- 12/06/2025
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos‑PB), anunciou que a Casa votará na próxima segunda (16) requerimento de urgência para derrubar o decreto do governo de reajuste do IOF.
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NotíciasTranscrição
00:00O deputado Coronel Zucco falou numa coletiva de imprensa sobre o pedido de urgência para o projeto de lei que suspende a medida do governo sobre o aumento do IOF.
00:12Agora sim, eu quero te ouvir, Zucco.
00:14No pedido de urgência ao PDL que susta essa medida, o governo ainda trata sobre o IOF.
00:24A medida provisória caberá a esta casa decidir o que passa e o que não passa.
00:31Mas, como um gesto de desagravo, como um gesto de desorganização, de responsabilidade, nós conseguimos mostrar para o presidente Hugo Mota e para os demais partidos
00:44a importância de pautarmos na segunda-feira o PDL, o pedido de urgência ao nosso PDL 314, que trata justamente sobre este recuo do IOF.
01:00Pois é, o presidente da casa, o comportado, o bonzinho Hugo Mota, perdeu a paciência.
01:10E agora parece que as vozes são cada vez mais crescentes contra as alternativas do governo.
01:17E aí, meu amigo Rose, os deputados não querem mexer nas emendas parlamentares deles.
01:24Vamos dizer isso também.
01:25Tem 50 bi aí, eles não querem mexer ali.
01:29Quer que o governo corta de outro lado.
01:32Cortar só das viagens do presidente Lula não vai dar, porque vai dar 54 milhões da viagem.
01:37Isso é muito pouco, apesar de ser 10 mil euros a diária do hotel que ele ficou.
01:42Como é que você acha que vai ser esse clima agora pré-eleitoral?
01:46Será que os deputados estão farejando um governo claudicante e agora vai ser guerra total?
01:52Capês, tem um ponto aqui importante.
01:55O que o Congresso está percebendo é que a população brasileira não aguenta mais aumento de imposto.
01:59Não aguenta mais, não tem espaço mais para aumentar imposto.
02:02Óbvio, tem um jogo eleitoral, a eleição está ali, se colocar contra o aumento de impostos é importante para o Congresso.
02:08O Congresso também não faz a parte dele, quer abrir mão das 50 bilhões.
02:12Aí a gente começa a mexer de fato onde tem que mexer.
02:14E não vai.
02:15O Renato falou aqui da questão das aposentadorias especiais.
02:17Aí a gente está mexendo, mas ninguém mexe.
02:19Ninguém mexe nesse assunto, que é onde deveria.
02:22Só que o líder do Poder Executivo, Capês, prometeu isso na campanha eleitoral.
02:27A gente não está vendo essa promessa ser cumprida.
02:30E para poder aprovar a isenção de IR para quem ganha até 5 mil reais, vai custar caríssimo no Congresso Nacional.
02:36Vocês vão acompanhar isso aqui no Linha de Frente.
02:38Vai custar muito caro porque o Congresso está sabendo, está entendendo que o governo está mal das pernas,
02:42está mal, está desacertado e está controlando tudo.
02:45Então agora o que a gente viu o deputado Zucco falando aqui é justamente isso.
02:49É um projeto de decreto legislativo que vai contra esse aumento do IOF.
02:53Só que não dá também para o governo querer governar só com aumento de impostos.
02:57Sem também sinalizar que vai fazer um ajuste fiscal significativo no país.
03:02Então a gente tem um problema.
03:03Um governo que não sabe para onde vai, um Congresso aproveitador, que essa é a realidade,
03:07porque não abre mão das suas 50 bi de emendas parlamentares,
03:10e um judiciário que acha que está governando o país.
03:12Então, na verdade, a gente está tendo uma baita de uma crise institucional aqui no Brasil.
03:15Essa é a realidade.
03:16Se a gente colocar a lupa a fundo, está difícil encontrar um caminho para esse país.
03:21E não está tendo o ajuste fiscal, a justiça social que a minha amiga colocou aqui antes.
03:26Ela acha que o cara que ganha até 50 mil reais é que é o grande malvadão aqui do país.
03:30Mas não é não.
03:30O IOF pega todo mundo.
03:32Quando você aumenta imposto na LCA, que é quem ajuda a bancar o agro, por exemplo,
03:38vai manter o preço do alimento alto.
03:41Sabe quem vai pagar?
03:42Quem ganha a Bolsa Família?
03:43Eu, você.
03:44Todos nós vamos pagar.
03:45Todos nós nos alimentamos.
03:46Então, no fim do IOF, todo mundo paga.
03:48Não é só o grande, malvadão, milionário.
