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  • 19/06/2025
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Transcrição
00:00Então o general primeiro vai fazer uma declaração, vai fazer uma declaração com o senhor.
00:07Senhor, me dê licença, vamos tirar uma cadeira que eles estão muito grudados um no outro.
00:11Aí, depois os senhores fazem as perguntas. Se for o caso, se ele quiser, a gente faz uma sessão de perguntas.
00:19Por favor, general.
00:20Bom, Mérite, boa noite aí a todos.
00:22Eu cheguei em Porto Alegre hoje às 18 horas, no momento que o avião tocou o solo, sobre o acontecimento lá em Juiz de Fora, com o deputado federal Jair Bolsonaro, nosso candidato a presidente.
00:36Primeira coisa, em qualquer situação dessa natureza, a gente procura esclarecer o que está acontecendo, da forma que ocorreu.
00:44Então, a gente sabe que foi uma manifestação que ele estava participando, como é que ele fez em todos os lugares onde ele vai, recebido por um grande número de pessoas.
00:54E alguém infiltrado daquela multidão foi lá e oferiu com uma certa gravidade.
01:02Era uma arma branca, uma arma de porte grande, e que atingiu a região do intestino, e obrigou a que ele fosse submetido a uma primeira cirurgia.
01:13E, atualmente, ele está estável, está com a pressão equilibrada, e aí está sendo decidido se ele vai ser transferido para o Rio de Janeiro ou para algum hospital lá de São Paulo, provavelmente aí o Albert Einstein.
01:26Então, essa é a situação dele.
01:29A segunda coisa, que tem que ficar muito clara, é que esse é um momento que a gente tem que agir com calma.
01:37Temos que baixar as tensões.
01:38Eu já vi algumas declarações, do tipo que o Bolsonaro, ele enfiou a barriga na faca do cara, com declarações que ele faz nos locais que ele visita, que são as figuras de retórica que ele usa.
01:52Eu, já há algum tempo atrás, tinha me referido que essa questão dos ódios e paixões que estão sendo colocados, principalmente nessa eleição,
02:01eles não vão de acordo com as nossas tradições.
02:05E se vocês lembrarem que a última vez que um candidato a presidente ele sofreu um atentado, foi há 52 anos atrás, em 1966,
02:14quando o general Costa e Silva era candidato e houve aquele atentado da bomba no aeroporto de Guararapes, com todas as baixas que ocorreram.
02:22Então, isso não é da tradição da história política do Brasil.
02:27Esse tipo de coisa ocorre muito naquelas eleições municipais, no interior, ou na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro,
02:34com aquelas ligações que determinados candidatos têm, seja com crime organizado, seja com milícia, coisas dessa natureza.
02:41Então, qual é a palavra-chave hoje?
02:45É calma, é cerrarmos uns com os outros, é entendermos que isso é um processo político, nada mais do que isso,
02:54isso não é uma guerra civil, o Brasil não pode ser lançado em conflito de nenhuma natureza,
02:59e mantermos, então, esse equilíbrio ante essa situação que está sendo vivida.
03:05Nossa história já passou por situações similares, e nós conseguimos ultrapassar dentro daquele ambiente de cordialidade
03:14que sempre procura se nortear as relações dentro do nosso país.
03:19Então, a minha visão, a minha palavra, nesse momento, é calma para todo mundo.
03:25Vamos deixar que a polícia investigue o caso, o elemento que realizou o atentado está preso,
03:33vai ser submetido ao interrogatório, a investigação que tem que ser feita,
03:37se houverem ligações extras, ou se ele agiu única e exclusivamente movido pelo impulso dele,
03:44a investigação vai chegar a essa conclusão, e posteriormente ele que seja submetido ao devido processo legal,
03:50e condenado ou não à pena que tenha que cumprir.
03:53Eu acho que dessa forma é que a gente preserva o nosso bem maior,
03:57que é a estabilidade do país e, principalmente, o sistema democrático que nós tanto prezamos.
04:04Era isso que eu gostaria de declarar a todos.
04:07Podemos fazer uma pergunta?
04:08Pode fazer a pergunta.
04:09Boa noite, primeiramente.
04:10Vitor Costa, da Record TV.
04:13O senhor acha que isso tem a ver com as declarações dele,
04:17o Bolsonaro, o candidato,
04:19e que em algum momento isso pode fortalecê-lo na campanha?
04:22Não, essa questão, você acha o atentado em si, né?
04:27Ou o que você está falando?
04:29O atentado.
04:29O atentado em si.
04:31Eu acho que o maluco tem tudo que é lado, né?
04:33É óbvio que uma pessoa que, sem mais nem menos, resolve fazer um atentado,
04:37e esse é um atentado, é um crime político, né?
