:21E a gente vai ver como foi feito.
06:22E ponto final, isso não significa desmerecer o trabalho do policial.
06:25Exatamente.
06:26Não significa demonizar o policial.
06:28Significa apenas dizer,
06:30aqui tem regra.
06:32Lá, do outro lado, aqui não tem.
06:34E isso é que nos diferencia uns dos outros, certo?
06:37Perfeito.
06:37E eu falei justamente da ambiguidade do discurso do Tarcísio
06:41enquanto estava procurando aqui o trecho que ele fala
06:43sobre as investigações.
06:45E você foi no ponto, em relação ao outro trecho,
06:50ao excesso retórico do Tarcísio,
06:55de ter apontado que não houve excessos.
06:57Não sei se nesse vídeo que a gente mostrou ele falou abusos.
07:00Aqui na transcrição eu estou vendo a palavra excesso.
07:03Mas, enfim, é o mesmo significado.
07:05Ele falou que não houve hostilidade, excesso,
07:07houve atuação profissional que resultou em prisões
07:09e vamos continuar com as operações.
07:11Enfim, ele podia ter ficado do lado da civilização.
07:13Confio no trabalho da polícia, etc.
07:16Cada morte vai ser devidamente apurada
07:18porque nós seguimos o protocolo.
07:20São os procedimentos, são as regras.
07:23Perfeitamente colocado.
07:24E a frase, eu achei aqui dele,
07:26foi cada ocorrência é investigada.
07:27Está aqui na matéria do Estadão.
07:29Tarcísio disse que os casos que resultarem em mortes
07:31serão investigados pela polícia civil.
07:33Abre aspas para o Tarcísio.
07:33Cada ocorrência é investigada.
07:36Não há ocorrência que não seja investigada.
07:38Todas vão ser investigadas.
07:40Falei que ele tinha se repetido.
07:43E ele pontuou que a polícia
07:44quer evitar o confronto de toda forma, etc, etc.
07:47Então, concordo plenamente com você, Graeme.
07:50Não precisava dizer que não houve abuso.
07:54Porque essa análise que a gente faz aqui,
07:56seja em confronto policial de bandidos,
07:58seja em escândalos políticos,
08:00é uma análise caso a caso,
08:02porque nós somos parte da civilização.
08:05Porque nós defendemos
08:07que as situações têm elementos específicos
08:11e que não dá para fazer,
08:13esse que é o ponto,
08:14uma defesa tribal incondicional.
08:17É isso.
08:18É isso que nos separa desse jornalismo,
08:20entre aspas, militante.
08:22É isso que nos separa das massas de manobra
08:24e da militância de grupos políticos,
08:27de campo ideológico,
08:28de influenciador lulista,
08:31influenciador bolsonarista de rede social,
08:34que está ali de cheerleader de determinado grupo
08:36sem fazer análise específica de cada episódio.
08:40Então, acho que cabe ao governador
08:42esse tipo de postura.
08:44Assim, foi quase certo, né?
08:45Foi no 95%.
08:47Porque, assim, é importante também para a população
08:52que você tenha lideranças políticas
08:55e de gestão estadual e de qualquer nível,
08:58seja municipal, federal também,
09:00que não adote essa narrativa
09:03que acabou se proliferando no campo da esquerda,
09:06que é a defesa incondicional
09:07dos alvos de uma operação policial.
09:14Você precisa analisar o caso
09:16antes de fazer essa defesa.
09:19Então, assim, ele deu um discurso
09:20que poderia ter sido simplesmente institucional
09:23e não afetado por narrativas.
09:25Mas teve aquele pontinho
09:27em que ele foi um pouco mais bolsonarista.
09:30Foi o trecho em que ele, enfim,
09:37pagou pedágio ali
09:39para o pessoal mais radical.
09:42Agora, tem que dizer também
09:43que esse combate,
09:46essa entrada da polícia
09:48ali naquela região do Guarujá,
09:51aqui no litoral de São Paulo,
09:52é absolutamente correta,
09:56porque aquilo lá virou uma terra de ninguém.
09:59Realmente está completamente tomada pelo tráfico.
10:02Realmente a violência no Guarujá
10:05há muito tempo passou do aceitável.
10:09Então, sim, precisa haver as operações.
10:12O governador está absolutamente correto
10:14em mirar naquele lugar
10:17e falar, vamos agir,
10:19vamos fazer o que for possível nesse espaço.
10:22Então, não é que seja uma escolha errada,
10:28não, de ação policial.
10:30Está absolutamente correta a escolha.
10:32É, e diante de uma ação policial,
10:35é bom que as pessoas tenham em mente.
