Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 13/06/2025
For many people, being connected to the internet is as natural as turning on the light or the kitchen tap. A simple touch on the screen allows access to the news, classes, medical care, work, and leisure. You can make life happen in real-time with your fingertips. However, for millions of Brazilians, this scenario does not correspond to reality. According to research led by Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) [Brazilian Institute of Geography and Statistics], approximately 22 million people live without internet access in their homes. The higher concentration of these homes is in the North and Northeast regions. In Acre, 1 out of 4 homes does not have internet access. In Amazonas and Pará, more than 20% of residences remain without internet connection. However, this situation began to change in 2023, with the establishment of the Projeto Telefonia Celular Comunitária (Celcom) [Community Cell Phone Telephony Project]. The initiative was developed by the Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, Automação e Eletrônica (Lasse) [Center for Research and Development in Telecommunications, Automation, and Electronics], a laboratory at UFPA, installed at Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) [Science and Technology Park], Guamá neighborhood in Belém. The aim is to tackle digital exclusion by bringing connectivity access for traditional and extractivist communities in the Amazon region.

Inclusão digital fortalece comunidades na Amazônia
Para muita gente, estar conectado à internet é tão natural quanto acender a luz ou abrir a torneira. Um simples toque na tela do celular dá acesso a notícias, aulas, atendimento médico, trabalho e lazer. A vida acontece na ponta dos dedos, em tempo real. Porém, para milhões de brasileiros, isso ainda não é realidade. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 22 milhões de pessoas vivem em casas sem internet no Brasil. A maioria está concentrada nas regiões Norte e Nordeste. No Acre, 1 em cada 4 domicílios ainda não tem acesso à rede. No Amazonas e no Pará, mais de 20% das residências seguem desconectadas. Mas esse cenário começou a mudar em 2023, com a chegada do Projeto Telefonia Celular Comunitária (Celcom) à comunidade. A iniciativa é desenvolvida pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, Automação e Eletrônica (Lasse), laboratório da UFPA, e instalada no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém. O objetivo é levar conectividade para comunidades tradicionais e extrativistas da Amazônia para combater a exclusão digital.

