- 20/06/2025
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Felipe Moura Brasil e o repórter Diego Amorim comentam a repercussão da operação contra o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, em uma investigação sobre fraudes na contratação de energia elétrica no Paraná.
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NotíciasTranscrição
00:00Eu vou bater um papo com o repórter do antagonista em Brasília, Diego Amorim, mas antes eu vou introduzir aqui o que aconteceu hoje.
00:06O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã dessa quarta-feira.
00:13O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Paraná investiga fraudes na contratação de energia elétrica em 2019.
00:22O escritório do deputado em Maringá e outros sete endereços em Curitiba, Paissandu e São Paulo foram alvos de buscas.
00:30De acordo com o MP do Paraná, quatro empresas são investigadas.
00:34Um dos alvos de hoje foi Delmo Sérgio Vilhena, executivo do setor energético.
00:39Os investigadores querem entender qual é a relação dele com Ricardo Barros e com Cida Borghetti, ex-governadora do Paraná e esposa de Barros.
00:48De acordo com delatores da Galvão Engenharia, entre 2011 e 2014, Ricardo Barros, esse líder do governo Bolsonaro na Câmara,
00:57recebeu R$ 5 milhões em propina para intermediar negócios envolvendo a Copel, a estatal de energia do Paraná.
01:05Na época, Ricardo Barros era tesoureiro do Diretório Nacional do PP.
01:09Os delatores apontam que Barros, que é um detrator da Lava Jato, já vou detalhar isso,
01:15esse pessoal que acompanha as redes sociais lembra do embate que eu tive numa entrevista com ele,
01:21os delatores apontam que o Barros recebeu R$ 1,5 milhão em espécie e R$ 3,5 milhões em doações eleitorais ao partido.
01:29O deputado foi citado como responsável por garantir que a Copel comprasse 49,9% de participação da Galvão na São Bento Energia.
01:40Ricardo Barros foi nomeado em agosto como líder do governo na Câmara por Jair Bolsonaro para o lugar do deputado Major Vitor Hugo.
01:47Barros é detrator da Lava Jato e foi o relator da Lei de Abuso de Autoridade em 2019.
01:52Na semana passada, o Ricardo Barros afirmou que a Operação Lava Jato agiu politicamente para tirar Lula das eleições presidenciais de 2018.
02:02E eu comentei isso aqui nesse programa, inclusive publiquei lá o trechinho destacado no Twitter, F Moura Brasil, me sigam lá,
02:11que a gente sempre repercute aqui os trechos do programa.
02:13Em setembro de 2019, Ricardo Barros afirmou que a Lava Jato é uma quadrilha instalada no Judiciário e que a Operação quebrou o Brasil.
02:22O deputado é o segundo líder do governo Bolsonaro, alvo de operação.
02:26Em setembro do ano passado, Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado, foi alvo da Operação Desintegração,
02:32que investiga irregularidades em obras no Nordeste, no período em que Bezerra foi ministro da Integração Nacional de Dilma Rousseff.
02:40Portanto, mais um líder do governo, os dois nomeados por Jair Bolsonaro, sendo alvo de operação.
02:47E aí fica bastante claro a dor de cotovelo, o rancor que possa ter o Ricardo Barros.
02:53Em relação aos investigadores, tanto que atacava a Lava Jato, dizia que juízes, procuradores são corruptos.
03:01Quando eu confrontei e pedi que ele exemplificasse, dissesse um nome, ele amarelou, não disse.
03:07Só faz esse tipo de ataque rasteiro, essa acusação genérica.
03:11E está aí, portanto, mais uma vez na mira.
03:14Diego Amorim, diretamente de Brasília.
03:16É um prazer enorme recebê-lo na sua estreia aqui no Papo Antagonista.
03:22E agora, com participação semanal às quartas-feiras, seja bem-vindo, Diego.
03:27Obrigado, Felipe. Alegria é minha.
03:30Um alô a todo mundo aí que está acompanhando o Papo Antagonista.
03:33Diego, é o seguinte, eu vou fazer uma pergunta que, no fundo, eu acho que não só eu, mas o público todo já sabe a resposta.
03:42Mas como a gente não pode normalizar esse tipo de situação, vale a pena a gente sempre perguntar.
03:49Porque a pergunta mostra que tudo isso não é normal, ou não era para ser normal, embora já seja o novo ou velho normal do Brasil.
03:59O Ricardo Barros, apesar de todas essas acusações, ele continua no cargo de líder do governo Bolsonaro na Câmara?