03:51Não, não, não.
03:51Muita gente de classe média paga.
03:53Tem seu investimento, inclusive, em LCA, em LCI, tentando buscar algum rendimento.
03:57Então, o caminho é ajuste fiscal, corte de gasto.
04:01É isso que o governo não entende.
04:02É isso que o governo não entende.
04:03Enfrentar os grandes problemas que o governo também não enfrenta.
04:06Agora, ô Beluti, o presidente, como diz a Thaís Cremasco, foi eleito para governar com a confiança do eleitor.
04:15Então, ele não teria que chegar e falar, tá bom, eu não vou aumentar imposto.
04:19Não concordo com o meu imposto.
04:21Eu vou cortar todas as emendas parlamentares agora, porque é o que eu tenho que fazer.
04:29Me desculpe, não é que eu seja contra as emendas, mas eu não vou pagar mais um centavo de emenda parlamentar.
04:35Não vou pagar os 50 bilhões e vou usar esses 50 bilhões para fazer, para atingir a minha meta.
04:42Agora, se o governo chega a falar, eu vou pagando para vocês 50 bilhões e quer tirar de quem produz e quem trabalha,
04:48o governo é culpado, ele está mandando a gente pagar a conta do Congresso Nacional, então?
04:53Ou a conta dos outros poderes que gastam muito?
04:56Pois é, Capês, a gente observa assim, até por questão de lógica, existem diversos locais onde são possíveis os cortes, né?
05:02Os gritantes, como você mencionou, são esses, emendas parlamentares, tem a questão da lei Rouanet,
05:07tem diversos locais onde seria possível cortar essas viagens na Babescas, nem se fala onde o Brasil é sempre quem leva a maior comitiva.
05:14Cada país leva lá dois, três representantes, o Brasil chega lá com 200 pessoas.
05:17Quanto foi dessa vez? Foi bastante gente, né?
05:19Não sei se chegou a 200, mas vão chefes de poderes, quer que o chefe do Congresso, do Senado,
05:24vai numa viagem para a China, por exemplo, que não faz sentido nenhum, mas vamos com essas caravanas gigantescas.
05:29É um lugar exótico, vai, gostoso, bonito.
05:32É bonito, visita lá, com tudo pago por nós, contribuintes, então está tudo certo.
05:38Agora, essas discussões do Congresso me parecem bastante pontuais, sempre se discute a questão pontualmente,
05:42porque, de fato, é de competência do Poder Executivo aumentar o IOF, a Constituição assim prevê,
05:47não que haja margem para mais carga tributária.
05:49Agora, o Congresso sempre com essas discussões pontuais, o todo, o estrutural, sermos uma verdadeira federação,
05:56isso passa longe das discussões do Congresso, o novo Código Penal, isso sequer é falado.
06:00Está discutindo aí um novo Código Civil, mas ainda só em discussões, nada de concreto,
06:04só essa questão pontual que mostra realmente a fraqueza do governo, não tem, não consegue usar a sua suposta coordenação
06:12que o levou de volta ao poder, eram muitas pautas abertas, era sempre lutar contra tudo isso aí,
06:17que teria sido o maior mal da história, o governo Bolsonaro e o Lula para reconcertar,
06:20sendo que ele foi governo por 14, 16 anos.
06:22Então, não faz muito sentido o discurso.
06:25E a carga tributária aumentando, a gente vê serviços ruins e carga de primeiro mundo.
06:30E como vocês mencionaram aqui, só para uma questão dos bancos,
06:33eu também concordo que os bancos, o governo é refém dos bancos no Brasil,
06:37mas ninguém vai mudar isso, o governo ele dá lastro, os bancos, os grandes bancos dão lastro para o governo
06:42e fica essa relação complicada e os bancos, os governos Lula, sempre batendo recordes de lucratividade.
06:49Veja a questão agora do INSS, também está difícil de chegar nos bancos,
06:52então os bancos têm um poder que ultrapassam gestões, ultrapassam instituições e eles mandam de fato.
06:58Então, queremos que isso mude, mas vai ser muito difícil.
07:01Qualquer decisão política para baixar taxa de juros, de cartão de crédito, essas coisas,
07:05tem um efeito contrário, porque o mercado não opera-se dessa forma.
07:08Então, o Estado, como indutor da economia, ele acaba criando essas empresas favoritas.
07:12O capitalismo de Estado com empresas favoritas, as outras não conseguem adentrar esse mercado,
07:16porque não tem as benesses dessas amigas do Estado.
