- 15/06/2025
Em entrevista a José Maria Trindade no JP Ponto Final, o deputado federal Zé Silva (Solidariedade) comentou os desafios e oportunidades do agronegócio e da mineração no Brasil. Ele também abordou a importância de modernizar a legislação ambiental para garantir segurança jurídica e desenvolvimento sustentável no setor.
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NotíciasTranscrição
00:00Salve, seja bem-vindo, é bom estar aqui no Ponto Final.
00:09Nós vamos falar de coisas importantes aqui e tudo da política, as entranhas da política.
00:15A política faz a sua vida, a escola do seu filho, o seu futuro, a casa que você mora,
00:19daí a importância de acompanhar.
00:22Nós estamos nos estúdios da Jovem Pan, aqui no Planalto Central do país, Brasília.
00:27E hoje, aqui no Ponto Final, o deputado Zé Silva.
00:30Deputado, obrigado por estar aqui nos estúdios da Jovem Pan.
00:34Zé, eu agradeço essa oportunidade, especialmente nesse momento tão estratégico da política brasileira,
00:39poder falar de temas também importantes, que eu tenho afirmado desde que estou na política,
00:44que a política é boa, depende de quem faz. Por isso é importante separar o joio do trigo.
00:48Isso, é o encontro do Zé. O senhor gosta desse nome, Zé?
00:52É demais. É demais da conta, como diz lá em Minas Gerais.
00:56Até porque Zé Silva, então é um bem brasileiro.
01:01Eu fui registrado aos 11 anos de idade e o meu nome era José Carlos Soares.
01:05Aí o cartório me registrou errado e eu fui descobrir um tempo depois,
01:08porque eu já fui para a escola mais velha e virou uma marca.
01:10Zé Silva, da Ematéia, Zé Silva de Minas.
01:13Pois é. Olha, alguns assuntos parecem alguma coisa diferente e tal,
01:18mas não é, é coisa séria.
01:21Em Minas Gerais, é como na França, tratamos o queijo com a seriedade que você nem desconfia.
01:28E o senhor, deputado, conseguiu uma grande vitória, né,
01:31porque é registrar e catalogar o queijo, principalmente mineiro, o queijo artesanal brasileiro, né?
01:39Isso muda a configuração do queijo no mercado, inclusive internacional.
01:44Olha, Zé, o queijo de Minas, a sua história, sendo que cada queijo tem uma história,
01:50confunde com a história de Minas Gerais.
01:52Eu que vivi a juventude no campo, na roça, fiz agronomia.
01:56Sou extensionista, né?
01:57Sou extensionista da Ematéia há mais de três décadas.
02:00Somos jovens, né, somos filhos da democracia, da década direta já.
02:03E o queijo de Minas, ele, como de outros municípios do Brasil,
02:09ele era produzido num município, quando ele atravessava a divisa pro outro,
02:13ele já matava as pessoas, não podia ser vendido.
02:15Isso desde 1952.
02:18E aí, eu fui presidente da Ematéia, fiz uma cooperação com a França.
02:21Eu me lembro desse debate, exatamente, parece que teve uma exposição, né,
02:25no Rio de Janeiro, e o queijo foi barrado lá.
02:28Ah, não foi exposição, Zé, foi o Rock in Rio.
02:30Ah, foi o Rock in Rio.
02:31Chegou o queijo lá, né, e teve casos em Santa Catarina, onde prenderam...
02:35O queijo foi barrado.
02:36Não, o queijo barrado prendeu quem produziu o queijo.
02:39Aí, Goiás, teve, inclusive, um produtor de queijo,
02:42quando chegou a fiscalização, ele o suicidou na cisterna.
02:45E eu que nasci na roça, a parede da casa onde eu fui criado,
02:49meu pai era retirado, era também a cerca do curral.
02:52Tive a oportunidade que não dizia, meu bisavô, de ir pros estrangeiros,
02:55ver como que a França trata a questão do queijo, do vinho, os produtos artesanais.
02:59E aí, na EMATER, eu fiz essa cooperação com a França, começamos em 2002,
03:04fazendo o primeiro decreto, foi ainda o ex-governador Itamar Franco.
03:08Nesse programa, nós dividimos as regiões, lá na França, chamado Modernamente Terroir.
03:14E quando eu vim para a Câmara dos Deputados, inclusive, fiz um pronunciamento,
03:19levei um pacote de documento, que eles falavam que não tinha pesquisa,
03:22falei que eu nunca vi um mineiro morrer de queijite aguda, média e nem crônica.
03:26Porque, claro que tem cuidado da segurança, sanitário...
03:30Eu estranhei que algumas comidas, por exemplo, na Bahia, o vatapá não tem queijo, por exemplo,
03:35eu acho que tem queijinho ali...
03:36Está perdendo, Zé. Está perdendo um queijo enralado ali, faz tudo de bom, né?
03:39É, o bacarajé não faz de queijo.
03:41Aí, Zé, teve um encontro nacional dos produtores de queijos,
03:45eu recebi um documento, fiz o projeto de lei, chamei meu amigo,
03:48inclusive, é aniversariante nesses dias, né, o seu Moreira,
03:51assinou comigo o projeto, o projeto é da nossa autoria,
03:54que libertou os queijos artesanais.
