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A Agência de Energia Atômica da ONU confirmou que ataques israelenses atingiram duas instalações nucleares no Irã nesta quarta-feira (18): a oficina TESA Karaj e o Centro de Pesquisa de Teerã, ambas envolvidas na produção de peças para centrífugas de enriquecimento de urânio. Marcus Vinícius de Freitas comentou.
Reportagem: Fabrizio Neitzke e Luca Bassani
Comentarista: Marcus Vinícius de Freitas

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Transcrição
00:00Vamos para destaque internacional, porque a Agência Internacional de Energia Atômica confirmou há pouco
00:05que centrífugas foram atingidas em ataques às instalações nucleares do Irã.
00:10Nosso correspondente, Luca Bassani, na Europa, tem todos os detalhes pra gente nesta manhãzinha.
00:15Ô Luca, já se sabe onde estavam esses equipamentos? O que é que efetivamente aconteceu?
00:19Bom dia pra você e bem-vindo.
00:22Já sabemos sim, Donato. Bom dia a você e a todos que nos acompanham.
00:25Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica, duas das instalações nucleares do Irã,
00:30seja na capital Terã, seja na cidade de Karaj, que fica a cerca de 37 quilômetros da capital,
00:38foram atingidas, não só na produção de urânio, o enriquecimento de urânio,
00:44mas também em locais onde fabricam as peças, os equipamentos fundamentais para as centrífugas nucleares
00:50que fazem esse processo de enriquecimento.
00:52Segundo o que a agência disse, esses ataques são recentes e se somam aqueles que já foram notificados
00:59tanto em Natanz, na parte superficial e também na parte subterrânea, como também ataques em Isfahan.
01:06Agora, a grande dúvida de todos os analistas geopolíticos e também da própria agência
01:11é se a grande instalação em Fordos, que fica numa montanha a cerca de 90 metros de profundidade,
01:17de todas essas centrífugas nucleares vão ser atacadas por Israel conjuntamente com os Estados Unidos,
01:24que é o único país do mundo que tem uma tecnologia bélica suficiente para penetrar em uma localidade
01:30tão bem protegida como essa.
01:32Obviamente que isso poderia escalar a guerra para níveis ainda não vistos,
01:36por conta da participação direta dos norte-americanos.
01:39Segundo as notícias que temos da imprensa dos Estados Unidos, ainda o presidente Donald Trump
01:45não tomou a decisão se vai embarcar 100% nesta iniciativa militar com Israel ou não,
01:51já que isso poderia ter grandes repercussões para toda a região e para o comércio global.
01:57Obviamente a gente vai ficar monitorando todas as diferentes observações feitas pela Agência Internacional de Energia Atômica,
02:04que alerta que um ataque em instalações nucleares pode promover uma grande catástrofe,
02:09não só humanitária, mas também ambiental, como também as repercussões geopolíticas
02:13de uma possível participação dos Estados Unidos de forma direta durante as próximas horas.
02:19Muito obrigado, Luca Bassani, nosso correspondente na Europa,
02:23atualizando essas informações direto da Europa.
02:26Do Luca, a gente vai aqui para o nosso editor internacional, Fabrício Naitzky,
02:30que já está com a gente, traz aqui mais informações para você.
02:33Fabrício, é meio aquilo que a gente temia em relação à possibilidade de se atingir
02:39essas energias ou essas usinas nucleares, porque você pode, de algum modo,
02:44não conseguir conter uma radiação e já há esse indicativo aí da agência, né?
02:49Exatamente, Nonato.
02:50O grande temor da Agência Internacional de Energia Atômica,
02:53que tenta, através de imagens de satélite de alta resolução,
02:58conseguir avaliar o total dos danos feitos a essas instalações nucleares,
03:03já que, nesse momento, o acesso a esses locais fica ainda mais restringido,
03:08mais ainda do que durante as inspeções que a agência conduz regularmente lá no Irã.
03:13Nenhum país é tão vigiado pela Agência Internacional de Energia Atômica quanto o Irã.
03:18A gente tem recebido aqui atualizações envolvendo o pronunciamento do líder supremo Ali Khamenei,
03:24que está acontecendo, nesse instante, na rede estatal iraniana.
03:29Ele afirmou o seguinte, que qualquer forma de intervenção militar dos Estados Unidos
03:35será respondida com danos irreparáveis ao país.
03:39Ele também afirmou que o povo iraniano não irá esquecer o sangue dos mártires do país
03:44e os ataques feitos ao território.
03:47E, por fim, ele diz também que Israel cometeu um grande erro ao atacar o Irã
03:53e que será punido por isso.
03:54Essas são algumas das primeiras falas, algumas das primeiras repercussões envolvendo o discurso
04:00pronunciamento televisionado de Ali Khamenei, líder supremo do Irã,
04:04que acontece, neste exato momento, lá no país.
04:07Nonato Soraya.
04:09Obrigada, Fabrício.
04:10Deixa eu acionar novamente o professor de Relações Internacionais, Marcos Vinícius de Freitas,
04:15para a gente tentar entender um pouco do impacto desse engajamento possível dos Estados Unidos
04:21dentro desse conflito.
04:24Na prática, professor, conseguir bombardear essa usina nuclear de fodo que está dentro de uma montanha
04:32seria, na prática, então, conseguir acabar com o programa nuclear iraniano?
04:37Não, né?
04:39Porque você pode acabar com o processo agora das usinas, mas com o capital intelectual acumulado
04:47isso não vai acontecer.
04:49E este talvez seja o grande equívoco da ação, porque você simplesmente achar que destruir
04:57as instalações, resolver esse problema definitivamente, o fato é que isso não é a grande realidade.
05:05O que deve acontecer é que o Irã, que tem aí uma história longa, mais de 4 mil anos de existência,
05:13com certeza o país vai novamente reiniciar e retomar o processo.
05:19Diferentemente dos outros lugares, o Irã também tem ali o seu petróleo, tem a terceira maior reserva
05:27de petróleo no mundo e, com isso, tem os recursos necessários para fazer com que o programa avance.
05:33O que deve acontecer, como resultado dessa atuação, é efetivamente o Irã sair do acordo
05:40de não proliferação nuclear, isso vem sendo debatido no parlamento, e todas essas instalações
05:47que têm sido supervisionadas pela Agência Internacional de Energia Atômica vão deixar de ser.
05:52Então, a consequência é que pode ter atrasado o programa por 5, 10 anos, mas, de alguma
06:00maneira, torna aí a situação mais irreversível.
06:04E eu acho difícil, não é, os Estados Unidos assumirem a função de destruírem e gerarem
06:10justamente essa irradiação que o Naitz falou a respeito da questão nuclear, que vai afetar
06:17toda a região.
06:18Então, isso é problemático, até mesmo para os Estados Unidos, que vai passar a ser aí
06:24visto ainda mais com uma perspectiva de um velho faroeste americano e que perde aí justamente
06:32qualquer legitimidade para ações internacionais no futuro.
06:37É isso, esse é um dos pontos mais polêmicos desse conflito, né?
06:40Se a gente tem ou não a destruição das usinas nucleares e até que ponto isso vai causar
06:45uma irradiação.
06:46E se isso não acontecer, até que ponto você elimina o programa e por quanto tempo até
06:52ser retomado novamente pelo País Persa?

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