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  • 19/06/2025
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Notícias
Transcrição
00:00Ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal falou hoje durante mais de duas horas
00:06um discurso sobre a Lava Jato.
00:11Em seu voto, o ministro Gilmar Mendes fez várias considerações duríssimas sobre a Lava Jato,
00:20principalmente sobre o Ministério Público Federal. Vamos ouvir.
00:26Várias outras cláusulas têm sido adotadas sem aparente respaldo na legislação.
00:34No acordo de Paulo Roberto Costa, a Procuradoria Geral resolveu se adiantar para ficar com uma fatia, pasmem, pasmem,
00:44de 20% do que o colaborador devolvesse fosse destinado aos órgãos responsáveis pela negociação
00:54e pela homologação do acordo de colaboração premiada que permitiu tal repatriação.
01:0120%, um tipo de direito de honorários, de dinheiro furtado da Petrobras.
01:05Por que, como não há mãos a medir e não há parâmetro de controle, pode-se inventar qualquer coisa?
01:18Daqui a pouco também pagamento direto aos procuradores.
01:22O ministro Teori fez o controle dessa cláusula, determinando a integral devolução do valor à vítima Petrobras.
01:29O ministro Gilmar Mendes também falou que se inaugurou no Brasil uma espécie de direito penal de Curitiba.
01:48Os parâmetros legais que deveriam reger os acordos nunca foram devidamente observados.
01:56Hoje são cada vez menos lembrados.
01:58Criou-se um tipo de direito penal de Curitiba.
02:04Normas que não têm nada a ver com o que está na lei.
02:08E, portanto, se torna impossível o controle da legalidade.
02:11E pouco importa o que a corte venha a decidir, porque certamente isso será mudado daqui a pouco.
02:15Tendo em vista as más práticas que se desenvolveram.
02:21É evidente que o Congresso não conviverá com essa sorte de abusos.
02:27A não ser que alguém edite um caso proibindo o Congresso de legislar.
02:33Porque até isso se cogita, presidente.
02:35Até isso se cogita.
02:36Discutir a aprovação de uma lei de abuso de autoridade, um projeto de lei,
02:42que supera a velha lei feita por Milton Campos em 1965,
02:48se tornou a obstrução de justiça.
02:50Quanta desfazatez!
02:52Quanto cinismo!
02:53Quanta ousadia!
02:54Quanto pensamento totalitário!
02:56Quem já disse que discutir o projeto de lei, seja lá qual for, é obstrução de justiça.
03:03E vossa excelência, ministro Joaquim, tem aí, sob a sua apreciação, casos desse tipo.
03:09É preciso realmente ter perdido o senso das medidas.
03:14É preciso imaginar que é um tiranete.
03:17Quem age dessa maneira?
03:18Bom, Gilmar Mendes também acusou a Procuradoria-Geral da República
03:26de abrir investigações prescritas com intuito político.
03:33Grande parte do parlamento e outros tantos políticos de projeção nacional
03:37estão sob a lupa da Procuradoria-Geral da República.
03:42Algumas investigações foram abertas já sem qualquer perspectiva de sucesso.
03:47Cito alguns exemplos.
03:50Foi aberta investigação, com base em depoimentos de Emílio Odebrecht,
03:56contra Fernando Henrique Cardoso.
04:00É isso, presidente.
04:03Tendo em vista relatos superficiais de financiamento irregular
04:05nas campanhas de 94 e 98.
04:11Não sei se o relator anotou que já estava prescrito.
04:15A Procuradoria não anotou.
04:17Mas o processo foi mandado para São Paulo, ministro Fux.
04:22Essa investigação, declinada para a Justiça Federal de São Paulo,
04:24já nasceu tratando de fatos prescritos.
04:28Para que se faz isso?
04:31É para brincar com o Supremo Tribunal Federal?
04:33Ou tem alguns propósitos outros políticos?
04:40Fatos prescritos dão em seja a abertura de inquérito?
04:43É muito sério o que nós estamos falando.
04:53E quem sabe alguém ainda vai dizer que...
04:57Ah, mas se decretar a prescrição aqui, nós estamos sendo desleal com a Procuradoria da República.
05:01Lealdade, volto a dizer, devemos à Constituição.
05:06Quem deve lealdade à Procuradoria-Geral da República são os procuradores.
05:14Eles que honrem a missão dos quais foram investidos.
05:18Supremo é uma proposta até muito curiosa.
05:28Em que o rabo começa a balançar o cachorro.
05:33A Procuradoria, nós devemos lealdade à Procuradoria.
05:37Ora, bolas.
05:46Parece que nós estamos realmente no tempo das inversões de todas as coisas.
05:53Ah, mas agora a segurança jurídica do acordo de infratores.
05:58Nós não podemos analisar quando o sistema manda que se analisa.
06:01Bom, o julgamento continua.
06:06Quem está votando neste momento é o ministro Marco Aurélio Melo.
06:11Mas o fato é que o ministro Gilmar Mendes fez o seu pronunciamento mais duro contra a Lava Jato
06:20até o momento neste voto dado no dia de hoje.
06:31O ministro Gilmar Mendes fez o seu pronunciamento mais duro contra a Lava Jato.
06:34E aí

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