- 20/06/2025
Felipe Moura Brasil comenta as tentativas de Jair Bolsonaro de adaptar a realidade da pandemia a seus interesses políticos, alterando os métodos do Ministério da Saúde de contagem e divulgação do número de mortes por Covid-19. Assista.
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NotíciasTranscrição
00:00Salve, salve, sejam bem-vindos, leitores e espectadores de O Antagonista.
00:04Eu sou Felipe Moura Brasil e hoje quero conversar com vocês a respeito dessa relação do governo
00:07de Jair Bolsonaro com o número de mortes durante a pandemia de coronavírus.
00:12Vocês certamente estão ligados aí nos últimos acontecimentos, o presidente quis adiar a
00:17divulgação do número de mortes para mais tarde, a cada dia, ele próprio falou, acabou
00:22matéria no Jornal Nacional, quer dizer, a intenção declaradamente era essa, mas
00:27o plantão da Globo durante a novela acabou tendo mais audiência ao informar o número
00:32de mortes por Covid-19 no Brasil do que o próprio telejornal, quer dizer, essa estratégia aí
00:37não deu certo se o intuito era atingir menos pessoas.
00:41E também depois o Carlos Wizard ia entrar para uma secretaria, assumiram um cargo numa
00:47secretaria do Ministério da Saúde e ele deu uma declaração que irritou os secretários
00:52de saúde estaduais.
00:54Ele havia dito que os dados da pandemia de Covid-19 eram fantasiosos ou manipulados e
01:00também acusou governadores de inflacionar os números de mortes pela doença para receber
01:05mais recursos.
01:06Houve toda uma reação contra o Wizard.
01:10Depois, nós mesmos divulgamos no Antagonista declarações anteriores dele de que o Brasil
01:17seja de gestor como João Doria, isso que não cai bem para os bolsonaristas, isso que
01:22ele havia publicado em abril no Twitter, também foi outro fator de desgaste para a entrada dele
01:27no governo e também o fato de que os próprios sócios dele, as empresas nas quais ele é
01:34acionista ou que ajudou a fundar, vieram a público para dizer que as posições políticas
01:39dele nesse momento não tinham nada a ver, que ele não atuava mais diretamente nos negócios,
01:44precisou de toda uma série de notas para contornar os males causados com essas declarações
01:53que ele deu enquanto escolhido, como escolhido ainda para integrar uma secretaria do Ministério
02:00da Saúde.
02:01E aí ele acabou desistindo de ocupar uma vaga porque viu que a repercussão estava muito
02:06negativa e certamente os bolsonaristas também fizeram uma pressão por conta disso.
02:11Esse foi apenas mais um dos episódios, depois os dados no portal que informa a respeito da
02:18Covid-19 desapareceram, depois voltaram, teve o dado do número de mortes que veio alto em
02:27relação às 24 horas do domingo e aí depois divulgaram um novo dado com um número menor
02:33de mortes, 525 se eu não me engano, algo por aí, e aí atribuíram isso a uma duplicação.
02:40Quer dizer, foi uma série de confusão, de ruídos e diante de toda uma pressão geral pela
02:46transparência desse governo em relação à pandemia, porque o noticiário de bastidor
02:51todo dava conta de que o Jair Bolsonaro estava insatisfeito com a revelação desse alto
02:57número de mortes.
02:58Ele que quer que os setores da economia voltem a funcionar normalmente, está pregando o fim do
03:02confinamento, desde março, enquanto a gente diz aqui que é necessária a quarentena, o
03:08isolamento social de quem puder, quem não puder tem que tomar todas as precauções, como
03:13uso de máscaras, etc., justamente porque ainda não existe vacina nem medicamento para essa
03:18doença, pelo menos disponível para a população, embora em vários lugares do mundo isso esteja
03:24sendo cada vez mais estudado e as etapas parecem que estão avançando por aí, a gente torce
03:29evidentemente para que venha a cura.
03:31Enquanto isso é preciso ter precauções, mas Jair Bolsonaro botou na cabeça deles que
03:35ele precisa de uma economia pulsando no Brasil para que ele possa ser reeleito em 2022 e aí
03:43quando se fala em número de mortes, quando o Brasil ultrapassou a China e olha que o Brasil
03:47já até ultrapassou a Itália no número absoluto de mortes, ele falou e daí, depois falou
03:52lamento, mas a morte é o destino de todo mundo, toda essa maneira de se portar com
03:59descaso, com indiferença, sem ter a humildade de reconhecer o erro de diagnóstico, de análise
04:04inicial, que quando ele tratou a questão como superdimensionada, como fantasia, essa questão
04:10do coronavírus.