04:09Não há nenhum indício de que ele não vá continuar, Felipe.
04:12E a pergunta, ela não é despropositada por três motivos.
04:16O primeiro é que se a gente pensar num Jair Bolsonaro candidato, com aquele discurso implacável contra a corrupção,
04:24a favor da moralidade na política, contra o fim do Tomalá da Cá, contra os desmandos petistas.
04:31Se a gente olha para esse candidato, a gente jamais poderia imaginar que, em menos de dois anos de governo,
04:38nós teríamos um segundo líder deste governo, alvo de operações policiais.
04:43Então, a primeira questão que eu colocaria é essa.
04:47Não é uma questão, não é uma pergunta despropositada, porque se a gente olhar o Bolsonaro candidato,
04:52não faria o menor sentido ter um líder do governo recebendo no seu escritório, em seus endereços, a visita de policiais.
05:00O segundo ponto é o seguinte.
05:02Como você bem lembrou, nossos espectadores, leitores, antagonistas também acompanham o nosso trabalho,
05:09sabem que não é a primeira vez que um líder do governo Bolsonaro é alvo de operação.
05:14Em setembro do ano passado, nós tivemos aí o Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado,
05:19alvo da operação desintegração.
05:22E a época, em setembro de 2019, assim que surgiu a notícia da operação,
05:29que inclusive fez buscas e apreensões no próprio gabinete do Fernando Bezerra Coelho no Senado Federal,
05:36assim que surgiu a notícia, começaram já os rumores nos bastidores de Brasília
05:41de possibilidade de queda do Fernando Bezerra Coelho do cargo de líder do governo.
05:47Inclusive, o Palácio do Planalto teve que enviar emissários à imprensa
05:51para dizer que não trocaria o Bezerra, porque na avaliação do Planalto não teria quem colocar no lugar dele.
05:59A gente até, no Antagonistas, chegou a escrever que se trocasse o Fernando Bezerra Coelho
06:03pelo líder do MDB, o Eduardo Braga, o governo estaria trocando seis por meia dúzia.
06:07Isso fez com que o Eduardo Braga ficasse boa semana sem falar comigo.
06:13Mas eu estou relembrando isso para contextualizar quem está nos acompanhando,
06:17de que em setembro de 2019, quando um líder do governo foi alvo de operação,
06:23se falou na possibilidade de trocar o líder do governo.
06:26E hoje, Felipe, quem está nos acompanhando, silêncio.
06:30Ninguém nem cogitou a possibilidade do deputado Ricardo Barros deixar a função.
06:37O terceiro ponto que eu colocaria para concluir essa parte é o seguinte.
06:42Jair Bolsonaro, há menos de um mês, como você lembrou aí,
06:46há menos de um mês, escolheu o Ricardo Barros como seu líder,
06:50depois de um bom tempo de maturação.
06:53O Ricardo Barros não virou líder do governo Bolsonaro na Câmara da noite para o dia.
06:57Foi um processo longo de maturação, de fritura do Vitor Hugo, que é o ex-líder agora,
07:05até se chegar ao Ricardo Barros.
07:07Foi muito bem pensado.
07:09O histórico político do Ricardo Barros não é novidade para ninguém,
07:14muito menos para o presidente Jair Bolsonaro.
07:16Jair Bolsonaro sabe quem é o Ricardo Barros e o escolheu para ser líder do governo na Câmara
07:22justamente por saber quem é o Ricardo Barros.
07:24No vídeo que o Bolsonaro gravou com o Ricardo Barros no Palácio da Alvorada,
07:29no dia em que ele foi anunciado oficialmente,
07:31o seu novo líder do governo na Câmara, o Bolsonaro disse o seguinte,
07:34eu abro aspas,
07:35eu estou muito grato, muito feliz com a chegada dele para mudar o Brasil.
07:41Fecho aspas para o presidente da República.
07:43Então, assim, te respondo dizendo o seguinte, Felipe,
07:47a política tudo pode acontecer, mas não, não vai sair.
07:51O deputado Ricardo Barros continuará sendo líder do governo Bolsonaro na Câmara.
07:55Pois é, Diego, até como um complemento ainda nessa parte,
07:59como é que fica a esperança daqueles que querem uma aprovação da prisão
08:05após condenação em segunda instância lá no Congresso Nacional,
08:08que querem uma aprovação da PEC do fim do foro privilegiado,
08:13na qual Rodrigo Maia está sentado em cima há cerca de 700 dias,
08:17quando o líder do governo na Câmara é o Ricardo Barros?
