- 01/06/2025
Em entrevista a José Maria Trindade no JP Ponto Final, o deputado federal Hildo Rocha analisou a política atual, destacou o apoio do grupo Sarney ao governo Brandão e comentou a reconfiguração das alianças no Maranhão. Defendeu a ampliação das vagas na Câmara, citando o exemplo do Pará, e criticou o desequilíbrio na representação entre os estados.
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NotíciasTranscrição
00:00Salve, seja bem-vindo. Obrigado. Nós estamos aqui no ponto final, diretamente dos estúdios da Jovem Pan,
00:13aqui no Planalto Central do país. E vamos falar mais uma vez de política. A política mexe com a sua vida.
00:19É a definição da sua casa, a escola do seu filho e o futuro, né? Nós temos que falar das entranhas da política.
00:27Hoje aqui um líder muito especial no Congresso Nacional, o deputado Hildo Rocha.
00:32Ele é do Maranhão e muito experiente na política. Deputado, muito obrigado por vir aqui nos estúdios da Jovem Pan.
00:39Eu que agradeço, Zé Maria.
00:42Deputado, o senhor veio do Maranhão e daquela política do ex-presidente José Sarney, do grupo Sarney.
00:50Como está a situação do Maranhão politicamente? Esse grupo Sarney vem perdendo as eleições lá, né?
00:57É, nós perdemos a eleição em 2014 para o governador Flávio Dino, na época o candidato Flávio Dino.
01:06Depois, em seguida, tentamos novamente voltar em 2008, com 2018, melhor dizendo, com a Rosiana.
01:15E nós obtivemos êxito. Não houve nem segundo turno e o Flávio Dino foi eleito naquela ocasião com 50 e pouco por cento dos votos.
01:23É uma mudança ou o senhor acha que o grupo pode se reorganizar para a próxima?
01:29Olha, hoje nós estamos apoiando, desde a eleição de 2022, nós apoiamos o governador Brandão.
01:36A Rosiana e o presidente Sarney decidiram apoiar o Brandão, porque o Brandão já tinha pertencido ao grupo Sarney antes, assim como o Zé Reinaldo.
01:46E o Brandão foi candidato ao governo com apoio do grupo liderado pela Rosiana Sarney.
01:54E nós apoiamos o Brandão.
01:55Nós, eu digo, eu não apoiei o Flávio Dino para o Senado, mas apoiei o Carlos Brandão ao governo.
02:02O grupo, de uma forma em geral, a Rosiana com o presidente Sarney e os demais membros,
02:08apoiaram tanto o Carlos Brandão para o governo, assim, da mesma forma, o Flávio Dino para o Senado.
02:16Perfeito. O deputado, o senhor tem uma, vamos dizer, uma convivência muito boa, muito forte no Congresso Nacional.
02:23O que está acontecendo ali para a Câmara ter aprovado esse aumento de 18 parlamentares?
02:30Isso é meio estranho, não?
02:33É, eu acredito que vai ter até dificuldade de ser aprovado lá no Senado.
02:38Mas houve ali uma acomodação para que os municípios, os estados que fossem perder os seus deputados,
02:46não viessem a acontecer essa perda.
02:49Na verdade, as vagas, né?
02:50É, as vagas de deputados que iriam, a partir de 2027, né?
02:56Porque eleição ano que vem, 2026, e a partir de 2027 iriam diminuir.
03:01E houve aquele arranjo e que foi apresentado para submeter ao plenário da Câmara.
03:12Não houve comissões.
03:15Esse projeto, ele foi aprovado de uma forma lá na CCJ, depois foi para o plenário.
03:21E ali era sim ou não.
03:23E nós não poderíamos deixar de contemplar o Estado do Pará,
03:27que já tem deputados a menos do que deveria ter.
03:31O Estado do Pará hoje tem apenas 17 deputados federais,
03:36com uma população bem maior do que a do Maranhão.
03:38Já deveria estar em torno de 21.
03:40E se nós não aprovássemos aquela proposta, o Pará iria perder.
