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  • 24/05/2025
A previsão de grãos no estado do Pará pode alcançar as 6.175,9 milhões de toneladas, um aumento de 6,8% em comparação com a safra anterior que registrou 6.175,9 milhões. O desempenho mais retraído reflete atrasos na produção, devido a demora das chuvas no fim do último ano, como explica o produtor Vanderlei Ataíde, presidente da Aprosoja-PA (Associação dos Produtores de Soja, Milho e Arros do Pará). Entre os cultivos, a soja lidera a produção estadual, saindo de 2,57 milhões de toneladas em 2022, para 4,3 milhões este ano, aumento de 67%, com base em dados da Sedap (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca).

REPÓRTER: MAYCON MARTE
IMAGEM: LUCAS MELO

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Notícias
Transcrição
00:00Primeiramente, eu quero agradecer a tua disponibilidade,
00:03te apresentar, Vanderlei, presidente da ProSolja Pará.
00:07E eu me chamo Michael March, repórter de Oliberal.
00:09Quero aqui também agradecer a todos os espectadores e leitores do jornal.
00:13Apresentando um pouco do contexto da matéria,
00:15a gente vai falar sobre a previsão da safra 2024-2025
00:19sobre a produção de grãos aqui no Estado.
00:22Eu queria que tu te apresentasse melhor para a gente
00:25e também falasse um pouco de quais culturas que o Pará li mais,
00:29mais participa com as cultivos que a gente tem
00:32antes de eu iniciar as perguntas sobre o tema de fato.
00:36Mas vou parar o seguinte,
00:37hoje nós temos em torno de 1 milhão e 300 mil hectares
00:41com praticamente quase na safra verão 100% é soja.
00:48Então nós temos a soja que puxa totalmente a fila de primeiro lugar
00:53e quase 1 milhão e 250 mil hectares de safra verão de soja
00:59e o restante milho, só estou dizendo em lavoura comercial, né?
01:04E na segunda safra, que é chamado também de safrinha,
01:09nós temos aí um percentual, é um pouco menor,
01:11mas de plantios de milho também na segunda safra,
01:15que é chamado de safrinhas.
01:16principalmente no polo que compreende ali a rodovia 163
01:21da Serra do Caximbo até Santarém, né?
01:26Nós temos ali uma aptidão bem positiva para a segunda safra,
01:30com extensão de chuvas, né?
01:32E também ali da divisa do Mato Grosso,
01:34da BR-8, 155 até Redentão,
01:38um pouco para cá aqui de Redentão para Marabá,
01:41São Férgio Xingu,
01:42nós também temos a segunda safra de milho
01:45e ela é positiva,
01:48o clima tem colaborado com o Mato Grosso.
01:52Já no polo de Paraguminas,
01:55que é o maior polo que nós temos dentro do estado de Grão-Zu,
01:57já há em torno de 700 mil hectares,
02:00nós não temos, assim,
02:02umas chuvas tão pertinentes
02:05como as outras regiões do estado na segunda safra.
02:08Então, nós temos aqui um percentual de milho plantado
02:11nas regiões aqui do polo Paraguminas,
02:15que ele compreende ali de Marabá,
02:16subindo aqui até Tailândia, Paraguminas,
02:20Olianópolis, Donizil, Rondon, Abel Figueiredo,
02:22Edsona, Poenésia, Breu Branco.
02:26Então, nós temos aqui a segunda safra também,
02:30após a soja.
02:31A gente tem o cultivo de surgo,
02:35que é utilizado em rações.
02:36E também, agora,
02:40bem, estamos bem fortes nesse polo da Belém-Brasília,
02:44com o plantio de gergelim para exportação.
02:47Então, para quem não conhece o gergelim,
02:48é aquela sementinha que vai no pão de hambúrguer, né?
02:51O pessoal percebe aí,
02:54aquela sementinha miudinha,
02:56é o gergelim que hoje,
02:58tudo que se produz aqui no Pará,
02:59ele é exportado via porto aí para outros países.
03:04Então, essa é a ocupação que nós temos aqui,
03:07nessa quase 1%, digamos,
03:10nosso território do Estado ocupado com os grãos.
03:13Esse é o tamanho da atividade plantio dentro do Estado do Pará.