03:55Mas o que ele faz, principalmente, Zé,
03:57antes, só a inspeção do fiscal do Ministério da Agricultura,
04:02que, aliás, você conhece também, é da área de ciências agrárias,
04:05fez técnico na agrícola,
04:06só servia ele, sendo que o veterinário do município
04:11também formou na mesma escola com ele.
04:13Então, a lei do queijo artesanal, ela libertou,
04:18porque hoje é a lei mais municipalista.
04:19Hoje, com a inspeção do veterinário do município,
04:23chama-se Serviço de Inspeção Municipal,
04:24ou do consórcio, o queijo pode ser vendido para o Brasil inteiro,
04:28até exportado, até porque em setembro eu estarei lá na França,
04:31mais uma vez, já são, ela acontece a cada dois anos,
04:34a Copa do Mundo dos Queijos Artesanais,
04:36estarei lá como jurado, inclusive, da final desse concurso.
04:38E os queijos brasileiros estão em uma recepção boa lá, na França.
04:41Há dois anos atrás, nós ganhamos, falando de Minas, por enquanto,
04:46mas tem outros estados também,
04:4780 medalhas de ouro, 79 medalhas de prata e 76 de bronze.
04:51Ou seja, nós não perdemos para queijo de lugar nenhum do mundo.
04:55Eles estão preocupados, até porque as grandes corporações
04:57não querem que o queijo feito lá artesanalmente tenha esse impacto.
05:03E o queijo, ele se adapta a cada região, né?
05:06Cada região produz um tipo de queijo específico.
05:09Zé, nós temos o queijo lá do Ceridó, no Rio Grande do Norte,
05:12temos o queijo quadro de todo o estado do Nordeste,
05:15o queijo serrano, do Amiga Alceu, lá no Rio Grande do Sul,
05:17e em Minas, que eu vou falar aqui, né?
05:19Até em Rondônia, tem muitos mineiros que migraram para lá,
05:22estão fazendo queijo de excelente qualidade.
05:23Todos os estados têm queijos bons.
05:25Na ilha do Marajó, leite de búfala,
05:28queijo excelente, queijo e o Prêmio, inclusive, na França também.
05:31E em Minas, nós já estamos com 10 regiões, tem lá Cerrado, Canassa, Vertente, Araxá, Serra do Salito.
05:38Cada região, de acordo com o pasto, a raça do gado, a altitude, o tipo de capim,
05:45é um tipo de queijo.
05:47E o sabor, né?
05:48E o sabor.
05:48E aí recebe o selo lá.
05:50Selo queijo artesanal, o único produto do Brasil que tem uma lei específica.
05:53E para você ter uma ideia, é um queijo que recebeu o primeiro selo do município de Aurooca,
05:57ele era vendido em torno de 40, 45 reais.
05:59Hoje, ele custa, no aeroporto chique internacional de Belo Horizonte, 198 reais.
06:04Para você ter uma ideia da mudança.
06:06O senhor fez uma degustação em pleno Congresso Nacional, né?
06:09Levou o queijo lá.
06:10Nós comemoramos os seis anos da lei.
06:15E olha, essa lei foi muito polêmica.
06:17Porque eu não sei...
06:18Lá a gente fala, o Zé sabe disso, jabuti como sobra em árvore,
06:22enchente é um monte de gente.
06:23É enchente é um monte de gente.
06:24E aí, você tem uma lei do queijo, teve que ir no Ministério da Justiça,
06:28teve que ir no Ministério da Saúde e não vise em plena pandemia.
06:31Então, foi preciso o Alceu, que é um galchão que fala meio alto também,
06:35bater o pé na porta desses ministros e dizer, não, o queijo é atribuição do Ministério da Agricultura.
06:41Está regulamentado.
06:42Inclusive, essa semana eu estive lá em Conquista, em Minas Gerais, né?
06:46Fazendo a entrega de alguns selos lá de produtor que libertou os seus queijos.
06:49Quem só podia vender...
06:50Porque na região minha lá tem um queijo cabacinha, né?
06:52Que é um tipo uma mussarela totalmente diferente.
06:55Olha, o queijo cabacinha, nosso amigo,
06:57quando aterrando lá, Paulinho Pedra Azul, né?
06:58Da cidade de Pedra Azul, estive lá em 2009.
07:00Que é perto de Medina.
07:01Aliás, eu acho que se Paulinho de Pedra Azul chamasse Paulinho de Medina,
07:05o sucesso dele seria bem maior.
07:07Eu não vou entrar, né?
07:08Eu brinco com ele.
07:08Eu vou me ter voto nos dois municípios.
07:11Eu brinco com ele.
07:12Mas eu estive em 2009, na fazenda do Paulinho,
07:15e ele se emocionou, é um grande cantor.
07:16Paulinho de Pedra Azul, um grande cantor.
07:18Sim, ele falou ali do formato do queijo cabacinha,
07:23que ele levou a teta da mãe, né?
07:26Que alimenta os seus filhos, porque alimenta as famílias.
07:29Ali são oito municípios.
07:31Nós caracterizamos, começamos em 2009, 2014,
07:33eu fui secretário da Agricultura.
07:35Reconhecemos a caracterização e o governador Zema
07:37teve dia 15 de abril, 15 de maio, aliás,
07:43lá reconhecendo o queijo cabacinha hoje.
07:45Ele também está sendo libertado, porque ele é reconhecido
07:48como o requeijão morena ali do Mucurite,
07:50a Flotone, daquela região, Malacaxeta,
07:52que também foi reconhecido.
