Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 12/05/2025
Hoje em dia, um terço das crianças brasileiras está acima do peso. Esta é a primeira geração a apresentar doenças antes restritas aos adultos, como depressão, diabetes e problemas cardiovasculares. Este documentário estuda o caso da obesidade infantil principalmente no território nacional, mas também nos outros países no mundo, entrevistando pais, representantes das escolas, membros do governo e responsáveis pela publicidade de alimentos.

Categoria

🎥
Curta
Transcrição
00:00:00A CIDADE NO BRASIL
00:00:30A CIDADE NO BRASIL
00:01:00A CIDADE NO BRASIL
00:01:29A CIDADE NO BRASIL
00:01:31A CIDADE NO BRASIL
00:01:33A CIDADE NO BRASIL
00:01:35A CIDADE NO BRASIL
00:01:37A CIDADE NO BRASIL
00:01:39A CIDADE NO BRASIL
00:01:41A CIDADE NO BRASIL
00:01:43A CIDADE NO BRASIL
00:01:45A CIDADE NO BRASIL
00:01:47A CIDADE NO BRASIL
00:01:49A CIDADE NO BRASIL
00:01:51A CIDADE NO BRASIL
00:01:53A CIDADE NO BRASIL
00:01:55A CIDADE NO BRASIL
00:01:57A CIDADE NO BRASIL
00:01:59A CIDADE NO BRASIL
00:02:01A CIDADE NO BRASIL
00:02:03A CIDADE NO BRASIL
00:02:05A CIDADE NO BRASIL
00:02:07A CIDADE NO BRASIL
00:02:09A CIDADE NO BRASIL
00:02:11A CIDADE NO BRASIL
00:02:13A CIDADE NO BRASIL
00:02:15PARDINETA
00:02:25Mas isso é a realidade do almoço
00:02:27Mas isso é a verdade, na v Aboriginal do almoço
00:02:29Bola merendar então, vamos.
00:02:32Olha aqui ó.
00:02:34Bora, vem cá com a mãe.
00:02:36Depois a mamãe vai...
00:02:38Bora merendar, depois a gente toma de um pouco.
00:02:40Tá brava.
00:02:42Quer um bolo?
00:02:44Não, não, quer batata.
00:02:47Quer batata?
00:02:49Não pode dar agora, Ian.
00:02:51Quer batata?
00:02:54Então bora merendar primeiro, bora.
00:02:57Quer batata?
00:03:00Sai do meio, mamãe.
00:03:02É essa aí a realidade, ó.
00:03:04É isso aí. Não deu, você joga, faz...
00:03:07Eu não gosto de ti, não.
00:03:10Ah, não gosta de mim mais não? Então vamos embora.
00:03:13Com a mamãe vai dar, vem cá.
00:03:15Lembra essa lágrima aí, rapaz?
00:03:16Vem cá.
00:03:20Tira a roupa da boca, tira.
00:03:24Dá uma pipa aí, meu filho.
00:03:27Olha aí, ó.
00:03:36Vem?
00:03:37Música
00:04:07E se vem é uma contiga, ela mastiga, ela mastiga
00:04:11É um dano, cadastro, sobe a glute, sobe a glute
00:04:15E se estou tão vaciando, estou ficando vaciando
00:04:18Se faz falta na vida, não for
00:04:20Fome, fome, fome, fome
00:04:22Ficou, fome 있지
00:04:25Ficou, fome, fome
00:04:26Ficou
00:04:35Ficou
00:04:35Ficou
00:04:36Ficou
00:04:37Ficou
00:04:48Ficou
00:04:49Ficou
00:04:50por causa da terra de comida que nós construímos em torno de eles.
00:04:54De dois-thirds de esta sala, hoje, na América,
00:04:57são estatísticamente overweight ou obese.
00:04:59Estas estatísticas de saúde ruim é claro, muito claro.
00:05:03Nós estamos vivendo a vida paranoia sobre a morte, a morte, a morte, a morte,
00:05:07a morte, o nome, é na frente de todos os papéis, CNN.
00:05:11Olha a morte de morte no fundo, por Deus.
00:05:20O que é isso daqui?
00:05:48É uma cenoura, eu odeio.
00:05:51É um rabanete? Um rabanete?