03:19Vanderlei, agora entrando nas primeiras perguntas.
03:24Qual que é a expectativa da ProSoja aqui no Pará
03:27sobre essa produção estadual de grãos para essa próxima safra?
03:30Há uma projeção de crescimento em relação à safra anterior?
03:33Ou ali também usando os dados que a Conab já está disponibilizando
03:36sobre os boletins que eles fazem?
03:39Olha, nós já temos regiões que já afindou a colheita, né?
03:43Como o polo sul do Estado e a região da Almetriz.
03:47Nós aqui temos plantios em regiões diferentes, né?
03:51Aqui planta por último, a região de Paragumina, Santarém.
03:55Então, aqui nós já estamos concluindo a colheita.
03:58Até agora, tudo indica que nós vamos ter uma boa produtividade.
04:03Haja visto que nós tivemos um atraso de plantio aqui na nossa região
04:08de algo em torno de 20 dias ou pouco para cima, né?
04:14O plantio, com isso, estamos atrasados também na colheita.
04:17Pode ser que os números estão tendo algumas diferenças aí
04:21de relatórios de anos anteriores.
04:23Mas, a princípio, a gente está com a expectativa de produzir bem.
04:29E lembrando que, como o Estado do Pará é um Estado novo na atividade de grãos,
04:35nós temos sempre, cada ano que passa, as novas áreas sendo plantadas.
04:41E a produtividade dessas áreas, elas vão aumentando de acordo
04:46com o que vai passando os anos, né?
04:48Correção, solo.
04:50Então, a gente vai sempre tendo um incremento a mais de produção
04:54devido a ficando mais velho as áreas plantadas.
04:58E o Estado, cada ano que passa, ele está aumentando a sua área de plantio também.
05:03Então, a gente espera uma boa colheita esse ano.
05:06Nós tivemos uns probleminhas aí no início,
05:10do plantio para cá e em outras regiões, de replantio.
05:13Onde plantou, a chuva não veio, replantou.
05:16Mas, a princípio, as árvores estão, no geral, estão boas, né?
05:23E me diz, esse atraso de 20 dias na colheita, especificamente,
05:27que tu mencionas, ele foi pelo que, exatamente?
05:30Porque é o seguinte, a gente tinha uma previsão aqui,
05:32por exemplo, o nosso polo, você não tem que ver,
05:35a gente tinha uma previsão de entrar a final de novembro plantando.
05:39Então, a gente ia entrar a final de novembro plantando
05:42e ali, novembro, 5 de dezembro, 10 de dezembro,
05:48ia estar todo mundo já plantando.
05:51O que que aconteceu?
05:52Nós não podíamos plantar, não estava chovendo.
05:54Muitos não quiseram arriscar, fizeram o certo.
05:57Esperou dar as primeiras chuvas.
05:59Aqui em Paragominas, nós tivemos as primeiras chuvas aqui,
06:03dia 29 de dezembro, né?
06:05No geral aqui, dia 29 de dezembro choveu,
06:08estava tudo seco,
06:10o solo não estava nem bem pronto
06:12para fazer a pulverização,
06:14da secação para plantio.
06:16Choveu dia 29 e a gente começou a plantar dia 30.
06:19Dia 30, praticamente, todo mundo estartou o plantio.
06:22E com isso, atrasou a colheita, né?
06:24Não quer dizer que você vai ter uma quebra do atraso.
06:27Como eu disse,
06:28esse ano parece que nós estamos tendo um ano atípico
06:32de produção em algumas regiões,
06:34melhor do que em outros anos, né?
06:36Vamos esperar a colheita tudo direitinho,
06:38porque deu uma pausinha de chuva aqui na colheita agora,
06:42umas duas semanas atrás, e agora voltou a chover.
06:45Então tem bastante gente plantando, né?
06:47Espero que essas chuvas,
06:50embora elas são benéficas
06:52para safrinha, para sorbo, para gengelim,
06:55para milho,
06:57mas ela pode danificar grãos,
06:59ela pode ter grãos avariados.
07:01Espero que isso aconteça.
07:03Pelo que a gente vê aqui,
07:04já está todo mundo indo para a finalização.
07:06Então, esse atraso de chuva,
07:09que ocasionou o atraso de plantio.