03:46Então, era aprovar aquela proposta,
03:48ou não aprovar e esperar uma resolução do TSE que poderia vir ou poderia não vir.
03:52O arranjo constitucional coloca o Senado como casa do equilíbrio.
03:58Cada Estado, independente da população, tem três senadores, né?
04:01Exatamente.
04:02Já a Câmara obedece à proporcionalidade de habitantes.
04:05Só que colocaram na Constituição um freio, os maiores, 70 deputados é o máximo.
04:12Só São Paulo que chega a 70 deputados poderia ter mais de 123 deputados, né?
04:19Exatamente.
04:20E os menores têm oito deputados.
04:22Então, assim, por exemplo, o Amapá, o Rondônia,
04:27esses estados têm 700 mil habitantes e têm oito deputados e três senadores.
04:34Quer dizer, ficou desproporcional, né?
04:37É, eu acredito que o sarrafo que foi estabelecido pela Constituição,
04:44pelos constituintes de 88 e que está na Constituição,
04:48um sarrafo muito alto, do mínimo, em oito, que deveria ter sido em quatro.
04:54O que era anteriormente quando se tratava de território.
04:57Então, aqueles estados que têm uma população menor,
04:59deveria ser estabelecido em quatro, mas estabelecido em oito.
05:03O que acontece é que quando você pega, compara estados com a população maior
05:10do que esses que você acabou de citar, como Amapá, Acre, Rondônia,
05:17Horaima, entre outros, que são os ex-territórios que não conseguiram ter uma...
05:22avançar na população, e compara com os estados do Nordeste,
05:25que têm às vezes três, quatro, cinco números de habitantes mais do que esses.
05:30Então, esses acham que não pode ter oito, que é a mesma quantidade,
05:34que tem aqueles que são o mínimo que está estabelecido na Constituição Federal.
05:39Olha, para se ter uma ideia, o Amapá tem 750 mil habitantes, né?
05:44Entre 700 a 750 mil habitantes.
05:48Tem oito deputados, três senadores,
05:51e as emendas dos parlamentares vão todas para o Estado, quer dizer,
05:57ali entupiram o Estado de recursos.
05:59Ainda tem a liderança do governo, o Randovo, e o presidente do Senado, né?
06:03É, há uma distorção em relação a isso, né?
06:08Porque as emendas, elas são distribuídas aos parlamentares de acordo com o parlamentar,
06:18e não de acordo com a população dos estados que eles representam na Câmara
06:25ou dos senadores que representam no Senado.
06:28Então, é de acordo com a quantidade de parlamentares.
06:31Então, todos são iguais dentro da Câmara,
06:34e por isso que é repartido aquele percentual que é distribuído anualmente,
06:40de acordo com a receita corrente líquida do ano anterior,
06:43as emendas individuais impositivas,
06:46e também as emendas de bancada, que são iguais para todos os estados.
06:51Todos os estados, independente do seu tamanho,
06:54têm o mesmo recurso para destinar aos estados...
06:58Desequilíbrio, né, deputado?
06:59É, acaba que há um desequilíbrio, mas de qualquer forma,
07:04a compreensão que existe é de que esses recursos que vão mais para os menores estados
07:10seriam uma forma de compensar as desigualdades regionais.
07:14Mas esse elemento novo que nós temos no orçamento,
07:21que é as emendas impositivas,
07:23nós temos que começar a estudar para saber se realmente
07:26essa condição de estados menores receberem o equivalente
07:34aos que recebem os outros estados grandes,
07:37se está realmente compensando para o desenvolvimento regional,
07:41se está melhorando o índice de desenvolvimento humano daqueles estados.
07:46Então, há necessidade que se...
07:48Eu acho que é complicado para o estado lá do Amapá viabilizar tantos recursos assim, né?
07:54É preciso ter uma capacidade técnica para elaborar projetos e tal,
07:58para efetivar o dinheiro.
08:00É, acaba que alguns municípios do estado do Amapá
08:04não conseguem consumir esses recursos orçamentários,
08:10através de, muito deles, destinados através de emendas parlamentares.