08:26É, a sensação que se tem entre os líderes partidários
08:31que são a favor da volta da prisão na segunda instância,
08:36que são a favor do fim do foro privilegiado,
08:38é que, de fato, essa pauta vai ficar adormecida no Congresso Nacional.
08:45A gente até viu recentemente o Ricardo Barros falando em retomar
08:48a pauta comportamental, ideológica, assim chamada, né,
08:53da plataforma de governo do governo de Jair Bolsonaro.
08:57A questão das armas, a questão do homeschooling
09:02e outros temas aí muito caros ao eleitorado raiz bolsonarista.
09:07Agora, por que que esses assuntos estão entrando na pauta agora?
09:12Porque a pauta do Moro, como eles costumam dizer, né,
09:17a pauta carimbada com o selo contra a corrupção,
09:21e aí, consequentemente, vem com o carimbo do Moro,
09:25essa pauta não vai andar, porque a sinalização do governo é clara
09:29quando coloca o Ricardo Barros para ser o seu líder na Câmara, Felipe.
09:32É, exatamente. O comentário que eu tinha feito,
09:36que essas pautas aí ligadas à direita de homeschooling, de trânsito, de armas,
09:42estavam sendo usadas aí para atirar migalhas a esse pessoal que é cego voluntário
09:48e não quer ver que não há mais interesse nenhum em avançar a pauta anticorrupção,
09:54como os fatos estão demonstrando.
09:56Agora, Diego, você falou sobre a reação em termos de manutenção do Ricardo Barros no cargo.
10:03Esse é um ponto.
10:04Agora, e a reação dos bolsonaristas em geral?
10:08Parlamentares, bolsonaristas e outros militantes, evidentemente,
10:13tudo a que você teve acesso,
10:14eles ficaram em silêncio ou eles tiveram aquela típica atitude
10:20do sujeito que é muito rigoroso quando as investigações atingem rivais, adversários,
10:27mas quando atingem alguém do grupo político deles,
10:30eles falam, não, é preciso esperar a investigação, etc.,
10:34sem qualquer contundência.
10:36Teve dos dois tipos? Qual que prevaleceu?
10:38Olha, Felipe, a gente tem ali aquela ala bolsonarista da Câmara dos Deputados,
10:45que muitos deles foram eleitos pela sua virulência do debate anticorrupção,
10:53pela sua presença marcante e barulhenta nas redes sociais.
10:59Então, mais uma vez, se a gente olha para o histórico de um governo
11:03que foi eleito na esteira da Lava Jato,
11:06com discurso contundente de combate à corrupção,
11:09o que a gente espera, naturalmente,
11:12quando um líder deste governo é alvo de uma operação policial?
11:16A gente espera que esses deputados, que esses parlamentares
11:20se manifestem no sentido favorável às investigações,
11:25externando alguma indignação, alguma revolta,
11:28sem condenar, sem sepultar o assunto,
11:32claro, é uma operação dentro de uma investigação
11:34que ainda está em curso, é óbvio,
11:37mas o que se espera, olhando para esse histórico,
11:40olhando para esse contexto,
11:42são reações nesse sentido.
11:44E elas não, não aconteceram.
11:46Como elas não aconteceram espontaneamente,
11:49e elas costumam acontecer espontaneamente,
11:51eu, como repórter, enviei mensagens, fiz ligações
11:54para alguns desses deputados tidos bolsonaristas.
11:58Entrei em contato com pelo menos oito deles,
12:01incluindo o Vitor Hugo,
12:03que foi sucedido no cargo de líder do governo na Câmara
12:06pelo próprio Ricardo Barros.
12:08A única resposta que eu tive,
12:10até agora, são seis e meia da tarde, da noite,
12:14foi a do deputado Bibo Nunes,
12:16que é da ala bolsonarista do PSL do Rio Grande do Sul,
12:20e ele me disse o seguinte,
12:21abro aspas,
12:22se for comprovado que algum membro do governo é corrupto,
12:26deverá sofrer os rigores da lei
12:28e ser imediatamente afastado.
12:32E aí, ele também me disse que
12:34o governo Bolsonaro tem um discurso muito forte
12:37contra a corrupção,
12:38e continuará tendo cada vez mais,
12:40e fez a comparação de praxe
12:42com os governos petistas,
12:43dizendo que agora a corrupção não é rotineira,
12:46que isso mudou radicalmente.
12:48Essas foram as declarações do deputado Bibo Nunes,
12:52o único dos bolsonaristas com os quais eu entrei em contato,
12:56que me deu algum tipo de resposta.