00:05:54A bigliss.
00:05:55Quando foi a última vez que você comeu o melão?
00:05:57Muito.
00:05:58Essa fruta aqui, você sabe qual que é?
00:05:59Ah, uma manga, um abacate, eu não como muito abacate.
00:06:03Quem gosta?
00:06:04Eu não, eu não.
00:06:06E esse daí? Eu não sei, não.
00:06:10Não, não sei.
00:06:12Não.
00:06:13Eita, tá difícil.
00:06:16Você gosta mais desse?
00:06:17Aham.
00:06:18E você, Dudu?
00:06:18Eu gosto desse e desse.
00:06:21Não, mentira.
00:06:22Você gosta mais desse.
00:06:23Eu gosto desse e desse.
00:06:25Sabe o que é isso daqui?
00:06:27Hum, abacate.
00:06:28Abacate?
00:06:29Quando foi a última vez que você comeu uma manga?
00:06:31Eu nem me lembro.
00:06:32Você sabe que a questão de onde o obesidade começou, e se isso é realmente uma epidemia, eu acredito que isso começou em América.
00:06:39E eu acho que começou porque, coming out of World War II, you know, before World War II, people made food.
00:06:45But coming out of World War II, and also a little bit of World War I, we saw wartime technology needing to become peacetime businesses.
00:06:54And so we saw refrigeration, and trucks, and processed foods all coming as technologies out of the wars, and these big technologies needed to become peacetime big businesses.
00:07:06And when they did, we started becoming enamored in our country with these highly processed foods.
00:07:11And I think it started here in our country almost ground zero, and it spread like an epidemic all over the world.
00:07:41A obesidade está relacionada com as maiores pandemias modernas.
00:07:57Ela está relacionada com diabetes, que é uma pandemia, e ela é a causa maior do diabetes tipo 2.
00:08:03Ela está relacionada com as doenças cardiovasculares, que é outra pandemia, é a maior causa de mortalidade do mundo atual.
00:08:09E ela vem da obesidade ou do excesso de peso.
00:08:13Ela está relacionada com depressão, ela está relacionada com estresse, ela está relacionada com alguns tipos de câncer.
00:08:19Então, as grandes pandemias modernas têm na sua base o excesso de peso.
00:08:24Peguei no consultório outro dia uma menina de 9 anos com 62 quilos.
00:08:30Hipertensa, diabética tipo 2, colesterol, triglicérides, ácido úrico, tudo aumentado.
00:08:35Parecia se mostrasse um exame de uma pessoa de 60 anos, mas era só de uma criança de 9 anos de idade.
00:08:41Eu já consigo respirar.
00:08:43Quando?
00:08:44À noite.
00:08:47Eu se sinto mal.
00:08:49Qual é a parte do dia que você mais gosta?
00:08:51De noite.
00:08:52Por quê?
00:08:52Porque eu vou dormir.
00:08:53Eu sinto muita dor nas pernas e quando eu ando, aí eu não me aguento mais.
00:09:00Faz um pequeno tempo que eu estou tomando remédio para pressão, então eu já achei que estava na hora de ser tratado.
00:09:07É verdade que parents são a final comum para o que crianças eat e o seu nível de physical activity.
00:09:15Mas pessoas não podem fazer bons escolhas, mas elas podem fazer bons escolhas.
00:09:19E em muitas de nossas cidades, comida não é disponível.
00:09:23Em muitas de nossas cidades, não há parks ou recrutinamento que são seguros,
00:09:27então as crianças não têm oportunidade de ser ative.
00:09:30Até que camada em algumas comunidades em algumas comunidades tem sido pergadão.
00:09:33E isso é exacerbado pelo fato de que os filhos não jogam.
00:09:37Quando falamos sobre obesidade de idade, os filhos não jogam fora.
00:09:41Agora eles jogam com o seu dedo.
00:09:42É iPhones, iPods, ai, ai, ai.
00:09:46Nós não temos exercício, estamos com calórias em quebradas.
00:09:50E, você sabe, está se tornando fatos e obesos.
00:10:03E tem educação física na escola?
00:10:05Só quinta.
00:10:06Quanto tempo dura a aula de educação física?
00:10:0815 minutos.
