- 15/06/2025
Israel voltou a ouvir sirenes neste domingo (15) após novos mísseis lançados pelo Irã. Tel Aviv, Jerusalém e outras regiões seguem em alerta. Teerã ameaça intensificar os bombardeios caso Israel mantenha os ataques. A escalada preocupa a comunidade internacional. O editor de Internacional Fabrizio Neitzke e a comentarista Maria De Carli analisam os possíveis cenários do conflito.
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NotíciasTranscrição
00:00Agora com a Maria De Carli, nossa comentarista.
00:03Maria, eu queria te fazer uma pergunta, não agora sobre Estados Unidos e Rússia,
00:06daqui a pouco a gente vai falar mais sobre isso, inclusive, sobre algumas declarações de Donald Trump,
00:10mas eu queria falar sobre a participação da França, que poderia ser também uma interlocutora.
00:16Por ter muito povo judeu residindo no território francês, mas também por abrigar muitos muçulmanos,
00:22é um país importante porque figura como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU,
00:28não tem poder de veto nas principais decisões que possam sair daquele colegiado,
00:31apesar de que o histórico recente não tem mostrado nenhuma eficiência a partir das Organizações das Nações Unidas,
00:38mas o presidente Macron teria se colocado à disposição ali para intermediar também.
00:44Há alguma possibilidade de um país mais neutro, não tão aliado a um ou outro ator deste conflito,
00:52que possa solucionar, de alguma maneira, este conflito que se estende já pelo terceiro dia?
01:00Oi, muito bem colocado o que você disse com relação à França e a sua posição como membro permanente
01:06do Conselho de Segurança da ONU, essa organização que vem caindo cada vez mais em descrédito
01:11com toda a comunidade internacional, justamente pelo seu principal órgão, que é o Conselho de Segurança,
01:16não conseguir determinar nenhuma ação efetiva para a manutenção da paz no mundo como um todo,
01:23afinal são cinco países com interesses bastante divergentes entre si,
01:27dentre eles China, Rússia e Estados Unidos, então imaginem bem o caos.
01:31Acredito, Koba, que a União Europeia já tem se mobilizado para fazer uma frente de diálogo
01:38com relação a arma para uma resolução desse conflito entre Israel, Irã e Oriente Médio como um todo,
01:46só que não vejo uma efetividade muito ampla.
01:49A União Europeia está tentando aí, entre trancos e barrancos, se manter de pé,
01:53a própria Alemanha já anunciou um aumento de investimentos também em defesa,
01:59cortando alguns gastos sociais para justamente focar nisso,
02:02demonstrando como um todo que apesar das pessoas, dos governantes se colocarem à disposição
02:07de mediar essas situações, eles estão cientes da crescente tensão no mundo como um todo
02:15e enxergam que é preciso investir mais em defesa.
02:19Eu acho bacana o presidente Macron se colocar à disposição,
02:22acredito que outros países o farão ou já o fizeram, mas não vejam muita efetividade.
02:27Para a resolução disso vai ter que ter na mesa certamente os Estados Unidos,
02:31que é de fato o interlocutor mais próximo ali do Netanyahu,
02:35e a Rússia, que como o próprio Lerner mencionou, é o interlocutor aí mais próximo do Irã.
02:42Mas gostaria aqui de reiterar uma coisa, o Netanyahu já demonstrou que ele está agindo sozinho
02:47por conta própria, porque essas atitudes foram tomadas sem o aval,
02:52muitos dizem, né, do próprio Estados Unidos, porque pasmem.
02:56O Trump, apesar do seu discurso mais inflamado, ele é um pacifista,
03:00ele não consegue lidar com a questão de ver civis sendo mortos,
03:05então a ele deve incomodar bastante essa situação atual mundial,
03:09e ele se coloca aí, né, se colocou na própria campanha como um mediador possível
03:13entre Rússia e Ucrânia, mas não conseguiu efetivamente um diálogo de paz.