04:13Então, é toda uma imagem ruim que está ficando do Jair Bolsonaro na condução dessa
04:18crise para muita gente, inclusive para o seu próprio eleitorado, como a gente tem visto
04:23aí claramente nas redes sociais, pessoas dizendo que votaram nele, mas que agora estão
04:28absolutamente decepcionadas com esse desempenho e aí se somam outros fatores, como a sabotagem
04:33à pauta anticorrupção, que ficou mais evidente ainda com a saída do Moro e com as declarações
04:38dele, também com esse tomaladacá com o Centrão, inclusive ocupando cargos no próprio Ministério
04:44da Saúde e uma série de outros fatores, mas é claro que ele ainda tem aquela parcela
04:49cativa que o apoia incondicionalmente.
04:53Enfim, todo esse quadro foi o que resumidamente aconteceu nos últimos dias e aí houve uma
04:59pressão muito grande por parte da imprensa e também das pessoas se manifestando nas redes
05:04sociais, além das manifestações de rua, lamentavelmente durante a pandemia, eu sou contra, seja de qual
05:09lado for, já falei isso aqui, mas aí houve hoje, nessa segunda-feira, uma coletiva do
05:16Ministério da Saúde para tentar esclarecer alguns pontos.
05:19O Ministério da Saúde, aliás, recuou, antes de eu fazer a minha análise, eu vou dar aqui
05:22as informações e anunciou que vai manter disponíveis os números acumulados de mortes
05:28e de casos confirmados da Covid-19, mas que vai promover lá uma mudança na divulgação.
05:35E é sobre isso que eu quero falar, porque o que as pessoas precisam ter em mente, até
05:40para fiscalizar esse novo método que o governo vai usar e que, obviamente, tem uma correspondência
05:46com a vontade política do presidente, é o seguinte, esses números que vinham sendo divulgados
05:51sobre 24 horas eram de mortes registradas em 24 horas, não necessariamente ocorridas em
06:0024 horas, como eu já comentei, como eu já expliquei. Isso quer dizer o quê? Que naquelas
06:0624 horas se acumularam ali os registros de muitos óbitos, alguns que aconteceram naquelas
06:13próprias 24 horas e outros que aconteceram em dias anteriores àquelas 24 horas.
06:18Mas, assim como esse número inclui óbitos de dias anteriores, não só dessas 24 horas,
06:26as conclusões posteriores sobre as causas de morte que ainda estão sendo investigadas
06:34vão precisar ser acrescentadas ao registro de mortes dessas 24 horas.
06:41Então, foi assim que eu escrevi isso, resumidamente, sinteticamente, no Twitter.
06:46Assim como o número de mortes ocorridas em 24 horas, não necessariamente condiz com
06:51o de mortes registradas em 24 horas, já que o registro inclui óbitos anteriores, cuja
06:57investigação só foi concluída no dia atual, conclusões posteriores também adicionam
07:02óbitos às 24 horas das quais a gente está falando.
07:08E a responsabilidade por essa confusão é claro que é dessa inabilidade de comunicação
07:15do governo, mas também atravessada e atrapalhada pela vontade política de minimizar a gravidade
07:22da pandemia.
07:24E qual é a conclusão a respeito que a gente precisa ficar de olho?
07:27É que se é para tirar da contabilidade de cada 24 horas os óbitos anteriores, também
07:34é preciso somar a ela os óbitos ocorridos naquelas mesmas 24 horas que ainda dependem
07:41de conclusões posteriores.
07:43Então, eu estou aqui insistindo nessa tecla porque o governo está dizendo que vai se limitar,
07:49foi isso que deu a entender o pessoal ali no Ministério da Saúde, a trazer o registro
07:54de mortes ocorridas nas 24 horas, mas a gente precisa saber que esse número é um número
07:59preliminar, porque ainda há uma série de óbitos cuja causa está sendo investigada.
08:06Então, dias depois, semanas depois, é preciso atualizar o número daquele dia em que houve
08:11essa informação sobre as mortes ocorridas.
