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O Itamaraty estuda um plano para a retirada da comitiva de prefeitos brasileiros de Israel, incluindo Welberth Rezende (Cidadania), de Macaé (RJ), e Álvaro Damião (União), de Belo Horizonte (MG). A principal hipótese é uma saída por terra, já que o espaço aéreo israelense segue com restrições após a escalada do conflito com o Irã.

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Transcrição
00:00O Ministério das Relações Exteriores afirmou neste sábado que monitora a situação das duas delegações de políticos brasileiros
00:08que cumpriam agendas em Israel e ficaram no país devido ao fechamento do espaço aéreo e o agravamento da crise com o Irã.
00:17O Itamaraty afirma que negocia uma possível saída por terra desse grupo.
00:22Quem vai trazer mais detalhes é o nosso repórter André Anelli, diretamente de Brasília, acompanhando as ações do Itamaraty,
00:30Ministério das Relações Exteriores, em relação a esses brasileiros que aguardam uma providência.
00:36André Anelli, boa noite, bem-vindo ao Jornal Jovem Pan.
00:41Obrigado, Kobayashi, boa noite a você também e a todos aqui no Jornal Jovem Pan.
00:45Em nota publicada neste sábado, o Ministério das Relações Exteriores disse ter tomado conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais do país lá em Israel.
00:59As delegações brasileiras que foram ao país a convite do governo local são formadas por 19 autoridades de municípios de 11 estados.
01:08Os prefeitos de Belo Horizonte, Álvaro Damião e de João Pessoa, Cícero Lucena, fazem parte desse grupo.
01:16Ainda por meio de nota, o Itamaraty informou que está mantendo contato com o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia,
01:24com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação, provavelmente por terra, quando as condições de segurança em Israel permitirem um deslocamento até a fronteira.
01:36As conversas e negociações também têm sido mantidas junto ao Ministério das Relações Exteriores de Israel,
01:43para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar aqui ao Brasil assim que as condições em Israel permitirem.
01:53O prefeito de Macaé, Welbert Rezende, também integra esse grupo e acabou dizendo em vídeo que as opções para saída vêm sendo discutidas,
02:04mas uma definição ainda é incerta.
02:08Uma tela vive, e nós vimos mais uma vez aqui os mísseis passando aqui em direção à tela vive.
02:18Falar também que a gente participou agora de uma reunião com o Ministério das Relações Exteriores,
02:23para poder discutir a questão da guerra, mas não se sabe, não se tem previsão da reabertura dos aeroportos.
02:31A gente falava sobre a imprevisibilidade da nossa volta, era importante a gente entender quando os aeroportos vão ser reabertos para que possamos voltar.
02:40Não se tem essa previsão, nós estamos discutindo aqui no grupo, a grande maioria está entendendo que a melhor maneira vai ser tentar sair por via terrestre.
02:47Nós temos aqui algumas opções, uma sair pelo Egito, outra sair para Jordânia e a outra pelo mar, para o Chipre.
02:54E a partir dessas nossas saídas, que seria de forma terrestre, buscar depois um aeroporto para que pudéssemos voltar ao Brasil.
03:04Falar aqui que o governo israelense tem dado apoio aqui na medida do possível, ele não orienta e não pede que a gente faça essa saída daqui dessa maneira,
03:15espera que a gente fique aqui nesse local, mas não se sabe quando essa guerra pode acabar, não se sabe quando a gente pode voltar.
03:20Nós estamos fazendo essas tratativas, vamos entrar em contato com esses países para ver se conseguem nos receber e liberar a nossa entrada.
03:27Falar também que a gente não recebeu ainda a ligação do governo brasileiro, dando nenhum tipo de apoio ou suporte para que possam negociar a nossa entrada nesses países.
03:36Não é porque somos autoridades municipais, eu acho que todo brasileiro tem direito a ter aí o apoio do seu país para poder regressar no caso de guerra,
03:43mas não tivemos esse apoio e nós não vamos esperar também não, vamos procurar pelas nossas próprias forças, vamos entrar no carro, vamos tentar negociar,
03:50vamos tentar pedir nossa entrada para esses países aí para que possamos voltar em segurança para o Brasil.
03:57E conforme disse o prefeito de Macaé, a operação do aeroporto internacional de Tel Aviv, da capital israelense,
04:05essa operação foi temporariamente suspensa desde o agravamento das tensões com o Irã, que se transformou em um confronto armado.
04:13Até o momento, a informação é de que as autoridades brasileiras estão se protegendo em abrigos antiaéreos
04:21e a gente segue acompanhando principalmente toda essa movimentação do Itamaraty, aqui direto da capital federal.
04:28Kobayashi.
04:29Muito obrigado, André Anelli, direto de Brasília.
04:32Quero chamar o professor Manuel Furriella, professor de Direito Internacional.
04:36Professor Furriella, como você avalia a conduta do Ministério das Relações Exteriores,
04:40o que esperar do Brasil através da diplomacia em relação a esse conflito e, em específico,
04:47em relação a esses brasileiros que precisam de ajuda?
04:51Bom, como o conflito já está conflagrado, os bombardeios iranianos são com muita frequência,
04:58então o que eu acredito que o governo brasileiro deve fazer é acelerar um processo de negociação
05:04para que essas pessoas sejam retiradas de lá.
