Nelson Kobayashi debate se Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, estaria "se enforcando" ao tentar agradar governo e oposição no Congresso.
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00:00Pois é, integrantes do Palácio do Planalto estariam de forma reservada culpando, colocando na conta do ministro Fernando Haddad por Hugo Mota ter pautado essa derrubada do decreto do IOF e atribuem as falas de Haddad nessa entrevista que ele concedeu a uma emissora de TV aberta, criticando, por exemplo, o aumento no número de cadeiras de deputados na Câmara.
00:24Tá, Nelson Kobayashi com a gente. Vou até vir pra aberta aqui, o cenário bonito dos Pingos nos Ison, Nelson Kobayashi que todos conhecem, vários programas, ele é comentarista, apresentador aqui na Jovem Pan.
00:36Kobayashi, seja bem-vindo, viu? Ótima noite a você, queria também pedir sua análise e reflexão acerca dessa situação nebulosa, não tá claro exatamente qual foi o motivo, mas parece que há um ingrediente importante que a gente tem que avaliar em relação a essa entrevista concedida por Fernando Haddad.
00:52Tá virando uma novela, né? Boa noite, Caniato, boa noite a todos que nos acompanham aqui nos Pingos nos Is, aos meus colegas de bancada, Mota, Dávila, todos que nos acompanham, sempre prazer estar aqui nos Pingos nos Is, em especial pra comentar pautas tão importantes como essa, o projeto que pode sustar o decreto do governo em relação ao aumento do IOF.
01:12Muitas coisas estão por trás dessa movimentação envolvendo o presidente da Câmara em específico, Daniel Caniato. São muitas mensagens que são passadas quando ele pauta a urgência, depois quando pauta agora o mérito desse projeto que não interessa ao governo, que pelo contrário, deixa o governo insatisfeito com a atuação do presidente da Câmara.
01:33Mas, por outro lado, deixa muitos outros satisfeitos. A gente tem que se lembrar que o Hugo Mota foi eleito presidente da Câmara fruto de um acordo muito grande entre muitos partidos, inclusive os partidos de oposição,
01:44que deixaram de votar no Marcelo Van Hatten, do Partido Novo, pra aderir a um grande acordo envolvendo o Hugo Mota, que é do Republicanos e que conversaria com todos os atores políticos e dando abertura pra quaisquer pautas, sejam as pautas governistas quanto as pautas da oposição.
02:05E o Hugo Mota, no primeiro momento, não foi satisfatório às intenções, às opiniões da oposição. A gente se lembra do PL da Anistia, que conseguiu uma ampla base de assinaturas, mas não foi levada adiante.
02:21Depois, isso foi assunto, inclusive, pra uma cobrança pública que fez o deputado André Fernandes, no plenário da Câmara dos Deputados, ao presidente Hugo Mota, e que parece ter surtido efeito.
02:31Então, ele já passa uma mensagem pra oposição de que ele tá, sim, agora, atendendo aos interesses da oposição.
02:38Passa algumas outras mensagens importantes também. A gente tem, nessa sexta-feira, depois de amanhã, uma reunião importante, uma audiência em relação às emendas parlamentares.
02:47Então, quando ele pauta assuntos que são de desagrado do governo, ele tá também passando uma mensagem falando, olha só, não adianta eu e o presidente do Senado irmos até a audiência pública,
02:59fazermos a nossa parte pra que seja mantido o sistema de emendas parlamentares.
03:04Se o governo, que também tem muito interesse, e veja como há interesse, governo, de que as suas pautas sejam aprovadas,
03:11também não se movimentar pra resolver essa questão das emendas.
03:14Então, também passa uma mensagem ao Poder Executivo.
03:17E, naturalmente, a gente não pode deixar de levar em consideração que a gente tá, Caniato, todos que nos acompanham,
03:24em um momento de muitos partidos saindo da base do governo, deixando esta embarcação,
03:33inclusive o próprio Republicanos, que é o partido do presidente da Câmara, Hugo Mota.
03:38Isso também deve ser levado em consideração.
03:41Fato é, vamos ver como é que o governo vai reagir agora a essa medida do Hugo Mota,
03:47que, naturalmente, incomoda o governo, mas satisfaz não só a oposição,
03:52mas, principalmente, a todos os brasileiros, os pagadores de impostos.