03:19Então vamos ver aí os atores se colocando à disposição,
03:22mas de fato quem vai conseguir colocar a ordem na casa vai ser ou Estados Unidos
03:26ou Rússia junto com as demais partes envolvidas diretamente.
03:30Muito bem, Fabrício Nays, que continua conosco aqui nessa edição do Fast News,
03:34nosso editor internacional, acompanhando a repercussão no mundo todo.
03:38Fabrício, o fato deste conflito envolver enriquecimento de urânio,
03:41questões nucleares importantes, às vezes até desconhecidas em relação
03:46à dimensão desta questão lá no Irã, isso tem gerado um alerta no mundo todo
03:52de uma maneira diferente, né?
03:54Não é apenas um conflito entre briga por região,
03:58isso envolve a própria existência da humanidade de alguma forma,
04:02e o mundo todo está olhando para esse conflito.
04:04Fabrício Nays, como é que você tem visto essa repercussão global?
04:07Vamos voltar no tempo um pouquinho, Koba, para o mês passado,
04:10quando os governos ao redor do mundo, a comunidade internacional,
04:14se movimentou para tentar desarmar o conflito entre Índia e Paquistão
04:19lá na região da Caximira, dois países com armas nucleares.
04:23Isso coloca tudo em perspectiva e tudo aqui deve ser muito bem analisado
04:28friamente para a gente entender o perigo disso tudo.
04:32Israel é um país que possui armas nucleares, mas ele sabe que a partir do momento
04:37em que ele dispara a primeira arma nuclear contra o Irã,
04:40não vai ter apoio do Ocidente, não vai ter Estados Unidos que vai defender,
04:44não vai ter União Europeia que vai defender, falar que é direito de defesa,
04:48não tem, esse é o limite, essa é a linha vermelha.
04:51O mesmo vale para o Irã, claro, que mantém aquela versão de que não está
04:55produzindo armas nucleares, que está buscando enriquecer urânio
04:58para utilizar energia nuclear e distribuir essa energia nuclear
05:03para a população civil, é a versão iraniana.
05:06A comunidade internacional ainda não tomou uma decisão em relação a isso,
05:10não tem uma informação concreta nem para confirmar um lado,
05:16nem para confirmar o outro.
05:18A princípio dizem que o Irã até teria uma capacidade
05:21para construir armas nucleares, porém que isso não está acontecendo de fato.
05:26Mas essa possibilidade levanta muita preocupação ao redor do mundo.
05:30Então, tudo isso é visto com muita atenção, mesmo pelos Estados Unidos,
05:35que certamente não aceitariam um disparo de armas nucleares vindas,
05:39por exemplo, de Israel contra o Irã.
05:42Além de ser uma arma de altíssimo potencial, de fatalidades,
05:48ela também pode causar um grande desastre até ambiental.
05:51É uma questão muito grande aqui envolvendo não um país e outro,
05:55mas o planeta como um todo.
05:57A gente lembra que em 1945 os Estados Unidos dispararam duas bombas atômicas contra o Japão
06:02e isso trouxe em Hiroshima e Nagasaki.
06:05E isso trouxe consequências gravíssimas para a região.
06:08Sempre que nós temos também ataques envolvendo instalações nucleares,
06:12há essa preocupação.
06:14Como já aconteceu no conflito entre Rússia e Ucrânia,
06:16a usina de Zaporizhia, que é a maior usina nuclear da Europa,
06:19foi atingida por disparos russos.
06:22Isso causou uma preocupação da Agência Internacional de Energia Atômica
06:25de que poderia haver um vazamento de algum tipo de componente nuclear ali na usina.
06:32Felizmente, isso não aconteceu até o momento.
06:35Mas também, agora que Israel tem como alvo as instalações nucleares iranianas,
06:39também há essa preocupação.
06:41Por enquanto, nada disso aconteceu.
06:43A gente espera, Cuba, que permaneça assim e que a situação possa ser desescalada de alguma maneira.
06:49Quem seria o mediador dessa questão é uma grande dúvida nesse momento,
06:54porque o Irã não vai querer, certamente, negociar com os Estados Unidos
06:57nos mesmos termos que ele negociava até quinta-feira.