08:14Então, resumidamente, se há mortes na semana passada sendo registradas somente no dia de
08:20hoje, no dia de hoje também, há mortes que só serão registradas daqui a uma semana,
08:25daqui a duas semanas, daqui a três semanas.
08:27Agora, o que agravou todo esse quadro é que o Estadão divulgou que o Bolsonaro, por
08:33meio ali de apuração de bastidores, jornalistas descobriram, exigiu um número de mortes por
08:38Covid-19 abaixo de mil por dia.
08:41Aí, é claro que essa apuração é do jornal, ela não é nossa, mas é gravíssimo.
08:49É o presidente da República exigindo que a realidade seja adaptada de acordo com a vontade
08:55política dele.
08:56E isso é muito grave.
08:57A gente viu isso acontecer, por exemplo, no governo do PT, que gosta de falar até hoje,
09:03que tirou tantas pessoas da pobreza.
09:06E, numa canetada, se conseguiu fazer isso, alterando simplesmente o nível, a linha de
09:14pobreza.
09:15Então, você define, por exemplo, novos critérios para aquilo que vai corresponder à chamada
09:19classe média, e aí você inclui na classe média uma porção de gente que antes era considerada
09:25pobre.
09:26Então, a partir de determinado momento, dá uma canetada lá e diz que, a partir de 300
09:30reais de renda mensal, o sujeito é considerado classe média.
09:35Aí, o sujeito pobre, obviamente, na prática pobre, ganhando apenas 300 reais por mês.
09:40Ele passa a integrar a classe média, então, tiramos muita gente da pobreza, se diz isso,
09:46mas não é isso que aconteceu na prática.
09:48E a gente que combateu isso durante o governo do PT, tem de combater isso durante o governo
09:55de Jair Bolsonaro, para que justamente não aconteça.
09:58A pressão está grande, a vigilância está grande.
10:00Então, vamos ver se o governo vai se adequar, vai andar na linha e informar a realidade
10:07para a população.
10:08Não é uma competição, não é uma torcida.
10:10A CLAC fica sempre tentando distorcer tudo.
10:13A gente quer que zere o número de mortes.
10:15Aliás, queria desde o começo.
10:17Quando esse pessoal estava todo minimizando, desdenhando da pandemia, nós estávamos lá
10:21apontando a gravidade, apontando a necessidade de ter prudência para encarar isso.
10:27Se tivesse, de repente, o Brasil estava numa boa situação, como está, por exemplo, agora
10:32a Nova Zelândia, que tomou uma série de providências, uma quarentena rígida no começo,
10:38teve um número pequeno de mortes.
10:41A responsável, a governante, ela está com alta popularidade no país, em razão da condução
10:50que ela teve no meio dessa crise, enquanto aqui houve todo esse desgaste do governo de
10:55Jair Bolsonaro e agora a gente vive as consequências em que nem a pandemia está controlada, nem
11:01a economia pode voltar completamente.
11:04Então, a gente pode ver aí um atraso justamente por falta das atitudes devidas.
11:10E aí entra aquela alegação falseada, que, aliás, vários militantes vieram fazer aqui
11:17nos meus vídeos anteriores, que o presidente da República fez hoje, quando ele disse o
11:23seguinte, que as medidas de isolamento social ficaram sob total responsabilidade dos governadores.
11:29Foi isso que ele colocou lá, mas não é verdade.
11:33Como registrou o antagonista, a decisão do Supremo foi que União, Estados e Municípios
11:38têm competência concorrente para tratar das medidas de combate à pandemia.
11:42Ou seja, tanto o presidente quanto os governadores e prefeitos podem e devem adotar políticas
11:48de enfrentamento à Covid-19.
11:51O registro da decisão do Supremo, na ata de julgamento, do dia 15 de abril, diz que,
11:56preservada a atribuição de cada esfera de governo, o presidente da República poderá
12:01dispor, mediante decreto, sobre os serviços públicos e atividades essenciais.
12:06Portanto, ninguém está proibido de adotar essas medidas e ninguém tem obrigação exclusiva.
12:11Todos devem trabalhar juntos com o objetivo comum de enfrentar a propagação da doença,
12:16conforme disseram os ministros Marco Aurélio e Luiz Edson Fachin na sessão virtual.