07:12Considerando esse comportamento diferentão,
07:15tem alguma produção que deve recuar,
07:18enquanto outras devem aumentar?
07:20Por exemplo, a soja,
07:21tu disse que ela lidera todo esse processo aí do Pará.
07:24Então, eu imagino que a curva dela
07:26seja de crescimento ainda.
07:27Mas e o milho, e o feijão, e o gergelim?
07:30Eles tendem a dar algum recuo
07:31em relação ao que a gente teve no ano passado?
07:33Olha, o gergelim está sempre sendo
07:36uma opção de segunda safra,
07:38que não vai ter recuo.
07:39Até mesmo que em Paragominas
07:41se instalou duas fábricas,
07:44digamos, duas usinas,
07:45beneficiamento de gergelim.
07:46Porque os primeiros gergelim
07:47que a gente plantava aqui,
07:49poucos anos atrás,
07:51nós éramos obrigados a colocar em caminhões,
07:53carretas,
07:55descer lá na cidade de Canarã,
07:56na Mato Grosso,
07:57ou seja, dá uma volta,
07:58volta aí 1.600 quilômetros,
08:011.700,
08:02para eles exportarem pelos portos,
08:05lá do sudeste.
08:08Com a chegada dessas empresas
08:09aqui na região de Paragominas,
08:12elas estão beneficiando o gergelim aqui,
08:15tendo condição de remunerar melhor os produtores,
08:18porque não vai ter que fazer
08:19essa logística reversa.
08:21E eles estão exportando
08:22pelos portos paraenses.
08:24Então, eles ganham aí
08:26um incremento
08:28na questão de logística.
08:30Agora,
08:31nós precisamos
08:32aumentar a nossa safra
08:34de segunda safra,
08:35verão de milho.
08:36Por quê?
08:37Nós estamos plantando
08:38soja sobre soja
08:39há muitos anos.
08:41Infelizmente,
08:42esse fenômeno
08:43vem devido
08:44às empresas financiadoras
08:47das commodities,
08:48que é soja,
08:49elas têm um foco
08:50de financiar soja,
08:52não financiar milho.
08:53Então,
08:54boa parte da lavoura paraense,
08:56quando o Brasil,
08:57os bancos têm poucas participações
08:59em agriculturas comerciais maiores.
09:02Então,
09:02nossas áreas de milho verão,
09:06elas estão
09:07um pouco deixadas de lado.
09:09Então,
09:09a gente está
09:10batendo soja
09:11em cima de soja,
09:13isso
09:13não deixa de
09:14ser uma coisa
09:15não muito
09:16correta.
09:18E o correto
09:18é você fazer
09:20rotação de cultura.
09:21E a nossa safra,
09:22segunda safra de milho,
09:24como eu falei aqui atrás,
09:25lá atrás,
09:27a gente não tem uma chuva
09:28assim escalonada
09:29com a segunda safra de milho.
09:30Muita gente não arrisca.
09:32Então,
09:32ele vai com o gergelim
09:33na posição de segunda safra.
09:36Então,
09:36nós temos a possibilidade
09:37do milho remunerar,
09:39ter uma remuneração boa
09:41e alguns
09:42focar milho no verão,
09:44que eu acho
09:45que vai acabar acontecendo.
09:46Mas tem alguma coisa
09:47no meio disso
09:48que atrapalha,
09:49que é a nossa estrutura
09:50de armazenagem.
09:52Porque a estrutura
09:53de armazenagem
09:54de secadores
09:54que nós temos aqui
09:55instalada hoje
09:56em todo o estado do Pará
09:58e está focada
09:59para a soja.
10:00Então,
10:00se eu plantar a soja
10:01verão
10:02e plantar milho verão,
10:03eu vou colher
10:04os dois juntos.
10:06E as baterias
10:07de estrutura
10:09de armazenagem
10:09de secar,
10:10muitas não estão
10:11preparadas
10:12para receber
10:14os dois grãos
10:15simultaneamente.
10:16Então,
10:17eles vão focar
10:18só soja
10:18e vão focar
10:19só milho.
10:20Como a soja
10:20lidera a atividade,
10:22ele dá
10:23uma preferência
10:25para a soja
10:25e muitas vezes
10:26ele não pode plantar
10:27o milho.