00:10:09Quando eu corro, depois de uns 20 minutos eu já estou cansado.
00:10:13O pessoal ainda está correndo.
00:10:15Eu estou jogando, assim, e dá aquela sensação de peso na perna.
00:10:21Você não consegue correr muito bem direito.
00:10:23Só que aqui perto, natação é caro.
00:10:26Eu não estou podendo pagar agora.
00:10:28O público tem que pegar duas conduções.
00:10:31No caso, duas para ir e duas para voltar.
00:10:33E ela já paga passagem.
00:10:34Aí já fica quadro, fica difícil.
00:10:36Acho que também a educação física na escola é bom para a saúde da criança.
00:10:41Porque na escola do meu filho tem.
00:10:43Mas é só teórica, não é prática.
00:10:46É só na teoria, só no quadro e pronto.
00:10:48O que você faz no recreio?
00:10:50De merenda.
00:10:52Ele fica sentado até bater o símbolo.
00:10:55Quem fica correndo lá vai para a diretorinha.
00:11:01Tem um campinho de futebol que é mais ou mais adiante lá.
00:11:19Sozinho, eu não mando ele porque eu não tenho segurança.
00:11:22Como é que eu vou mandar uma criança com oito anos sozinha?
00:11:26Não, mãe.
00:11:27Que volta e meia dá algum problema ali.
00:11:29A gente tem que sair correndo de casa, de onde que está, para ir lá buscar eles.
00:11:35O que é a escola?
00:11:36Dá tiroteio.
00:11:37Às vezes a polícia vem e invade.
00:11:39Daí fica naquela...
00:11:40Briguento.
00:11:41É, Eric.
00:11:42É verdade?
00:11:43Quando você briga, você briga por causa de quê?
00:11:44Comido.
00:11:45Daí ele chora, que eu boto pouco.
00:11:46Daí ele diz assim.
00:11:47Eu vou chamar a polícia.
00:11:48Eu vou mandar prender vocês.
00:11:49Vocês estão me matando de fome.
00:11:50É ou não é, Eric?
00:11:51Os coleguinha leva o salgadinho, ele estava comendo.
00:12:09Aí eu disse para ela que se pudesse que se não deixasse ele comer principalmente salgadinho,
00:12:15por causa do sal que tem problema de pressão.
00:12:20Ele chega a trocar as coisas do material dele no colégio para trocar.
00:12:26Pela merenda dos colegas.
00:12:30É isso, Eric? O que você troca, por exemplo?
00:12:34Minha borracha.
00:12:35Por o quê?
00:12:36Lápis.
00:12:38Borracha e lápis por o quê?
00:12:41Salgadinha.
00:12:42Alguém aqui toma refrigerante todo dia?
00:12:46Vocês preferem tomar refrigerante ou água?
00:12:49É, Coca-Cola.
00:12:51Temos nosso café da manhã regado à Coca-Cola.
00:12:54Eu quase troquei o leite matérico pela Coca-Cola.
00:12:58Geralmente, ele bebe um por dia.
00:13:00Você toma isso daqui todo dia?
00:13:01Na escola, eu moro aqui em casa, não?
00:13:03Tem açúcar aqui?
00:13:04Não.
00:13:05Eles gostam, é porque eu tenho outro filho de 11 anos.
00:13:08Eles gostam.
00:13:09Mas é óbvio como eles gostam.
00:13:12Eu acho que se tínhamos que se concentrar em alimentos específicos,
00:13:16que no topo da minha lista seriam bebidas de açúcar, soda e 10% de juízes.
00:13:21Em crianças, isso conta por um extra 250 calorias por dia.
00:13:26Então, é um nível muito pequeno de excesso de calorias que contribuiu à obesidade.
00:13:30Com certeza, as calorias não são todas iguais.
00:13:47O fato de alguém ter um excesso diário de 100 calorias
00:13:51pode fazer essa pessoa engordar até 4 quilos por ano.
00:13:55Mas você ter 100 calorias de excesso em fruta
00:13:58não vai engordar tanto quanto você ter 100 calorias de excesso em açúcar ou em refrigerante.
00:14:05Então, tem que se saber que as calorias são diferentes
00:14:08e tem um potencial de engordar as pessoas também diferente.
