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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma declaração no ministério sobre as medidas econômicas do governo em meio à crise do IOF. O ministro deve se reunir com líderes do Congresso nos próximos dias. Deysi Cioccari e Cristiano Beraldo comentaram.

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00:00Nós vamos ao vivo agora para Brasília, porque o ministro Fernando Haddad fala agora em frente ao Ministério da Fazenda, vamos acompanhá-lo.
00:06É uma influência muito grande de propósitos, né?
00:09Fazer as correções necessárias no que diz respeito a tributos nas finanças,
00:18calibrar eventualmente as alíquotas no que diz respeito a tributos sobre as finanças,
00:25mas não ficar nisso, não simplesmente fazer a troca de uma coisa por outra, mas ir além.
00:33Além de resolver o problema de 2025, fazer uma reforma estrutural para os anos seguintes.
00:39O ministro, e com relação às emendas parlamentares que está nessa negociação,
00:43no Congresso ceder um pouco a questão das emendas para suprir a arrecadação, a questão dos 20 bilhões,
00:49como que o governo está avaliando agora no início da semana essa possibilidade?
00:52Não, a regra das emendas já está dada por lei complementar votada pelo parlamento.
00:58Então você faz o contingenciamento proporcional.
01:02Isso já é uma regra que vai ser respeitada por nós e pelo legislativo,
01:08até porque é uma decisão judicial que foi incorporada à legislação.
01:13Então não há dúvida.
01:14Mas o que eu queria deixar claro é que as conversas todas evoluíram
01:19e nos deixaram a nós aqui da Fazenda e da área econômica muito confortáveis.
01:25Para nós, esse é o jogo que interessa ao país.
01:28Não simplesmente uma situação paliativa para resolver um problema de cumprimento da meta do ano,
01:34mas voltar para questões estruturais para dar conforto a qualquer governante.
01:40Ao presidente Lula o ano que vem, a quem for eleito o ano que vem,
01:44uma perspectiva de mais longo prazo.
01:47Ou seja, o que eu disse aos dois, e me parece que houve um acolhimento,
01:52não só que eles estão com uma agenda muito boa e ampla de resolver problemas estruturais,
01:58reformas mais amplas, mas mais do que isso, voltar para aquilo que foi a tônica
02:05do primeiro ano e meio de governo, onde nós efetivamente conseguimos corrigir distorções
02:11no nosso orçamento, fazer a reforma tributária,
02:15corrigir aqueles benefícios fiscais injustificáveis que ainda existem.
02:20Nós vamos somar esse ano a projeção da receita?
02:23Portanto, está aí o ministro Fernando Haddad, que deve se reunir nos próximos dias com os líderes,
02:31e a discussão ainda é o corte no orçamento, o ajuste das contas públicas,
02:37e mais especificamente também a questão do IOF.
02:40Vamos voltar a ouvir mais uma vez aqui o que diz o ministro.
02:42...mais ampla, não ficar no tópico do decreto.
02:46Olha, o decreto é para resolver um problema pontual, distorções pontuais,
02:50mas se nós ficarmos de decreto em decreto, nós não vamos fazer o que o país precisa
02:55para apontar um horizonte de médio e longo prazo de sustentabilidade.
03:00Os dois presidentes e o presidente Lula,
03:04porque todas essas conversas foram feitas fazendo com que...
03:09A gente está com um probleminha aí no sinal com o ministro,
03:15mas de qualquer modo ele já disse que as emendas serão respeitadas, né,
03:19de acordo com aquilo que está na lei,
03:22dizendo também que as conversas com os líderes,
03:24notadamente o presidente do Senado e o presidente da Câmara,
03:27evoluíram, evoluíram para ir além de ajustes pontuais,
03:31segundo o ministro, é necessário que se tenha uma resposta estruturante,
03:35que foi uma fala até do Hugo Mota, na semana passada,
03:39que a gente tinha que dar uma resposta com medidas de estrutura,
03:42e ele disse isso porque tem que beneficiar os futuros governos.
03:45Ele falou, independentemente de ser Lula ou qualquer outro governo que venha para o Brasil,
03:49e que a gente não pode viver de decretos.