07:54Então, os queijos brasileiros hoje foram libertados
07:56numa lei municipalista, que antes só o Ministério da Agricultura
07:58que fazia essa inspeção.
08:00Agora é regional, né?
08:01Agora é municipal e regional.
08:03É.
08:03E outra grande característica de Minas Gerais
08:06é a mineração.
08:07Aliás, é um estado que leva o nome da mineração, Minas Gerais.
08:13E, deputado, antes de entrar na sua atividade aqui
08:17de seguir a mineração, do seu trabalho de regulamentar a mineração,
08:22eu queria dizer o seguinte, uma curiosidade.
08:25Eu fiquei sabendo, o Zema me falou,
08:27que pela primeira vez Minas Gerais exporta mais agro do que aço.
08:34Olha, aço não, mais do que mineração.
08:36Mineração total.
08:37Total.
08:38Então, é a primeira vez na história de Minas e do Brasil
08:43que o PIB do agro superou a mineração.
08:47Isso em Minas, né?
08:47Isso em Minas, contando de Minas Gerais.
08:49Até como você disse, eles falam que Minas, de maneira romântica,
08:54é um coração de ouro envolto por um peito de aço,
08:57pelo ouro das minas e o minério de ferro.
09:01E o agro hoje é a pauta principal
09:04de geração de riquezas em Minas Gerais.
09:07Isso não diminui a mineração,
09:10mas mostra a musculatura que o agro em Minas Gerais alcançou.
09:17Eu, deputado, costumo dizer o seguinte,
09:19que a relação abusiva que é a exploração mineral
09:22está caracterizada.
09:24Quando se vai a Minas Gerais, ali na Serra do Curral,
09:28se sobrevoar, tem a impressão de estar indo assim num solo lunar,
09:32algo assim longe de tão terrível que é.
09:37Destrói montanhas.
09:38Mas é possível fazer uma mineração
09:40e que não arrebente tanto o meio ambiente?
09:43José, a sua constatação é hoje o que vem na retina,
09:48nos olhos de cada um e na nossa memória,
09:50depois do crime e a tragédia de Mariana
09:53e do crime e a tragédia de Brumadinho,
09:55que matou quase 400 pessoas.
09:57E vida não tem preço.
09:59Todos sabem da minha trajetória com o agro
10:01e eu fui obrigado, pela história,
10:05a presidir a comissão de Brumadinho.
10:07Sim.
10:07A CPI, né?
10:09Na comissão, de quatro anos,
10:11foi uma comissão externa, né?
10:12Comissão externa.
10:13E aí, Zé, eu pude visitar mineração,
10:17eu fui primeiro na África do Sul e depois na Itália,
10:19eu era os dois maiores acidentes de mineração do mundo.
10:21Depois o Brasil virou campeão,
10:23porque a maior tragédia foi a de Brumadinho.
10:25E eu pude perceber, por exemplo, do Canadá.
10:27No Canadá tem mineração em terras indígenas.
10:30Lá, se você pega a rede de cidades felizes,
10:33as cidades mais felizes são as do Canadá onde tem mineração.
10:36Aí teve uma brasileira,
10:38publicou a sua tese de doutorado,
10:41mineração dádiva ou maldição.
10:43E eu fui em busca da dádiva.
10:45Tem um livro, né?
10:45A Maldição do Petróleo...
10:47É, mas esse livro é especialmente da mineração.
10:50E comparou os municípios, especialmente de Minas e do Canadá,
10:53mostrando essa diferença.
10:54Então foi pouco.
10:55A ciência,
10:56ela resolveu todas as crises que a humanidade viveu.
11:00Por exemplo, as pandemias.
11:01E a ciência precisa resolver.
11:03Eu sou um cientista da Rosa,
11:04como você é um cientista da Rosa
11:06e vira um cientista da comunicação,
11:08eu fui em busca dessa resposta.
11:11Por isso que eu liderei e hoje estou presidindo a Frente Parlamentar da Mineração Sustentável.
11:16Porque para tirar esses que fazem essa mineração,
11:20que mata as pessoas e degrada o meio ambiente,
11:23tem que sair fora.
11:24Vamos recordar um pouco ali, Brumadinho, né?
11:27A ideia que passa é que era uma tragédia anunciada,
11:31nem tragédia, um crime, né?
11:32Anunciado.
11:33Aquela barragem estava mesmo colapsando.
11:36Sim, não tem nenhuma dúvida
11:38de que Brumadinho é um crime
11:40e é possível hoje, com tecnologia,
11:45que nessa comissão externa nós apresentamos
11:47mais de 15 projetos
11:49para ter uma legislação
11:50que seja ao mesmo tempo dura,
11:52áustria,
11:53porque ninguém foi punido até hoje.
11:56Porque segundo o judiciário,
11:58não tem uma lei
11:59que dê a tipificação dos crimes.
12:01Então, por exemplo,
12:02um dos projetos de lei já foi no Senado.
12:03Não há crime sem lei, né?
12:04Então, hoje está no Senado
12:05o crime de ecocídio.
12:07O que é o crime de ecocídio?
12:09Quem fez as tragédias
12:10de Brumadinho e de Mariana acontecer,
12:12e outras que também já aconteceram,
12:14tem que ter tipificação
12:15para serem punidos.