12:21A postura de Bolsonaro, é isso que eu tenho apontado aqui desde março, lá atrás, é só
12:26uma tentativa de se eximir das consequências que as medidas de isolamento social e fechamento
12:31de empresas podem causar à economia.
12:33Com esse discurso, joga para os governadores e prefeitos a responsabilidade pela crise
12:38que virá.
12:39E ainda diz que foi o Supremo quem lhe amarrou as mãos.
12:42Mas a decisão do STF se refere a um trecho da Lei 13.979, de 2020, que enumera as políticas
12:49que podem ser adotadas durante a crise do coronavírus.
12:52A lei diz, literalmente, que, aspas, as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competências,
12:57dentre outras, as seguintes medidas.
12:59E aí, enumera.
13:01Muito bem.
13:02Então, essa desculpa esfarrapada que a CLAC vem, inclusive, postar no meu vídeo, é só
13:08a tentativa de eximir o presidente da República de responsabilidade.
13:12E é lógico que ele tem, não só por isso.
13:15Não só porque a decisão do Supremo Tribunal Federal não o proibiu de enfrentar a Covid-19,
13:21mas também porque ele sabotou desde o começo a quarentena.
13:26Ele foi à televisão várias vezes dar pronunciamento, pregando a volta imediata à normalidade.
13:32Ele fez isso lá no dia 24 de março.
13:35Só para o pessoal lembrar bem, nós estamos em junho agora, lá em março, nós estamos
13:40aqui com mais de 36 mil mortes contabilizadas até aqui.
13:45E lá em março ele já estava pregando o fim do isolamento social, a volta à normalidade.
13:49E se tudo fosse feito da maneira como ele queria, certamente o número de mortes estaria
13:54bem mais alto.
13:56Essa que é a realidade, é isso que a gente vê, inclusive, pelos próprios padrões mundiais,
14:02por tudo que está acontecendo lá fora e aqui também no Brasil.
14:06Então, é baboseira de desinformação bolsonarista fingir que o presidente da República não tem
14:14nada a ver com isso.
14:15Enquanto vários governadores e prefeitos estavam tomando medidas restritivas,
14:19necessárias, ele estava sabotando com a sua influência.
14:22É bom lembrar que o presidente da República, as falas, as declarações dele repercutem
14:27muito mais no país.
14:30Inclusive, ele tem lá os seus veículos que recebem o bolso a pano do governo federal.
14:37Essas declarações têm uma repercussão muito maior do que as declarações de governantes
14:43locais.
14:44Então, exerce uma influência grande sobre o povo.
14:46É engraçado que, para a militância bolsonarista, nessa hora, é como se o Jair Bolsonaro não
14:51tivesse influência.
14:52Eles gostam de dizer, apesar de toda a perda do apoio, que são 57 milhões, porque esse
14:59foi o resultado das urnas, como se todos aqueles que votaram para tirar o PT do poder ainda
15:06defendessem, e ainda mais incondicionalmente, o Bolsonaro.
15:09Só que, nessa hora, em que a gente analisa a influência do presidente sobre a população,
15:15eles fingem que não tem influência nenhuma.
15:17É claro que tem sobre uma parcela.
15:19Não é sobre todo mundo.
15:20Mas é claro que ajuda a fazer com que as pessoas sejam menos responsáveis em tomar
15:26precauções.
15:27Já que elas olham para a autoridade máxima do país, o presidente da República, na política,
15:32claro, no poder executivo.
15:33E vem lá o presidente falando que é apenas uma gripezinha, que é superdimensionada,
15:39que é fantasia, etc.
15:41Então, faz parte de toda a desinformação.
15:45E, em razão disso, o Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, e o Sérgio Moura, ex-ministro
15:49da Justiça e Segurança Pública, deram alfinetadas no presidente.
15:53O Mandetta, ele deu uma entrevista dizendo que a falta de informações sobre o coronavírus
15:58pode favorecer as fake news e acabar com a credibilidade do Ministério da Saúde.
16:01E, ao compartilhar essa entrevista no Twitter, alfinetou o Bolsonaro usando aquela citação
16:06bíblica que o presidente costuma explorar.
16:09Conforme João 8, 32, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
16:14Não basta citar, tem que praticar, escreveu o Mandetta.
16:19Pois é, toda hora usando a Bíblia para pregar certas coisas que não pratica.