12:58Felipe.
12:59Certo, Diego Amorim, diretamente de Brasília.
13:02E teve reações dos conterrâneos também,
13:05do Ricardo Barros,
13:06ele que é lá do Paraná.
13:07Lá no Paraná tem muita gente que conhece ele
13:10e que tem as suas suspeitas também,
13:14não só baseadas nessas investigações
13:17que estão vindo à tona agora.
13:18O que você tem para dizer para a gente
13:21da sua apuração de bastidor?
13:24O senador Oriovisto Guimarães,
13:26que é do Podemos do Paraná,
13:28é um senador de primeiro mandato,
13:29faz parte ali do grupo Muda Senado,
13:33é liderado pelo seu também conterrâneo ali,
13:35o Álvaro Dias,
13:36que é o líder do Podemos no Senado Federal.
13:40Ele me disse o seguinte, Felipe,
13:42e quem está nos acompanhando.
13:44Ele falou que vale lembrar uma frase
13:45dita recentemente pelo próprio Ricardo Barros,
13:49que elogiou a nova postura do executivo,
13:52que não é mais nova assim,
13:54já está ficando velha em todos os sentidos,
13:57de que o Bolsonaro agora está fazendo
13:59política de verdade,
14:00a política como ela é.
14:02Para o senador Oriovisto Guimarães,
14:05que foi eleito aí na esteira da Lava Jato,
14:09dessa nova onda, de nova política,
14:11e a gente fala isso,
14:12essa onda de nova política,
14:14como se fosse algo novo,
14:17já ficou tão velho,
14:18o governo já desgastou tanto
14:20a imagem dessa tal nova política,
14:23que a gente fala agora de nova política
14:25como se fosse uma coisa muito distante,
14:27mas a gente está falando de pessoas
14:28que foram eleitas agora,
14:29em 2018,
14:30menos de dois anos atrás.
14:32O senador disse que é uma lástima
14:35para os eleitores de Bolsonaro,
14:36na expressão usada pelo próprio senador Oriovisto,
14:39é uma situação como essa,
14:40ele completou,
14:41as pessoas votaram em Bolsonaro
14:43na esperança de uma política
14:44sem tomar lá da cá,
14:46conforme ele prometeu na campanha.
14:48Votaram para ter uma política
14:49como deveria ser,
14:51não como foi em tempos passados
14:53e como continua sendo,
14:55finalizo aqui a declaração
14:57do senador Oriovisto Guimarães.
14:58O Major Olímpio não é do Paraná,
15:01é de São Paulo,
15:02é líder do PSL no Senado Federal,
15:05mas é alguém que fez campanha
15:07colado no Jair Bolsonaro,
15:09eram aliados,
15:10eram até mesmo amigos nos bastidores.
15:13E hoje nós sabemos que Major Olímpio,
15:16como tantos outros que foram eleitos
15:18nessa situação,
15:19colados no Bolsonaro,
15:20acabaram virando adversários,
15:22por não concordarem com a postura do governo,
15:24e passaram a ser tratados como traidores
15:27pela ala bolsonarista.
15:29O Major Olímpio fez a declaração pública
15:31mais agressiva,
15:34me permita adjetivar,
15:35em relação a esse episódio de hoje
15:37do Ricardo Barros, Felipe.
15:38Ele lembrou o período em que ele era policial
15:41nas ruas de São Paulo
15:42e disse o seguinte,
15:44em algumas abordagens a suspeitos,
15:46a suspeitos tem a máxima de
15:48pode algemar e prender,
15:51ainda não sabemos o que ele fez,
15:52mas que fez, fez.
15:55Foi o que disse o senador Major Olímpio
15:56se referindo ao seu colega
15:58de Congresso Nacional,
15:59o deputado Ricardo Barros,
16:00que foi alvo dessa operação policial
16:02na manhã de hoje, Felipe.
16:04Legal, Diego,
16:05trazendo todos os bastidores
16:06e as repercussões aqui do caso,
16:08enriquecendo o papo antagonista.
16:10E eu falei do Ricardo Barros
16:12dessa semana,
16:12a gente mostrou um vídeo dele
16:14falando de investigações,
16:16e a produção tem aqui,
16:17é bom a gente lembrar
16:18para o público,
16:19e para o público que perdeu,
16:20mas para o público que assistiu também,
16:22associar o nome à pessoa.
16:23Então, solta aí a sonora rapidinho.