08:15Porque são apenas 16 municípios lá no estado do Amapá
08:18e a grande quantidade de recursos disponíveis pelos parlamentares
08:23colocados para aqueles 16 municípios
08:25não são os municípios preparados para receber aquela grande quantidade de recursos.
08:30Eu sei que o senhor é crítico ao modelo atual da distribuição das emendas. Por quê?
08:36Veja bem, as emendas parlamentares, com a impositividade das emendas parlamentares,
08:43surgiram os deputados, administradores de emendas,
08:48aqueles que calculam quanto vai se receber durante o mandato,
08:53o mandato de quatro anos.
08:54Eles multiplicam, aquele valor é 36 milhões de emendas impositivas individuais,
09:00mas, no mínimo, 20 milhões de emendas que são de bancadas
09:06e que, afinal, elas são distribuídas individualmente,
09:10porque elas não estão sendo utilizadas para a infraestrutura,
09:14como deveria ser, como foi pensado lá atrás,
09:17os constituintes assim pensaram,
09:20os constituintes derivados, inclusive,
09:22mas o recurso, digamos, que chega em torno de 60 milhões.
09:28Eles calculam ali, quatro anos, com quatro vezes 60, vai dar o quê?
09:33240 milhões.
09:35Eles fazem um percentual ali do que uma empresa ligada a eles
09:39vão fazer de obras ou fornecer determinado serviço.
09:43Tem deputado que não está nem aí para o que está sendo votado no plenário.
09:47Quer nem saber.
09:48Vai muitas das vezes com orientação.
09:50Ele está lá apenas para administrar recursos de emendas.
09:55E esses recursos de emendas retornam, muitas das vezes,
09:59para as empresas deles, lá o valor de, digamos,
10:02de 40, 50 milhões.
10:04Eles vão na época da campanha.
10:05Como a fiscalização da eleição é muito frágil,
10:09o Ministério Público não consegue realmente,
10:11que tem a competência de fiscalizar as eleições,
10:13o Ministério Público Eleitoral não consegue fiscalizar,
10:16se negocia os apoiamentos.
10:21E esses 40 milhões que ele ganhou, ele gasta 20 e já fica com mais 20.
10:25Então, vai no lucro para aqueles parlamentares que não vieram aqui
10:30pensando em melhorar a condição de vida do brasileiro,
10:33em levar habitação para quem precisa,
10:35como eu trabalho muito nessa área habitacional,
10:38não trabalha a questão do fornecimento de água para as cidades,
10:44que é outra área que eu venho trabalhando desde 2015,
10:47quando eu assumi o meu primeiro mandato, levando sistema de abastecimento de água
10:50para fazer com que a população evite doenças que são levadas para ele
10:56através da água, que a água leva saúde, mas também leva doenças se a água não for potável.
11:02Então, tem deputados que vêm para cá apenas para administrar emendas.
11:06A população é culpada?
11:08Claro que é, porque ela tem que saber distinguir quem é que quer ser,
11:12de fato, um representante do povo, que está preparado,
11:16que já mostrou que realmente é representante do povo,
11:18que representa os seus ideais, que representa as suas necessidades,
11:23que vai em busca daquilo que precisa por aquele que apenas é um mercador.
11:27É um mercador que vende o produto derivado da conquista que ele tem aqui no parlamento,
11:34que são as emendas impositivas, e depois ele compra os votos do cidadão.
11:38E aquilo ali faz com que você movimente essa grande quantidade que existe hoje
11:44de parlamentares que não têm compromisso nenhum com as matérias que são realmente de interesse da população.
11:53E os temas que ali são tratados, tanto no Congresso Nacional, como na Câmara e no Senado,
12:00são de grande importância para a população brasileira.
12:03Mas uma parte lá, considerável, não está nem aí para o que se está tratando ali,
12:09se vai melhorar a saúde, se vai melhorar o sistema de saúde, se o SUS vai melhorar,
12:13se a educação infantil vai melhorar, não está debatendo isso aí.