07:18E essas grandes empresas passam, nesses meios acadêmicos, enfim, midiáticos,
07:22defender aumento de impostos, porque para uma empresa gigantesca, com benefícios do governo,
07:26um aumento de impostos ou outro é tranquilo.
07:28Para quem é ruim é para a microempresa, para a média empresa.
07:30Essa, sim, que não é amiga do rei e acaba sendo sufocada, Capês.
07:34Ó, a Thaís está louca para falar, ela vai, eu estava anotando aqui,
07:38meu Deus, o que essa mulher está brava hoje.
07:41Mas eu queria falar uma coisa para você.
07:43A política desse governo não é uma política de gastar para, por meio de gastos públicos,
07:54incentivar a economia, fazer o PIB crescer, mas aí o que acontece?
07:58É um crescimento turbinado.
08:01E aí você acaba vendendo a janta e o almoço para pagar o café da manhã.
08:05Resultado, juros altos e recessão.
08:07Por favor, me ensina como é que sair dessa charada que o governo nos propôs.
08:15Eu fico ouvindo os meus colegas com o máximo respeito
08:19e eu acho que é uma cortina de fumaça tão grande para uma coisa que é tão simples,
08:23no sentido de pergunte para as pessoas se elas são a favor ou contra
08:27que as pessoas ricas e super ricas, porque quem ganha 50 mil reais no Brasil
08:31não é classe média alta, é rico, é super rico, é um percentual super ínfimo da população,
08:38se essas pessoas devem ou não pagar mais impostos do que um bombeiro, um professor,
08:44uma empregada doméstica.
08:46Então a questão aqui é que cria-se uma série de argumentos,
08:50inclusive argumentos,
08:52ai, nosso, o Brasil está em crise, nossa, é uma crise institucional,
08:55como que o Brasil vai sair dessa?
08:56Tudo isso para criar uma cortina de fumaça e não mexer no que é verdade.
09:00simplesmente o que existe é toda a tentativa para a manutenção absoluta do status quo,
09:07que as coisas continuem como estão.
09:10Ou seja, poucas pessoas com muito dinheiro explorando todo um bando de gente
09:16que simplesmente vai se submeter a qualquer tipo de trabalho,
09:19a qualquer tipo de situação, justamente porque o poder e o dinheiro
09:23fica concentrado em poucas pessoas.
09:26Só que ninguém vai falar isso, né?
09:27A gente consegue fazer com que o próprio brasileiro, classe média,
09:30aquela pessoa que ganha cinco, sete mil reais,
09:32ele acredite que, na verdade, essa taxação vai impactar a vida dele.
09:37E não vai.
09:38Não, o alimento vai aumentar.
09:39Não, não, meu amigo.
09:40Quem será prejudicado são as pessoas que ganham cinquenta, cem mil,
09:45que têm bilhões.
09:46Essas pessoas, sim, vão mudar o imposto.
09:48Na sua vida, não vai.
09:50Só que todo mundo vai tentar te convencer que vai mudar a sua vida para quê?
09:52Para você defender a pauta do super rico, mesmo sendo pobre.
09:55Não dá para entender.
09:57O Renato Dorgan concordou com você, viu, Thaís?
10:00Então, ele concordou com você,
10:02provavelmente vai ter uma sequência do teu raciocínio com ele.
10:07Então, se me permita, para eu já dar uma cutucada nele também.
10:10Eu não vou concordar totalmente, mas tem coisas certas aí.
10:13Vamos lá.
10:13Primeiro, quando você começa esse discurso, nós contra eles,
10:18e taxar os ricos, jogar os ricos contra os pobres,
10:20não há um risco de que estes ricos saiam do país para paraísos fiscais?
10:27Número um.
10:28E segundo, quando o cidadão comum,
10:32seja rico, seja pobre, um contribuinte,
10:36ele vê, às vezes, determinados gastos por parte das autoridades
10:40que deveriam dar exemplos,
10:42e não é só falando do senhor presidente Lula, não.
10:44Estou falando em geral.
10:46Quando autoridades consomem dinheiro público,
10:49dinheiro público, com luxos, esbanjando esse dinheiro,
10:53isso não soa como um desestímulo para o sujeito falar
10:56eu tenho que pagar, tirar daqui para colocar para esse tipo de gasto?
11:00Daí o governo deveria dar um exemplo de austeridade
11:04para incentivar as pessoas a aceitarem uma maior carga tributária?
11:09Claro, claro.
11:10Não, começar pelo fim.
11:11Concordo totalmente.
11:12Essas demonstrações imperiais ali de gastos,
11:16eu acho um absurdo.
11:17Isso é uma visão antiga dessa mistura do público e do privado.
