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  • 18/06/2025
Com analistas divididos, o Copom se reúne nesta quarta-feira (18) para decidir se mantém a Selic em 14,75% ou se promove uma nova alta de 0,25 ponto percentual, elevando os juros para 15%. A decisão vem em meio à desaceleração da inflação, mas com pressões em setores como energia. Cristiano Beraldo e Deysi Cioccari comentaram.
Reportagem: Beatriz Manfredini
Comentaristas: Cristiano Beraldo e Deysi Cioccari

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Transcrição
00:00Vamos falar de economia interna, né? Falar um pouco da nossa inflação, por que não?
00:05Porque tivemos uma desaceleração nos últimos vezes também e o Comitê de Política Monetária do Banco Central, Copom,
00:11não deve alterar a taxa Selic, que atualmente está em 14,75%.
00:17Pelo menos é a aposta, né, Beatriz Manfredini, da maioria dos especialistas que acompanham esse assunto.
00:24Bom dia pra você, bem-vindo aqui ao Jornal da Manhã.
00:26Pois é, Nonato, e aposta também da FEComércio, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo aqui do Estado de São Paulo.
00:37Bom dia pra você também, pra Soraya, pra todos que nos acompanham aqui no Jornal da Manhã.
00:42Então a FEComércio soltou um posicionamento dizendo que espera pela manutenção, ou seja, que a taxa básica de juros, a Selic, permaneça igual,
00:51permaneça no mesmo patamar ao término da reunião do Copom, em 14,75%.
00:58De acordo com a FEComércio, isso é possível porque no último mês, apesar de ainda em trajetória de alta,
01:06a gente pode perceber uma diminuição na inflação na comparação com o mês anterior.
01:10Então no mês de maio a alta foi de 0,26% na inflação, só que no mês anterior tinha sido de 0,43%.
01:19Então é uma alta um pouco menor do que vinha se observando antes.
01:23E a FEComércio também observou uma desaceleração no preço dos setores de serviços.
01:29E eles dizem então que isso faz com que a manutenção da taxa Selic seja possível.
01:35De acordo com a FEComércio, se o Copom decidir por um aumento na taxa Selic,
01:41eles vão estar ali em uma preocupação, em um nível de preocupação excessiva, de acordo com a FEComércio.
01:48Apesar de dizer então que é possível manter a taxa no patamar atual, a FEComércio destaca e faz uma crítica ao governo federal.
01:57E diz que nos próximos meses, se o governo federal não ficar atento, se comprometer com políticas fiscais,
02:02a inflação pode voltar a ficar em um patamar, em um ritmo de alta, fazendo também com que o Copom precise aumentar a taxa Selic.
02:13De acordo então com a FEComércio, olha, se o governo conseguir uma política fiscal mais equilibrada,
02:18pode ser então que a taxa se mantenha.
02:20Mas eles dizem que não parece que isso está na agenda do governo neste momento.
02:25Então fazem ali uma crítica, mas acreditam que pelo menos por enquanto dá para manter a taxa no patamar atual, Nonato.
02:31E a gente vai conferir logo mais a decisão do Copom.
02:35Muito obrigado, Beatriz Manfredini.
02:36Assunto também para os nossos comentaristas.
02:39Deise Siocari e Cristiano Beraldo estão com a gente nesta manhã.
02:43Deise, ainda assim, ainda que se tenha manutenção em 14,75, ainda é uma taxa elevada.
02:48Está difícil de arrumar crédito aqui no Brasil ainda, Deise.
02:51E deve continuar, Nonato, porque depois de nove meses de alta, o Banco Central, a Selic, finalmente ela vai parar de subir.
02:59Esse é o recado, assim, ela vai se manter alta, mas ela para de subir.
03:04Os efeitos dos juros, eles já estão sendo sentidos na economia e é mais ou menos assim.
03:09O Banco Central, ele vai parar de dar um remédio forte para um paciente que ainda está suando frio.
03:15Só que o que acontece?
03:16O Banco Central, ele continua com o dedo no gatilho, porque a nossa economia, ela não está estabilizada.
03:20Então, para conseguir ter um efeito positivo efetivamente na economia, o Palácio do Planalto também tem que fazer a sua parte.
03:28E é isso que eles não estão fazendo.
03:29Então, a possibilidade desse juro voltar a subir, ela é muito grande.
03:33Beraldo, você acredita que o mercado, os investidores de uma maneira geral, podem reagir bem e até entender que a participação de Donald Trump
03:43ou a possibilidade dele entrar nesse conflito seja bom para o mercado, positiva a ideia, e é isso, claro, interfira também na taxa básica de juros?
03:53Olha, Soraya, naturalmente que essa situação de instabilidade no Oriente Médio influencia muito a realidade econômica,
04:03porque os países partem do princípio de uma grande incerteza.
04:08O que vai acontecer? A guerra vai escalar? Nós teremos um problema no fornecimento de petróleo?
04:12Isso aumenta a pressão inflacionária?
04:16Há outras repercussões em contratos futuros negociados no mercado financeiro?
04:20Então, isso tudo é levado em consideração.
04:23Só que essa discussão no Brasil, Soraya, ela é uma discussão que está muito distante da realidade da população brasileira.
04:31Se nós observarmos que 70% das pessoas estão endividadas, desse total de famílias endividadas,
04:41nós temos a vasta maioria dos adultos inadimplentes.
04:44A maior fonte de dinheiro emprestado no Brasil hoje é o cheque especial e o cartão de crédito,
04:51que oferecem ao usuário dessa linha de crédito 400% de juros ao ano.
04:58Ou seja, se subir 0,25 ou cair 0,25 ou ficar em 14,75 para a população,
05:06para aqueles que estão ali lidando com a vida real, não faz absolutamente a menor diferença.
05:12Isso tem impacto, sim, para as contas públicas, em razão dos juros pagos na dívida pelo governo,
05:17mas a população, Soraya, ela vive uma realidade que é realmente brutal.
05:22Só para ter uma comparação, nos Estados Unidos, nós temos o cartão de crédito cobrando coisa de 4 vezes,
05:304 a 5 vezes, os juros básicos estabelecidos pelo Banco Central norte-americano.
05:35No Brasil, nós estamos falando de muitas vezes, nós estamos falando de mais de 20 vezes, esses juros.
05:43Então, é um país que não consegue distribuir riqueza para a sua população,
05:49porque essa riqueza é tomada na mão grande, tanto pelo governo em impostos, como pelos bancos em juros.
05:56Está aí a super quarta para decidir tudo isso e a gente vai trazendo o resultado e, claro,
06:01as repercussões aqui no Jornal da Manhã.

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