12:17O que importa para ele é receber as emendas, fazer com que elas sejam pagas,
12:21e ali eles fazem vários tipos de negócios, beneficiando, geralmente, empresas que são vinculadas a eles.
12:27É, essas emendas, elas se transformaram no grande poder do Congresso Nacional, né, o grande poder agora.
12:34E existem três tipos de parlamentares no Congresso.
12:38O que distribui as emendas para os municípios, onde eles são votados, né,
12:42e recebem, evidentemente, ali, o apoio dos municípios.
12:46Um outro, assim, tem um grupo muito altruísta, né,
12:49que manda até para fora do Estado, para um hospital de câncer,
12:55como, por exemplo, o Hospital do Amor de Barretos, né,
12:57a área cultural, e aquela emenda desinteressada.
13:02E o terceiro é para roubar mesmo, é como o deputado está falando, administrar.
13:07E lá, os senhores sabem, né,
13:10quem são os deputados de uma área, de outra e de outra, né,
13:13e não pode fazer nada, né.
13:14Exatamente, dá para perceber, a população deveria acompanhar,
13:18que eu acredito que é um grande equívoco da população brasileira,
13:24é de não acompanhar o desempenho do mandato dos parlamentares.
13:28Porque tem parlamentares que estão lá, homens e mulheres,
13:32não são só homens, mas homens e mulheres, que ali estão,
13:36que estão apenas tratando dos interesses dele,
13:40os interesses individuais,
13:42daquilo que faz com que eles ganhem financeiramente,
13:46e posteriormente renovar o mandato.
13:48Então, eu acho que está bem aí a forma da população evitar
13:52que esses deputados e deputadas voltem e continuem a ser representantes do povo,
13:58porque, de fato, eles não são representantes do povo,
14:00eles compram o voto, aí tem o diploma de deputado,
14:03mas não estão representando o povo,
14:04eles estão representando o interesse deles.
14:07E muitas das vezes a gente perde algumas matérias interessantes ali,
14:11Zé Maria,
14:11muitas das vezes por 8, 9, 10 votos, 20 votos,
14:14e esses que não estão nem aí para a vinda da população,
14:18votam de acordo com a liderança deles e estão ali indicando,
14:22porque eles querem resolver o problema deles, financeiro, exatamente.
14:26É muito complexo.
14:28E prejudica, acaba prejudicando a própria população.
14:31O presidente Lula, ele tem adotado um sistema de ligação direta
14:36com os presidentes da Câmara e Senado, né?
14:39A política tradicional é feita com lideranças dos partidos políticos.
14:43O presidente tem acertado nessa articulação?
14:46Eu vejo assim, o presidente Lula, ele realiza um bom trabalho.
14:52Ele realiza um bom trabalho.
14:55As condições políticas que ele assumiu não foram as melhores,
15:00sem ter uma base de sustentação sólida.
15:04Ele tem apenas 130 deputados federais,
15:08de um total de 1513, ele deveria ter pelo menos 257.
15:11Ele fez um acordo para dar governabilidade.
15:17Qual foi o acordo?
15:18Com alguns partidos para que esses partidos participem do seu governo.
15:23E agora nós temos lá o MDB, o partido que eu pertenço,
15:26que já fez esse acordo com o presidente Lula desde a eleição do segundo turno,
15:31quando a Simone Tebet foi candidata ao primeiro turno.
15:35Nob teve êxito.
15:36Ficamos em terceiro lugar, mas ela teve um desempenho fantástico.
15:41E a negociação que nós fizemos com o presidente Lula na ocasião
15:44foi fazer com que alguns programas fossem implementados durante o governo do presidente Lula.
15:51Ali foi falado da igualdade de tratamento para as mulheres em relação aos salários.
15:57Isso o presidente Lula já cumpriu.
15:59O outro foi em relação à questão do que nós denominamos programa pé de meia.
16:06Foi também sugestão da Simone perante o presidente Lula,
16:09porque esse programa foi implantado no estado de Alagoas,
16:12quando o atual ministro Renan Calheiros Filho,
16:17Renan Filho, era o governador,
16:19foi implantado com o atual deputado Rafael,
16:22que agora é deputado federal do MDB de Alagoas.