11:21Aquele negócio, ah, é do Estado, parece que vem do nada,
11:23eu vou gastar, eu acho um absurdo.
11:25Isso é como ter carro em várias casas legislativas,
11:30verbas de gabinete malucas ali,
11:32e esse tipo de demonstração em hotéis cinco estrelas,
11:37champanhes francesas, ao pé da Torre Eiffel,
11:39eu acho tudo isso muito exagerado, muito errado e machuca, né?
11:43Até ali uma parte da população que está passando necessidade
11:46e não é pouco, preços alimentos altos, um custo de vida alto.
11:50Sem dúvida nenhuma.
11:51Acontece, o que a Thais fala,
11:53eu quero dividir o classe média alta e classe alta do bilionário.
11:58O que me preocupa é que a gente não fala,
12:00não é o cara de 100 mil, 150 mil por mês.
12:03A minha preocupação, o que me preocupa é o bilionário,
12:06nem tem coragem de taxar o bilionário,
12:09taxar banco, taxar igreja,
12:12aposentadorias especiais, claro que não são bilionários
12:14a maioria das aposentadorias especiais,
12:16mas assim, não tem coragem,
12:18não tem coragem,
12:19eu acho que, outro dia houve um cálculo
12:21que se tudo isso fosse taxado direito,
12:24como é nos Estados Unidos,
12:25como é feito nos países europeus,
12:27França, Inglaterra, os escandinavos,
12:30a gente era 250 bilhões que entraria de cara,
12:34e a gente não precisava estar discutindo IOF e um monte de coisa,
12:37só que não se tem coragem,
12:39não é nenhum lado, não se teve nunca coragem,
12:41porque as aparições são muito grandes desses grupos,
12:44a instabilidade financeira daí,
12:46eu vou falar do sistema financeiro.
12:47O sistema financeiro hoje é diferente do sistema financeiro de 2005,
12:522006, que era a Lula ali, o auge da era Lula.
12:54O sistema financeiro hoje pode sim desestabilizar realmente uma economia ali
12:59com movimentos internacionais e internos ao mesmo tempo.
13:05Então, assim, não é fácil mudar esse jogo,
13:08não é fácil ir para cima desses grupos,
13:11mas, assim, eu não me preocupo muito, Thaís,
13:13com esse negócio do pessoal de 100 mil, 150 mil,
13:15que é quem normalmente tem essas letras,
13:18esses fiagros, essas coisas.
13:19Esse cara vai sair,
13:21uma parte pode sair,
13:22mas uma parte vai diversificar e vai para outra,
13:24porque o Brasil ainda a rentabilidade é muito grande
13:26de aplicação.
13:29Enquanto os juros estiverem super altos ou altos,
13:33ainda é um país muito interessante para se investir dinheiro.
13:36Aí sim, que é outra briga,
13:38que ao mesmo tempo que cair juros fomentaria a economia,
13:42o comércio, as empresas de serviços, a indústria,
13:44o agro melhoraria, geraria emprego,
13:47a queda de juros também derruba um pouco a rentabilidade.
13:52E daí a nossa decisão como país.
13:55A gente vai ser o país do paraíso de especulação
13:58ou vai ser um país de desenvolvimento econômico?
14:01A gente não se definiu ainda.
14:04A gente parou ali, que o Capês falou,
14:06nos anos 80, que era um país do desenvolvimento econômico,
14:08que vinha desde a era Vargas,
14:10e daí a gente parou ali e se definiu como o país da especulação.
14:13Então, vamos parar aqui, segurar esse desenvolvimento
14:16e vamos virar o país que é interessante a especulação.
14:18E aí você vai pegar um corte enorme da sociedade
14:21e vai jogar ele para o lado.
14:22E daí não vai adiantar.
14:23O Lula foi eleito para melhorar a justiça social,
14:26mas na ponta, na ponta, para a classe C2 e D,
14:29ele melhorou muito pouco nesses dois anos e meio.
14:32A segurança pública está complicada,
14:34a saúde pública ruim,
14:36o custo de vida alto,
14:38o Brasil ainda tem problemas habitacionais,
14:40então os alugueles são caros,
14:41porque a gente não consegue se desenvolver.
14:45Eles vivem dilemas duplos.
14:47Ao mesmo tempo que a gente precisa de ferrogrão,
14:49a gente precisa de obras de infraestrutura,
14:51a gente tem uma política ambiental que segura todas essas obras de infraestrutura.
14:56Esse governo não se decidiu o que ele quer.
14:58E aí é o impasse.
14:59Ele vai chegar no final do governo não resolvendo a expectativa.