04:38Não tem a mínima dúvida, esse é um crime político, né?
04:41Eu acho que essa pessoa não está no seu equilíbrio.
04:44Então, eu não quero tirar mais relações com dados que eu desconheço.
04:46Quando eu tiver maiores dados, aí eu posso chegar e ser mais preciso.
04:50Hoje eu não tenho dados para dizer se isso é responsabilidade de A, de B ou de C.
04:55E, na minha visão, eu acho que o Bolsonaro sairá desse processo maior do que ele entrou, né?
05:02Camila Pará, do SBT.
05:03O candidato, o Bolsonaro, ele usava colete à prova de balas no momento do ataque?
05:07Não, estava sem colete.
05:09Era uma recomendação nossa que ele usasse colete.
05:11Mas o Bolsonaro, ele é impulsivo, né?
05:14Ele seguia as orientações dos policiais federais que o acompanham?
05:17É, tem policiais federais, tem a equipe dele que é de segurança, que já comprou há algum tempo.
05:21O próprio general Heleno, que está o tempo todo com ele, sempre recomenda isso aí.
05:25E sempre houve a preocupação nessa questão de multidão com a arma branca.
05:31É o que a gente sabe que é o que ocorre nesse momento.
05:33Federal Matheus, da RBS TV, o senhor comentou aí a questão do ódio, né?
05:37De ser contra isso, né?
05:39Mas nos discursos, o Bolsonaro acaba sendo, se elevando um pouco, né?
05:42De que forma vocês pensam em mudar um pouco a dinâmica do que é feito hoje
05:45para evitar que casos como esse aconteçam tanto na campanha
05:49ou depois casos também sejam eleitos?
05:51É, os ódios, né?
05:52São colocados aí pelas mais diversas pessoas, inclusive pessoas esclarecidas.
05:57O Bolsonaro usa as figuras de retórica dele.
05:59E a forma como ele sempre se expressou, ele é ele, é o Bolsonaro.
06:03Não adianta que você vai ter o Bolsonaro paz e amor, né?
06:06Ele não vai ser a forma porque ele vai estar se violentando.
06:10E a figura de retórica.
06:12Mas nesse aspecto que você está falando, né, Matheus?
06:14Eu já vi agora aí uma famosa comentarista de televisão, que eu não vou citar o nome, né?
06:19Dizendo que é bem feito pelas coisas que ele diz.
06:21Como é que uma pessoa, né, comenta um fato dessa natureza
06:25contra alguém que está sofrendo e está com risco aí da própria vida.
06:31Isso suscita os ódios.
06:34General, Alexandre Helme, para a Folha de São Paulo.
06:38Qual é o risco que de vida que o candidato corre nesse momento, pelas informações que o senhor tem?
06:43Qualquer ferimento no abdômen, né, principalmente quando perfura o intestino,
06:47pode resultar numa infecção.
06:49Esse é o risco.
06:50Esse é o risco.
06:51Esse é o risco.
06:51É uma informação médica.
06:52É informação médica.
06:53O senhor assume a campanha durante esse período que ele está internado?
06:57Provavelmente sim, né, mas ainda temos que agora nos reorganizar, né?
07:02Vamos lembrar o seguinte, a nossa campanha é feita no longo da aviação comercial.
07:07Eu me retiro daqui de Porto Alegre amanhã, não vou, dá gol, né?
07:10Não tenho jatinho, não tenho nada.
07:12Se tivesse, eu ia embora agora, né?
07:14Mas não tenho essa disponibilidade.
07:17Então eu tenho que chegar lá ao Rio de Janeiro.
07:18Nesse meio tempo, terá somada a decisão de para onde ele será transportado,
07:23me reunir com todas as pessoas que estão trabalhando na campanha e ver qual é a nova, né,
07:28ou paz que nós vamos dar.
07:30Porque, na minha visão, ele vai levar uns 15 a 20 dias aí, que é praticamente o prazo
07:34para a eleição para se recuperar, né?
07:36General, o candidato Bolsonaro, com a experiência militar, o senhor também, obviamente, natural,
07:42chegou a aconselhar de usar o colete?
07:44Sim, ele usou o colete em outras oportunidades, né?
07:48Ele estava com o colete em outras oportunidades.
07:51Creio que naquela manifestação lá na Ceilândia, que foi ontem, né?
07:55Foi ontem, na Ceilândia, né?
07:56Ele estava de colete.
07:58Mas não teve um preparo, talvez, foi pego de...
08:02Foi pego de surpresa, né?
08:03Foi pego igual a mente quando acontece essas coisas.