10:28E quando o milho
10:28estiver na hora
10:29de colher,
10:30ele vai estar
10:31fruboso ainda
10:32na plantinha de verão
10:33e ele não pode
10:34ficar na lavoura,
10:35que ele pode
10:36ter complicações
10:37na qualidade de grão,
10:40nós não temos
10:41aonde secar
10:42esse milho.
10:43Então,
10:43é um dos que travam.
10:45Resumo da ópera.
10:46Nós precisamos
10:46de mais estrutura
10:47de armazenagem,
10:49como também
10:50de portos
10:50que nós estamos
10:51tendo dificuldades
10:53hoje
10:53e inserir
10:55a nossa produção
10:55no atendimento
10:56do Estado
10:56aos portos
10:57paraenses.
10:58Vila do Conde,
11:00Santarém,
11:01esses portos
11:02hoje estão
11:02muito
11:03movimentados
11:05por grãos
11:06do Mato Grosso.
11:07O Pará
11:08está crescendo,
11:09está crescendo
11:10e o produtor
11:11paraense
11:12está meio
11:12que ficando
11:13de lado,
11:13porque as maiores
11:15movimentações
11:15estão
11:16de grãos
11:16do Mato Grosso.
11:18Quase metade
11:18do Mato Grosso
11:19passa por aqui
11:20no nosso porto
11:21e nós estamos
11:22ainda com essas
11:22dificuldades.
11:24A gente chega
11:25
11:26em duas perguntas
11:28que eu queria fazer
11:28para ti.
11:29Uma
11:29que tu meio
11:30que já respondeu
11:31que era sobre
11:31o investimento
11:32que falta
11:33e pelo que tu me
11:33falou,
11:34falta esse investimento
11:35em tecnologia,
11:36esse investimento
11:36por exemplo
11:37no armazenamento
11:37que seria um investimento
11:38em tecnologia.
11:40E a outra
11:40pergunta é sobre
11:41essas dificuldades
11:42logísticas,
11:43eu queria entender
11:43melhor.
11:44Como é que tem
11:45funcionado essa
11:45logística
11:46da distribuição?
11:48Porque eu já ouvi
11:48de outros produtores
11:50sobre a dificuldade
11:50das estradas,
11:52a dificuldade
11:52de enviar a produção
11:53depois de colhida
11:54pelos portos
11:55ou via marítima,
11:56como é que tem
11:57funcionado isso?
11:58Qual que são os gargalos
11:59nesse sentido?
12:00Olha,
12:00nós temos muito
12:01gargalo.
12:02Por exemplo,
12:03vamos começar lá
12:04da 163.
12:05Nós temos um projeto
12:06da Ferrogrão
12:07que tem um foco
12:08da estrutura
12:11de agricultura
12:12do Mato Grosso,
12:13mas o Pará,
12:15dividindo ali
12:16com o Mato Grosso
12:17na 163,
12:18nós já temos
12:18muitas áreas
12:19de grãos plantadas
12:20e vamos continuar
12:21aumentando.
12:22Precisamos da Ferrogrão,
12:23porque a BR-163,
12:26o que está acontecendo
12:27na BR-163?
12:28Ela está já,
12:29chegou a sua capacidade,
12:30não tem mais condição.
12:32É muitos acidentes ali,
12:33é muitas mortes
12:34acontecendo aqui,
12:35o trecho.
12:35Então,
12:36nós precisamos
12:37que venha a Ferrogrão
12:39para dar uma aliviada
12:41naquela região ali
12:42para a nossa produção
12:43também ter mais gás
12:45para o crescimento ali.
12:46Aí,
12:47quando você volta
12:47para o sul do Pará,
12:48que é outro polo
12:49de produção,
12:50nós temos três polos
12:51do Pará,
12:52a 163,
12:53a 158,
12:53a 155
12:54e a Belém-Brasília,
12:55e agora a Transamazônica
12:57também é a região
12:57de Altamira,
12:59ali crescendo,
13:00Uruará.
13:01Então,
13:01a 158 ali,
13:03a BR-158,
13:04Santana do Araguaia,
13:05para Marabá,
13:05é o caos,
13:06é uma rodovia precária,
13:09que também está tendo
13:10problemas seríssimos
13:12com os esquadrões
13:13do Pará
13:14e também do Mato Grosso,
13:15ali do Vale do Araguaia,
13:16dentro do Mato Grosso.