16:25Foi naquela ocasião que foi implantado esse programa.
16:27Por ter sido um programa exitoso, era a proposta de governo da Simone Tebet,
16:31no primeiro turno.
16:32E o presidente Lula concordou e já realizou esses compromissos que foram feitos
16:39com a Simone e com o partido, o MDB.
16:42Em seguida, ele concedeu três ministérios ao MDB,
16:47três ministérios bons, um do planejamento, onde está a Simone Tebet,
16:50outro do transporte, está o Renan,
16:52e outro que é o Ministério das Cidades, onde está o Jader Filho.
16:57Então, são três ministérios e que nós temos também três bons ministros do MDB
17:01que têm realizado um bom trabalho.
17:03Temos colaborado muito o partido na governabilidade,
17:07assim como temos trabalhado bastante no governo do presidente Lula.
17:12O presidente do MDB, o deputado Baleia Rossi, me disse o seguinte,
17:17que o MDB hoje está dividido.
17:19Uma parte quer continuar no governo, quer apoiar o presidente Lula na reeleição,
17:24outra parte quer ir para a oposição e um quer lançar a candidatura própria.
17:31Qual é a parte majoritária no MDB?
17:33Essa que o Baleia falou, hoje tem uma parte, Zé Maria, sem dúvida nenhuma,
17:39que quer lançar um candidato de centro ou de direito, uma parte do MDB.
17:45Outra parte quer apoiar o presidente Lula logo no primeiro turno,
17:52se houver dois turnos, mas iniciar a campanha já apoiando o presidente Lula.
17:58E outra que quer realmente uma candidatura própria.
18:02Eu vejo que o nome mais forte que nós temos é o da Simone Tebet,
18:07que faz parte do governo do presidente Lula e seria impossível e lógico ela ser candidata
18:15a presidente da república contra o presidente Lula,
18:18que eu tenho certeza que será candidata à reeleição.
18:21Como é que uma pessoa que é membro do governo vai sair contra?
18:24Não tem sentido.
18:25Outro nome muito bom que nós temos é do próprio Renan,
18:30que foi um excelente governador, está sendo um excelente ministro,
18:33mas também é ministro do presidente Lula.
18:36O Renan Filho, que atualmente é senador, mas está licenciado para ser o ministro dos transportes.
18:42Faz um belíssimo trabalho.
18:44Outro bom candidato do MDB seria o Hélder Barbalho.
18:48Mas o Hélder Barbalho tem o irmão, que é o ministro das cidades.
18:52Então não teria condições de nós lançarmos um nome competitivo para a presidência da república.
18:59Muita gente defende ali a troca do Geraldo Alckmin, né?
19:02Ele sairia para o governo de São Paulo e o vice seria do MDB.
19:07Falam muito no Hélder.
19:08É, o Hélder seria um excelente candidato a vice-presidente.
19:11Não sei se o projeto do Hélder é esse.
19:14Eu entendo que o projeto do Hélder seja o de Senado.
19:17Ele tem uma vaga garantida lá para o Senado.
19:20A vice dele vai assumir.
19:22Tem compromisso muito bom.
19:24É também do MDB.
19:26É franca favorita para ganhar as eleições lá na reeleição do Hélder.
19:29Eu não sei se ele pretende ser candidato a vice-presidente da república.
19:34Eu entendo que o próprio vice-presidente Geraldo Alckmin faz um bom trabalho como vice-presidente.
19:40Não tem dado trabalho nenhum ao presidente Lula.
19:45Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin é de um estado que tem um grande colégio eleitoral.
19:52Então eu entendo que o próprio Geraldo Alckmin agrega muito a candidatura do presidente Lula.
19:57A chapa deve ser essa mesmo, né?
19:59Eu acredito que a chapa deve continuar essa mesmo.
20:02Do presidente Lula com o vice-geral do Alckmin.
20:06Eu não vejo o MDB disputar, querer disputar essa vaga de vice-presidência.