00:14:12Quantos saquinhos de açúcar vocês acham que tem dentro dessa latinha?
00:14:16Um.
00:14:17Nenhum?
00:14:18Eu acho que tem três.
00:14:19E se eu te contar, segura aí, que tem sete saquinhos numa latinha dessa?
00:14:22Sete nessa aqui.
00:14:23Olha o absurdo.
00:14:24Sete.
00:14:26Nossa, Sani.
00:14:28Se uma pessoa beber uma latinha de refrigerante por dia durante sete dias,
00:14:32ela está consumindo 259 gramas de açúcar aproximadamente.
00:14:36Acho que é até muito, bastante.
00:14:38Muito.
00:14:40Caraca.
00:14:41Meu pai do céu.
00:14:45Você acha muito, Silvia?
00:14:46Muito, é um absurdo.
00:14:47Muito, muito.
00:14:49Isso é um absurdo.
00:14:50Bom, uma pessoa que consome uma latinha de refrigerante por dia durante um mês,
00:14:55ela está consumindo um quilo, 110 gramas de açúcar aproximadamente.
00:15:04Muito açúcar, né?
00:15:06Um quilo, 110 é muito açúcar.
00:15:09Quem aqui vai continuar tomando refrigerante?
00:15:11Eu.
00:15:11Eu.
00:15:12Eu falo que não vou mais tomar, mas eu acabo tomando.
00:15:15Mesmo sabendo que você está tomando tudo isso de açúcar?
00:15:17Eu não resisto a Coca-Cola.
00:15:20Você?
00:15:20Eu também não.
00:15:21Eu abro a felicidade.
00:15:23A gente tem relatos e vários.
00:15:53trabalhos que mostram, falando da importância da educação nutricional, que mães dão refrigerante
00:16:00na mamadeira para crianças menores de um ano.
00:16:02Com certeza a mãe faz isso porque ela não sabe que ela está fazendo uma coisa inadequada.
00:16:08Ela imagina que, se aquilo existe, tem uma propaganda que chama tanto a atenção.
00:16:14Se está associado à saúde, bem-estar e sucesso, não tem nenhum motivo para que ela não dê
00:16:20aquilo para o seu filho pequeno.
00:16:22E aí
00:16:29E aí
00:16:31A CIDADE NO BRASIL
00:17:01Ela bebia muita água e estava urinando muito, muito, né?
00:17:06Daí eu fui e fiz o exame de sangue nela e foi onde a gente descobriu que ela estava com diabetes, né?
00:17:13O diabetes, o que ele causa?
00:17:15Causa um processo atrosclerótico precoce e generalizado, ou seja, todas as artérias do indivíduo começam a ficar, a sofrer um entupimento precoce.
00:17:24E esse entupimento pode vir a trazer grandes alterações em visão, fundo de olho, no rim, levando a insuficiência renal, no coração, levando a infartos precoces, nos membros inferiores, levando algumas vezes a amputações.
00:17:39Primeiro eu faço esse teste para saber quanto que eu tenho que tomar.
00:17:45Quantas vezes por dia você tem que fazer isso?
00:17:47Três vezes, ou até mais, para saber.
00:17:52Isso dói?
00:17:54De vez em quando, sim.
00:17:55Aí, no caso, agora, eu tiro daqui e tomo.
00:18:05E onde é que você se aplica?
00:18:06Na barriga.
00:18:08Podemos ver?
00:18:09Não.
00:18:10Tem vergonha?
00:18:11Tem.
00:18:12É, eu acordo e sei que eu tenho que fazer o teste e tomar insulina, só que muitas vezes eu não faço isso.
00:18:19Muitas vezes eu levanto e já vou tomar café direto, sendo que eu tenho que fazer a insulina e o teste.
00:18:25Aí, depois do almoço também, só que daí a mãe fica mandando.
00:18:31Só que tem vezes que eu esqueço, assim, e a mãe já tomou insulina.
00:18:36E eu, não, vou tomar.
00:18:37E eu venho, tomo e saio para o colégio.
00:18:40Aí, quando eu volto também, de noite.
00:18:42Precisamos fazer a reserva, né, da tua festa ainda.
00:18:48Fazer a lista, convidar quem?