13:17Nós temos aí
13:18um projeto
13:19de derrocamento
13:20do Pedraldo Lourenço,
13:22ali em Marabá,
13:23no Rio Tocantins,
13:24naquela região ali,
13:26isso aí já está
13:26no projeto
13:27há muito tempo
13:28e não acontece.
13:28se acontecesse
13:30essa questão
13:31de navegar
13:32ali pelo Rio Tocantins,
13:34nós iríamos tirar
13:35muito fluxo
13:36das rodovias
13:37para esse ali
13:38da PA-150,
13:40Marabá,
13:40para Barca Arena.
13:42Inclusive,
13:43agora,
13:44pela primeira vez,
13:45é um mês passado,
13:47uns 40 dias atrás,
13:49tivemos
13:49o primeiro transporte
13:51de balsa
13:51pelo Rio Tocantins,
13:54usando ali
13:55a cruz
13:56de Tucuruí,
13:56com grãos,
13:57com soja.
13:58Uma empresa
13:59conseguiu
14:00fazer
14:01um translado
14:02de soja ali,
14:03porque na época
14:04de Cheia,
14:05o Rio é navegável,
14:06só não consegue
14:07ser navegável
14:08no Tocantins,
14:09ali,
14:10abaixo de Marabá,
14:12seguindo ali
14:12para Tucuruí,
14:13quando nós estamos
14:14no período
14:15de seca,
14:16que não é inverno.
14:17Mas isso só consegue
14:18fazer nesse tempo,
14:20um tempo pequeno,
14:22e conseguiu usar
14:23pela primeira vez
14:23para assar grãos
14:24ali na cruz
14:25de Tucuruí.
14:26Até que, enfim,
14:27estamos usando
14:27a cruza, né?
14:29E o Pedral,
14:31o derrocamento
14:31continua na geladeira.
14:33Quando está tudo
14:34para dar certo,
14:35vem uma nova postura
14:36e não acontece.
14:38E aí,
14:39voltando aqui
14:40para as rodovias
14:41aqui da PA-150,
14:42que liga a Barca Arena
14:43ali do sul do Pará,
14:45como de Paragominas
14:46também aqui
14:46para a Barca Arena,
14:48mas tem alguns problemas.
14:49É um inchaço
14:50de caminhão
14:50ali naquela rodovia,
14:51não tem acostamento.
14:53É uma rodovia
14:53que, em determinado
14:56momento do ano,
14:56ela está muito danificada,
14:57é muitos acidentes,
14:59mais mortes.
15:00É um fluxo
15:00muito grande
15:01de carretas.
15:02E aqui em Paragominas,
15:03quando vai para a Barca Arena,
15:05nós ainda temos ali
15:06um trajeto
15:07que sai da Bela
15:08em Brasília,
15:10é mãe do rio,
15:11e tem a balsa
15:12do Acará,
15:13que é um tormento
15:14para a vida,
15:14tanto dos usuários
15:15das rodovias,
15:17por causa da balsa,
15:18como dos cidadãos
15:19que estão lá dentro
15:21da cidade do Acará,
15:22que está aqui
15:23o congestionamento
15:24de caminhões ali
15:25dentro da cidade.
15:27Com isso,
15:28é uma logística
15:29que é difícil,
15:29tem investimento,
15:31é ponte,
15:32é duplicação
15:32de rodovias,
15:34é hidrovias.
15:36Nós tivemos aqui
15:36uma hidrovia
15:37do Rio Capim
15:38funcionando
15:38na região de Paragominas
15:39aqui há pouco tempo
15:41já está abandonado.
15:42Então,
15:43esses são os nossos
15:44gargalos
15:45da questão
15:45do transporte.
15:46Agora,
15:48o governo federal,
15:49o governo do Estado,
15:50tem que olhar
15:51com muito carinho,
15:52com muita urgência
15:53a questão
15:53de leilões ali
15:55para liberação
15:56de mais portos
15:58nos nossos portos.
15:59Está complicado,
16:00muito complicado.
16:03Você consegue me projetar
16:04o impacto disso,
16:05por exemplo,
16:06financeiro?