08:05Aí, depois, agora, começa a pipocar nas redes sociais, que já havia, né, um certo movimento
08:10por alguns grupos mais radicais, né?
08:12Dizendo que iam lá para jogar pedra, para dar tiro, coisa dessa natureza, né?
08:15Está chegando aqui, é óbvio que tudo isso tem que ser avaliado, que você sabe que você monta
08:20qualquer mensagem dessa natureza, né?
08:23General, Anderson, do Jornal Zero Hora, o senhor falou muito em calma.
08:26A chapa vai adotar uma postura para garantir essa calma daqui para frente na campanha eleitoral?
08:30É a postura que eu tenho adotado, né?
08:32Se você tem acompanhado a forma como eu tenho conduzido a nossa participação na campanha,
08:37eu até tenho dito que o Bolsonaro é o nosso homem de massas, é o nosso agitador,
08:41é ele que está sempre com o público grande, que é o público dele,
08:45e eu faço aquele trabalho formiguinha, ainda me comunicando com pequenos grupos, né?
08:49Fazendo mais a propaganda e esclarecendo mais as nossas ideias.
08:52É dessa forma que a gente tem agido.
08:55O senhor afirmou agora à tarde que a revista Cruzói que atribuiu o atentado ao PT
08:59e que disse que se querem usar a violência, os profissionais da violência somos nós.
09:04O que o senhor quis dizer com essa tarde?
09:05Quando você ataca o Estado, né?
09:08Porque quando você faz um atentado de natureza política, você está atacando o Estado.
09:12O Bolsonaro ali encara um candidato.
09:15Então ele está sob a proteção do Estado brasileiro nesse momento.
09:18Ele não era mais um mero parlamentar.
09:20É visto aí o caso daquela moça que foi assassinada lá no Rio de Janeiro,
09:25que até hoje é uma comoção lá no Rio de Janeiro que não foi elucidada, né?
09:29A Marielle.
09:29A Marielle.
09:30Então é uma situação mais ou menos similar, vamos colocar assim.
09:33É um atentado ao Estado, é um crime político.
09:36Então a gente, quando ataca o Estado, o Estado tem a primazia da violência.
09:41Porque senão a sociedade se desorganiza.
09:43Mas a senhora acredita que foi um partido político?
09:45Não tenho dados para dizer.
09:48A gente sabe que o camarada em algum momento pertenceu a um partido político.
09:52Não sei se pertence, não sei se foi instigado.
09:54Então é aquela história que eu falei aqui, né?
09:57O cara pode ter algum desequilíbrio mental, né?
09:59Chegou à conclusão que hoje vai ser o meu dia.
10:01Vamos lembrar, o assassino do Lincoln, o John Wilkes Bruce,
10:05foi movido pela sua própria livre-arbítrio, vamos colocar.
10:10Gente, acho que deu, né?
10:12Jornal, mais alguma coisa?
10:13Tem mais alguma dúvida aí?
10:14Tem rapidinho, Jornal.
10:14Vamos lá, vamos pro jogo rápido.
10:17Nessa configuração, o senhor caracteriza, então,
10:19o que sofreu Marielle Franco com o mesmo atentado que o Bolsonaro?
10:22É a mesma coisa, né?
10:23A senhora acredita.
10:24É a mesma coisa.
10:25A Marielle diz...
10:26Qual é a tese em relação à morte da Marielle?
10:28Que ela foi assassinada pela ação que ela tinha
10:31em determinadas comunidades do Rio de Janeiro
10:33e aí feriu os interesses da milícia, sei lá quem que estava lá, né?
10:37E o Bolsonaro, é óbvio que no momento que ele está
10:40numa posição de destaque na campanha
10:41e tem uma palavra diferente daquilo que o mecanismo establício em brasileiro
10:46hoje considera que seria a necessidade,
10:50ele pode ser exposto a um ato dessa natureza, qualquer desequilibrado.
10:53Só uma última pergunta, a sua chapa defende o corte de arma,
10:58mas se o agressor estivesse armado com um revólver, com uma pistola, enfim,
11:01provavelmente o candidato não teria sobrevivido.
11:04O que falavam para as pessoas que dizem que ele foi salvo pelo estatuto?
11:08Não, ele não foi salvo pelo estatuto.
11:10O cara também podia estar de revólver.
11:12Isso aí é só para perguntar inoca, minha filha.
11:14Essa não...
11:15Sem resposta essa.
11:17Sem resposta.
11:18Porque ele podia estar com uma faca, ele podia estar com um revólver.
11:21Ninguém ia impedir isso.
11:22E talvez até o ferimento do revólver fosse melhor do que o da faca.
11:27Até porque numa distância curta, o ferimento de revólver cauteriza.
11:29Obrigado, professor.

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