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"Por que todo negócio bom e lucrativo está em Cuba?”, questiona Marcos Mendes
O Antagonista
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O economista analisa o retorno da política do BNDES de patrocinar obras no exterior, mas apenas em países alinhados ao governo do PT.
Assista à entrevista completa: https://youtu.be/ajArMWYKUgo
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Não posso deixar passar aqui sem a gente, pelo menos, perguntar a sua opinião
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sobre o Sul, ou o nome que é essa moeda local ou regional.
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Eu brincava hoje mais cedo que a ideia está amadurecendo.
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Até o Maduro já levantou a mão lá e disse que topa também.
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Eu queria que o senhor desse um panorama para a gente nessa parte de comércio exterior.
00:28
Como é que a gente vai se movimentar?
00:31
Como é que você acha que o governo vai se movimentar nesses próximos anos?
00:35
Bom, aí eu faço uma outra pergunta depois, é sobre expectativas e etc.
00:42
Deixa eu só pegar carona na pergunta do Rodrigo, porque além dessa questão,
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desse mecanismo de troca, que estão chamando de moeda e tal, nós temos todo um esforço
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diplomático de integração, de reintegração ou de retomada daquela política de reintegração.
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Mas isso acontece nesse novo contexto geopolítico, que não me parece que não favorece esse tipo
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de ação. Se eu estiver errado, por favor, me corrija, Marcos.
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É só para encaixotar aqui a pergunta do Rodrigo dentro desse contexto maior,
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porque a gente estava falando daquele contexto de commodities, de boom internacional,
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e agora a gente tem contexto de retração, de inflação, de crise.
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E assim, esse tipo de movimento, ele é bom, é positivo, ou ao contrário, ele só tende
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a piorar a nossa situação? Quer dizer, interagir dessa maneira com a Argentina e tal, eu não
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estou querendo ser preconceituoso, muito menos xenófobo, nem nada disso, mas em termos
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práticos, até querendo, buscando resposta. Muita gente criticou esse negócio do gasoduto
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e tal, mas enfim, se pode trazer energia mais barata para o Brasil, pode ter coisas boas.
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Se um mecanismo de troca comercial pode facilitar essa troca e tornar ela mais barata, pode ser
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também uma coisa boa. Então, eu faço aqui o advogado odiado também para a gente fazer
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uma discussão, não ideológica, mas uma discussão prática.
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Tá, vamos lá. Começando sobre essa questão da moeda. Me parece que não houve,
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ou anunciado que não houve a intenção de fazer uma moeda única, tipo euro na Europa,
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seria uma loucura. Você pega um país totalmente desestruturado, em termos fiscais e monetários,
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como a Argentina, que tem uma inflação de 100% e botar a mesma moeda para circular no Brasil
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e na Argentina. Existe uma, entre aspas, lei em economia que diz que a moeda ruim expulsa a
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moeda boa. Certamente as condições ruins da economia argentina contaminariam a economia
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brasileira. Parece que o que estavam falando era uma espécie de câmera de compensação
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para quando importadores argentinos comprassem produtos brasileiros. Como a Argentina tem
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escassez de dólares, esse é um dos desequilíbrios deles, estão sempre pendurados no valor de pagamento,
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aí fazem um crédito nesse valor, nessa unidade de conta, para eles não precisarem ter dólar na mão
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para fechar a transação. Mas isso também é muito complicado, porque fica lá um crédito em aberto,
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pode dar calote, qual é a garantia. Com relação à ideia geral de integração sul-americana,
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não é novidade nenhuma em relação à política do PT, que é a política protecionista, que não quer
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abrir a economia para o comércio internacional e acredita numa espécie de comércio sul-sul. Tem aquela
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ideia de que o país rico vai explorar os países coitadinhos dos países pobres, então vamos ficar nós
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mais pobres aqui, negociando, comercializando com os outros pobres e vamos crescer juntos, né?
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Isso é um limitador tremendo, né? Porque você perde acesso a mercados riquíssimos, mercados amplos,
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diversificados e uma via de mão dupla, que você abre mercado para você exportar seus produtos e você pode
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importar insumos mais baratos, que vai tornar a sua indústria mais produtiva, você pode importar novas
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tecnologias, você abre para empresas virem se instalar no Brasil, enfim, o comércio gera ganhos em várias
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dimensões. Então, essa ideia de fortalecer Mercosul e, ao mesmo tempo, olhar de nariz torcido ao CDE, olhar de
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nariz torcido outros acordos comerciais, acordo comercial com a Europa, com a União Europeia, faz
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parte dessa ideologia de que a gente vai perder, se a gente negociar com países mais ricos, na verdade,
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a gente vai estar perdendo o acesso aos mercados mais dinâmicos, que poderiam gerar mais riqueza
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para o país. O Claudio falou essa questão de financiar gasoduto, aí é a ideia que foi lançada
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pelo presidente Lula de voltar a botar o BNDES para financiar exportação de serviços de engenharia,
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financiar obras em outros países. E a justificativa é, não, nós estamos gerando renda para o país,
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nós vamos financiar a empresa brasileira que vai fazer obras no exterior, mas vai contratar
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empregados brasileiros, vai comprar insumos brasileiros, vai gerar renda aqui dentro.
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Nós temos vários problemas aí. O BNDES vai emprestar, e vai emprestar, ele precisa de uma garantia.
