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Sérgio Cabral ganha direito a deixar a prisão domiciliar e, agora, quer anular sentença de Moro
O Antagonista
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25/06/2025
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00:00
Olha, hoje até que a gente não tem assim tanto assunto, foi um dia em que diversas
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histórias que já estão em andamento há bastante tempo continuaram, então a gente
00:12
vai começar com uma notícia que foi, digamos assim, inesperada, surpreendente, a libertação
00:19
de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, que estava preso há seis anos e
00:26
hoje, por ordem do Tribunal do Rio de Janeiro, deixou a prisão domiciliar e agora deixou
00:35
não, ele já não está mais obrigado a permanecer em prisão domiciliar e pode começar a se
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movimentar com tornozeleira eletrônica, enfim, agora ele está sujeito a medidas cautelares
00:49
e também terá que entregar o passaporte, não pode sair, pode ir para a Disney, alguma
00:56
dessas coisas.
00:58
Vamos lá, o desembargador Marcelo Granado, relator do processo, votou contra o pedido da
01:05
defesa de Cabral de soltar o ex-governador, sendo acompanhado pelos desembargadores Flávio
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Lucas e Wanderlei Sanan.
01:11
A gravidade concreta do crime de Cabral afeta a ordem pública e traz um sentimento de indignação
01:18
da sociedade brasileira, disse Granado.
01:21
A solicitação, no entanto, foi acolhida por André Esmeraldo, Ivan Atié, Simone Schreiber
01:28
e William Douglas, portanto foi um placar aí de quatro a três, né?
01:31
Eles se basearam numa decisão do STF, aquela corte, o STF, determinou que a condição das
01:40
medidas cautelares seria a providência que poderiam ser tomadas pela situação factiva
01:45
atual do réu.
01:49
O STF deixou bem claro nos votos que a prisão preventiva era excessiva dado o tempo decorrido.
01:55
Ou seja, é uma discussão sobre aquelas longuíssimas, estendidas prisões preventivas que, enfim,
02:06
se tornaram comuns durante a Lava Jato e se tornaram também um objeto de polêmica, né?
02:12
Porque, enfim, muita gente diz que a prisão preventiva não pode ser uma substituição,
02:19
não pode ser uma antecipação da pena, né?
02:24
Que só virá, de fato, no final do processo.
02:26
Então, seis anos de prisão preventiva seria um exagero e tanto o STF quanto agora o Tribunal
02:33
do Rio acataram essa lógica.
02:36
Quem está de acordo, levanta a mão.
02:38
Não, assim, a questão da prisão preventiva, realmente não faz sentido uma prisão preventiva
02:50
de seis anos, nisso eu estou de acordo.
02:52
O que não dá para entender é por que ele não foi julgado até o fim, né?
02:58
Com aquela coisa do trânsito em julgado.
03:00
Ele foi condenado a mais de 400 anos de prisão, só que o julgamento não foi até o fim.
03:08
Então, por isso, se considera uma prisão preventiva.
03:11
E aí fica insustentável segurar essa prisão preventiva.
03:17
O problema, no fundo, está nessa morosidade da justiça brasileira
03:22
que deveria ter julgado e condenado ele em última instância, né?
03:27
Wilson, o senhor fecha com o relator ou não?
03:34
É, eu fecho com o relator, mas eu preciso só fazer um apontamento, que eu acho que...
03:39
Eu acho não, esse negócio de achismo não é muito a minha praia.
03:43
Mas esse caso do Cabral, ele é simbólico, né, Grebias?
03:47
Ele é simbólico do ponto de vista da Lava Jato, ele é simbólico do ponto de vista
03:51
do sistema judiciário brasileiro, né?
03:53
Em que você consegue escapar da prisão se você tiver um bom advogado.
03:58
Basicamente é isso, sabe?
04:01
É engraçado, porque eu sempre escuto essa discussão.
04:04
Ah, o Brasil tem 600 mil presos e tal, tal, tal, aquela coisa toda.
04:08
Nosso manicômio prisional.
04:12
Mas esse manicômio prisional, ele funciona para o cidadão que não tem dinheiro, né?
04:17
Para o cidadão que não tem como bancar um bom advogado.
04:19
Para o cidadão que não consegue ter acesso ao sistema judiciário.
04:23
Agora, um personagem como o Sérgio Cabral, ele tendo um bom advogado, que tem uma boa
04:30
capacidade de influência num tribunal regional ou numa instância superior como STJ ou até
04:37
Supremo, um camarada desse consegue se livrar, entendeu?
04:40
Consegue achar um subterfúgio para sair.
04:43
E daí, assim, os caras conseguem fazer esse drible na nossa legislação e tá aí, né?
04:51
Cabral, depois de ser pego pela Lava Jato, agora em condição de prisão de domiciliar.
04:57
Agora sim, gente, não dá para falar que o Cabral é o único, né?