00:18:52Tem algum medo que você sente em relação a ter diabetes?
00:18:57Só medo de madrugada passar mal e não sentir nada.
00:19:00Carboidrato é tipo macarrão, não é isso?
00:19:18Arroz.
00:19:19Carboidrato é carboidrato.
00:19:21Carne?
00:19:22O que mais é carboidrato?
00:19:23Batatinha.
00:19:24Pão.
00:19:27Açúcar é carboidrato?
00:19:28Açúcar é carboidrato?
00:19:29Não.
00:19:30Não, não sei.
00:19:32Açúcar é carboidrato?
00:19:34Não.
00:19:35É.
00:19:36Tem restaurante fast food aqui?
00:19:48Não.
00:19:49Ah, se tivesse.
00:19:51Você queria que tivesse?
00:19:53Com certeza.
00:19:55Era uma vez, há muito tempo, um acampamento cheio de ogros famintos.
00:20:01E certa noite, tiveram uma grande surpresa.
00:20:06Se você vier para os Estados Unidos, eu encontro que o coca, o tamanho é muito grande.
00:20:13E o hambúrguer é muito pequeno na China, mas o hambúrguer, nos Estados Unidos, é muito grande.
00:20:19O tamanho é muito grande.
00:20:20O hambúrguer é muito grande.
00:20:50O hambúrguer é muito forte.
00:20:51A gente gosta de brincar de guerra também.
00:20:53Dum, dum, dum.
00:20:54Dum, dum, dum.
00:20:59E o que vocês mais gostam de comer quando não é refeição?
00:21:03McDonald's.
00:21:04McDonald's.
00:21:05Burger King.
00:21:06Eu e ele gostam de ir no Burger King também, porque é por causa do refrigerante.
00:21:11Quando acabam, você vai lá e ele te dá só o copo.
00:21:15Você vai lá na máquina, coloca a conta de coca-cola que você quiser.
00:21:17Aí você volta, coloca quantas vezes você quiser.
00:21:20E aqueles brinquedos, vocês colecionam ou não?
00:21:22Todos, todos, todos.
00:21:23Você não pode, contra as empresas que têm campanhas multimillonárias e que essa publicidade está na televisão, está na rua, está na internet, está por todos os lados.
00:21:35McDonald's, que você vai com seu filho pequeno por a rua e passas por um lugar de comida rápida, que o que vê o filho não é um lugar de comida, vê um lugar de jogos infantis.
00:21:49E o filho reclama ir a esse lugar.
00:21:51Ou seu filho vai à escola e o companheiro tem o joguete que veio na cajita feliz.
00:21:57McDonald's é o maior vendedor de joguetes em todo o mundo.
00:22:03Obrigado, qual é a nossa missão?
00:22:05Salvar o mundo!
00:22:07Derrotar o inimigo!
00:22:08Comer!
00:22:09Comer!
00:22:11Vocês não viram que eu estou verde de fome?
00:22:15Chegou o Kit Rabibs dos Vingadores.
00:22:18Copos, mochilas, DVDs e bonecos dos seus heróis preferidos.
00:22:22Você acha que esse personagem aqui está aqui por causa dos adultos ou por causa das crianças?
00:22:27É... eu acho que é por causa das crianças insistirem para o pai para... para ficar comprando, botar o personagem.
00:22:38Eu pego um personagem que é super simpático, de um filme super famoso, e jogam para a criança.
00:22:45Realmente tem crianças que se... se jogam no chão do supermercado e que querem, outras não.
00:22:52Mas eu acho que é uma covardia.
00:22:56Eu tenho que ficar em ótima forma física hoje, Gary!
00:23:15Quem fica com vontade de comprar porque tem um personagem aqui?
00:23:31Eu!
00:23:32Tem um dia que eu compro uma gelatina só por causa do personagem, mas não gostei.
00:23:36Quando nós pegamos personagens queridos, por exemplo, dos desenhos animados, ou do cinema, ou dos filmes,
00:23:43e esses personagens queridos acabam sendo oferecidos no mercado junto com bugigangas,
00:23:50coisas que quebram, coisas que crianças engolem, produtos alimentícios que só causam mal,
00:23:55sem dúvida alguma é algo para ser proibido porque a publicidade é abusiva.
