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Pecuarista em prosa: Maryele Rodrigues
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31/05/2025
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No Pecuarista em Prosa de hoje, eu converso com a médica veterinária Marielle Rodrigues,
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que saiu de São Paulo para morar no Mato Grosso e realizar o sonho de trabalhar com confinamento.
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Olá Marielle, obrigado por participar aqui com a gente.
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Como foi isso de se mudar para o Mato Grosso para trabalhar com confinamento?
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Você já foi com a certeza de que era isso que você queria para a sua vida?
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Muito obrigada pelo convite de estar falando aqui com vocês.
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Na verdade, eu nunca tinha pensado em vir para o Mato Grosso,
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mas meu coração, depois que ele conheceu o confinamento, eu não quis saber de outra coisa.
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Eu sou apaixonada pela saúde animal.
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Antes eu trabalhava como plantonista em hospital veterinário, fazia atendimento da região.
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Eu sou do interior de São Paulo, da cidade de Limeira.
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E eu falo que eu misturei a paixão pela saúde animal e também uma criação na parte de educação empresarial.
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Meus pais sempre foram empreendedores.
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E quando eu conheci o confinamento, meu primeiro contato com o confinamento foi em algumas unidades pequenas,
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algumas propriedades pequenas, e o grande foi um confinamento em River Sul, da Fazenda Bergamini.
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E quando eu vi aquela operação, eu tinha certeza que era aquilo que eu queria.
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E Mato Grosso, sendo um polo hoje de rebanho bovino reconhecido,
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quando surgiu a oportunidade, eu não pensei duas vezes e vim para cá.
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E falando um pouco aí da sua trajetória, né?
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Hoje você está à frente de um projeto bem bacana no confinamento.
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Que projeto é esse e como que ele funciona?
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Exato.
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Hoje eu estou como gerente de sanidade e bem-estar animal nos confinamentos da MFG,
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que são da Marfrig.
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Mas eu iniciei em 2022, quando eu vim para cá, como médica veterinária.
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Era responsável por duas plantas de confinamento.
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No total, hoje, da companhia são seis plantas, espalhadas pelo São Paulo, Mato Grosso.
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Tínhamos no Mato Grosso do Sul e Goiás.
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E eu vim em 2022 como médica veterinária.
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Depois subi para o cargo de coordenação de sanidade e bem-estar e hoje estou como gerente.
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O projeto foi uma visão estratégica da companhia de entender que nós precisávamos cuidar
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mais de perto do rebanho bovino, da saúde dos animais.
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E estratégicamente também pensando na parte financeira do negócio.
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O quanto a mortalidade impacta num custo de produção, que é um confinamento hoje.
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Lidar com a modalidade de confinamento, a parte engorda dos animais que vão para abate.
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Perfeito.
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E quais as estratégias de bem-estar animal que vocês adotam para conseguir produzir em
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larga escala?
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Nós estamos falando de um confinamento.
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Sim.
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Até retomando um pouco a pergunta anterior, quando a gente fala do projeto, o projeto
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contou com a contratação de médico veterinário para trabalhar na parte de gestão de frente
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de um confinamento.
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Então, era o veterinário identificar quais eram oportunidades de melhoria para poder
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cuidar desse rebanho.
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E como há uma produção muito grande, é você poder encaixar uma rotina corrida de
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operação e também, ao mesmo tempo, dar tempo ao animal.
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E a gente trabalhou com alguns pilares específicos.
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Primeiro, cuidado com a chegada dos animais.
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Então, entender de onde esse animal está vindo, qual a quilometragem que ele rodou, qual
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o período de descanso que ele precisa para depois tomar uma vacinação e conseguir absorver
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de maneira adequada essa vacinação para corresponder com a imunidade correta do animal.
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Então, cuidado com a chegada.
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No segundo momento, o manejo.
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É um segundo pilar.
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A gente trabalha com o manejo racional na nossa companhia.
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Tanto o manejo nada nas mãos, em alguns pontos específicos, o uso de bandeiras, mas
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priorizamos o manejo nada nas mãos.
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A ronda sanitária, que é o acompanhamento diário dos animais dentro do confinamento.
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Então, uma pessoa que está ali todo dia visitando o local onde os animais ficam, roda,
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identifica se tem alguma doença, se tem algum sintoma diferente.
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E também o médico veterinário fica responsável por fazer uma avaliação semanal de bem-estar
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dentro da fazenda, que avalia os cinco pilares, que são os cinco domínios.
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A parte de nutrição, ambiente, saúde, comportamento e também a parte de estado mental, que era
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um pouco mais difícil da gente avaliar, mas que eu vou contar para vocês que a gente
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foi pioneiro em fazer um experimento.
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E quais foram os principais resultados, então, que você teve dentro da fazenda neste período
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que você está à frente desses projetos?
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O bacana é que a gente vê o crescimento do projeto, e como você disse, tem que trazer
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os resultados.
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De 2023 para 2022, 2022 foi um ano de consolidação, que a gente entendeu o que precisava ser feito,
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e depois nós colhemos os frutos.
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Então, em 2023, em diante, nós conseguimos um save de 2 milhões com a baixa de mortalidade,
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então nós tivemos 50% de redução na mortalidade do confinamento, nós conseguimos implementar
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um programa de sanidade robusto, aumentando a média da avaliação de bem-estar para 95%,
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e fomos reconhecidos como a menor mortalidade nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul
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e Goiás, no benchmark de 2023 da consultoria Foco.