15:03Ele foi eleito em 22 com a expectativa de melhorar o custo de vida.
15:07Metade era rejeição ao Bolsonaro,
15:10metade do voto era expectativa de vida.
15:12A expectativa de vida não melhorou.
15:14Então ele não vai entregar nada,
15:15esse é o problema.
15:16Ele não se definiu.
15:18Ele precisa se definir.
15:19Aliás, o governo anterior também não se definiu.
15:21Era um governo esquizofrênico,
15:23com vários erros,
15:24que apostou totalmente nessa lógica do sistema financeiro
15:27e não desenvolveu absolutamente nada.
15:29Porque o agronegócio funciona per si.
15:32O agronegócio é uma instituição que funciona ali individualmente,
15:38não precisa ali de grandes apoios.
15:42Se o Renato me permite uma pequena parte,
15:45é o agronegócio que vem puxando o PIB brasileiro.
15:48É lógico.
15:49É o agronegócio.
15:49E isso, Thais, que é importante dizer,
15:51que eu acho que talvez muita gente até concorde com o teu pensamento
15:54quando a gente fala do bilionário.
15:55Eu gostei muito da fala do Renato,
15:56mas quando você fala do bilionário, tudo bem.
15:58Só que eu acho que essa MP que o governo está propondo agora
16:01não está falando de bilionário.
16:02Eu li a MP, não estou encontrando de tãos bilionários ali necessariamente.
16:05Eu estou encontrando o aumento de 5% em títulos de renda fixa
16:09que nós investimos.
16:12O cidadão brasileiro investe, cidadão de classe média,
16:14investe títulos de renda fixa na LCA, que era isenta.
16:17Então você procura ali, porque o gerente do teu banco
16:19sobrou um pouquinho de dinheiro.
16:21O gerente te falou, isso aqui não tem imposto de renda.
16:23Você coloca seu dinheirinho na letra de crédito agrícola,
16:25que acaba ajudando, porque esse dinheiro é usado para o agronegócio
16:28e vem puxando o PIB.
16:29Mas, Ricardo, aí, assim, como lógica de...
16:32Isso, claro, o cara vai fazer isso porque ele ganha ali 1%, sei lá,
16:34por mês e não sei o quê.
16:35Mas como lógica de país, o cara de 150 mil normalmente é um cara
16:39que é empresário, pequeno e médio empresário, liberal e não sei o quê.
16:42Em vez de ele...
16:43A lógica do país, em vez de investir em negócio,
16:46ele devia pegar esse dinheiro, aumentar seu próprio negócio,
16:49contratar mais gente, gerar mais lucro.
16:53Mas daí vem o governo também que te forme em outro.
16:55O governo impede o crescimento do cara.
16:57Tudo errado é esquizofrenia.
16:58Realmente está muito complexo.
16:59E no fim do dia, a gente tem que pensar que quem é o grande responsável
17:03seria o líder, seria o governo.
17:04A gente espera do governo que tome atitudes,
17:07que possam propiciar que o cara tire o dinheiro dele lá,
17:10do tal rentismo, como posso dizer o Ciro Gomes, por exemplo,
17:12para investir em um novo negócio, gerar novos empregos,
17:15e aí, então, a gente fazer uma distribuição de renda,
17:17que é aquela que a gente sonha.
17:18Mas isso não está acontecendo.
17:19Por isso que eu digo que o governo está bastante perdido aí.
17:21Então, a gente dizer que essa MP vai ajudar o mais pobre,
17:27não vai ajudar o mais pobre.
17:28O governo está tirando o dinheiro de uma classe média espremida
17:30para poder gastar com diária de viagem,
17:33com emenda parlamentar, que a gente vai descobrir depois
17:35pelo próprio judiciário, que está tendo desvio de recurso público,
17:38porque a emenda parlamentar destinada para ONGs,
17:40que não tem transparência.
17:41Quem está dizendo isso foi o próprio...
17:43Obras feitas pelas empreiteiras dos parlamentares.
17:46Por aí vai.
17:47Vamos embora.
17:48Agora, João Benuto, se você é um liberal convicto,
17:52e às vezes o seu liberalismo impressiona até o espírito do John Locke,
17:57onde ele está, ele fala, olha, esse realmente é um capitalista.
18:03E eu quero dar uma razão a você.
18:05Primeiro, eu queria desmistificar esse negócio,
18:07que é esse governo com o governo dos pobres.
18:09O governo Bolsonaro atendeu tanto quanto,
18:12foi assistencialista também, tanto quanto.
18:16Agora, eu quero perguntar para você o seguinte,
18:18Sabe qual é o custo para o orçamento dos subsídios fiscais?