07:01Quinta-feira a situação mudou.
07:03A Israel também vai ter muitas dificuldades em aceitar negociadores, por exemplo, vindos da Europa.
07:08Assim como o Irã também vai ter essa dificuldade.
07:10Por exemplo, Israel reclamava da pressão que vinha sofrendo de países europeus.
07:16A Espanha, por exemplo, que ano passado anunciou que iria reconhecer o Estado palestino.
07:21A França, que estava caminhando nessa direção.
07:24O Reino Unido, que suspendeu a venda de armas para Israel.
07:27E essa semana, sancionou ministros israelenses da ala mais ideológica.
07:31Dois ministros israelenses.
07:33Então, é um cenário muito conturbado, quando você tem, por exemplo, uma Rússia fragilizada,
07:37que também está desmoralizada no cenário diplomático internacional,
07:42e a China, que não se intromete muito nessa questão.
07:45Pode acabar sobrando para um outro país, para uma outra região.
07:49Se eu pudesse apostar nesse momento, talvez o Catar, que tem tido esse papel de mediar conversas,
07:55mediou conversas de cessar fogo entre Israel e Hamas,
07:58tem esse histórico de interlocução na região, e poderia acabar sendo aceito pelos dois países.
08:05Lembrando que, Koba, Donald Trump foi ao Oriente Médio faz pouco tempo.
08:09E foi através da intervenção do Catar e da Arábia Saudita,
08:13que os Estados Unidos normalizaram as relações com a Síria.
08:16Isso poderia ser um diferencial.
08:18Eu ia te perguntar justamente isso, Fabrício.
08:19Se a Arábia Saudita se somaria ao Catar nisso,
08:22já que a gente teve esse histórico de mediação no conflito.
08:27Israel e Hamas recentemente, inclusive com a Arábia Saudita sendo um dos atores regionais importantes para essa negociação.
08:34Há também essa possibilidade?
08:36É menor. Os israelenses e os sauditas não se dão tão bem quanto os israelenses e os catari.
08:40Essa é a história ultimamente.
08:43E mesmo internacionalmente, também não há um reconhecimento tão grande da Arábia Saudita
08:47como esse ator diplomático, como há, por exemplo, em relação ao Catar.
08:51Até pelo péssimo histórico saudita, a gente lembra, por exemplo,
08:54da morte de jornalistas que criticavam o governo saudita e que desapareceram misteriosamente.
09:01Isso tudo foi muito questionado pela comunidade internacional.
09:04Quando o Joe Biden era presidente do Fora Arábia Saudita,
09:06ele falou ao príncipe Bin Salman que acreditava que ele era o responsável direto pela morte do Jamal Khashoggi
09:12lá na Turquia.
09:13Isso em 2018.
09:15Então, é uma relação um pouco mais complicada.
09:18O Catar poderia surgir como esse parceiro, mas não é uma certeza absoluta.
09:22Certo é que a gente está num mundo hoje com as relações internacionais muito mais dificultadas.
09:27A ONU não tem mais uma força que ela tinha de décadas atrás
09:32e aí faltam, de fato, países que possam ancorar a discussão.
09:36Não estamos mais nos tempos da Guerra Fria,
09:38onde você tinha dois países que ditavam as cartas e ditavam o jogo,
09:44que era os Estados Unidos e a União Soviética.
09:46Hoje os Estados Unidos têm uma relevância importantíssima.
09:48A questão aqui não é essa, mas eles estão muito ao lado de Israel
09:53para serem um ator mais decisivo nesse momento nas conversas.
09:58É a questão da parcialidade envolvida, não é isso?
10:00Perfeitamente.
10:01Maria De Carli, a gente falava sobre essa questão envolvendo a questão nuclear,
10:06esse detalhe que faz toda a diferença envolvendo este conflito.
10:11E isso tem se tornado uma espécie de salvoconduto de países autoritários
10:18para fazer exatamente o que quiserem, justamente porque se impõe pelo medo,
10:22pelo temor, pelo terror até, em relação ao restante do mundo.