05:07Não só os cerca de 40 políticos, mas também outros brasileiros que tenham interesse.
05:12Pelo que recebemos aí de informação nas últimas horas,
05:17cerca de 150 brasileiros já exteriorizaram seu interesse em sair do país.
05:23Então, você tem turistas ou pessoas que estão lá transitoriamente, principalmente.
05:29Então, tem algumas saídas.
05:31Foi apresentada uma opção via Jordânia, é uma opção interessante por conta de ter um caminho
05:37que possa levar diretamente, pelo menos, a Europa e de lá eles virem ao Brasil.
05:43E o Egito também sempre se torna uma opção interessante, até por uma questão de proximidade territorial.
05:48Mas, de qualquer forma, há sim uma série de opções para que eles sejam retirados ali com segurança
05:56e o que a gente espera realmente do governo brasileiro é que faça uma operação nesse sentido.
06:02Inclusive, partindo de outras experiências, o Brasil já utilizou, inclusive, aeronaves da Força Aérea Brasileira
06:10para operações internacionais nas mais variadas regiões, por exemplo, no Líbano,
06:16quando houve ali uma guerra.
06:19Então, tem várias opções para que isso aconteça.
06:22Então, não há por que a gente ficar se prolongando e mantendo ainda essas pessoas lá com risco,
06:30já que a gente sabe que há grande chance dos bombardeios se escalonarem.
06:35Outra situação também que acho que é interessante aí na tua pergunta
06:39é uma postura do Brasil propriamente em relação ao conflito.
06:43Então, até agora, o Brasil tem utilizado um discurso a favor de uma pacificação,
06:50a favor do diálogo e não propriamente de condenação de algumas decisões militares,
06:56principalmente de Israel.
06:57Então, o que a gente já observou no Conselho de Segurança da ONU,
07:01só para a gente dar alguns exemplos, é de que, por exemplo,
07:03China e Rússia criticaram o ataque israelense diretamente ao território iraniano.
07:11O Brasil utilizou, pelo menos por enquanto, uma postura mais moderada.
07:15...do Manuel Furriella e do Cristiano Vilela.
07:21A gente tem aquelas imagens ao vivo de Israel.
07:23Vou pedir para o nosso diretor de TV, se possível, colocar.
07:26Aí são imagens ao vivo de Israel, início da madrugada.
07:29Neste momento, não há mísseis, mas há uma grande expectativa para esta madrugada.
07:35Há uma preocupação muito grande, porque durante a madrugada é que se intensificam os ataques.
07:40É durante a madrugada que o Irã pode mandar ainda mais mísseis, drones,
07:46como tem anunciado, como tem feito e como tem prometido,
07:49justamente por retaliação ao ataque que foi feito por Israel.
07:53As informações são de que já chega a seis o número de mortos em ataques do Irã a Israel.
07:59Três ontem, três hoje.
08:01Informações que foram prestadas aqui, ao vivo, à audiência da Jovem Pan,
08:05pelo porta-voz do Exército de Israel, o Major Rafael,
08:08trouxe essa informação.
08:10Então, seis pessoas já morreram em Israel.
08:12Ele também nos relatou há pouco, há pouco tempo,
08:15aqui no nosso jornal Jovem Pan,
08:18a respeito da potência e da qualidade e do número
08:22desses mísseis que vêm do Irã.
08:24Não se compara àqueles mísseis e àqueles ataques
08:27que eram feitos pelo Hamas, pelo grupo terrorista Hamas.
08:31Os ataques do Irã são mais robustos,
08:34são de armas mais potentes,
08:36há um maior poderio bélico e há uma grande expectativa
08:40desta madrugada que acontece agora em Israel.
08:43Aqui no Brasil são oito horas e seis minutos da noite,
08:47vinte horas e seis minutos.
08:48Em Israel são duas horas da manhã.
08:50Portanto, a qualquer momento pode haver novos ataques em Israel.
08:55E é claro que há um grande sistema de defesa,
08:58o mais tecnológico e o mais robusto do mundo,
09:01o sistema de defesa israelense,
09:03o domo de ferro que intercepta os mísseis que chegam de fora.
09:07Mas, aparentemente, o Irã usa da mesma estratégia
09:10que foi adotada lá no outubro de 23 pelo Hamas,
09:14que é de sobrecarregar o sistema,
09:17mandar muitos mísseis, muitos drones,
09:20de uma só vez para sobrecarregar.
09:22Isso estressa o sistema de defesa israelense
09:26e, com isso, passa algum míssel ou outro.
09:30Prova disso, esses seis mortos
09:32que foram vítimas de ataques iranianos ao Estado de Israel.
09:37E a promessa expectativa de um aumento desses ataques
09:39se dá justamente por retaliação ao ataque que foi feito de Israel
09:43a lideranças militares do Irã,
09:46inclusive o assessor direto do líder supremo iraniano,
09:50Ali Khamenei.
09:52E há essa grande preocupação.
09:54Portanto, essas imagens ao vivo de Israel, madrugada,
09:57onde há uma grande expectativa, infelizmente,
09:59de ataques iranianos.

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