18:26645 bilhões de reais.
18:30Claro.
18:31Eu lembro um discurso do Ronald Reagan,
18:35que foi o presidente mais carismático dos Estados Unidos.
18:38Um liberal convicto.
18:40O Dorgan já se arrepiou aqui, ele vai falar do Reagan depois.
18:42O Reagan dizia, quando você adora uma política de subsídios,
18:48você está estimulando a empresa a ficar preguiçosa,
18:53obsoleta, a não se reinvestir.
18:57É como uma criança mimada que é acomodada pelo papai e pela mamãe.
19:02Nós temos que estimular a competitividade para a nossa empresa crescer.
19:07Depois, quando você entra, além de subsídios com tarifas muito elevadas,
19:12você sofre retaliações nos outros países também nos seus produtos.
19:16E no final, você tem um parque industrial obsoleto, ultrapassado,
19:21e um gasto, um custo social enorme com estes subsídios.
19:26O que você acha da política de subsídios que, no governo Dilma Rousseff,
19:31com Guido Mantega, o ministro da nova matriz econômica,
19:35corroeu 50% do PIB brasileiro?
19:38Queria te ouvir.
19:39Pois é, Capês.
19:39E você vê que essa questão dos subsídios, ela é unânime.
19:42A grande maioria das pessoas, dos eleitores, votantes, enfim,
19:45pensa dessa forma.
19:46Esses subsídios não fazem sentido porque eles desbalanceiam toda a cadeia,
19:50já que alguns setores têm esse privilégio e outros não.
19:52E esses setores, como você colocou perfeitamente,
19:55viram extremamente dependentes desse subsídio.
19:57Qualquer subsídio temporário no Brasil, ele já vira definitivo.
20:01Lembra a CPMF, que depois durou vários anos,
20:04que era uma coisa provisória.
20:05Então, sempre o provisório do governo, ele é eterno,
20:08a gente pode ter certeza disso.
20:10E o setor realmente fica 100% dependente desse benefício.
20:13Ele começa a vender o discurso de que, para conseguir o benefício,
20:15ele vai gerar não sei quantos milhões de emprego.
20:18E ele utiliza toda essa retórica, infelizmente.
20:22Agora, o governo Lula já preparou um combo eleitoral,
20:24desde já, com a isenção da conta de luz para uma faixa de renda,
20:28questão da isenção do imposto de renda para os 5 mil reais.
20:30Ele já preparou todo esse combo eleitoral,
20:32mas está com dificuldade de colher os frutos ainda.
20:35Está pensando 100% na eleição, não em contas públicas, nada disso.
20:39Até porque se a ideia do governo fosse distribuição de renda,
20:42que é um conceito que eu acho bastante equivocado,
20:44mais favorável ao geração de riquezas,
20:46porque distribuir renda é pegar de quem tem, distribuir para quem não tem,
20:49com um burocrata decidindo o que é justo no lugar,
20:52aquilo é uma entidade pensante, ele vai decidir por todos os outros
20:54qual é a porção justa para cada um do recurso que o outro produziu,
20:58não aquele próprio.
20:59Então, esses burocratas acabam fazendo dessa forma.
21:01Então, o governo prepara toda essa situação,
21:04não articula, não consegue sair daí,
21:07e fica apanhando de todos os lados com esse discurso,
21:09vou distribuir riqueza.
21:10Se fosse assim, viria como uma medida.
21:13Quem ganha até 10, 15, 20 mil reais, que é classe média, enfim, no Brasil,
21:16não paga nada e quem tem bilhão paga.
21:18Seria isso.
21:19Não, ele não faz isso.
21:20Ele não corta de quem precisa, faz essa isenção dos 5 mil,
21:23que quem ganha 5 mil reais no Brasil já é considerado classe média,
21:26o que não é necessariamente uma realidade,
21:29e vai para cima dos bilionários.
21:31E qual vai ser a lógica?
21:33999 milhões, quem tem até ali não paga.
21:36Aí 1 bilhão e 1 centavo aí paga imposto.
21:38A coisa não faz nem sentido.
21:39E quem tem a economia informal paga no PIX, né?
21:42Paga no PIX.
21:43Queria tributar o PIX também, né?
21:44E todo imposto é repassado para o consumidor final.
21:47A lógica da tributação no Brasil é repassar para o consumidor final.
21:49É um sistema injusto que tributa muito mais consumo
21:53do que renda e patrimônio em si.
21:54Então, no final das contas, é o consumidor final
21:55que paga esses impostos, Capês.