03:52É um tema importante que está mexendo com a nossa economia e a gente segue atento.
03:56Vamos tentar mais uma vez ouvir aqui o que diz o ministro Fernando Haddad nesse momento.
04:01O senhor vai dar uma perspectiva muito mais sustentável,
04:07sem essas medidas que são paliativas, que nós sabemos que não são estruturais.
04:14Então, para nós é muito melhor fazer as correções no atacado,
04:19do que fazer correções no varejo.
04:21Então o senhor avalia que depois do que aconteceu com o IOF,
04:24pode terminar melhor do que o senhor pensou inicialmente?
04:28Já que, é assim, há um impedimento de que o IOF poderia ser uma medida paliativa.
04:33O senhor está falando que vocês chegaram a um acordo para algo estruturante.
04:36O que eu sempre deixei claro é que eu não vou abrir mão das metas que a Fazenda estabeleceu
04:43de comum acordo com o Executivo e com o Legislativo.
04:46Nós não podemos abrir mão.
04:48Então, o que tiver que fazer, eu vou fazer.
04:52Agora, eu prefiro soluções estruturais, como qualquer ministro vai fazendo.
04:56Você vai perguntar para qualquer ministro da Fazenda.
04:58O que ele prefere são soluções estruturais.
05:02Se o Congresso está dizendo que também prefere, vou eu dizer o contrário?
05:07É muito melhor para o país soluções estruturais.
05:11Então, o que a Fazenda não pode é perder a iniciativa.
05:16Nós não podemos fazer isso.
05:18Se nós deixarmos a acomodação falar mais alto, nós não vamos avançar.
05:26Por que a gente avançou tanto nos dois primeiros anos e deu uma parada agora?
05:31Porque está faltando iniciativa, está faltando pulso, está faltando você chacoalhar a discussão,
05:40fazer o debate e voltar para a mesa.
05:41Porque se não vai acontecer isso, em vez de a gente conseguir o grau de investimento,
05:46nós vamos ficar patinando.
05:47Melhoramos uma nota, melhoramos outra nota e não vamos chegar.
05:50Você interpreta a decisão da agência?
05:53É isso que eu estou falando.
05:54Eu interpreto exatamente dessa maneira que eu acabei de dizer.
05:59As agências, elas reagem à capacidade de iniciativa do país.
06:04Se as agências percebem que o país deu uma parada, não está enfrentando os temas,
06:11ela também para.
06:12Ela fala, vou esperar para ver o que acontece.
06:14O ministro, o senhor foi convidado pelo parlamento para participar da reunião de líderes
06:18na próxima terça-feira, para participar da comissão de assuntos econômicos do Senado.
06:22Vai ter a sua participação nesses dois convites?
06:25Eu sempre aceito o convite, tanto do Senado quanto da Câmara.
06:28E vai ser uma ótima oportunidade, como sempre foi.
06:32Todas as vezes que eu fui ao Senado e à Câmara, eu saí com ganhos para o país, institucionais.
06:39Melhora o clima, melhora a compreensão do que precisa ser feito, melhora a visão de longo prazo,
06:47porque nós ficamos muito premidos pelo curto prazo e nós estamos a enxergar um pouquinho mais longe
06:53a vida nacional.
06:54Então, eu acredito que nós estamos em uma excelente...
06:58Nós abrimos uma excelente oportunidade de voltar a falar do que importa.
07:03Uma coisa, ministro, o sacado vai cair, então, em OEF enquanto se discute isso?
07:08Não, não vai ser discutido dessa maneira.
07:11Vai ser discutido rapidamente.
07:14Então, ninguém aqui está querendo postegar.
07:16Aliás, eu estou...
07:17Eu disse para os dois presidentes, eu não preciso dos 10 dias.
07:21Você viu?
07:22Você lembra que eu saí da reunião a semana passada com prazo de 10 dias?
07:27Eu falei, eu não preciso dos 10 dias.
07:30Nós sabemos o que precisa ser feito.
07:32Mas precisa tomar uma decisão política do que será feito.
07:36E, diante do que eu ouvi, eu acredito que essa semana a gente possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF,
07:47quanto, mas aí combinado com as questões estruturais.