16:07Quantos porcentos,
16:09mais ou menos,
16:09isso impacta
16:10na arrecadação
16:11de vocês?
16:13Olha,
16:13eu vou lhe dizer,
16:14o frete rodoviário
16:15hoje,
16:16ele já está impactando.
16:18Você tem uma ideia
16:18hoje,
16:19eu acho que,
16:20vamos fazer uma conta,
16:21daqui para Paragominas,
16:22que é perto de Barca Arena,
16:24tem 20 toneladas
16:25de soja rodoviária.
16:27Já é um preço elevado
16:29por causa
16:29de balsa,
16:30por causa
16:31de trajeto.
16:33Aí,
16:33com essa falta
16:34de porto,
16:35falta de estrada,
16:36nós temos que levar
16:37a soja
16:38para São Luís.
16:40Quando você leva
16:41a soja
16:41para São Luís,
16:42você muda a chave
16:43do porto,
16:44você sai
16:44de Barca Arena,
16:46aí você vai pagar
16:47aí algo em torno
16:48de quase o dobro
16:49de frete
16:50para São Luís.
16:52Fora,
16:53o problema
16:54estava tendo
16:54recente
16:55do Maranhão,
16:56que é uma cobrança
16:57de imposto
16:58que o governo
16:58do Maranhão
16:59inseriu
17:00qualquer soja
17:01que vim
17:01de outros estados
17:02cruzados,
17:03rodovias
17:04ou ferrovias
17:05maranhenses.
17:07Agora,
17:07essa semana,
17:08que conseguiram
17:09ajustar as coisas
17:10para não ter
17:11essa cobrança
17:11de outros estados
17:12vizinhos.
17:13Então,
17:13isso aí
17:14dobra o valor
17:15dos nossos freteis.
17:16Tem números
17:17reais
17:18para fazer uma conta,
17:19mas isso
17:20são grandes valores,
17:21são enormes valores
17:23
17:23que vai para a conta
17:25do produtor.
17:26Atrapalha a vida
17:27de todo mundo,
17:28atrapalha a vida
17:28do produtor,
17:29trabalha a vida
17:31do setor público
17:32que tem manutenção,
17:34rodovias,
17:35então,
17:36é complicado.
17:38Perfeito.
17:38Como é que a ProSoja,
17:40já que vocês representam
17:41os produtores,
17:43falam em nome deles,
17:45como é que vocês
17:45têm dialogado
17:46com os governos estaduais,
17:48com o governo federal,
17:49com os governos municipais,
17:50para tentar contornar,
17:52pelo menos,
17:53já que não se pode resolver
17:54de imediato
17:55duplicação de rodovias,
17:56que são projetos
17:57que demandam mais tempo,
17:58mas qual o diálogo
17:59que vocês têm feito
18:00para conseguir amenizar
18:01esses gargalos?
18:03Então,
18:03por exemplo,
18:04retirando esses impostos
18:06no Maranhão,
18:07coisas nesse sentido.
18:08Olha,
18:09hoje a ProSoja,
18:10o que é hoje a ProSoja?
18:11A ProSoja,
18:12ela representa
18:12o produtor da porteira
18:14para fora.
18:15O relacionamento
18:16da identidade
18:17com o governo,
18:18ela,
18:19é um relacionamento
18:20muito estreito,
18:23a gente tem
18:23uma boa relação,
18:25com todas as áreas,
18:27seja municipal,
18:28estadual,
18:29federal.
18:30Então,
18:30a gente sempre
18:31está incidindo
18:32na representação
18:34do agricultor,
18:35tentando facilitar
18:36a vida
18:37da produção brasileira.
18:39Mas tem
18:39muitas coisas
18:40que elas fogem.
18:42Por exemplo,
18:43privatizaram
18:46a rodovia
18:47BR-63.
18:49É um dos pagamentos
18:51mais altos
18:52que vai ter
18:52no Brasil
18:53de hoje.
18:54É ali
18:55o posto
18:55de pedágio
18:57que está
18:57na região
18:58de Trairão,
18:59ali no Pará,
19:01da BR-63.
19:02É um nove eixo
19:04que ele paga
19:04mais de 700 reais
19:05ali
19:06para passar
19:07na estrada ali.
19:08E a estrada
19:09não é duplicada.