00:23:58Agora você pode encontrar as surpresas da série Escola da Magia no seu Kinder Ovo.
00:24:02Com o Kinder Ovo Max, as crianças têm uma grande surpresa, um grande brinquedo.
00:24:06Podemos ajudar a cuidar do planeta.
00:24:08E assim, o planeta agradece McDonald's feliz com quatro surpreendentes Transformers.
00:24:16Aqui, quando começa a chegar a criança com algum brinquedinho,
00:24:20eu já sei que o McDonald's está dando alguma coisa.
00:24:23É impressionante.
00:24:24Tem a época do Shwek, né?
00:24:27Aí você vê que só entra a criança com isso.
00:24:29Eu já sei que já foi porque a criança tem que ir ao McDonald's para ganhar o brinquedinho, né?
00:24:34Com que frequência você acha que os pais deviam levar as crianças em restaurante fast food?
00:24:39Zero. Frequência zero.
00:24:48Por que o Léo está de dieta?
00:24:49O Leonardo está acima do peso e está com colesterol alto.
00:24:54Ele está fazendo um acompanhamento com um pediatra lá no Santo Antônio
00:24:58para diminuir o colesterol dele.
00:25:01Antes de você levar ele no hospital, o que ele comia mais que agora ele deixou de comer?
00:25:05Ele comia hambúrguer, batata frita, comia muitos bifes.
00:25:09Quando você está jogando bola, Léo, é fácil para você correr, se movimentar?
00:25:23Não, muito.
00:25:24Eu canso muito rápido.
00:25:26Ele é ótimo aluno.
00:25:27A professora só elogia bastante.
00:25:29Ele é dos alunos que, enquanto ela ensina, ele já aprendeu, já fez e ela tem que esperar pelos outros.
00:25:34Ele perguntou se ele fica bonito, gordo ou magro.
00:25:40Eu disse que ele fica bonito de qualquer jeito.
00:25:42Mas ele tem que emagrecer por causa da saúde.
00:25:45Ele tinha três anos e pouco, quando eu me separei.
00:25:48Para ele se acostumar com a ideia, para ele era difícil.
00:25:51Ele chorava.
00:25:53Ele internou no hospital, ficou dez dias no hospital com dor de cabeça.
00:25:56Fizeram vários exames, não acharam nada.
00:25:59Saí do hospital e foi onde ele começou a engordar.
00:26:01Aí o médico me explicou, o pediatra dele, que é ansiedade, sistema nervoso, que fez ele se afogar na comida.
00:26:08Como ele não podia falar, argumentar alguma coisa, ele começou a comer.
00:26:14E agora ele está assim.
00:26:15Mas ele vai emagrecer.
00:26:16Ele já está emagrecendo.
00:26:22Ele um dia perguntou para mim se ele não podia comprar um amiguinho.
00:26:26Porque ele acha que ele se sente sozinho.
00:26:27Mãe, tem como eu comprar um amiguinho?
00:26:29Eu não, filha. A gente não compra amiguinho, a gente faz amiguinho.
00:26:35A criança obesa é uma criança que, além de ser obesa, ela tem muita vergonha.
00:26:41Porque ela não tem como esconder o próprio corpo.
00:26:44Então, ela... todo mundo vê que ela é gorda.
00:26:48E ela sempre encontra um jeito de disfarçar o que todo mundo enxerga.
00:26:51Então, ela esconde o próprio corpo usando uma camiseta mais larga.
00:26:57Ela se sente uma pessoa excluída.
00:27:00Mesmo no consultório, depois de um tempo, porque isso é muito difícil de uma criança revelar,
00:27:06ela fala quanto ela é invisível na sala de aula.
00:27:10O quanto ela é discriminada.
00:27:11Quais são os apelidos que ela recebe?
00:27:15Ela é um barril, ela é um saco de areia.
00:27:18E isso é um sonho... é um sentimento muito, muito doloroso.
00:27:22Além disso, na autoimagem dela, é um verdadeiro desastre.
00:27:27Que livro que você leu ultimamente?
00:27:36Eu já li Pequeno Príncipe e já li Fausto.
00:27:40É lindo, né?
00:27:41É lindo.