12:16Então, a sua pergunta,
12:19é possível sim fazer mineração sustentável
12:21baseada na ciência,
12:24as universidades,
12:25os centros de pesquisa,
12:26não só do Brasil,
12:27mas do mundo,
12:27e nas boas práticas.
12:29O setor que era muito retraído
12:31viu-se obrigado
12:32a tirar a bolha
12:34que eles ficavam dentro
12:36e hoje o próprio setor
12:37da mineração
12:38estão dispostos a fazer isso.
12:40Investir em pesquisa.
12:42Por exemplo, no Pará
12:43eu conheci boas práticas
12:44de mineração, assim,
12:45mais de 10 mil hectares
12:46onde já foi minerado
12:47e hoje está uma floresta
12:48que, se não falar para a gente
12:50que teve mineração,
12:51você não acredita
12:55que teve mineração.
12:57Aliás, a lei exige
12:58a recuperação depois, né?
13:00E aí, Zé,
13:00toda atividade econômica
13:02ela impacta o meio ambiente.
13:03Agora, esse impacto
13:04tem que ser calculado
13:06e medido pela ciência.
13:09O agro e a mineração
13:10enfrentam parâmetros
13:11muito parecidos.
13:12Monocultura, ela é danosa,
13:13não tem como,
13:14ela é danosa.
13:15Mas é necessário.
13:16E é de separar o joio do trigo.
13:17Exatamente.
13:181,5%, 1,8%
13:21desmata ilegalmente,
13:2398% do desmate ilegal no Brasil.
13:25Então, esse 1,8%
13:27é a polícia
13:28que tem que cuidar.
13:29Essa exploração...
13:30Da mesma forma, a mineração.
13:31Essa exploração do petróleo
13:33na margem equatorial, né?
13:35Que virou a grande polêmica.
13:37É uma jazida de petróleo
13:39lá no Amapá,
13:41bem na fronteira do Brasil.
13:44O senhor acha que deve
13:46explorar o petróleo lá?
13:47Uma área sensível.
13:48Olha...
13:49Mas há estudos que mostram
13:51que é possível fazer
13:52a exploração do petróleo
13:53sem risco.
13:53A resposta, Zé.
13:53Ou com risco mínimo.
13:55A resposta, quem tem que dar,
13:57não é uma opinião política.
14:00mas é uma resposta científica.
14:03E aí,
14:03essa polêmica,
14:06fica o IBAMA,
14:07fica a Universidade,
14:08o Ministério do Meio Ambiente, né?
14:10E a minha opinião,
14:12eu tomaria decisão
14:13baseada no estudo técnico.
14:15E aí, tem que ter
14:16uma análise econômica.
14:17Bom, esse impacto ambientalmente,
14:20ele é amparado
14:22por uma nota técnica
14:23de cientistas?
14:24Se for, ok.
14:25Aí, economicamente,
14:26ela é viável?
14:28Eu acho que o Brasil
14:29ainda não está fazendo isso.
14:31É fazer esse balanço, né?
14:32Esse balanço da ciência,
14:34da viabilidade
14:35em relação
14:35ao impacto ambiental
14:37com o retorno econômico
14:40para a população.
14:41Por isso,
14:41eu tenho um projeto de lei
14:42mudando
14:43a CEFEM,
14:44que é o ROID,
14:45que os municípios recebem
14:46pela mineração,
14:47que eles não sejam
14:48utilizados para fazer
14:50os churrascos
14:51que vão para os guiners,
14:52o show que vão para os guiners,
14:53que são importantes
14:54fazer isso também.
14:54Mas é primeiro
14:55para se investir em saúde,
14:57rodovia,
14:57infraestrutura,
14:58educação de qualidade,
14:59que o Canadá
15:00é um case
15:01de boa prática
15:02que eu pego
15:03como um parâmetro
15:04para a frente parlamentar
15:05e defender a mineração
15:06sustentável cientificamente
15:08e também com resultado
15:09para a população.
15:09A nossa pauta
15:10de exportação nacional,
15:11ela se baseia,
15:13aliás,
15:13a saúde financeira do Brasil,
15:15saúde externa,
15:16se baseia no agro
15:17e principalmente
15:19no minério,
15:21minério,
15:21gases e petróleo.
15:23somando isso aí,
15:24essa pauta.
15:26No caso de Minas Gerais,
15:27onde o agro
15:28ultrapassou
15:29a exportação de minérios,
15:31o minério que reduziu
15:32foi o agro que cresceu?
15:34O agro que cresceu
15:35e quando você fala
15:38desses dois pilares,
15:40da nossa balança comercial
15:42brasileira,
15:43que é a mineração
15:44e o nosso agro,
15:47aí nós temos que
15:49nos remetermos
15:49às mudanças climáticas
15:51e à fome no mundo.
15:51Nós somos gigantes
15:53do agro
15:53e temos milhões
15:54de pessoas ainda
15:55abaixo da linha de pobreza.
15:57O presidente da República
15:58vai no G20,
15:59nesses fóruns internacionais
16:00e fala
16:01de um pacto mundial
16:02para combate à fome.
16:04Só que se não tiver
16:05mineração sustentável
16:06para ter fertilizante,
16:07ter adubos
16:08e não ter fertilizante,
16:09minerais críticos,
16:11estratégicos,
16:11terras raras,
16:12para ter os painéis solares,
16:14não tem energia limpa,
16:15não terá
16:16recurso
16:17para combater a fome.