21:57Só para pontuar, o nosso telespectador é muito exigente, né?
22:02Na verdade, quando eu falei do governo Dilma,
22:04estou me referindo a um estudo do professor Reinaldo Gonçalves,
22:07do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
22:09e que pode ser localizado no site InfoMoney25.
22:14Dilma teve o terceiro pior PIB em 127 anos de república.
22:20E os erros econômicos dela foram responsáveis por 90% da culpa.
22:24Não estamos falando disso agora,
22:26mas eu tive que pontuar para poder justificar
22:29por que eu falei dos subjetos.
22:30Mas ali começou o buraco.
22:31Ali começou esse buraco todo enorme aqui.
22:35Não é nem buraco, já virou uma canastra.
22:37Agora, minha querida Thaís Cremasco,
22:42você ouviu atentamente a questão dos subsídios,
22:46a questão do governo assistencialista que distribui pobreza,
22:49a questão de que é o risco de você tributar as empresas,
22:53as grandes fortunas.
22:54Em outros países, alguns dizem que não deu certo,
22:56que migraram para paraísos fiscais.
22:59E você, democraticamente, civilizadamente, educadamente,
23:04ouviu todos falando.
23:07Nós queremos te ouvir agora com toda atenção.
23:10Eu tenho uma certa inveja desse pensamento
23:15que se organiza como se fosse algo natural
23:19no sentido de justiça social.
23:21Então, eu ouço o João falar,
23:24e realmente, assim,
23:25esse mesmo romantismo seu, Fernando,
23:28de pensar, não, mas nós queremos uma sociedade mais justa,
23:32nós queremos uma sociedade mais igualitária,
23:35não precisa controlar as empresas,
23:38não precisa controlar os grandes empresários,
23:41porque esse controle vai se organizando,
23:43porque o capitalismo realmente é ótimo
23:46para distribuir dentro desse discurso totalmente distópico,
23:53que o capitalismo vai se organizando
23:55de forma que todo mundo vai conseguir sobreviver,
23:57e não é verdade.
23:59Esse é o problema.
24:00O problema é que a gente parte de um pressuposto que é mentira.
24:03O capitalismo, e a reforma trabalhista que teve aqui no nosso país,
24:07deixou muito claro que não adianta você deixar
24:11que os empresários se regulem em qualquer ponto que seja,
24:16porque só vai aumentar a exploração humana.
24:19A reforma trabalhista veio nessa mesma dialética de dizer,
24:23nessa retórica de dizer,
24:24olha, vamos modernizar a legislação,
24:28vamos modernizar as relações,
24:29porque o empresário e o trabalhador vão se organizando,
24:33dessa forma, assim, olha, tudo vai dar certo,
24:35se organiza melhor, moderniza,
24:37e as relações trabalhistas vão ficar melhor.
24:39O que a gente viu?
24:40Uma piora, uma piora, o trabalho está uberizado.
24:44Por quê?
24:44Porque a lógica do capitalismo é lucrar o máximo a qualquer custo.
24:49A vida é um detalhe.
24:51Então, eu realmente sinto inveja,
24:54preciso falar aqui no ar,
24:55sinto inveja dessa romantização de um sistema
24:59que declaradamente oprime, mata,
25:03traz miséria na vida das pessoas.
25:05Então, não, ao contrário,
25:07às vezes eu vejo os comentários,
25:08ah, é comunista, gente, não sou comunista se for de iPhone,
25:12então não é, não é esse o caso.
25:14O caso é ignorar todas as mazelas,
25:17acreditar na meritocracia,
25:20que para mim é o mais bizarro de tudo,
25:22ah, e se esforça lá que você vai conseguir
25:23e que tudo vai dar certo.
25:25Então, me assusta essa distopia da realidade
25:29da pessoa brasileira, do povo brasileiro.
25:33Mas, Renato Dorgan,
25:34mas os países que apostaram exatamente nisso
25:37que a Thais está criticando,
25:40não são os países que acabaram vencendo?
25:43Eu vou citar aqui o...
25:46Desculpa, o Engels e o Marx,
25:48tudo bem, não é o que você está falando,
25:49mas o Engels e o Marx,
25:51a revolução comunista,
25:52a ditadura do proletariado,
25:55depois teve, no início do século passado,
25:57o revisionismo do Eduard Bernstein,
26:00que era um socialista alemão,
26:04que dizia, espera um pouquinho, gente,
26:05calma lá.
26:06Primeiro que essa revolução aqui,
26:09a ditadura do proletariado,
26:11não quer significar nada.
26:12O capitalismo melhorou a vida das pessoas,
26:14houve um enriquecimento,
26:16a revolução industrial já está sendo controlada,
26:18não traz tantos abusos.
