Durante um evento no BNDES em comemoração ao Dia da Indústria nesta segunda (26), no Rio de Janeiro, Fernando Haddad declarou que “temos até o fim de semana para resolver” em relação ao recuo de parte das novas medidas do IOF. Em resposta ao ministro da Fazenda, Hugo Motta disse que o “Executivo não pode gastar sem freio” e que “a responsabilidade pelas contas é do governo federal”. Nelson Kobayashi e Cristiano Vilela avaliam.
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00:00O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nessa segunda-feira que o governo tem até o fim da semana
00:05para resolver como vai compensar o recuo na decisão de elevar o IOF.
00:12Direto então para as informações do repórter André Anelli.
00:14André, qual é a estratégia para que esse prazo seja definitivamente cumprido pelo governo?
00:20Bem-vindo, bom trabalho.
00:24Possivelmente contingenciamento, viu Tiago?
00:27Muito obrigado, boa noite a você, bom trabalho, boa noite a todos aqui no Jornal Jovem Pan.
00:32As declarações do ministro em relação a esse prazo então, para analisar uma alternativa à parte do recuo do IOF,
00:41essas declarações foram dadas na abertura do evento Nova Indústria Brasil em comemoração ao Dia da Indústria no BNDES no Rio de Janeiro.
00:50O público dessa cerimônia foi justamente um dos impactados pelo aumento do IOF em planos de previdência privada, crédito para empresas e operações de câmbio.
01:02O anúncio foi feito na semana passada e, diante da grande repercussão negativa,
01:06Haddad recuou em relação à tributação de fundos de investimento no exterior por meio do IOF.
01:13O ministro afirmou que uma nova alternativa será divulgada nos próximos dias.
01:18Mesmo assim, a oposição ao governo reagiu de forma negativa e já apresentou um projeto de decreto legislativo
01:26para assustar o decreto da presidência da república sobre o aumento nas alíquotas do IOF.
01:32O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, disse que não acredita na possibilidade de o presidente da casa, Hugo Mota, pautar a medida.
01:42O que nós queremos é resolver isso o quanto antes, o fiscal e o monetário, para voltar a patamares adequados,
01:52tanto de tributação quanto de taxa de juros, para o país continuar crescendo,
01:57o país está crescendo maior do que no período anterior.
02:01Se vocês fizerem, desde a casa, pegar as alíquotas do IOF do governo anterior, vocês vão ver que é um problema.
02:07Bom, Tiago, retomando aqui o nosso assunto, que é o IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras,
02:19a gente relembra que entidades que representam o setor privado se uniram nesse final de semana
02:24para elaborar um manifesto contrário a essas mudanças no IOF.
02:28O texto diz que o Brasil ostenta uma das maiores cargas tributárias do mundo
02:33e que é preciso um ambiente melhor para crescer, com um aumento de arrecadação baseado no crescimento da economia
02:40e não com mais impostos.
02:43Ainda na visão das confederações que assinaram a nota, o decreto pode gerar imprevisibilidade,
02:49além de aumentar custos para o setor produtivo.
02:52Portanto, uma grande repercussão negativa em torno desse tema do IOF.
02:57Pois é, e só para destacar, André, o ministro da Fazenda foi rebatido pelo presidente da Câmara,
03:05Hugo Mota, que afirmou que quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor.
03:11E ele também alegou que o executivo não pode gastar sem freios.
03:15Ou seja, ele que muitas vezes é comedido nas falas em relação ao governo,
03:20hoje acabou falando mais, não é André?
03:21Exatamente, bem colocado, viu Tiago?
03:26Por meio das redes sociais, o presidente da Câmara, Hugo Mota,
03:30ele se posicionou contra o governo diante dessas mudanças no IOF.
03:34Segundo ele, a Câmara tem sido parceira do Brasil,
03:38ajudando o governo a aprovar bons projetos que vêm do executivo,
03:42mas que quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor.
03:47Foi nessa manifestação que Hugo Mota, então, afirmou que o executivo não pode gastar sem freio
03:53e depois passar o volante para o Congresso segurar.