00:27:43Eu fiquei triste com o Carneirinho.
00:27:45É porque ele fica numa caixa e eu pensei que ele não podia sair da caixa.
00:27:51Pôs, desceu, isso.
00:27:53Pôs, travou, pôs, desceu.
00:27:59Vai acabar aí, a perna não se perdeu.
00:28:02Joga lá pra trás.
00:28:04Pôs, empurra a parede.
00:28:07Empurra a parede.
00:28:08Tá fraco, empurra a parede.
00:28:10Força, põe a mão no chão.
00:28:12Põe a parede, senão você cai.
00:28:13Põe a parede.
00:28:15Estende a perna todinha até o pé, devagar.
00:28:18E eu dei pra minha mãe de Natal.
00:28:25Ai, que lindo.
00:28:26Olha, gente, que lindo que ela fez.
00:28:28Você fez sozinha?
00:28:30Fiz.
00:28:31Como foi essa história de que você resolveu perder peso?
00:28:34É que um dia eu tava com a minha mãe assistindo TV e lá tava mostrando as crianças comendo
00:28:40legumes e se esforçando pra emagrecer.
00:28:43Eu disse pra minha mãe que eu queria emagrecer.
00:28:45Aí, no outro dia, a geladeira tava cheia de legumes.
00:28:49Cortou o coração, porque ela veio falar assim, mamãe, eu quero ser magra.
00:28:53Eu falei, a mamãe não pode fazer com que você seja magra, mas a mamãe pode te ajudar.
00:28:59Eu não coloquei uma meta.
00:29:00Falei, filha, eu não quero que você emagreça em tanto tempo.
00:29:03Eu quero que você crie bons hábitos.
00:29:05Que você tenha consciência do seu corpo.
00:29:08Então, a gente já conversou muito sobre isso.
00:29:09Ela não tem uma meta pra este ano.
00:29:11Ela tem uma meta pro resto da vida.
00:29:12Eu trabalhei pro McDonald's um ano e meio.
00:29:17Eu fui gerente de projetos de GTI.
00:29:19E eu deixei de trabalhar com eles, porque eu me sentia trabalhando pra indústria bélica,
00:29:24pra indústria de cigarros.
00:29:26E isso tendo em casa uma consumidora, né?
00:29:29Eu me lembro quando o McDonald's sofreu, não só o McDonald's, mas todas as cadeias
00:29:34de varejo alimentícia sofreram um processo do Ministério Público pra desassociar o brinquedo
00:29:39ao alimento.
00:29:40E eu sentia que a Carol gostava tanto de ir no McDonald's, tanto por causa do brinquedo,
00:29:44e aquilo me doía tanto.
00:29:46E quando eles ganharam, eu fiquei bastante chateada.
00:29:48E eu resolvi sair.
00:29:49Eu não podia dizer nas reuniões, pô, acho que droga, né?
00:29:52A gente vai fazer um projeto justamente pra aquilo que eu torço tanto há tantos anos
00:29:55que desassociei.
00:29:57E eu acho mesmo, é uma indústria que vive em torno desse tipo de exploração, né?
00:30:05Desse apelo das crianças.
00:30:09E eu me sentia uma traficante, né?
00:30:11Trabalhando lá com os vendedores de crack, tendo um viciado em casa.
00:30:15Eu me sentia assim.
00:30:25Eu me sentia, especialmente, mas também, adultos,
00:30:40adicionado a, e eu não digo adicionado a ligação,
00:30:42eu me diz que a pesquisa realmente,
00:30:44adicionado a gássuga, gássuga, gássuga, gássuga.
00:30:47E o que acontece é que, você sabe,
00:30:49um tomate com um pequeno salto
00:30:51fica com algo que não tem sabor.
00:30:53Para criar um novo sabor de Ruffles para os meninos,
00:31:06analisamos o que eles pensam.
00:31:15Essa publicidade da Ruffles,
00:31:17que coloca o menino só pensando em sexo e mulheres,
00:31:20para vender um biscoito cheio de calorias e gorduras, né?
00:31:25E também mostra as meninas só pensando em sapato, em meninos.
00:31:30Essa coisa que, em tese, se aproveita em parte daquilo que a juventude tem,
00:31:34ela é absolutamente abusiva porque ela vincula,
00:31:37por exemplo, quem sabe até, né?