10:26A Coreia do Norte é intocável praticamente, justamente porque lá qualquer conflito
10:31pode gerar justamente a destruição da humanidade.
10:36A gente vê agora o Irã também com esta questão.
10:39À medida em que esses países vão se tornando cada vez mais intocáveis,
10:42isso não vira um estímulo para estes autoritários, para estes estados absolutistas
10:52se imporem cada vez mais com esta exploração, com base no terror?
10:57Como é que você vê esta questão envolvendo a produção de material nuclear?
11:02O que eu posso te afirmar diante da sua pergunta, Koba,
11:07é que a dinâmica e a lógica da Guerra Fria permanece firme e forte
11:12na atual dinâmica contemporânea das relações internacionais.
11:15Quem aqui estudou um pouco de história mundial
11:18lembra que a Guerra Fria era composta por uma corrida armamentista.
11:23Ambas as duas potências lutando entre si,
11:25elas garantiam ali os seus aliados e colocando forças militares
11:33e fazendo com que seus aliados fizessem justamente juiz a essa corrida,
11:38se munindo de armas e, dentre elas, armas nucleares.
11:42Então, essa dinâmica da Guerra Fria permanece com o eixo ocidental versus oriental.
11:48Oriental justamente sendo predominantemente esses governos autoritários
11:53e, diante da lógica das relações internacionais de força e de poder e de barganha,
12:00faz sentido, tendo um olhar bastante pragmático,
12:04eles buscarem se munir de armamentos que são potentes
12:07que te geram um poder de barganha
12:09para justamente negociar a sua posição como um ator global de poder, certo?
12:15Tem uma teoria nas relações internacionais pelo Carr
12:19que fala que uma potência é reconhecida por três frentes.
12:22A principal delas é o poder militar.
12:25Então, a lógica desses países está de acordo com o que é a lógica
12:29das relações internacionais de maximização de poder e interesse dos países.
12:34É preocupante, por isso que, de fato,
12:36essa ação para conter o aumento do enriquecimento de urânio do Irã
12:43pode também ser vista como,
12:45olha, vocês estão aí vendo, vocês países autoritários e potenciais inimigos globais,
12:52vocês estão vendo que não vai ser fácil vocês conseguirem a arma de vocês.
12:55Como você tocou no assunto, a Coreia do Norte atualmente tem armas nucleares
12:59que a gente tem conhecimento e não foi impedida de maneira nenhuma.
13:03E é um ator que gera medo, porque tem um líder que é um tanto inconsistente
13:08e pode a qualquer momento, se o que der na telha, fazer algum maluco ir pelo mundo.
13:13Então, é importante a gente ver os pesos e os contrapesos
13:16e as contrações que Israel está tomando em relação ao Irã
13:21para os outros países observarem isso também.
13:24Fabrício Nays, eu quero te perguntar sobre a situação política de Benjamin Netanyahu,
13:27que já era ali contestada a sua gestão antes do 7 de outubro de 2023.
13:33Ele teve decisões importantes, muitas apoiadas, muitas questionadas pela população de Israel
13:39durante esse conflito com o Hamas, principalmente.
13:42E agora, em relação a este conflito com o Irã, ele tem apoio do povo israelense?
13:47Ele tem apoio do povo e tem apoio político para agir como tem agido em relação ao conflito no Irã?
13:55Como fica a situação política do primeiro-ministro israelense?
13:59Nesse momento, ele está mais fortalecido. A guerra fortalece o governo Benjamin Netanyahu
14:04por ser um sinônimo de estabilidade no território israelense, por ser um político muito experiente.
14:10Mas o fato é que, se nós observarmos as últimas ações do exército de Israel,
14:16todas elas costumam seguir uma pressão muito forte vinda tanto da comunidade internacional
14:22quanto também da própria população israelense.
14:26Por exemplo, quando a gente volta lá para o 7 de outubro de 2023,
14:29a gente não pode esquecer que durante o ano de 2023 inteiro,
14:33a população de Israel saía todas as semanas às ruas
14:36para protestar contra a reforma judicial promovida pelo governo Netanyahu.