19:11Nesse momento,
19:12ela está passando
19:12com um momento
19:13de muitos buracos.
19:15Está infernizando
19:16a vida do usuário
19:17da rodovia
19:17e ele paga caro.
19:19E agora,
19:19uma das coisas
19:20que tem nos preocupado
19:21bastante,
19:22que vai onerar
19:22mais uma vez
19:23o setor,
19:24é a privatização
19:26da PA-150.
19:28E não é duplicada,
19:30não tem apostamento
19:31na boa parte
19:32do trajeto
19:33e ela não está
19:35em boas condições
19:36e é um fluxo
19:37gigante
19:37de veículos
19:38pesados ali.
19:40E a gente
19:40está preocupado
19:41com essa questão
19:43da privatização
19:44porque ela não
19:46está contemplando
19:48imediatamente
19:49a duplicação.
19:50não estamos vendo
19:51assim algo
19:52acontecer.
19:53Tem data marcada,
19:55parece que já
19:55tem assumido,
19:56não está cobrando
19:57pedágio ainda,
19:58mas eu passei
19:58lá esses dias,
19:59eu vi eles
19:59preparando
20:00a terraplanagem
20:03de onde vai ser
20:03as praças de pedágio,
20:04não vai ser só uma.
20:06Então,
20:06a gente tenta
20:08adiar com os governos,
20:11mas muitas vezes
20:12tem coisa que foge
20:13da nossa ossada,
20:15mas a gente
20:17está aí
20:18representando o produtor
20:19e estamos fazendo
20:20essa interlocução
20:22entre a produção
20:22e o Estado.
20:24Por último,
20:25já para te liberar,
20:28eu anotei aqui,
20:29tu foi falando,
20:30eu fui anotando aqui,
20:32os principais obstáculos
20:33que tu me ensinou.
20:34Eu anotei aqui
20:35a falta desses projetos
20:36para melhorar a logística,
20:37a dificuldade
20:38no transporte interno,
20:40no transporte independente
20:41do Pará,
20:43a privatização
20:44das rodovias
20:44que tu me ensinou agora
20:45e um investimento
20:46em tecnologia
20:47para que a gente possa olhar
20:48com mais carinho
20:49para outras culturas
20:49como o milho,
20:50por exemplo.
20:51Esse ano,
20:52Vanderlei,
20:52o que é mais urgente
20:54para o setor
20:54para que isso seja feito,
20:56para que os governantes olhem,
20:57para aumentar
20:58a estimativa de produção
21:00e, consequentemente,
21:01também o lucro
21:02que volta para o Estado?
21:03Olha,
21:04uma das coisas assim
21:05que hoje tudo,
21:06digamos que está tudo
21:07meio que passado da hora,
21:09né?
21:09Por exemplo,
21:10a questão portuária
21:10para esse hoje
21:11é importantíssima.
21:13Quando eu tivemos um acidente
21:14lá envolvendo
21:14uma situação
21:17do Porto e GPM
21:18lá com a balsa,
21:19lá está gerando
21:20uma dor de cabeça
21:21gigante para os produtores,
21:22porque tem empresas
21:23que dependiam daquilo lá
21:25e parou,
21:27tinha negócios
21:28que já tinham realizado
21:30para o produtor
21:30e teve de voltar atrás.
21:32Então,
21:33isso aí já mostra
21:34que nós estamos
21:35muito testíveis,
21:36houve um acidente ali
21:37com o terminal
21:38e a situação
21:39ficou muito...
21:41Então,
21:41isso aí é uma coisa
21:42que o governo
21:43teria de logo
21:44tomar uma decisão rápida
21:48de liberar,
21:50fazer concessão
21:51o mais rápido possível
21:52de novas boias
21:53ali para os portos ali.
21:55Isso aí com certeza
21:56iria ter mais competitividade
21:58em empresas
21:59comprando grãos
22:00aqui dentro do nosso Estado.
22:01Nós temos aqui
22:02um caminho mais curto
22:04para exportação
22:05via navio
22:06onde nós estamos aqui
22:07do que lá para baixo,
22:09do que no sul do país.
22:10e isso aí tudo
22:11depende dessas ações,
22:13como também
22:14as manutenções de rodovia
22:15para a gente ter um frente
22:16mais em conta.