10:37Tem bandido que atira contra a polícia.
10:41E aí, o policial precisa proteger a própria vida.
10:44Então, existe, sim, a legítima defesa do policial
10:47quando ele é alvejado por bandidos
10:50que estão querendo impedir uma patrulha,
10:52que estão querendo impedir uma fiscalização.
10:55E, eventualmente, esses bandidos morrem
10:57num confronto que foi criado por eles.
11:01Porque você tem ali a autoridade policial
11:03que tem que ter acesso
11:05a todas as áreas do território
11:07sob a sua gerigição.
11:08Se o bandido está impedindo o acesso policial
11:11com disparos contra a polícia,
11:15então, ele se coloca nessa situação
11:19em que pode ser atingido.
11:22E, repito, antes de ver as imagens
11:24que vão ser coletadas,
11:26já estão sendo, provavelmente,
11:28tomara que haja uma investigação independente,
11:30que nenhum material seja destruído,
11:31porque aí você começa um efeito dominó
11:34que só depõe contra a polícia
11:35e contra as autoridades públicas.
11:37Então, você tem a declaração do ouvidor
11:39da polícia dizendo que iria pegar
11:42essas imagens e tal
11:43para a gente ver se tudo está justificado.
11:47E é isso que precisa ser feito.
11:49Vamos em frente.
11:49Quem também comentou a operação da PM
11:51foi o ministro da Justiça, Flávio Dino.
11:53E agora a gente vai ver a diferença de tom.
11:55Em coletiva, o integrante do governo Lula
11:57afirmou que a ação não parece ser proporcional
12:00em relação ao crime que foi cometido.
12:03Abre aspas.
12:04Chama atenção o fato
12:05de você ter um terrível crime contra um policial.
12:08Um crime realmente que merece a repulsa,
12:10sendo usado, inclusive, uma pistola de 9mm.
12:13E houve uma reação imediata
12:14que não parece, nesse momento,
12:16ser proporcional em relação ao crime
12:18que foi cometido.
12:19Fecho aspas.
12:22Essa declaração é para haver
12:24uma polarização política e ideológica
12:27em torno do caso, né, Graeb?
12:28Porque, sem você ter acesso
12:31a todos esses detalhes,
12:33você dizer que não foi proporcional,
12:35você tem um bandido que matou um policial.
12:38Sim.
12:38Então, assim, no mínimo, você espera.
12:41Você não sai condenando a polícia
12:44por reagir à morte
12:46de uma autoridade policial.
12:48Quer dizer, acho que é o ministro da Justiça
12:50fazendo política num cargo
12:53e num momento delicados e indevidos.
12:55E você fala isso
12:57abstraindo de todas as circunstâncias,
13:00que foi aquela que eu mencionei.
13:01O Guarujá foi tomado
13:03por quadrilha de trafic...
13:05Cadrilhas, eu não sei.
13:06Sim, eu faço programa de rádio,
13:07a gente vem noticiando
13:08o aumento da criminalidade
13:10no Guarujá, na Baixada Santista,
13:12há muito tempo.
13:13Então, não é que o sujeito
13:14estava andando no meio da rua,
13:16numa rua tranquila,
13:17atirou num policial
13:18e daí veio um batalhão
13:20em cima para cima dele.
13:21Não, tem uma circunstância
13:23em que crime organizado
13:25está continuamente confrontando
13:27o Estado, a polícia,
13:29lá no Guarujá.
13:30Então, não foi uma reação
13:31desproporcional que veio do nada.
13:34Foi uma reação a uma situação
13:37de crime organizado
13:39que realmente decide
13:41que a parte da cidade é dele.
13:44E isso não pode, não pode.
13:46A frase do Flávio Dino
13:50faz parte disso aí
13:52que você já denunciou
13:53mais uma vez aqui no programa,
13:55que é essa ideia
13:56de que sempre você precisa
13:58partir do princípio
14:00de que o cara que levou
14:03uma bala da polícia
14:04é um coitado.
14:06As chances disso não ser verdade,
14:09neste caso,
14:10são altíssimas,
14:12muito maiores
14:13do que o cara ser um coitado mesmo.
14:15As chances de ele ser um bandido
14:17são altas.
14:20Porque aí é disso que se trata
14:21ali no Guarujá.
14:23Certo?
14:23Então, assim,
14:26olhando preliminarmente,
14:29parece ser uma ação
14:30justificada da polícia
14:33e que precisa seguir as regras.
14:36Então, vamos ver como ela foi feita.
14:38Mas não tem nada disso
14:39que o Flávio Dino disse.
14:40Flávio Dino
14:46E aí
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