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00A conectividade acaba sendo um meio de acesso a outros direitos.
00:04Então, a conectividade acaba influenciando na forma como as pessoas têm acesso à educação,
00:08ela acaba influenciando na forma como as pessoas têm acesso à saúde.
00:11Então, na maior parte das vezes, a gente leva a conectividade como um meio,
00:15mas as comunidades dão um outro sentido àquela tecnologia que foi implementada.
00:19Então, aquela comunidade vai revolucionar a forma como ela faz o nome de comércio,
00:22porque ela vai ter uma facilidade maior para se comunicar com os outros membros daquela comunidade,
00:26até externamente, aquela comunidade pode mudar a forma como eles implementam os métodos educacionais,
00:32porque agora eles têm o suporte à internet.
00:34Então, são muitos os meios que levar à conectividade acabam influenciando.
00:39Acho que ter acesso à conectividade acaba sendo parte do que as pessoas consideram como se enxergar como cidadão.
00:46Ter o acesso à internet, ter acesso às redes sociais, ao lazer, à educação e à informação.
00:51Eu acho que as pessoas enxergam isso como tão básico como ter acesso à saúde,
00:56como ter acesso à educação, certo?
00:58Basicamente, o CELCOM tenta levar tecnologias de conectividade para regiões
01:02que normalmente não são atendidas pelas grandes empresas que trabalham como comércio.
01:09Então, a gente faz o desenvolvimento de projetos de telecomunicações,
01:13faz a experimentação toda em laboratório,
01:15e a gente tenta, então, levar na prática esse projeto implementando nas comunidades.
01:20E aí, o retorno que a gente tem, normalmente, é conseguir conectar as pessoas da sua comunidade
01:23a tecnologias como 4G e 5G,
01:26e levando, então, elas a terem esse acesso que a gente conversou anteriormente, certo?
01:30Hoje, a gente tem dois principais pilotos que ficam em Campo Verde e em Boa Vista do Acará.
01:36Esses dois principais pilotos a gente pode definir ali que, em Campo Verde,
01:40foram cerca de 500 pessoas que foram atendidas pelo projeto,
01:43e no Acará, cerca de 200 pessoas atendidas diretamente e impactadas pelo projeto.
01:47Perfeito.
01:48Eu acho que elas têm uma sensação de integração social, que elas não tinham antes.
01:52E também tem o impacto de perceber que é possível implementar essas tecnologias nessas regiões.
01:58Um dos impactos positivos que a gente teve foi a descrição e experiência de alunos
02:04que conseguiram entrar na UFPA para fazer o curso de telecomunicações, de computação,
02:08porque, através desse contato com a tecnologia,
02:10eles acabaram se sentindo motivados a entender mais como ela funciona,
02:14e até mesmo trilhar o caminho de estudos através dela.
02:16E, com essas tecnologias, eles tiveram também uma facilitação para conseguir, inclusive,
02:21estudar para o vestibular, porque eles utilizavam a internet,
02:24viam recursos que estavam disponíveis na internet para conseguir estudar para o vestibular e passar.
02:29Perfeito.
02:29A gente pretende construir pontes com outras empresas, pontes com o governo,
02:35para que a gente consiga expandir o projeto para outras comunidades.
02:38Então, a gente vai estar sempre aperfeiçoando da parte acadêmica, da parte de pesquisa,
02:42as tecnologias que a gente consegue pregar, então vai vir o 5G, vai vir o 6G,
02:46e a gente pretende levar essas tecnologias e implementar redes comunitárias
02:50nas comunidades que não vão ter esse acesso no primeiro momento.
02:55Normalmente, a gente vai primeiro fazer a instalação de uma torre que tem cerca de 30, 40, 50 metros,
03:00e nessa torre a gente vai estar posicionando uma antena 4G ou 5G lá no ponto mais alto,
03:05justamente para facilitar o que a gente chama de linha divisada,
03:09e assim a gente tem uma melhor conectividade com os usuários finais.
03:12E, normalmente, a gente também vai ter um computador em uma região próxima
03:15que vai estar processando os dados de quem pode acessar aquela rede,
03:19que é algo muito parecido com o que a gente tem nas redes de telecomunicações comerciais.
03:23A gente tem o que a gente chama de array de antenas,
03:26mas são várias antenas que compõem, de fato, a antena principal.
03:29Bom, a gente vai ser um pouco mais caras justamente por isso,
03:31a gente consegue direcionar o sinal, a gente consegue aumentar a cobertura
03:35que a gente teria normalmente.
03:37Então, todas essas características vão compondo a antena
03:41e aí o custo vai variar de acordo com as funcionalidades dela.
03:45Primeiramente, normalmente, quando a gente consegue financiamento,
03:47a gente tem o financiamento para comprar todo o material.
03:49Então, normalmente, esse material é doado.
03:50Inclusive, a Fundação Guamá fez a doação da nossa última implementação de todos os equipamentos.
03:56Aí, depois, o que fica são os custos de operação,
03:57como energia, custos de manutenção,
04:00que são custos muito mais baixos em relação ao investimento inicial de compra de todos os materiais.
04:04Normalmente, nós, como academia, fazemos essa prospecção junto à empresa,
04:08junto ao governo, para arcar com esses custos.
04:11Então, normalmente, eles arcam com os custos,
04:12nós fazemos o projeto de implementação,
04:15acompanhamos a implementação do projeto na prática, na comunidade,
04:19e aí, depois, as comunidades, a gente tenta incentivá-las
04:23a se tornarem autossuficientes para fazer manutenção
04:25e conseguirem ter meios de continuar com a operação dessa rede.
04:34Legenda Adriana Zanotto
04:41Legenda Adriana Zanotto

Recomendado