22:18Isso é uma das coisas
22:18que precisa.
22:20E algumas regiões
22:22que produzem grãos
22:23no Estado
22:24ainda não está
22:26provido de rodovia
22:27de sair da cidade
22:28para transferir
22:31a produção
22:32para exportação.
22:34É o caso, por exemplo,
22:34de Santa Maria das Barreiras,
22:36que não tem rodovia.
22:38Então,
22:38algumas e outras
22:40coisas por aí.
22:40Então,
22:41isso é um dos pontos
22:42importantes.
22:43E vale lembrar
22:44que é uma das coisas
22:45que a gente não falou
22:46aqui até agora
22:47da importância
22:48da atividade de grãos
22:49nesse Estado.
22:50A gente não usa
22:51nem 1% do Estado
22:52ainda em atividade,
22:53mas nós já empregamos
22:5470 mil pessoas
22:55direto e diretamente
22:57gerando emprego
23:00e renda e renda
23:00e isso no interior.
23:01O interior não tem indústria.
23:03A indústria nossa
23:04é o agro,
23:05a indústria
23:06está a céu aberto.
23:07Então,
23:07mais você tiver a condição
23:08de dar a condição
23:10de escoamento
23:11de safra,
23:12você vai gerar
23:13mais desenvolvimento
23:14emprego e renda
23:15para esse interior
23:16aí que não está lá,
23:17muitas vezes tem uma terra
23:18com aptidão agrícola
23:20que poderia estar produzindo,
23:22não pode que não tenha estrago,
23:23não tenha uma energia trifásica
23:25para ele construir
23:26seu ciro,
23:27seu secador,
23:28para a produção,
23:29para renda seus ganhos.
23:30Então,
23:30isso aí é algo
23:31importantíssimo também.
23:35Perfeito.
23:36E um bom dado esse
23:37sobre empregabilidade,
23:38inclusive.
23:40Vanderlei,
23:40eu vou encerrar por aqui.
23:42Claro que eu vou continuar
23:43te perturbando no WhatsApp,
23:44como sempre.
23:45Eu estou sempre escrevendo sobre.
23:48Mas eu te agradeço muito
23:49pela tua disponibilidade,
23:50pela tua paciência
23:51e pelas tuas respostas também.
23:53Quer deixar alguma mensagem?
23:55Olha,
23:56eu estou há 27 anos
23:57aqui no Pará,
23:58a gente veio para mexer
23:58com a agricultura,
23:59a gente está vendo
23:59a mudança desse estado,
24:01aonde você anda,
24:02no interior,
24:03a roda desse estado inteiro,
24:04o estado continental.
24:05E a gente vê algumas mudanças
24:06nas cidades,
24:07onde já está o água implantado,
24:08Paragominas é um exemplo.
24:10E é o seguinte,
24:11eu continuo dizendo,
24:13venha conhecer o Pará,
24:15venha conhecer o Pará,
24:16quem ainda não está,
24:16não conhece,
24:17está aqui,
24:18vamos fazer parte
24:19desse crescimento,
24:20né?
24:21Vamos pegar nosso estado
24:22para a gente tirar
24:23aquela imagem,
24:24muitos aí,
24:24a gente escuta por aí,
24:26mas tem que deixar
24:26de ser um estado rico
24:27e pobre ao mesmo tempo
24:28e a gente produzir
24:30é uma das maneiras
24:30que tem de construir riquezas,
24:32né?
24:33E desenvolver todas as regiões
24:34onde tem água.
24:35Onde tem a soja,
24:36que tem o água,
24:37a locomotiva de desenvolvimento,
24:38ela vem atrás.
24:39Eu agradeço
24:40o espaço que nos deu aí
24:41e eu sempre estou
24:43à inteira disposição.
24:43Perfeito.
24:46Esse foi o Vanderlei Ataíde,
24:47presidente da ProSauja Pará.
24:49Eu sou Maicon Macho,
24:50repórter de O Liberal
24:51e me despeço dos espectadores
24:53e dos leitores do Jornal Liberal.
24:55Para acompanhar essa
24:56e outras matérias,
24:57é só acessar o portal
24:58oliberal.com
24:59e também
25:00ler o nosso Jornal Impressa.
25:01O que é o Jornal Impressa?

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