16:25Há uma parcialidade
16:27na condução da Lava Jato.
16:29Todos sabem disso,
16:30é evidente, é visível.
16:33A Lava Jato
16:34tirou o Lula da eleição,
16:38produziu
16:39uma situação
16:41nova para o país,
16:43a interpretação
16:44mudou,
16:45então,
16:46porque
16:47a interpretação
16:49era uma,
16:49mudou para prender o Lula.
16:51Passou a eleição,
16:52mudou para soltar o Lula.
16:55Pois é,
16:56aí foi aquele comentário
16:57que eu fiz,
16:57que o Lula saiu da eleição,
16:59não foi por causa
17:00da Lava Jato,
17:01foi por causa
17:01da propina
17:02que ele recebeu
17:03sobre a forma e reforma
17:05de um triplex
17:06no Guarujá.
17:07Foi por causa disso.
17:08Infelizmente,
17:09a investigação
17:10o atingiu
17:10porque ele havia
17:11recebido essa propina
17:13e aí ele foi
17:14enquadrado na lei
17:15da ficha limpa
17:16e, portanto,
17:17não pôde concorrer.
17:18Então, chegamos
17:18a esse cúmulo
17:19de um líder do governo,
17:21Jair Bolsonaro,
17:22na Câmara,
17:23escolhido pelo próprio
17:24presidente,
17:25reclamar da Lava Jato,
17:27acusando,
17:28atribuindo a ela
17:29a retirada do Lula
17:30da corrida eleitoral
17:32na qual o PT
17:33perdeu para o próprio
17:34Bolsonaro.
17:35Para vocês verem
17:36aí que o
17:37bolsolulismo
17:38ele está cada vez
17:39mais ilustrado
17:40e ontem a gente
17:40teve a ilustração,
17:42o exemplo maior
17:43com aquela declaração
17:44do Lula
17:45defendendo o Bolsonaro
17:46para atacar
17:47o Sérgio Moro
17:48em relação
17:49à acusação
17:50de interferência
17:51na Polícia Federal.
17:52Está no programa
17:53de ontem,
17:53está disponível aqui
17:54no canal
17:55e eu fiz um comentário
17:57hoje,
17:57comentário meu,
17:58evidentemente,
17:59Diego está lá
17:59apurando os bastidores,
18:01não tem nada com isso,
18:02mas que a propaganda
18:03do governo
18:04sem corrupção
18:06que é feita
18:07para otários,
18:07evidentemente,
18:08encobre esse governo
18:10de suspeitos
18:10e investigados
18:11por corrupção
18:13anterior
18:13e que agora
18:14estão unidos
18:15para acabar
18:16com as investigações.
18:17aí a produção
18:18até separou
18:19o meu tweet
18:20e essa aqui
18:21é a realidade.
18:22Então,
18:22muitas vezes,
18:23no debate público,
18:25no cenário político,
18:27nessa arena
18:27ideológica também,
18:29muitas vezes,
18:30na hora da narrativa,
18:32na hora da propaganda
18:33para conquistar
18:34os eleitores,
18:35o sujeito,
18:36o grupo político,
18:37o partido,
18:38escolhe assim
18:38um aspecto
18:40de uma questão
18:41altamente complexa
18:42e cheia de nuances
18:43que soe positivo
18:45para ele,
18:46desconsiderando
18:47todo o resto.
18:48Então,
18:48você teve aí
18:49o avanço
18:50da Operação Lava Jato
18:51e isso,
18:51obviamente,
18:52gerou um recuo
18:53por parte daqueles políticos
18:54que estavam acostumados
18:55com os seus esquemas
18:57criminosos,
18:58sem qualquer
18:59problema,
19:01sem qualquer obstáculo.
19:03Então,
19:03é mérito
19:04de forças-tarefa
19:05como a Lava Jato
19:06que tenha havido
19:07uma diminuição
19:08na corrupção,
19:08isso não é mérito
19:09do bolsonarismo.
19:11E, no entanto,
19:11agora a gente vê
19:12essas pessoas aí
19:13sendo suspeitas,
19:14investigadas
19:15e todas atacando
19:16justamente as investigações.
19:18Então,
19:19essa que é a questão,
19:20a sabotagem
19:20do combate à corrupção
19:22que pode resultar
19:23mais adiante
19:24numa reestruturação
19:25dos esquemas criminosos.
19:26E é preciso olhar
19:27o quadro todo,
19:28o quadro na raiz,
19:29como a gente faz aqui.
19:38E, no entanto,
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