16:18Então,
16:19é preciso ter
16:20essa decisão
16:23estratégica,
16:24nós do Parlamento
16:25de aprovar leis,
16:26como eu estou defendendo
16:26antes da Conferência Mundial
16:28do Clima,
16:29um projeto da minha autoria
16:30com a Política Nacional
16:30de Minerais Críticos
16:31estratégicos,
16:32senão não vai ter carro elétrico.
16:33E o carro elétrico brasileiro,
16:34ele sim,
16:35esse é energia limpa.
16:36Você pega
16:37da União Europeia,
16:38eles usam
16:39as usinas
16:39que envolvidas a carvão,
16:41eu falo que
16:42o carbono
16:44e a energia deles
16:44é cinza,
16:45a nossa não,
16:46a nossa é verde,
16:46porque ou vem
16:47das hidrelétricas
16:48ou vem da energia solar.
16:49É interessante,
16:50deputado,
16:51que eu tive acesso
16:51a um estudo
16:53muito bem analisado
16:55ali sobre a energia
16:56nuclear,
16:58a produção
16:58de energia
16:59através
17:00de material nuclear,
17:04de atômico.
17:06E a tendência
17:07é aumentar,
17:08principalmente,
17:09entre pequenas
17:10e médias
17:11geradoras,
17:12que aí não seria
17:13tão perigosa
17:14como uma grande
17:15geradora
17:16e hoje
17:17o sistema
17:17está muito
17:18mais seguro.
17:19Então,
17:20assim,
17:20é uma nova possibilidade
17:21de geração de energia.
17:22Olha,
17:23Zé,
17:23o que o mundo
17:24teve...
17:24É uma energia limpa.
17:25O que o mundo
17:26teve que fazer
17:27um pacto
17:28sem assinar
17:28é um pacto
17:31para redução
17:32das emissões
17:34de gás
17:34de efeito estufa,
17:35porque antes,
17:37quando você estava
17:37lá na universidade,
17:38eu também,
17:39falava que
17:40haveria guerra
17:41pela água,
17:43haveriam
17:44mudanças climáticas,
17:46e eu pensava
17:46que isso ia no futuro
17:47e a gente não ia ver.
17:48Hoje, não.
17:49As grandes enchentes,
17:50o poeta, né,
17:51que sai Guarabira,
17:52o sertão vai virar mar,
17:53o mar virar sertão,
17:54já virou.
17:55O nosso Vale do Jequitinhonha,
17:56há quatro anos atrás,
17:57as enchentes...
17:57Agora, isso é uma previsão
17:58do Antônio Conselheiro
17:59que falava.
18:00Antônio,
18:00ele é Antônio Conselheiro,
18:01mas quem cantou isso
18:03de sai Guarabira...
18:03Foi o sai Guarabira.
18:04O sul do Brasil,
18:05que chovia muito,
18:07virou seca,
18:08tanto é que tem quase
18:09escândalo do seguro rural lá.
18:11Então, hoje,
18:12as mudanças climáticas
18:13estão na casa
18:14de todo mundo.
18:15As ondas de temperatura,
18:16os ventos
18:17que não aconteciam no Brasil.
18:18Então, por isso,
18:19foi preciso fazer
18:20esse pacto
18:22entre todos
18:23os países do mundo
18:24e não tem como
18:25esse pacto dar certo
18:27se não houver,
18:28com certeza,
18:30a mineração sustentável
18:31e o água.
18:32E é interessante,
18:32deputado,
18:33que o senhor fala
18:34de ecologia,
18:35fala de respeito
18:36à natureza,
18:37preocupação
18:38com segurança
18:39e natureza
18:40e fala de produção.
18:41Quer dizer,
18:42é o que eu acho
18:43óbvio demais,
18:44quer dizer,
18:45não pode deixar
18:46de explorar
18:47os nossos minérios,
18:49o nosso petróleo,
18:50de produção agrícola,
18:52porque é possível
18:53fazer uma produção
18:54respeitando muito
18:57o meio ambiente.
18:58Zé,
18:59a natureza,
18:59ela é tão generosa...
19:00A frase é da Marina,
19:01o senhor deve adorar a Marina,
19:02né, mas...
19:03É.
19:04Como é que é,
19:05não é preciso...
19:06É não fazer,
19:07mas como fazer?
19:08Eu até me incluo
19:10no rol de cientistas
19:11sustentáveis, né?
19:13O que é o cientista sustentável?
19:14É o caminho, né?
19:15É o que você disse, né?
19:16Nós sabemos,
19:17olha, não tem nenhuma
19:17atividade do mundo
19:18que é feita
19:21sem impactar
19:21o meio ambiente.
19:23Agora,
19:23é preciso acreditar
19:25na ciência.
19:25Esse impacto
19:26tem que ser medido,
19:27tem que ser calculado
19:28e quais os riscos
19:29que ele causa
19:30para a humanidade.
19:31Então, por isso,
19:32você disse aí,
19:32eu falei de energia,
19:33usinas atômicas,
19:36eu chamei
19:37para a responsabilidade
19:38do mundo,
19:38que é melhor
19:39que usar.
19:40Por que que as grandes...
19:42Melhor que usar carvão,
19:42por exemplo, mineral.
19:44Você fala Rússia,
19:45Índia,
19:46União Europeia,
19:48que quando eu chego
19:48lá na União Europeia
19:49nos debates
19:50que eu tive lá
19:50o ano passado,
19:51você fala do
19:52carbono cinzento,
19:54o nosso é o carbono verde,
19:55e eles arrepiam.