07:52Quer dizer, não dá para dissociar mais uma coisa da outra.
07:56Você quer alterar o curto prazo?
08:00Altera o longo prazo junto.
08:02Porque aí você faz uma combinação que dá para o investidor, para o cidadão, para o trabalhador,
08:08um horizonte das regras do jogo daqui para frente.
08:12Com previsibilidade, com transparência e com discussão sobre a justiça das medidas.
08:18Só para eu perguntar para o senhor antes, essa é uma ótima dúvida.
08:21Fora essa agenda de longo prazo, que é importantíssima, como é que vai fechar o buraco do orçamento desse ano?
08:25Além do IOF, essa CLL pode voltar na mesa das discussões?
08:28A CLL tem um problema que você sabe melhor do que eu, que é a noventena.
08:34Então, a noventena, nós já estamos no meio do ano, entendeu?
08:37Então, ela não é o melhor remédio para o problema que nós estamos enfrentando agora,
08:43que foi a falta de compensação da folha de pagamento, da desoneração da folha.
08:50Eu sei que vocês têm um constrangimento com isso, mas vocês precisam entender
08:54que a desoneração da folha não foi resolvida até hoje.
08:57Isso tem um ano e meio, gente.
09:00Nós estamos esperando essa compensação há um ano e meio.
09:04E vocês têm essa dificuldade de enfrentar esse problema,
09:08mas são 22 bilhões que estão faltando na peça orçamentária
09:12porque não houve a compensação.
09:16Isso tem um ano e meio.
09:17Ministro, mas a minha questão é nesse sentido.
09:20Como é que o Congresso agora, ele diz que quer fazer reformas amplas?
09:23Mas a gente já teve o exemplo...
09:24Isso, mas nós...
09:25O que vai mudar agora?
09:28Ainda mais considerando que eu não tenho ano eleitoral.
09:31Então, tem uma questão para eles também que é mais difícil
09:33votar essas medidas mais duras.
09:35Mas a...
09:36O Mudes ajuda dizendo que não tiver reforma não vai melhorar.
09:40A transparência ajuda.
09:42Se você fala...
09:43Se você discute com o país as questões claramente,
09:48a decisão política cabe ao Congresso.
09:50Não é dúvida.
09:51A última palavra é do Congresso.
09:53Mas nós estamos dando transparência para um problema
09:55e vamos apresentar agora com aval dos presidentes
10:00que, aliás, eu queria elogiar muito francamente.
10:04Eu, às vezes, falo...
10:06Eu sou muito franco na...
10:07O presidente Hugo, o presidente Davi,
10:11tem sido, nessa semana, parceiros fundamentais do país.
10:15Não é da Fazenda.
10:16Porque eles sabem que tem o amanhã.
10:20Amanhã tem outro governo.
10:21Amanhã tem outra...
10:22Tem eleição, tem discussão sobre esses temas.
10:25Quanto mais transparente nós fomos,
10:28quanto mais sérios com o país nós fomos,
10:31tanto melhor.
10:32Por isso que eu estou aqui hoje.
10:34Eu já estava, semana passada, muito confortável
10:37com os debates que foram feitos com os líderes.
10:41Hoje eu estou ainda mais.
10:43O que eu ouvi no final de semana,
10:45em conversa com os dois,
10:47em conversa com o presidente da República,
10:49me deixa muito confortável
10:51de que nós temos uma oportunidade
10:53de voltar a fazer as reformas necessárias
10:56para o país continuar crescendo,
10:59continuar gerando emprego,
11:01a inflação continuar caindo,
11:03abrir espaço para a queda do juro,
11:05que é o que o Brasil precisa nesse momento.
11:08Então, a agenda é boa.
11:10Vou tentar fazer duas em uma, rapidinho.
11:13Sobre ressarcimento de aposentados e NSS,
11:16o ministro Jorge Messias diz que a União pagará,
11:19então, o orçamento de 2025,
11:21mas tem espaço com esse congelamento agora de 31 bi.
11:24E a minha outra dúvida é sobre a arrecadação
11:27de estados e municípios em termos de imposto de renda.
11:30A Federação dos Municípios tem se manifestado
11:32contra em relação ao aquecimento da economia local.