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Além disso, no último ano, nós também conseguimos certificar uma de nossas fazendas
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com uma certificação exclusiva da Fair Food, é o primeiro passo, inclusive, para depois
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nós conseguirmos um reconhecimento internacional, em parceria com a empresa Fibre, e nós fomos
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pioneiros no experimento de enriquecimento ambiental.
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Como eu disse, um dos cinco pilares avaliados é o estado mental do animal, e como fazer isso
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dentro do confinamento?
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Nós começamos a colocar coçadores, porque o animal na natureza tem o hábito de se
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coçar nas árvores, e quando a gente traz para o confinamento, a gente quis manter esse
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hábito para poder avaliar o comportamento do animal, e trouxemos opções de coçadores,
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estamos rodando experimentos junto com professores, fazendo análise por meio de câmeras para
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identificar o comportamento, a utilização, e permitir que o animal faça a escolha do comportamento
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dentro da baia confinada também.
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Muito interessante, essa eu não conhecia.
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E quais são os próximos objetivos lá no confinamento?
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Os próximos objetivos, pensando, a gente conseguiu primeiro abraçar a sanidade, diminuindo a mortalidade,
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nós conseguimos olhar para o bem-estar com um carinho maior, de pensar aquilo que faltava
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para o bovino dentro do ambiente confinado, e ainda faltava uma coisa para a gente travar
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essa cadeia.
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Porque o confinamento, ele é uma estratégia para produzir em larga estala, a gente vai
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precisar dali no futuro, a gente precisa de alimento para o mundo, então o confinamento
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é muito bem.
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E a gente levar essa imagem para as pessoas de que tem sim a possibilidade de ser muito
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bem, tudo bem.
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E um dos objetivos do futuro que nós estamos fazendo, é trabalhar com os nossos fornecedores,
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tanto de insumos nutricionais, quanto de insumos terapêuticos, né?
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Da parte de produtos e medicamentos.
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Então, a gente estamos exigindo que os fornecedores que participam das nossas negociações financeiras,
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eles tenham certificação de bem-estar animal ou certificação ambiental para poder participar
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junto com a gente de uma negociação, de um contrato.
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Então, só entra quem tiver certificação.
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A gente quer entregar a primeira cadeia assim, assegurada e completa do mercado.
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Então, a MFG, junto com o departamento técnico de nutrição e sanidade, só aceita fornecedores
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que têm reconhecimento de certificação como uma empresa amiga de bem-estar animal e ambiental.
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E dessa forma, contribuir com a imagem de que sim, a pecuária brasileira é uma pecuária sustentável,
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ela é preocupada com o bem-estar, com o bem-estar ambiental também, que a gente está no caminho certo, né?
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Que legal.
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Então, certificação, sustentabilidade, bem-estar animal, tudo isso faz um conto do bem.
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Se alguém não entendeu, vou te pedir para explicar.
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Qual que é a importância de práticas de bem-estar animal com larga produtividade, né?
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Com produção em larga escala?
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A gente tem um compromisso muito sério na mão com a pecuária brasileira, que a gente alimenta o mundo.
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É o maior exportador de carne e a gente tem que fazer isso de uma maneira positiva.
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Então, cuidar de quem nos fornece e alimenta é o mínimo que nós temos que fazer.
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Para produzir bem, a gente tem que ter o indivíduo bem.
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Então, cuidar do bem-estar do animal é garantir uma produção grande e garantir uma produção produtiva, de alta escala mesmo.
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Porque o animal que ele está bem, ele come melhor, ele produz mais carne e é eticamente correto.
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Então, assim, para a gente fechar, a Marielle, que lá atrás saiu do interior de São Paulo e foi parar no Mato Grosso,
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o que você poderia falar no geral?
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Missão cumprida até aqui e tem muito mais pela frente?
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Missão cumprida, mas a gente está na metade do caminho.
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Tem muita coisa para fazer.
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E meu coração se alegra muito, porque, como eu disse, apaixonada por saúde, apaixonada por confinamento,
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anteriormente a gente não via a oportunidade de um veterinário estar dentro do confinamento se fosse para cuidar da saúde.
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Normalmente ele tinha que estar relacionado à nutrição ou à reprodução.
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E nós estamos vendo uma mudança de cenário, uma maturidade da pecuária de entender que a gente precisa de alguém para cuidar da saúde animal.
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Então, a pessoa hoje, as grandes empresas têm se posicionado de uma forma que precisa de um zootecnista,
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de um nutricionista para cuidar da produção e precisa de um veterinário para cuidar da saúde.
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Então, esse caminho, a gente tem várias pessoas também percorrendo ele, mas nós conseguimos abrir,
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ele deixa o meu coração muito feliz, porque era uma coisa que antes eu via muito distante e hoje eu vejo uma realidade muito palpável,
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de ver a seriedade e maturidade que a nossa pecuária tem olhado para a saúde animal e cuidado disso.
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É perceptível quando você fala de o quão feliz você está falando desse assunto, viu?
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Muito obrigado por participar aqui com a gente.
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O Terra Viva está sempre de portas abertas e, conforme for tendo mais resultados, conta para a gente que a gente divulga aqui, viu?
09:35
Obrigado.
09:35
Posso deixar um spoiler rapidinho?
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Pode sim, por favor.
09:41
A gente tem publicação do experimento de enriquecimento ambiental, junto com o professor Roberto Roça, o Nesp,
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e vamos continuar o experimento para mostrar sobre como isso impacta na produção e melhorar isso aí, a nossa produção.
09:53
Muito obrigado pela participação, pelo convite.
09:56
A gente que agradece.
09:59
E esse foi o Pecuarista em Prosa de hoje. Até a próxima.
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