05:01
Eu acho que por causa desses erros do nosso sistema judiciário, nosso sistema judicial,
05:10
melhor dizendo, você tem hoje até um presidente da República que, enfim, né?
05:16
Que passou um tempo na prisão e agora tá no Palácio do Planalto.
05:19
Então, enfim, voltando ao que eu tava falando no início, Greb, me parece que esse caso
05:26
do Sérgio Cabral, ele é realmente uma metáfora até do desmonte da Lava Jato, né?
05:34
Acho que é bem simbólico isso, sabe?
05:36
É, do ponto de vista técnico, pode até ter o seu mérito, enfim, mas do ponto de vista
05:42
simbólico, ele é um, enfim, é matar de vez o que fez a Lava Jato durante vários anos,
05:51
né?
05:52
Então, assim, tem uma frase, Greb, que eu sempre utilizo aqui no programa, né?
05:57
Parece que as placas tectônicas da política estão se ajustando, né?
06:02
De novo, né?
06:03
E me parece que, enfim, depois daquele processo da Lava Jato, que a gente se acostuma a ver
06:10
político na cadeia, parece que agora tudo volta como dantes no quartel de Abrantes, né?
06:16
Já dizem por aí, né?
06:17
É, eu acho que a questão é exatamente essa, né?
06:21
Como é que vai se desenrolar esse caso do Cabral?
06:24
O Cabral não foi inocentado, não está livre a rigor, né?
06:30
Ele está lá, sujeito a medidas cautelares, tudo bem, vai poder tomar, eu não sei onde
06:33
é que ele mora no Rio de Janeiro, mas suponho que vai poder tomar água de coco ali na orla,
06:39
passear no calçadão, alguma coisa desse tipo.
06:41
Vai ser uma prisão, assim, um grau alto de agradabilidade, sei lá, não vai ser uma
06:53
coisa terrível a partir de agora, né?
06:55
Já não era porque ele estava em casa.
06:59
A questão é que o Cabral também está pleiteando a suspeição do Sérgio Moro, né?
07:09
E aí eu acho que está o pulo do gato, né?
07:14
Pode ser que o Cabral volte para a cadeia, o processo acaba, sei lá, suponho que eles
07:20
vão abater esses seis anos que ele já ficou na cadeia e ele volta para o regime fechado,
07:25
porque como você lembrou, Duda, tem lá a condenação para várias vidas, né?
07:30
400 anos.
07:31
A questão é se ele conseguir emplacar a tese que livrou a cara do Lula.
07:41
Eu não tenho dúvida nenhuma que tem gente com a mão coçando,
07:48
e eu não vou esconder o nome, Lewandowski, que felizmente está de saída do Supremo, né?
07:53
Para estender a ideia de que o Moro foi um jogador parcial para todos os réus da Lava Jato
08:02
e jogar de uma vez por todas tudo o que a Lava Jato descobriu sobre a maneira como funcionava
08:09
a política brasileira no lixo, para baixo do tapete, né?
08:16
Então, a meu ver, mais ainda do que a questão dessa liberação do Cabral para sair de tornozeleira
08:28
e tudo mais, a questão não encerrada sobre a Lava Jato é se algo será feito para livrar a cara,
08:40
para anular a operação inteira, né?
08:44
Inclusive, em relação a pessoas que foram flagradas com a boca na botija, como o Sérgio Cabral,
08:51
de um jeito que não é possível dizer que não teve crime, crime, crime, crime, crime, né?
09:00
Não sei se vocês concordam comigo.
09:04
Concordo.
09:06
E acho que temos uma novidade aí que a gente está tendo uma, meio que uma volta da Lava Jato
09:16
via Congresso, né?
09:19
A gente, nós temos agora o Moro como senador, o Deltan como deputado federal
09:27
e os dois vão trazer de volta essa pauta da luta contra a corrupção que o PT quer enterrar.
09:37
E uma das coisas, acho que a gente tem a notícia aí, né, Joel Tô?
09:42
É o Deltan, ele até se manifestou hoje no Twitter indignado com essa decisão
09:51
que evogou a prisão preventiva domiciliar, né?
09:57
Do Sérgio Cabral, dizendo isso, pedindo um requerimento para criar
10:02
essa comissão especial da prisão em segunda instância.
10:08
Enfim, é uma coisa interessante, né?
10:13
Porque enquanto o STF, como você citou aí, o Lewandowski,
10:17
realmente está imbuído aí de enterrar a Lava Jato,
10:23
por sorte ou graças à eleição aí, nós temos hoje representantes da Lava Jato
10:30
e dessa pauta anticorrupção que estão no Congresso e vão tentar fazer alguma coisa, né?
10:38
É, mas você falou bem, né, Duda?
10:40
Desculpa, Grebby, só para comentar.
10:42
Assim, tentar uma coisa, fazer outra, né?
10:45
Então, assim, é...