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Quem vai garantir? É o Tesouro? O BNDES fala assim, não, eu não tive problema nenhum para que eles
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emprestem, porque estava tudo garantido. Mas garantia é por quem? Temos o Tesouro, nós, pagadores de impostos.
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Nós pagamos aquele troço lá, direto ou indiretamente. Ou num fundo, FAT, que botou dinheiro do BNDES,
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Tesouro, que botou dinheiro direto lá. Então, sim, Venezuela deu calote, Cuba deu calote,
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acho que Angola deu calote, e nós pagamos esse calote. O segundo problema é que, se eu estou
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falando uma coisa de mercado, financiando empresas brasileiras que vão ao mercado exterior buscar
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oportunidades de negócio lucrativo, esse negócio pode estar na Bélgica, esse negócio pode estar
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na Espanha, esse negócio pode estar no Canadá. Por que que todo negócio bom e lucrativo
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está na Argentina, na Venezuela, em Cuba e em Angola? Que foram os quatro países que levaram
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80% desses financiamentos. Então, obviamente, tem uma coisa ideológica, política por trás
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nessa alocação desses recursos. E terceiro, que absolutamente não é prioridade.
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Cedo ou tarde vai ter impacto fiscal isso, e a gente estava conversando sobre o programa
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fiscal do Brasil. Então, você está querendo fazer uma política exterior canhestra aí,
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querendo dar uma de China, que financia todo mundo sem ter dinheiro para fazer isso. A China
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tem dinheiro sobrando lá para fazer isso, a gente não tem. Então, claramente, não é prioridade,
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nem é boa ideia. Já foi testado e reprovado. Mais um ponto, né? O Claudio falou, ah, vou fazer o
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advogado do diabo. Se o projeto for bom, por que não financiar? Se o projeto for bom, o mercado
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financia. Se o projeto é lucro, se você olhar a taxa de retorno e o custo de capital e esse
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troço de lucro, não precisa do BNDES para financiar. Tem mercado para financiar. Quando o BNDES saiu
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do mercado de financiamento, o mercado de capital no Brasil deu um pulo. Títulos privados de longo prazo
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duplicaram o estoque, duplicou o estoque de títulos privados de longo prazo. O BNDES saiu do mercado
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privado, pôde trabalhar. O BNDES foi focado no mercado privado. Só faz sentido o banco público entrar
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no mercado. Se você tem um projeto que não dá lucro, mas ele gera as chamadas externalidades, ele gera
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ganhos sociais permanentes e significativos, como melhoria do meio ambiente, maior expectativa de
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crescimento de longo prazo, outras coisas como aumento de emprego permanente, redução da pobreza.
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empresa. Se você provar que esse projeto tem um retorno social elevado, aí faz sentido o banco
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público não entrar, porque o privado não vai entrar. O público vai ter que entrar e vai ter que arcar com o
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custo referente a esses benefícios. Agora, isso é um cálculo difícil de fazer e essa acaba sendo uma
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artimanha para financiar qualquer coisa, porque você superfatura os benefícios sociais de qualquer projeto,
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que são difíceis de estimar, e aí tudo passa a valer a pena financiar pelo banco público.
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O Felipe Hermes, que é o nosso colaborador aqui, nosso colunista, ele até escreveu sobre esse
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suposto lucro que você tem das empresas para os trabalhadores, etc., em função desses empréstimos,
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de financiar produtos e serviços para exportação. E ele escreveu um artigo falando de um estudo do
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INSPER, inclusive, imagino que o senhor tenha conhecimento, que fala do prejuízo do trabalhador,
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prejuízo aí em torno de um bilhão e cem milhões por ano com essas obras que foram feitas no período do PT
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no exterior. Por quê? Por causa justamente do recurso do FAT cambial, que é o dinheiro que é emprestado
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para o BNDES, para o BNDES emprestar. Só que ele é emprestado por um custo muito mais baixo do que aquele
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que o BNDES faz. Então, no fim das contas, acaba sendo um prejuízo para o próprio trabalhador,
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porque esse dinheiro é do trabalhador, não é, Marcos?
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Claro, sem dúvida. E outro detalhe, Cláudio, tem um argumento assim, não, outros países fazem.
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Quais são os outros países que fazem? Alemanha, Japão, Canadá, todos os países que têm uma
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infraestrutura de primeira linha e, portanto, têm poupança e recursos suficientes para financiar
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investimentos em infraestrutura em outros países. Nós somos um país que tem uma tremenda
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carência de infraestrutura. Então, se as empresas de engenharia do Brasil trabalharem em obras de
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infraestrutura no Brasil, elas também vão gerar emprego, elas também vão consumir insumo aqui dentro
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e vão deixar uma infraestrutura feita aqui dentro, que vai aumentar a produtividade, vai aumentar
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o potencial de crescimento da nossa economia. Então, não dá para se comparar com um banco público
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alemão, com um banco público japonês ou chinês, entendeu? Porque...
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O que você acha dessa propaganda do governo? Não há risco...
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É uma propaganda enganosa, né? Não tem risco para o PNDES, mas tem risco para o Tesouro,
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tem risco para o FAT, tem risco para qualquer recurso público que for montado num fundo garantidor.
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Então, é claramente uma propaganda enganosa.
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Propaganda enganosa. Fake news! Será que o Moraes vai fazer alguma coisa?
12:00
Bom, Rodrigo, o que você mais vai perguntar aí?
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