11:37O secretário Robson Barreirinhas diz que
11:40provavelmente essa arrecadação vai vir
11:42do aquecimento da economia local de estados e municípios,
11:45mas eles contam com uma receita certa.
11:49Disseram que quer ter uma receita líquida.
11:51Tem uma coisa que governadores e prefeitos
11:54não podem reclamar é dos repasses da União.
11:57Pode pegar qualquer série histórica,
11:59desde a posse do presidente Lula para cá.
12:02É muito recurso que está sendo transferido, gente,
12:04acima da inflação, mas muito acima da inflação.
12:08Pega o que aconteceu o ano passado
12:10e o que está acontecendo esse ano
12:11em termos de repasse para estados e municípios,
12:14em termos reais, acima da inflação.
12:17Não tem espaço para reclamação.
12:19Eu acompanho aqui o caixa dos municípios em tempo real
12:24e dos estados em tempo real.
12:27O Tesouro tem acesso às contas para saber a liquidez
12:30de estados e municípios.
12:34Os repasses estão no patamar histórico máximo.
12:37Nós estamos cuidando.
12:39Porque tudo que a gente arrecada aqui,
12:41a maioria do...
12:43A gente repassa muito do que a gente arrecada.
12:46Então, esse esforço de combater sonegação,
12:49esse esforço de combater gasto tributário indevido,
12:52tudo isso tem um rebatimento
12:54nos repasses para estados e municípios.
12:56É um esforço que a Receita Federal faz
12:58sozinha
12:59e que acaba favorecendo as receitas estaduais.
13:04Tem suprido, tem suprido.
13:08Tanto é que nós estamos corrigindo a tabela do IR
13:11já pelo terceiro ano
13:13e não está faltando recurso para estados e municípios.
13:15Só um pouquinho aqui.
13:16Gente, eu vou ter que trabalhar agora.
13:19A minha outra dúvida aí.
13:21Se vai ser crédito extraordinário
13:22ou vai ser dentro da meta?
13:25Eu ainda vou sentar com o Messias para discutir.
13:29Mas a decisão do presidente é fazer a reparação.
13:32A reforma administrativa pode ser uma solução
13:35e é uma prioridade do governo federal
13:37de começar a tramitar isso na Câmara, no Senado?
13:40Tem aspectos da reforma administrativa
13:42que aumentam gasto.
13:45Eu tenho alertado no Congresso já há algum tempo,
13:48vou falar com o Pedro Paulo,
13:50tem dispositivos da FEC 32
13:53que aumentam gasto.
13:55Toda a parte de segurança aumenta gasto.
13:58Então, nós precisamos notar que
14:02quando você fala em reforma administrativa,
14:05tem um pouco de um fetiche em torno da expressão.
14:08Mas quando você faz a conta,
14:10a conta não fecha.
14:12Então, precisa cautela.
14:14Outra coisa, nós já mandamos algumas dimensões
14:16da reforma administrativa
14:18que, na minha opinião,
14:19deveriam preceder toda e qualquer votação.
14:22Que é a questão dos supersalários
14:23e do acordo que foi feito com as forças
14:26sobre aposentadoria.
14:27nós daríamos um bom exemplo
14:30para começar a discutir esse tema
14:32começando pelo topo do serviço público.
14:37Entendeu?
14:37Gente, eu vou ter que...
14:38Obrigada, ministro.
14:39Eu vou ter que trabalhar um pouquinho.
14:42Obrigada, ministro.
14:43Vai lá.
14:47Portanto, nós acompanhamos aí
14:48o ministro Fernando Haddad
14:49dando algumas declarações a jornalistas
14:51nesta manhã
14:52em meio a essa crise do IOF.
14:54E a gente convida aqui
14:55os nossos comentaristas,
14:56Deise Siocari,
14:57Cristiano Beraldo.
14:59O que vocês extraíram aí
15:00dessa conversa com o ministro?
15:01Deise, eu trouxe alguns pontos aqui.