20:12O que eu vejo é uma ala querer apoiar candidatos da direita ou do centro.
20:18E outra ala querendo apoiar a candidatura do presidente Lula.
20:23E a minoria que quer ter uma candidatura própria.
20:26Mas eu não vejo possibilidade nenhuma de nós termos uma candidatura própria.
20:31Tendo em vista que os três grandes nomes que nós poderíamos apresentar para disputar as eleições,
20:37tem compromisso com o próprio presidente Lula.
20:39Nós estamos vivendo agora uma época de concentração partidária.
20:44Nós chegamos a ter aqui uma convivência de 34 partidos políticos.
20:4732 com representação no Congresso.
20:50Olha, não dá para negociar, para conversar com 32 líderes de partidos políticos, né?
20:56Foi um exagero.
20:58O partido virou um rendimento muito importante.
21:01Ali era tipo uma lojinha de famílias.
21:03Aí daí veio uma mudança na legislação, cláusula de barreira.
21:08Aí o que aconteceu?
21:09Está agora um processo de concentração partidária, né?
21:14São várias fusões.
21:16A fusão do União Brasil, né?
21:18Com o PP, que tornou uma grande força, né?
21:23O PL deve ficar igual, porque tem uma liderança, né?
21:27O ex-presidente Jair Bolsonaro.
21:29Outro que o PSD também fica isolado.
21:31Mas as fusões continuam.
21:33O PSDB está se fundindo.
21:36E o seu partido, o MDB, está avaliando uma fusão.
21:40É uma federação.
21:42Funciona como um partido durante um determinado tempo.
21:45Exatamente.
21:46As federações e as fusões partidárias, elas são...
21:51Ou incorporação, porque também tem a questão da incorporação.
21:55O PSDB trabalhava com uma incorporação ao MDB.
21:59Ou seja, o PSDB voltaria às suas origens.
22:03Porque o PSDB saiu das costelas do MDB.
22:05É o MUP, Movimento Unidade Progressiva.
22:08Exatamente.
22:09Então, o que está acontecendo agora é essa questão da federação.
22:14A federação, ela teve um sucesso lá com a federação do PT, com o PCdoB e o PV.
22:20Houve um verdadeiro sucesso.
22:22Copiando isso, veio a União e o PP para fazer uma federação.
22:27E o MDB, com isso acontecendo, viu que há necessidade também de nós nos organizarmos numa federação.
22:36O porquê de tudo isso?
22:37Porque o fundo eleitoral é um dividido para aquela grande quantidade de partidos que você situa agora,
22:45que tem representação e que alcançou a cláusula de barreira.
22:49O que acontece é que, eu vou dar um exemplo aqui do meu estado, que é muito simples de as pessoas entenderem.
22:57O Maranhão tem 18 vagas à Câmara Federal.
23:01Para você lançar os candidatos, você tem que ter 19 candidatos.
23:05Desses 19 candidatos, 6 pelo menos tem que ser mulheres, 30%.
23:09Então tem que ter 6 mulheres candidatas a deputado federal.
23:12Você lançar uma chapa pura só do MDB...
23:16É o número de vagas...
23:18Mais um, mais um.
23:19E aí você...
23:20Quer dizer, um partido em São Paulo tem que lançar 71 candidatos.
23:2371 candidatos.
23:25Imagina você, para termos no Maranhão, 18, 19 candidatos competitivos,
23:32que tenham voto para valer mesmo, para disputar lá 3, 4, 5 vagas, para fazer uma boa bancada.
23:39Então, se nós nos juntarmos com mais um partido, no caso o republicano, que é o que está sendo trabalhado,
23:49nós vamos ter, cada partido desse, um vai ter 9, outro vai ter 10.
23:54Ao invés de nós gastarmos com 18, 19 candidaturas, nós no máximo vamos gastar com 10 candidaturas.
24:01É muito mais fácil.
24:02Viáveis.
24:03É muito mais fácil você ter dentro do seu quadro 10 candidatos competitivos do que 19.