03:57De acordo com ele, o Brasil não precisa de mais imposto, precisa de menos desperdício.
04:03Mais cedo, também no dia de hoje, Haddad justificou as mudanças no IOF
04:07como necessárias para o ajuste fiscal, inclusive como a gente ouviu agora há pouco
04:13as justificativas do ministro da Fazenda.
04:16E além da questão do IOF, a reação contrária de Mota foi motivada por outras declarações
04:22do ministro Fernando Haddad, ele que afirmou que o desafio de equilibrar o orçamento é de todos.
04:29Antes, Haddad também afirmou que o Brasil vive na prática um sistema parlamentarista,
04:34mais uma declaração incômoda a Hugo Mota que prega uma pacificação entre os poderes
04:40e como você disse, né Tiago, costuma ser bem discreto nessas polêmicas, mas mudou o tom no dia de hoje.
04:47Sim.
04:47Sem dúvida.
04:48André Aneri com as últimas informações de Brasília, até daqui a pouco, mais um giro com os nossos comentaristas.
04:53Nelson Kobayashi, que confusão que esse anúncio da semana passada acabou provocando
04:58e daqui a pouco a gente tem um parlamentar aqui para conversar, é bem possível que o parlamento derrube
05:04esse modelo que o governo escolheu para tentar elevar o IOF.
05:09Claro que houve um recuo em parte, mas ainda há uma incidência do imposto em algumas operações,
05:17principalmente para quem quiser comprar moeda estrangeira.
05:20Olha, Tiago, isso é fruto de uma barbeiragem política do governo de anunciar para só depois
05:27sentir a opinião pública e ter que voltar atrás.
05:30E isso seria até admissível se a gente estivesse no começo da gestão, mas não estamos.
05:36Nós passamos já da metade da gestão do presidente Lula, nós já tivemos isso acontecendo outras vezes
05:42e o prejuízo foi grande para o governo, a gente se lembra do caso do PIX, por exemplo,
05:46então eles já sofreram com isso, erraram uma vez, estão errando segunda, terceira, quarta
05:50e numa questão até de comunicação, né?
05:54Lembrando que o governo mudou recentemente, o ministro que cuida desta comunicação das medidas do governo
06:00e ainda assim não foi o suficiente.
06:02Então agora é conviver com o desgaste.
06:04A partir do momento em que a gente tem um anúncio, depois tem um recuo do governo,
06:09isso já pega mal na sociedade e naturalmente reflete no Congresso Nacional,
06:13que agora tem toda a chance do mundo de fazer um decreto legislativo
06:16para assustar qualquer medida do governo, que seja impopular, como ficou marcada esta iniciativa do IOF.
06:23É, e o governo tenta correr atrás, né, Vilela?
06:25Porque primeiro precisa compensar esse recuo que acabou sendo anunciado justamente na semana passada.
06:32Tem a história do imposto de renda, quem que vai pagar a conta, como é que isso vai ser compensado.
06:38Os desafios para o governo são muitos.
06:40Exatamente, e são muitos por quê, Thiago?
06:44Porque o governo se nega a fazer a lição de casa, a fazer o que é evidente, que é cortar gastos.
06:50Nós temos um Estado brasileiro extremamente inchado, um Estado que gasta muito,
06:56despesas desnecessárias, dinheiro saindo pelo ralo,
07:00e, na verdade, o que o governo, e não só o governo atual,
07:04mas o que os governos, de uma forma geral, devem fazer é procurar formas de cortar os gastos.
07:10Mas não.
07:11Infelizmente, o atual governo, ele se mostra totalmente negacionista,
07:15no sentido de fechar os olhos para o atual Estado,
07:18que o Estado brasileiro vive,
07:20e acaba gerando mais e mais gastos.
07:23E, para isso, procura, através da criação e do aumento de impostos,
07:27fazer com que tente cobrir esse rombo,
07:30o que acaba prejudicando a própria atividade econômica
07:33e o desenvolvimento que o Brasil tanto precisa nesse momento.
07:37E, para isso, procura, através da criação e do aumento da criação e do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento do aumento