14:42O que aconteceu na reforma judicial?
14:43A oposição alega que Netanyahu estava dando um jeito ali de calar a boca
14:48do que seria o Supremo Tribunal Federal do país.
14:50trocar juízes, fazer com que o legislativo pudesse contestar os pareceres da Suprema Corte
14:57e no legislativo Netanyahu tinha força ou tem força até hoje.
15:01Então, a população foi às ruas.
15:03E aí vem o 7 de outubro de 2023 e Israel se une em torno da causa da existência do país
15:10e apoia, claro, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu,
15:13que volta a ser criticado depois pela demora para a retirada dos reféns lá da faixa de Gaza.
15:19Até hoje tem mais de 50 reféns em Gaza que não conseguiram voltar para casa vivos ou mortos.
15:24E o governo é muito criticado por isso.
15:27Quando a pressão aumenta, Israel anuncia uma nova operação,
15:30uma nova fase do conflito com o Hamas,
15:32ou então com o Hezbollah, como aconteceu no final do ano passado lá no Líbano.
15:36E agora, nessa semana, a pressão era internacional
15:40por conta da catástrofe que acontece na faixa de Gaza,
15:44a dificuldade de entrada de ajuda humanitária.
15:48E aí, para Netanyahu, cai do céu essa oportunidade dele atacar o território iraniano,
15:54onde ele sabe que não vai haver uma grande contestação da comunidade internacional,
15:58porque a Europa e os Estados Unidos jamais iriam rejeitar um ataque contra o Irã
16:02ou jamais defenderiam o Irã nessa situação.
16:05E isso, novamente, fortalece Netanyahu.
16:07As declarações, inclusive, dos partidos de oposição lá em Israel,
16:11que são partidos de esquerda, o Yapid, por exemplo,
16:14são no sentido de união nesse momento.
16:17Entenderem que o Irã é um inimigo comum israelense,
16:20que é importante para Israel neutralizar as ameaças iranianas.
16:24Mas aí vem uma questão.
16:26Essa ameaça iraniana que o governo israelense alega,
16:29de que o Irã estaria construindo armamentos nucleares
16:32através do enriquecimento de urânio,
16:34não é uma narrativa, digamos assim,
16:36eu não gosto muito de usar esse termo,
16:38mas não é uma fala do governo de Israel que vem de hoje.
16:41É uma fala que vem desde 1999.
16:44E desde então não houve uma comprovação, de fato,
16:47dessa atividade iraniana.
16:48Por isso essa retaliação do Irã tão forte como tem sido,
16:53por isso esse aumento tão repentino das tensões na região.
17:00Então, há uma unidade nesse momento dentro de Israel,
17:04até a gente pode observar isso através das entrevistas
17:07que a gente tem feito aqui na Jovem Pan com moradores israelenses,
17:10todos eles garantindo que o povo está muito unido
17:13e entende que o Irã é, sim, uma ameaça para o país.
17:17E aí Netanyahu pode se deleitar com essas operações.
17:23Isso garante a estabilidade dele no governo nesse momento.
17:26Essa semana houve uma votação muito importante no parlamento de Israel,
17:31podendo, inclusive, dissolver o parlamento.
17:33E o governo conseguiu vencer essa votação,
17:35não manteve, então, a sua governabilidade,
17:38mas ele pode agora gozar de um pouco mais de estabilidade,
17:43de um pouco mais de confiança da população
17:45por ser esse líder experiente.
17:47A questão é quanto tempo que isso dura,
17:49porque, eventualmente, vai chegar a um acordo de paz.
17:53A gente imagina, a gente espera que chegue a um acordo de paz
17:56entre Israel e Irã.
17:57E aí, quando a situação acalmar,
18:00quando a poeira baixar,
18:01vem o dia seguinte.
18:03Nesse dia seguinte que Netanyahu
18:04certamente vai ter algum tipo de problema político.
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