24:08Então, convenhamos que a federação é uma boa estratégia para que você gaste menos
24:15e você obtenha um êxito melhor do que sozinho.
24:20Acontece que você tem que passar os próximos 4 anos junto, agarrado,
24:25é um casamento sem dissolução para os próximos 4 anos.
24:29Então, para o lado que o partido um for, o outro tem que ir também.
24:33Então, é um casamento que não tem volta durante o próximo...
24:35Eu estou vendo que nessa federação aí, PP, União, tem muito problema regional, né?
24:43Alguns estados, os dois são concorrentes, né?
24:47E são adversários.
24:49São problemas a serem contornados.
24:52É, mas isso pode ser superado, porque ninguém vai deixar de fazer uma federação
24:57onde tem 3, 4 estados.
25:01Aí você vai resolver o problema de 23 e deixar de resolver...
25:06Vai deixar de resolver de 23 para tentar resolver os 27, que nunca vai conseguir mesmo.
25:11Nenhum partido vai se juntar com outro onde não tem um estado ou outro que tenha problema.
25:17Então, esses problemas sempre vão ter.
25:18O que vai ter que se fazer é o cálculo.
25:21Vem cá, vale a pena perder esses 4 companheiros que,
25:23muitas das vezes, eles não querem a federação, então eles vão vazar do partido.
25:27Vão sair do partido.
25:28Às vezes compensa.
25:29É melhor você fazer uma federação, perde 4, em 4 estados, perde os companheiros,
25:35mas você concretiza uma federação que vai ser melhor para o geral.
25:40No final, quantos grupos vão restar aí?
25:43Uns 6?
25:43Eu acredito que uns 8.
25:44Uns 8, né?
25:45Uns 8.
25:46Uns 8.
25:47Vão dominar a política, né?
25:49Exato.
25:49O interessante é que os partidos políticos estão apostando muito na eleição de deputados e senadores.
25:55A tese é de que quem dominar o Congresso Nacional vai dominar o próximo presidente da República,
26:02qualquer que seja ele, né?
26:03É verdade, o que acontece, eu vi isso, o que aconteceu tempos atrás também.
26:08Então, o passado, o presente, nos mostra como será o futuro.
26:13Quem tiver boas bancadas, participarão do próximo governo, independente de quem seja o seu governante.
26:20Então, até para facilitar a governabilidade dos próximos presidentes,
26:25é que nós trabalhamos com a questão do semipresidencialismo, não para agora, para 26,
26:32mas a partir de 2030, que nós tenhamos um modelo parecido com o que é dotado em Portugal,
26:40do semipresidencialismo.
26:42Nosso sistema constitucional foi preparado para termos um parlamentarismo.
26:48O que acontece é que, em determinado momento, botaram na cabeça do seu presidente constituinte,
26:54Ulisses Guimarães, que ele seria o presidente da República.
26:57E que não valeria apenas ele ser o primeiro-ministro,
27:00mas sim, o presidente da República teria muito mais força do que um primeiro-ministro.
27:05E assim foi trabalhada a nossa Constituição para um sistema parlamentarista.
27:10E, nos momentos finais, se decidiu que não, que iria ser presidencialismo.
27:16Então, o presidencialismo que nós conseguimos adotar hoje é o presidencialismo de colisão.
27:22É o que nós temos hoje, no presente.
27:25É o que o Michel Temer, do seu partido, chamou de presidencialismo congressual.
27:31É, exatamente. É o presidencialismo, é o semipresidencialismo.
27:35E essa convivência, deputado, aqui na Praça dos Três Poderes com o Supremo Tribunal Federal?
27:40A Câmara aprovou a suspensão de um processo contra o deputado Alexandre Ramage,
27:45mas deixou na chuva a Cláudia Zambelli, deixou na chuva três senadores que são réus,
27:51três deputados que são réus, né, por desvio de dinheiro de emendas.
27:55Mas, enfim...
27:56Essa questão está no próprio artigo 53 da Constituição Federal.
28:02Ela garante à Câmara dos Deputados, ou o Senado,
28:06suspender a ação contra o parlamentar enquanto ele estiver no mandato.