19:56Por quê?
19:57Porque eles não têm
19:57condição de competir
19:58com o Brasil.
19:59Eles fazem lei lá
20:00que eles...
20:02Para nós cumprir,
20:02não, aqui no Brasil
20:03nós fazemos as leis nossas.
20:05Agora, se eles querem colocar...
20:07E tem uma lei apertada.
20:08O Brasil talvez seja
20:09uma das mais rigorosas
20:10do mundo.
20:11Não, talvez não.
20:12A legislação ambiental
20:13mais rigorosa do mundo
20:14é a nossa.
20:15Nós temos uma Constituição
20:16federal,
20:18que é o Código Florestal.
20:19Qual o país do mundo
20:20que tem 20%...
20:21Um código concentrado
20:22assim não tem.
20:23Qual o país do mundo
20:23que tem 20%
20:24no mínimo
20:25das propriedades privadas,
20:27das propriedades rurais,
20:30que o empreendedor,
20:31que é o proprietário rural,
20:32ele mantém
20:33para cuidar
20:34do equilíbrio
20:36ambiental do mundo,
20:37chegar a 80%
20:38do bioma amazônico.
20:39Então, não tem lugar
20:40nenhum do mundo
20:40que tenha legislação
20:41mais rígida
20:43do que a nossa.
20:43Então, o que eles façam
20:44para eles cumprirem
20:45as normas,
20:45nós fazemos aqui.
20:47E nas relações comerciais,
20:48claro,
20:49nós sabemos
20:49que nós temos
20:50que fazer
20:50o nosso dever de casa.
20:51O deputado Zé Silva,
20:54ele é uma locomotiva
20:55do Congresso,
20:57cuida de vários assuntos
20:58e ele assumiu
20:59a comissão permanente
21:01da Câmara dos Deputados
21:02de cuidar dos idosos.
21:05O Brasil não tinha
21:06cultura,
21:07não tem ainda
21:08uma cultura,
21:09deputado,
21:09de cuidar dos idosos.
21:11E nós estamos
21:13nos encaminhando
21:14para ser uma pátria
21:15de idosos.
21:16fechou aquela janela
21:18de que a maioria
21:20era jovem.
21:21Esses jovens
21:21já estão idosos,
21:23inclusive eu
21:24e o senhor.
21:25E como fazer
21:27essa adaptação?
21:28O que vai mudar?
21:29Zé,
21:30ser idoso
21:31e o Brasil
21:32aumentar a sua população
21:33idosa,
21:33um país,
21:34é uma dádiva.
21:36Significa que as pessoas
21:37estão vivendo mais.
21:38Só que o Brasil
21:39não se preparou.
21:41E preparar
21:42um país
21:43é começar cuidando
21:44desde a juventude
21:45que essa juventude
21:46saiba cuidar
21:48dos idosos.
21:50E quando eu assumi
21:51a comissão
21:51em defesa
21:52da pessoa idosa,
21:53ela tem um pilar
21:55lá em 2017.
21:57Foi quando
21:58eu apresentei
21:58um projeto de lei
21:59porque,
22:01como diz o Tancredo,
22:02eu tive votos
22:03nas quatro eleições
22:03de mais de 90%
22:04dos municípios de Minas,
22:06em menos tem
22:06853 municípios,
22:08e especialmente
22:08da agricultura familiar,
22:10as associações rurais,
22:11os sindicatos ali,
22:12rurais,
22:13sindicatos de trabalhadores.
22:14E lá
22:14eu já tinha denúncias
22:16de fraudes
22:16dos benefícios
22:18dos aposentados
22:19e pensionistas.
22:20Então,
22:20em 2017,
22:21eu apresentei um projeto
22:22para que todo ano
22:23fosse renovada
22:25a autorização
22:26para que essas entidades
22:28pudessem,
22:29dos,
22:30como diz,
22:30eu cheguei
22:30a alguns sindicatos,
22:32como é que é
22:32o sindicato aqui?
22:33Não,
22:34que os veinhos
22:34que mantém,
22:35ou seja,
22:37uma fala até pejorativa
22:39e que lá naquela época
22:40eu já tive denúncias
22:41que era desconto ilegal.
22:44E desconto ilegal
22:44é roubo.
22:45E quando eu assumi
22:46a presidência
22:47dessa comissão,
22:48dia 2 de abril,
22:50deu bem que não foi
22:50do dia 1º,
22:51dia 2 de abril,
22:52já aprovamos,
22:53eu e o deputado Áureo,
22:54que é do meu partido,
22:55do líder do Soledadar,
22:56nós aprovamos um requerimento
22:58já para que o ministro
22:59que já caiu,
23:00fosse lá explicar
23:01dois assuntos.
23:03As filas,
23:04que são imensas,
23:05a pessoa adquire o direito,
23:08entra com o pedido
23:09de aposentadoria,
23:10especialmente a aposentadoria
23:11especial que é rural,
23:13e não consegue,
23:14tem que recorrer
23:14na justiça,
23:15e as fraudes.
23:17As fraudes
23:18são em dois caminhos,
23:19as fraudes para as entidades
23:20e as fraudes também
23:22nos financiamentos,
23:25nos empréstimos consignados.