10:49
Porque, assim, a gente também não pode ser inocente.
10:53
A gente também não dá para a gente pensar de uma forma muito puritana.
11:00
O Deltan é voz solitária no Congresso.
11:03
Hoje não tem clima, nem em Câmara e nem em Senado,
11:06
pode se discutir prisão em segunda instância.
11:09
Todos estão, os olhos estão calcados, os olhos estão voltados para a discussão de reforma tributária.
11:17
Essa discussão sobre a corrupção, sobre o combate à corrupção,
11:21
vai ser um tema acessório que vai ficar lá o Deltan falando sozinho, basicamente.
11:26
Esse requerimento, inclusive, que ele apresentou na Câmara,
11:29
ele precisa de aprovação em comissão e precisa de anuência do Arthur Lira.
11:35
E o Deltan sequer conversou com o Arthur Lira no início da legislatura.
11:40
Então, assim, é aquele clássico movimento para inglês ver, sabe?
11:45
Então, também tem um pouco isso, sabe?
11:47
Tanto o Moro quanto o Deltan, o Moro no Senado e o Deltan na Câmara,
11:52
tendem a ser, ambos, tendem a ser vozes ali isoladas, ali, dessa pauta.
11:58
Basicamente, e é engraçado porque é uma metáfora que a gente, como imprensa,
12:05
nós aqui do Antagonista também vivemos, de certa forma, isso.
12:07
O Antagonista é o único site que ainda fala disso, né?
12:10
Que ainda fala de combate à corrupção, etc, etc.
12:13
Assim, basicamente é como, utilizando uma metáfora bíblica, né?
12:17
São pastores pregando no deserto, entendeu?
12:19
Então, assim, eu confesso, eu sou bem cético, bem pessimista quanto a isso.
12:26
Pois é, o seu bom balde de água fria aqui.
12:32
Mas, pô, vamos entrevistar o Deltan, hein?
12:37
O Deltan pôs o Deltan na ferida, né?
12:39
Você estava falando sobre as chicanas jurídicas, né?
12:44
Que se multiplicam e conseguem manter gente que tem dinheiro para pagar advogado fora da cadeia.
12:50
Ele pôs o Deltan na ferida.
12:53
Nem a maluquice de uma prisão provisória.
12:56
Provisória quer dizer por pouco tempo, né?
12:59
Não é uma coisa permanente, né?
13:02
Nem a maluquice de uma prisão provisória que se estende por seis anos.
13:06
Nem, mais grave, a impunidade de um cara que foi condenado a 400 anos de cadeia existiriam
13:14
se essa medida tão simples, né?
13:18
Que era reinstaurar a prisão em segunda instância, tivesse acontecido já.
13:26
Melhor, se o STF não tivesse mudado o seu entendimento a respeito do assunto,
13:32
isso não estaria acontecendo.
13:33
E se o Congresso tivesse decidido tocar nesse problema,
13:42
ao invés de ficar fazendo, de ficar empurrando o problema para o judiciário,
13:46
fazer de conta que não é dele, como faz o nosso Congresso em quase tudo,
13:50
que é difícil, né?
13:52
A gente não veria essa situação que é, em que acabam conflitando
13:56
duas situações ruins.
13:58
Um homem ficar preso seis anos por prisão provisória,
14:02
um homem não ser preso, apesar da condenação longa, né?
14:08
Então, isso seria uma solução.
14:11
Agora, não vai acontecer mesmo, você tem razão.
14:13
A gente vai continuar empurrando com a barriga esse assunto.
14:17
E, durante os quatro anos do PT,
14:19
muito provavelmente, o que a gente vai ver,
14:21
um PT, um centrão, né?
14:26
Que nesse assunto falam a mesma língua,
14:30
absolutamente a mesma língua,
14:33
provavelmente, tentando mais do que isolar
14:36
o Sérgio Moura e o Dallagnol,
14:39
tentando desmoralizá-los e tentando desfazer completamente
14:43
qualquer legado que a Lava Jato possa ter, né?
14:50
Alguém quer acrescentar alguma palavra?
14:55
O mais indignado nessa história é que o Sérgio Cabral
14:59
foi um corrupto confesso, né?
15:01
Ele tem os vídeos dele falando, né?
15:04
Roubei mesmo, eu queria dinheiro.
15:07
E aí, enfim, mesmo com tudo isso,
15:09
com todas as evidências, ele confessando,
15:11
vai tomar água de coco lá no Leblon.
15:16
É, um personagem caricatural, né?
15:20
Toda aquela bonomia do Cabral, aquela coisa,
15:24
ele aplicava ao governo e aplicava à corrupção também.
15:26
Ele fazia tudo do mesmo jeito, malandro, né?
15:30
Um horror.
15:41
E aí, o que é que é que é que é que é que é que é que é que é que é que é que é que é que é que é que é que é a corrupção.
15:46
Obrigado.
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