15:03ó, emendas serão respeitadas
15:05de acordo com as leis,
15:06as conversas estão evoluindo
15:07para ajustes
15:08que não sejam apenas pontuais,
15:09mas sim estruturais
15:11e que possam beneficiar
15:12os governos daqui pra frente
15:14no que diz respeito
15:15às contas públicas.
15:16Ele disse também
15:17que não vai abrir mão
15:18das metas estabelecidas
15:20anteriormente pelo seu ministério.
15:23Falando também que as agências
15:24de classificação de riscos
15:25reagem àquilo que o país apresenta,
15:28ou seja, previsibilidade.
15:30Mas me chamou a atenção também,
15:32Deise Cristiano,
15:33os elogios feitos
15:34aos presidentes de Câmara e Senado.
15:36Algo absolutamente em linha
15:38com o que disse o presidente Lula
15:39no fim de semana, Deise.
15:40O que você destaca pra gente?
15:42É, Nonato,
15:43eu destaquei alguns pontos aqui,
15:45alguns pontos parecidos com os seus,
15:46assim, mas o que a gente percebe
15:48num primeiro momento
15:49é que a elegância retórica do Haddad,
15:53vamos falar assim,
15:54ela tá sozinha nesse embate,
15:56porque, na verdade,
15:57o Ministério da Fazenda,
15:58ele tá sozinho nesse campo de batalha,
16:00ele vive dessas retóricas,
16:02porque o Palácio do Planalto
16:03não dá a sustentação necessária.
16:05E por que que eu digo isso?
16:07Porque o ministro falou,
16:09que abre aspas,
16:10as finanças precisam ser calibradas,
16:13mas não se pode ficar só nisso,
16:14e a Fazenda busca soluções estruturais
16:17e não paliativos.
16:18Isso é uma coisa que a gente tem comentado
16:20muito aqui,
16:20porque o discurso,
16:21tecnicamente,
16:23ele é impecável, né?
16:24Você pensa assim,
16:24não, não pode ter medida paliativa,
16:26a gente precisa de reformas estruturais,
16:28aquilo que a gente tem falado muito
16:30aqui na Jovem Pan,
16:30uma reforma administrativa robusta,
16:32reformas que mudem o Estado, né?
16:36Só que o problema não tá nessa retórica do Haddad,
16:39tá no fosso entre o que ele diz
16:42e o apoio que ele recebe do Palácio do Planalto,
16:44porque o Palácio do Planalto
16:45não tem força política
16:46pra aprovar essas reformas estruturais,
16:50como ele falou,
16:50no Congresso Nacional.
16:52Então,
16:52quando o ministro da Fazenda fala em,
16:54abre aspas,
16:54resolver o problema de 2025
16:57e
16:58transformar isso
17:01numa solução permanente,
17:03inclusive,
17:03pro próximo presidente,
17:05a pergunta é justamente essa,
17:06com que apoio político?
17:08Porque não conseguiu nem regulamentar
17:09a reforma tributária ainda.
17:11Então,
17:11fica uma coisa assim,
17:12é de novo o discurso dele
17:13tentando imperar sobre
17:14a agilidade do Palácio do Planalto
17:17que não consegue resolver essa questão.
17:19Então,
17:20essa articulação do Palácio do Planalto
17:21com o Congresso Nacional
17:23é muito errática
17:23e vocês podem perceber
17:25que ela muda.
17:26Uma hora,
17:27a prioridade do Palácio do Planalto
17:29é barrar o PL da amnistia,
17:30depois é regulamentação
17:32da reforma tributária,
17:33depois é IOF.
17:34Não existe um foco
17:35em nenhuma análise
17:36de médio e longo prazo,
17:37que é o que a gente tem falado aqui,
17:39que o Haddad insiste
17:40no discurso dele,
17:40mas não consegue colocar em prática.
17:43Então,
17:43prometer que não haverá
17:45medidas paliativas,
17:46obviamente,
17:47é muito nobre
17:47do ministro da Fazenda,
17:49mas num governo
17:50que ainda não conseguiu aprovar
17:51nem o básico com fluidez,
17:53o Haddad vai ter que fazer
17:55um grande malabarismo.
17:56E sobre os elogios
17:57ao Davi Alcolumbre,
17:59é aquilo que a gente estava falando
18:00num comentário anterior aqui.
