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Durante a Cúpula do G7, o presidente Lula defendeu que a ONU retome seu papel central na resolução de conflitos globais. Para ele, a falta de liderança internacional agrava o cenário de guerras e instabilidade pelo mundo. Cristiano Beraldo e Deysi Cioccari analisaram.
Reportagem: Bruno Pinheiro
Comentaristas: Cristiano Beraldo e Deysi Cioccari

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Transcrição
00:00Oito horas e dois minutos, iniciamos aqui a nossa terceira hora falando a respeito da agenda do presidente Lula.
00:07Por causa do conflito no Oriente Médio entre Israel e Irã, o encontro do G7 no Canadá não aconteceu como todo mundo esperava.
00:15Apesar disso, durante o evento, o presidente Lula defendeu o protagonismo da ONU para tratar sobre guerras.
00:22Bruno Pinheiro traz mais detalhes pra gente a respeito dessa fala do presidente.
00:26Pois não, Bruno, bom dia pra você, bem-vindo aqui ao Jornal da Manhã.
00:30Oi, Donato, Soraya. Agora sim, ótimo dia a vocês.
00:34A quem nos acompanha aqui no Jornal da Manhã, a informação aqui nos corredores do Palácio do Planalto
00:38é que essa agenda de Lula foi cancelada por conta do horário, que já estava em cima, na verdade, finalzinho do dia,
00:45e tinha que retornar e, diante disso, acabou não conseguindo emplacar, ou seja, cumprir essas agendas que estavam ali indicadas,
00:54mas, na verdade, até mesmo na agenda oficial aqui do Palácio do Planalto, Lula era aguardado para se reunir com esses líderes,
01:01mas esses encontros não aconteceram.
01:03Lula chegou a falar sobre a resolução de conflitos mundiais também.
01:07Segundo ele, o vácuo de liderança agrava o quadro atual de guerra entre as nações.
01:14Lula também disse sobre o G7 e citou os recentes ataques de Israel ao Irã, que, segundo ele,
01:21ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha no Nonato, com consequências globais inestimáveis.
01:29Lula também chegou a comentar ontem, durante os encontros, o conflito na faixa de Gaza.
01:34Ele afirmou que nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e de crianças e o uso de fome como arma de guerra.
01:46Toda essa discussão também acabou envolvendo a segurança energética.
01:50Lula, em seu discurso desta reunião, ele também falou sobre o desenvolvimento para atuar em etapas das cadeias globais de minerais estratégicos,
02:01incluindo o seu beneficiamento.
02:03Lula nas redes sociais, até mesmo entre outros líderes, foi duramente criticado por não se encontrar com o presidente Zelensky.
02:11E aí toda essa repercussão com a justificativa de que foi justamente por uma agenda apertada.
02:16Mas auxiliares dizem que durante esses encontros, entre uma agenda e outra, conversas rápidas nos corredores foram consideradas como encontros bilaterais.
02:26Então, aguardar qual será o resultado desses encontros de Lula no Canadá e também se outros encontros nos próximos dias deverão acontecer, inclusive, com o presidente Zelensky,
02:38que é uma agenda muito aguardada e que não foi dessa vez que aconteceu.
02:42Bruno Pinheiro, direto de Brasília.
02:46Muito obrigado, Bruno.
02:47E eu já chamo aqui para a nossa conversa também nossos comentaristas.
02:50Deise Siocari e também o Cristiano Beraldo.
02:53Deise, o presidente perdeu aí uma oportunidade para conversar com esses dois líderes especificamente,
02:58o Friedrich Merz e também o Zelensky.
03:02E, por outro lado, quando ele chama a atenção da ONU em guerras mundiais, é meio complicado, né, Deise?
03:08À medida em que a ONU foi voto vencido lá no conflito de invasão do Iraque, a própria Ucrânia também, a ONU também não tem conseguido fazer com que a Rússia se mantenha em seu território.
03:20Ou seja, me parece que a ONU, de algum modo, um tanto quanto exaurida, não, Deise?
03:24É, Nonato, e o Brasil também, com essa ausência do presidente Lula nessas duas reuniões, ele perde a oportunidade de se tornar aquilo que o presidente vem falando constantemente, que é um grande líder global, né?
03:37A gente precisa lembrar aqui que essa é a segunda vez consecutiva que não acontece um encontro entre o Zelensky e o presidente Lula.
03:46Isso tem alguns modos de ser lido, né?
03:49Pode indicar que o presidente Lula, ele não se compromete com a Ucrânia, né?
03:54Tanto é que o Zelensky acha que ele é pró-Rússia.
03:57Então, esse desencontro, ele pode indicar um não comprometimento com a Ucrânia e também uma falta de vontade por parte do presidente Lula de se manifestar e de conversar com o Zelensky.
04:08E isso pode acabar um pouco com essa narrativa dele de ser um líder global.
04:12Mas, fato é que o presidente Lula queria usar o G7 para reforçar o posicionamento do Brasil, para dizer que ele era um dos possíveis líderes do sul global, mas ele sai de lá praticamente nesse quesito com as mãos abanando.
04:28Beraldo, queria te ouvir também a sua avaliação.