23:28E no dia antes
23:29daquela operação,
23:30ou seja,
23:30dia 2 de abril,
23:31nós já tínhamos lá
23:32feito um requerimento
23:34para a presença do ministro.
23:35E no dia antes
23:36daquela operação
23:37que aconteceu no INSS,
23:38eu estive com o ex-presidente
23:39do INSS,
23:40levando exatamente
23:41essa pauta,
23:42dizendo para ele
23:42que eu precisava
23:43que ele fosse explicar
23:44quais as medidas
23:46que eles tomaram
23:46e por que aconteceu
23:48essa quantidade de fraudes.
23:49E ele, inclusive,
23:50me apresentou,
23:51até no dia me convenceu
23:52até bem,
23:52ele me apresentou
23:53um profissional de carreira,
23:5427 anos de carreira de Estado,
23:56me dizendo,
23:57ó deputado,
23:58isso aqui começou em 2005,
23:592017,
24:002019,
24:01foi o primeiro escândalo,
24:03quando passou
24:04de 41 milhões
24:05para 173 milhões,
24:07mas agora para 2023
24:08passou de 173
24:09para 526 milhões.
24:11E aqui era assim,
24:12é como se fosse um lago
24:13onde muitas pessoas
24:14estavam ali,
24:15todo mundo
24:15ia caindo ali,
24:17as pessoas aposentando,
24:18e essas pessoas do INSS
24:19ia passando
24:20para essas entidades,
24:21que virou uma fábrica
24:21de entidades,
24:22só o nome
24:23do aposentado
24:24e o número
24:25do benefício.
24:26Eu registrava lá
24:27e pronto.
24:28Pronto,
24:28aí eu perguntei,
24:28mas e a autorização?
24:29Não,
24:30autorização,
24:30deputado,
24:31é a atribuição
24:32da entidade provável.
24:33Pois é,
24:34deputado,
24:34a impressão que se tem
24:35é que existe
24:36um político envolvido,
24:37um ou mais,
24:38né?
24:39A ideia é que seja
24:39um senador
24:40e eu acho que
24:41quatro ou cinco
24:42diretamente deputados.
24:43Não se faz um roubo
24:45assim sem
24:46um lastro político.
24:47Por aqui,
24:48meu amigo,
24:48para roubar aqui
24:49é preciso ter um lastro,
24:51uma força política,
24:52quer dizer,
24:52está muito claro
24:54que houve participação
24:55do Ministério.
24:56Olha,
24:57Zé,
24:59o que ficou claro
25:00que ali há,
25:02e quem tem que fazer
25:03essa investigação
25:04e dizer para nós
25:05quem separar o juro,
25:06quem é quem lá dentro,
25:08que há participação
25:09dentro do INSS,
25:12uma fábrica
25:13que fazia
25:14essa ligação
25:15entre o Ministério
25:16e fora do Ministério
25:17e uma conivência
25:19que veio passando
25:19de governo
25:21para governo.
25:21em 2019
25:23quando houve
25:23a primeira recomendação
25:24de descredenciamento
25:25de entidades,
25:26o INSS não fez nada.
25:28Chegou em 2023
25:29quando o presidente
25:30mesmo relatou,
25:31e eu estou com os dois
25:31relatórios da CGU,
25:33chegou em 2023
25:34da mesma forma
25:35só em 2024
25:36em setembro
25:37que foi sair
25:37as primeiras duas resoluções
25:39e mudar o sistema
25:41de autorização
25:43para ser
25:43por reconhecimento facial
25:45e ter por escrito
25:47e ter a entidade
25:48comprovar isso.
25:49Você tem uma ideia, Zé?
25:50na segunda fiscalização
25:52e chama de fiscalização
25:53mas investigação
25:55que a CGU fez
25:56que é a Controladoria Geral
25:57da União
25:58em Minas, por exemplo
25:59100% dos aposentados
26:02que foram ouvidos
26:03100% não tinha autorizado
26:05100%
26:06e a média do Brasil
26:0797%.
26:08E casos, assim,
26:09eu conversei com pessoas
26:10que não sabiam
26:11e estavam sendo descontados
26:12por duas empresas, né?
26:14É um processo formiguinha
26:16que falou
26:16ah, é 50 reais, 40 reais
26:19deixa isso pra lá
26:21e a soma total
26:23é que dá 6 mil.
26:24E um medo,
26:25até hoje tem esse medo
26:26então, ó, você que é aposentado
26:27não precisa medo.
26:29Qual que é o medo, Zé?
26:30Eu vou reclamar
26:31e aquele é o único
26:32eu vou falar no dinheirinho
26:33um dinheirinho que ele tem
26:34pra sobreviver
26:35às vezes com a família
26:36que mantém os medicamentos
26:37nem dá pra manter
26:38não, e se eu reclamar
26:39e suspender meu benefício?
26:41É.
26:41Até hoje
26:42eu fiz um pé na estrada
26:43que eu chamo aí
26:44fiz no sul de Minas
26:45estive no Vala do Jequitinhonho
26:47vou retornar pro Vala do Jequitinhonho
26:48e todos que eu ouvi
26:50o medo de ir lá
26:52denunciar
26:53declarar que ele tava sendo roubado
26:55e falar
26:56não, e se suspender meu benefício?
26:58É o único dinheiro que eu tenho.
26:59Deputado, o senhor
27:00também lida com
27:02exportação de água
27:03e principalmente
27:04o senhor
27:05teve um processo ali
27:07muito próximo
27:07de exportação
27:08do café
27:09o café brasileiro
27:10está enfrentando problemas, né?