18:02O governo,
18:04e aí nesse caso
18:04o ministro também,
18:05eles reagem muito
18:07depois que se instaurou o caos.
18:09Então,
18:10teve uma grande distorção
18:11aí em relação ao IOF
18:13e aí agora o governo
18:14reage com elogios.
18:15E isso,
18:15em política,
18:16não é governabilidade,
18:18é sobrevivência.
18:19E é por isso que talvez
18:21ele até fala
18:22que não dá para viver
18:23de decreto em decreto
18:24que precisaria
18:25de medidas estruturantes
18:27que durassem
18:28por mais tempo,
18:29pensando sempre
18:29ao longo prazo.
18:30Mas aí quando não há
18:31esse diálogo,
18:32Beraldo,
18:34fica difícil
18:34porque daí vai
18:35meio que no caminhar
18:37dos acontecimentos.
18:38Muda uma coisa,
18:39tenta o diálogo,
18:40muda outra.
18:41A quem cabe?
18:42De quem deve ser
18:43a decisão final
18:44sobre o IOF?
18:45E mais,
18:46o governo vai errar,
18:48vai permanecer
18:49nessa medida errada
18:50se continuar
18:50com esse aumento
18:51do IOF?
18:53Doutora,
18:54essa fala
18:54do ministro
18:56Fernando Haddad
18:56se soma
18:58a outras
18:59que deixam claro
19:00que o governo
19:01não tem um projeto
19:03para o país
19:04e também não tem
19:05soluções
19:06para problemas
19:07urgentes.
19:08O ministro
19:09se coloca
19:10como a Deise
19:11destacou
19:11dentro de um discurso
19:13tecnicamente
19:14estruturado,
19:15mas que não tem
19:16nenhuma conexão
19:17com a realidade
19:18que nós estamos
19:18vendo.
19:19O problema
19:20é que existe
19:21uma diferença
19:22entre o que
19:23pensa o Palácio
19:24da Alvorada
19:25com o que
19:25pensa o Palácio
19:27do Planalto
19:27e a Esplanada
19:28dos Ministérios.
19:29Não há
19:30essa articulação
19:31nem dentro
19:32do governo
19:33que tem uma estrutura
19:34extremamente complexa
19:36com 40 ministérios,
19:37é impossível
19:38que o próprio
19:39Presidente da República
19:40saiba o que está
19:41acontecendo
19:42em todos os lugares
19:43e consiga direcionar
19:44da forma
19:45que se espera
19:46de um presidente
19:47cada um dos assuntos
19:48que essas pastas
19:49tratam,
19:49mas o caso
19:50do Ministério
19:51da Fazenda
19:52ele é muito emblemático
19:53porque o Brasil
19:55vive as consequências
19:57de um
19:58orçamento
19:59fantasioso
20:00onde as receitas
20:02são superestimadas
20:03e as despesas
20:05são subestimadas
20:06e aí obviamente
20:06na hora de executar
20:07não tem espaço,
20:09não tem viabilidade.
20:10e vejam,
20:11quando se fala
20:12na questão
20:13do INSS,
20:15o ministro ainda destaca
20:16que vai combinar
20:17com o advogado-geral
20:18da União,
20:19o Bessias,
20:20o famoso Bessias,
20:22o que é que o advogado-geral
20:24da União
20:24tem a ver
20:25com este assunto
20:26de como pagar,
20:28onde tirar
20:29do orçamento,
20:30quer dizer,
20:30o governo
20:31é uma confusão,
20:32o governo
20:32não consegue
20:33se entender
20:34e acertar,
20:36combinar o jogo
20:37das prioridades
20:39que terá
20:39junto ao Congresso Nacional.
20:42Nós estamos vivendo
20:43absoluto caos
20:44e isto
20:45vai ter consequências
20:46muito mais sérias
20:48para o Brasil
20:48como país.
20:49O governo passa,
20:51o Brasil
20:51e os brasileiros
20:52ficam,
20:53as dificuldades
20:54que enfrentaremos
20:54no futuro
20:55serão sentidas
20:57a partir
20:58deste caos
20:59administrativo
21:00que estamos
21:00vivendo hoje.

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