04:31Como você avalia esse desencontro e o que isso pode causar de repercussões, né?
04:38Será que o presidente Lula deveria forçar ou tentar esse encontro novamente?
04:45Soraya, não vai ter consequência absolutamente nenhuma.
04:48Porque quando o presidente brasileiro faz uma manifestação dizendo que está muito incomodado, que é um absurdo o que Israel está fazendo, matando mulheres e crianças e usando a fome como uma arma,
05:06parece o Cascão reclamando que o Cebolinha não tomou banho.
05:10Porque o Brasil, a Deise acabou de trazer esse número de 2022, morrem 47 mil pessoas todos os anos assassinadas.
05:21Esses assassinatos, na sua vasta maioria, mais de 90%, sequer são esclarecidos.
05:27O que é que o presidente brasileiro está fazendo internamente para, de fato, mudar essa realidade?
05:35Nada.
05:35Lula, em relação à fome, dá uma esmolinha.
05:38Agora está dando pé de meia, esmolinha para os estudantes se acostumarem a viver de uma esmolinha do governo.
05:45Esses líderes mundiais, que são muito bem informados, que sabem exatamente o que está acontecendo no Brasil,
05:51olham para essas manifestações de Lula sem o menor interesse,
05:56porque sabem que aquilo que é falado pela liderança brasileira não tem conexão com a realidade.
06:01Lula ignorou a presença de Volodymyr Zelensky na primeira oportunidade que teve de encontrá-lo numa reunião do G7 no Japão.
06:12Deixou claro a sua posição favorável à Rússia, que invadiu um país soberano em relação à Venezuela,
06:22que anunciou que passaria pelo território brasileiro para invadir e tomar a Goiânia.
06:26O Lula também não fez absolutamente nada.
06:29Então não há legitimidade para se dar declarações que sejam levadas em conta por esses líderes mundiais que estão, sim,
06:36eles são os adultos na sala, eles estão trabalhando para resolver esses problemas gravíssimos que o mundo atravessa.
06:43Mas o Brasil só confirma a sua desimportância.
06:47Deise Siocari, queria te ouvir também até em cima desse ponto que o Beraldo está dizendo aí,
06:52os demais líderes aí que talvez sejam os adultos na sala.
06:56O problema é que esses adultos não estão se entendendo há muito tempo, hein, Deise?
07:00Existe um predomínio de olhar para a sua própria volta e não olhar para esse multilateralismo.
07:06Mas o fato é que o que a gente vê agora, principalmente em relação ao presidente Lula, Nonato,
07:13é que por mais que ele tenha tido essas operações legítimas, atraso no voo, compromissos e agendas,
07:22isso enfraquece muito o posicionamento dele como líder global.
07:25Então o efeito político e simbólico dele não encontrar os elenques é muito forte.
07:30O Beraldo chegou a comentar aqui que não teria grandes efeitos,
07:34mas fato é que o Brasil tem essa pecha ainda, né,
07:38o Beraldo e eu conversamos muito sobre isso,
07:41o Brasil tem essa pecha de passar pano para países autoritários.
07:48E os elenques que já têm uma noção de que o Lula é pró-Rússia.
07:51Então esse não encontro, ele acaba dificultando a presença do presidente Lula como líder global,
07:57como alguém que efetivamente olha para o lado da democracia e reitera o papel dele
08:02ou até essa imagem simbólica que ele passa de alguém que dá um pouco mais de olhar
08:08para esses países mais autoritários.
08:12Isso é extremamente prejudicial para a imagem dele.
08:15Beraldo, se o governo brasileiro então perdeu essa oportunidade com os elenques,
08:20dá tempo para reverter isso ainda?
08:22O problema, Soraya, é que não existe um projeto do Brasil
08:27para se inserir nessa discussão que acontece no mundo.
08:30O mundo passa por um momento de grande complexidade.
08:33A posição do Irã, que inclusive teve um representante brasileiro
08:37recentemente na posse do presidente,
08:42então o Brasil sempre faz esses gestos de apoio ao Irã,
08:47que é um párea no mundo, está vivendo sob sanções há muito tempo,
08:51porque se recusa a jogar o jogo da democracia e o jogo da paz.
08:55Então o Brasil, quando ele toma essa postura de ficar alimentando essas relações,
09:02dando preferência para essas relações com países autoritários,
09:05ele se coloca na posição de minoria em relação ao mundo.
09:10E este ambiente complexo que a gente vive, com guerra entre Israel e o Hamas,
09:16guerra de Israel com o Irã, a Rússia tentando se apropriar de áreas que são soberanas da Ucrânia,
09:24a China se preparando para invadir Taiwan,
09:27uma tensão crescente entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.
09:30O mundo passa por um momento muito complexo,
09:33mas o Brasil não se coloca nisso porque, na verdade,
09:37a minha leitura, Soraya, é que existe uma única e exclusiva preocupação
09:41da liderança brasileira hoje com questões internas mesquinhas.
09:46É a eleição, é como é que vamos reverter a popularidade,
09:51é o discurso para os seus apoiadores.
09:54Não há uma visão estratégica do mundo a partir do Brasil.
09:57E aí a gente colhe os frutos bastante ruins desse tipo de posicionamento.

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