26:19Então, quando a gente está falando isso,
26:21Dorgan,
26:21nós estamos falando de um regime
26:23que tem que proteger a classe produtora,
26:28porque é a classe produtora
26:29que vai gerar emprego,
26:30que vai recolher impostos.
26:32Eu acho que é um raciocínio torto você dizer,
26:35me dá aqui o dinheiro que eu cuido.
26:37A política de centralização econômica
26:40da União Soviética
26:41e apropriação pelo Estado dos bens de produção
26:44não deu resultado.
26:46Então, essa visão é um pouco...
26:47Eu quero te ouvir.
26:48Eu acho que é importante esse meio.
26:49Eu acho que aqui ninguém está defendendo.
26:51Quando a Thaís fala,
26:52não é a ditadura do proletariado.
26:55O revisionismo alemão ali
26:56é a social-democracia,
26:58é o que acontece nos países escandinávios,
27:01é o que acontece na França, na Inglaterra.
27:03É um meio termo
27:03entre o neoliberalismo tipo civil
27:05e meritocracia,
27:07que eu concordo com ela.
27:08Não é assim.
27:09O Brasil é um país
27:10que teve três séculos de escravidão,
27:11depois teve uma transição ali toda abrupta,
27:15teve uma concentração da República do Café com Leite,
27:18depois a ditadura do Vargas,
27:19depois a ditadura militar.
27:22Isso aí a gente começou uma democracia,
27:24a gente começou a conversar sobre isso
27:25que a gente está conversando aqui nos anos 90.
27:27Até então,
27:28era um país que quem dominava
27:30eram as elites,
27:31e elites que vinham ali do Brasil colonial.
27:34Daí teve migração,
27:35teve vários movimentos do século XX
27:37que foram dando um novo caldo ao Brasil.
27:39As classes dominantes brasileiras
27:41são injustas historicamente
27:43e continuam a maioria delas.
27:45Você tem 40%, 50% de pessoas
27:47fora da linha ali de uma vida digna.
27:51As pessoas...
27:52É um analfabetismo funcional,
27:55é falta de proteína todos os dias.
27:58Então, de uma maneira ou de outra,
27:59o Estado precisa estar presente,
28:01porque o capital não vai...
28:03Claro, tem pessoas maravilhosas,
28:04capitalistas ali que ajudam,
28:06mas em linhas gerais eles não ajudam.
28:08Em linhas gerais é o lucro,
28:10ele quer aquilo para ele.
28:11Não estou falando que é errado o lucro.
28:12Aí é o revisionismo da social-democracia.
28:15Então, o Stalin acabou com o marxismo, ok?
28:18O Stalin afundou ali, né?
28:20Quando ele mata o Lenin, né?
28:23Eu falo que ele não matou,
28:24mas eu acho que matou.
28:25Ele varre ali todo mundo que pensava diferente.
28:28Ele instaura uma ditadura do proletariado
28:30que deu certo do ponto de vista militar.
28:32E foi um desastre.
28:33Você acha que ele matou o Lenin, né?
28:35Eu acho.
28:35Mas eu tenho certeza que ele mandou matar o Trotsky no México.
28:38Também matou.
28:39A martelada na cabeça.
28:41E o departamento...
28:42E ele chamava isso de métodos administrativos.
28:44Isso, é.
28:45Mas não foi só ele, não, né?
28:47O Mao Tse-Tung também, o Fidel Castro.
28:49Tem muita gente com culpa no cartório.
28:51Pois é, a China, ela está nos mostrando
28:55como é essa inserção que a Thais falou
28:58das massas que são feitas na economia,
29:01com o Estado...
29:03Porque o Estado, quando ele subsidia...
29:05Que não é esse subsídio louco
29:06que eu dou dinheiro para os meus amigos que tem aqui.
29:09É.
29:09O Estado subsidia o privado
29:12e o privado tem uma obrigação social ali de atender.
29:15Pois é.
29:15Eu só sei de uma coisa.
29:17Um amigo meu chegou do Japão.
29:18O Japão que está em cima de uma fossa
29:22em que pode, a qualquer momento,
29:24sofrer um terremoto,
29:25que não tem recursos naturais.
29:27Lá, uma manga custa mil reais.
29:29É a terceira economia do mundo.
29:31E nós estamos aqui discutindo
29:32em que banheiro que a criança deve frequentar.
29:35Vamos falar agora sobre redes sociais.
29:38Logo após um rápido intervalo.
29:40Voltamos já já com esse debate que vai pegar fogo.