27:11Zé, o café
27:12não é só o café não
27:13o leite também
27:14mas
27:14focando no café
27:16eu
27:17quando fui presidente
27:18da EMATE
27:18criei em 2006
27:19o maior programa
27:21público de certificação
27:22são mais de propriedade
27:23certificadas hoje
27:24que garante esse mercado
27:26nós estamos enfrentando
27:27um risco muito grande
27:29o Brasil é o maior produtor ainda
27:31o Brasil é o maior produtor
27:32de café do mundo
27:33segundo lugar
27:35vem o Vietnã
27:35e Minas Gerais
27:37se fosse um país
27:37estaria inclusive
27:39na frente do Vietnã
27:39seria o segundo país
27:40Minas Gerais
27:41então o café
27:42pra nós
27:42ele
27:43representa
27:45a industrialização
27:46não só de mina
27:47mas do Brasil
27:48durante
27:49centenas de anos
27:50mais de 200 anos
27:51o café
27:52representou 80%
27:54das nossas pautas
27:54de exportação
27:55junto com a mineração
27:56então o que nós enfrentamos
27:57hoje
27:58é primeiro
27:58com Estados Unidos
28:00que é um grande comprador
28:02do nosso café
28:02com as tarifas
28:04que estão acontecendo
28:04aí a tarifa brasileira
28:07é de 10%
28:08e do Vietnã
28:08de 46%
28:10ah então vai ser bom
28:10para o Brasil
28:11não
28:11o nosso risco
28:13é que de 96%
28:14até hoje
28:14é o maior preço
28:15que o café já alcançou
28:16e por que alcançou
28:17esse preço
28:18alcançou
28:18porque a seca
28:19afetou o Brasil
28:20e afetou o Vietnã
28:21ao mesmo tempo
28:22então se
28:23essas tarifas
28:25forem repassadas
28:26no preço que já está
28:27desde 96
28:28é o maior preço agora
28:29o que vai acontecer
28:31pode que o consumidor
28:32americano
28:32principalmente
28:33que é o maior comprador
28:34nosso
28:34e da União Europeia
28:35não absorva
28:38e reduza o consumo
28:39aqui já houve
28:40redução do consumo
28:40e não pode reduzir
28:42então qual que é
28:43esse risco
28:43o risco é que também
28:45o produtor rural
28:46que já houve
28:47uma quebradeira danada
28:48com esse preço muito alto
28:49que é o comprar o café
28:51do mercado futuro
28:52depois não teve
28:52para entregar
28:53e o produtor
28:53já levou prejuízo
28:54muitos deles
28:55então qual que é o risco
28:56redução de consumo
28:57e para não que
28:59manter esse preço
29:02tão alto
29:02e elevar mais o preço
29:03ainda para o consumidor
29:04as importadoras
29:07do café
29:07queira que
29:09essa conta
29:10seja paga
29:10pelo produtor brasileiro
29:11esse é um problema
29:12o outro
29:13é que nós vamos enfrentar
29:14agora com a União Europeia
29:15principalmente
29:15esse primeiro problema
29:17é tanto com os Estados Unidos
29:17como com a União Europeia
29:18o segundo problema
29:19é o que eu já disse aqui
29:22eles fazem leis
29:23para nós cumprirmos
29:24então
29:25é a legislação
29:27especialmente ambiental
29:28já tem uma lei
29:29mais rígida do mundo
29:30nós já falamos
29:31um conjunto de leis
29:31mais rígida do mundo
29:32e também
29:33as leis
29:34sociais
29:35e aí
29:37por isso que é importante
29:38eu falei do
29:39programa de certifica
29:40Minas Café
29:41que é feito pela
29:42EMATER e pelo IMA
29:42que são dois órgãos do Estado
29:44para que
29:45ter o selo
29:46garantir que não tem
29:46trabalho análogo ao escravo
29:48mais uma vez
29:49como nós dissemos
29:50é preciso separar o jor do trigo
29:51aquele que faz isso
29:53ligado às cooperativas
29:54em qualquer lugar
29:55essa pessoa tem que sair
29:56fora do mercado
29:57mas não pode
29:58mas vai continuar caro?
29:59não pode sujar a reputação
30:01do nosso café
30:02continua caro
30:03e espero que a gente
30:04em 2006
30:06quando
30:062004
30:062006
30:07para criar o programa
30:08sabe qual que era a nossa meta?
30:09primeiro
30:09que chegassem nos aeroportos
30:10do mundo inteiro
30:11e falavam
30:12vai um colombiano
30:13que a Colômbia soube muito bem
30:14fazer o marketing
30:15hoje não
30:15vai um brasileiro
30:17e nem também
30:18é outro desafio
30:20reduzir o consumo
30:21muito bem
30:22esse é o deputado Zé Silva
30:24de Minas Gerais
30:26falando aqui
30:26de assuntos importantes
30:28eu agradeço a você
30:29que acompanhou aqui
30:30o ponto final
30:31fiquem com Deus
30:32A opinião dos nossos comentaristas
30:40não reflete necessariamente
30:42a opinião do Grupo Jovem Pan
30:44de Comunicação
30:45Realização Jovem Pan News
30:51A opinião do Grupo Jovem Pan
30:53A opinião do Grupo Jovem Pan