28:12vai suspender. Isso não significa dizer que está absorvendo ele, nem extinguindo o processo.
28:17Apenas suspender enquanto ele estiver no mandato.
28:20E isso nunca foi praticado.
28:22Esse artigo 53, ele nunca foi trabalhado, nem na Câmara, nem no Senado,
28:27que já poderia ter se trabalhado antes.
28:29E, com isso, a primeira vez, estreou o deputado Ramage, o Partido Liberal,
28:34porque tem que ser o partido a fazer a provocação.
28:36Eu acho que os deputados entenderam que não é exatamente um crime, né?
28:40É porque há muita dúvida se realmente o delegado Ramage,
28:47porque algumas pessoas dizem, não, o delegado Ramage,
28:50por ter sido o delegado da Lava Jato, lá no Rio de Janeiro,
28:54ter sido um influente delegado da Lava Jato,
28:56alguns delegados da própria Polícia Federal,
28:59que tem briga ali dentro da Polícia Federal,
29:01quiseram aproveitar a oportunidade para prejudicá-lo.
29:05Eu não sei se isso acontece ou não,
29:06porque eu não conheço profundamente como é que funciona a instituição Polícia Federal.
29:10Mas o que chegou para nós na Câmara é essa versão.
29:15E não houve outra versão.
29:17O relator da matéria, que fez um bom relatório,
29:22é um ex-procurador de justiça, um ex-promotor de justiça,
29:25e que fez um belíssimo trabalho.
29:27Ele mostrando que, de fato, não há evidência do crime
29:32que é acusado o Ramage, o delegado Ramage,
29:36e que, para comprovar se ele é ou não,
29:39nós deveríamos suspender a ação enquanto ele é parlamentar,
29:43e depois volta.
29:44Talvez seja só porque ele é parlamentar,
29:47e queira perseguir porque é de determinado partido político.
29:50Então, na dúvida, para o réu.
29:54E assim que nós temos que trabalhar na Câmara do Deputado.
29:57Não é corporativismo.
29:58É buscando proteger aquele que está sendo representante do povo
30:04na Câmara dos Deputados.
30:07Está, na verdade, protegendo o povo,
30:10para que o povo não fique sem ser representado.
30:12Mas que tem bandido ali dentro da Câmara, tem.
30:14Eu jamais votarei a favor de qualquer um que seja acusado de corrupção,
30:20esses que estão roubando o dinheiro das emendas parlamentares,
30:24esses não terão o meu apoio.
30:26Eu já disse, já teve um que foi mandar recado,
30:30se eu aceitaria ajudar, de forma nenhuma.
30:33Essa corrupção, de maneira nenhuma, terá o nosso apoio.
30:37Então, esses que estão sendo acusados indevidamente,
30:41esses não terão nosso apoio.
30:45Mas, você falou na deputada.
30:47A deputada também, pelo que ficou constatado,
30:51ela tentou, entrou no sistema do Supremo Tribunal Federal,
30:58ela parlamentar, promover isso no CNJ,
31:02para fraudar o sistema.
31:05Isso não é um comportamento de deputado.
31:07Isso não pode acontecer.
31:09E em pleno exercício do mandato fazer algo dessa natureza,
31:13isso não pode ter apoio da sociedade, nem um apoio nosso.
31:16Então, eu vejo que nem o partido dela quis entrar,
31:19porque sabia que ela não iria ganhar o apoio.
31:22Já o Ramage, já teria o apoio,
31:24porque há uma dúvida muito grande
31:26de que ele tenha participado de uma tentativa de golpe.
31:30É, 315 votos não são fáceis, não.
31:33Quero constitucional.
31:35Queria agradecer o deputado Hildon Rocha, do Maranhão.
31:38Uma conversa boa aqui no Ponto Final.
31:40Muito obrigado.
31:41Fiquem com Deus.
31:41A opinião dos nossos comentaristas
31:50não reflete necessariamente
31:51a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
31:58Realização Jovem Pan News
32:00A opinião dos nossos comentaristas não é um comentário.