16:29Quer dizer, isso também é pecado, presidente.
16:31E o Sérgio Moura descreveu no Twitter esse desastre provocado pelo Bolsonaro, que trocou
16:39dois ministros da Saúde e está aí mexendo nesses dados sobre a pandemia de Covid-19, como
16:45registrou aqui o antagonista.
16:47Abro aspas, imagine um avião em pleno voo na tempestade que, de repente, perde o piloto,
16:51depois o substituto do piloto e, por fim, inverte a lógica dos instrumentos de navegação.
16:56Não tem como dar certo.
16:58Transparência e rumo são fundamentais, especialmente em cenário de crise.
17:02Ou seja, tirou o Mandetta, depois tirou o Nelson Tais, que inclusive já está criticando
17:08essa mudança dos métodos de contabilidade e divulgação dos dados da Covid-19.
17:14Manteve lá militares interessados na boquinha do Ministério da Saúde.
17:18Tem gente lá agora indicada também pelo Centrão, está querendo ainda mais cargos.
17:25Eu cheguei a falar lá atrás que era melhor mudar o nome do Ministério da Saúde para
17:29Centrão da Saúde e é mais ou menos isso que está acontecendo, porque tem o Centrão
17:33Militar e tem o Centrão, Centrão mesmo, o Centrão Raiz, aquela turma lá que tem vários
17:40investigados, réus e condenados, como eu já mostrei aqui em vídeos anteriores.
17:44Então, esse é o quadro do governo do Jair Bolsonaro nesse momento, que ainda tem
17:52de lidar lá com um inquérito sobre a interferência na Polícia Federal.
17:56O Celso de Mello aceitou hoje que fosse prorrogada a investigação por mais 30 dias.
18:01A PF vai querer, pelo menos queria e agora pretende, interrogar o presidente da República.
18:08vai investigar também se houve alguma interferência direta na investigação sobre o Flávio Bolsonaro.
18:16É bom lembrar que o presidente estava trocando as chefias da PF, tanto o diretor-geral quanto
18:21o superintendente no Rio de Janeiro, por meio do novo diretor-geral, depois de 20 minutos
18:26de posse, quer dizer, atendendo a demanda do presidente, justamente para blindar a família
18:32e os amigos, como eu analisei, mostrei, mil sei, que ele fez lá naquela reunião, meu
18:38vídeo lá, análise, os vídeos de Bolsonaro e a interferência na PF, mostra tudo isso.
18:44Então, ele está lidando com esse inquérito.
18:48Aí parece, às vezes, que para distrair de alguma crise, ele inventa outra crise.
18:54E aí só piora a situação.
18:56E ainda tem lá o inquérito das fake news, que ainda vai ser debatido no plenário do
19:00Supremo, mas que gerou batidas policiais lá em endereços de bolsonaristas.
19:06Vamos acompanhar o que vai acontecer com esse governo, mas quem combate a falta de transparência
19:11no governo do PT tem a obrigação moral de combater a falta de transparência no governo
19:17federal de Jair Bolsonaro.
19:19Aquele pessoal que combate uma coisa no governo e não combate no outro, em relação aqui às
19:25mesmas medidas, o governo federal do PT, o governo federal do Jair Bolsonaro, é o
19:30pessoal militante, que tem dois pesos, duas medidas, tem esse duplo padrão moral.
19:35A coerência se vê pela manutenção dos princípios e valores.
19:39Então, quem repudiava lá o Toma Lá da Cá com o Centrão, o aparelhamento do Estado,
19:44a falta de transparência, a blindagem contra investigações, o Bolsa Pano para mídia
19:50amiga, quanto que eu denunciei lá no governo do PT a verba de publicidade federal para os
19:58blogueiros que naquela ocasião já tinham a alcunha de blogs sujos, agora tem os blogueiros
20:06de crachá, tem os veículos de comunicação amigos do governo de Jair Bolsonaro.
20:12Então, a gente mantém essa coerência, enquanto os bajuladores ficam gritando que as pessoas
20:18mudaram e tal.
20:19Quem mudou é quem simplesmente adere incondicionalmente a um grupo político e acha que se ele fizer
20:26uma coisa é boa, mas se o adversário fizer é ruim.
20:29Até a próxima.
20:29Tchau.
20:30Tchau.
20:31Tchau.
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