00:31:39Um sucesso amoroso ou sexual dessa garotada
00:31:43com um biscoito que tem caloria e muito sal.
00:31:48Aliás, do ponto de vista científico, talvez seja até o contrário.
00:31:50Se comer muito biscoito, vai ter um mau desempenho.
00:31:52Mulher, mulher, mulher, mulher, mais mulher, mais mulher, mais mulher, mulher, mulher.
00:31:55Opa, a mulher veio de uma costela.
00:31:59Nova Ruffles Costelinha Barbecue.
00:32:01Você conhece esse produto?
00:32:02Sim, acabei de demorar um pacote desse.
00:32:05Tem gordura aí?
00:32:07Tem um pouco, sempre tem.
00:32:09Não dá para sentir muito, né? Bem sequinho.
00:32:10E se eu te disser que tem 77 gramas de gordura?
00:32:1377? Nesse pacote?
00:32:16Dá para fazer arroz, feijão, macarrão...
00:32:19Para a semana inteira?
00:32:20Para a semana inteira.
00:32:21Eu fico imaginando o quanto eu já consumi de óleo só nessas batatinhas.
00:32:26Estou impressionada.
00:32:28Uma criança comeu todo preço de óleo, né?
00:32:30Quer dizer, um salgadinho.
00:32:31Um salgadinho.
00:32:33Um dia desse eu vou dizer, Breno, não sei, não faz mal.
00:32:34Eles diziam assim, como aquele menino da propaganda estava comendo?
00:32:41Mãe, se fizesse, mas ele não estava comendo, mãe.
00:32:44Aí como é que eu vou explicar?
00:32:45Mãe, se fizesse, mas ele não estava comendo.
00:33:15E sua mãe trabalha onde?
00:33:16Na loja da minha avó.
00:33:19O que vende?
00:33:20Biscoitos.
00:33:21Você vai para a escola de manhã ou de tarde?
00:33:23De tarde.
00:33:24E o que você faz de manhã normalmente?
00:33:26Ah, eu fico dormindo até tarde e só levanto, vejo um pouco de TV.
00:33:31E na escola, o que você gosta de comprar?
00:33:33Um refri e um salgado.
00:33:35E que salgado que é?
00:33:36Um salgado, um guete assim, um steak.
00:33:40É frito?
00:33:41É.
00:33:41E esse aqui, o que é?
00:33:43Batata.
00:33:43Você gosta?
00:33:44Não, só frita.
00:33:45Esse aqui, o que é?
00:33:47É batata.
00:33:49Você gosta?
00:33:50Amo.
00:33:51Esse aqui eu gosto também.
00:33:52É um salgadinho que é feito de milho, que é feito com gordura de girassol, com a girassol.
00:33:57Então tem muito pouca gordura.
00:34:00Então é um produto bom?
00:34:01De todos os produtos que estão aqui, eu escolhi mesmo, só o rosto, eu uso esse e esse aqui.
00:34:11Não dá para competir fruto com salgadinho.
00:34:14Por que você acha que não?
00:34:15Por que eles são muito gostosos?
00:34:18Não dá para competir fruto com gordura de girassol, com a girassol, com a girassol, com a girassol, com a girassol, com a girassol, com a girassol.
00:34:32So they are depending on what their friends tell them, what is more entertaining.
00:34:37And in this, nobody ever asked that, is this going to get any meaning in the kids' life?
00:34:43Or is it just going to be one restless search for meaning, and then another, and then another,
00:34:50and never being satisfied, and therefore always filling up the vacuity of the situation with snacks.
00:34:56Why do we, if we are really entertained, why do we need snacks?
00:34:59Nobody needs snacks if the entertainment was solid.
00:35:02Qual a coisa que você mais gosta de fazer?
00:35:04Ficar na TV.
00:35:06Você olha a TV todo dia?
00:35:09Quando eu chego na escola, eu vou direto para a TV.
00:35:11O meu filho, de dois anos, ele se acostumou, ele só dorme depois que ele vê o desenho do Pocoyo e do Barney.
00:35:18E isso acontece, geralmente, umas 11 da noite, 11 e meia.
00:35:35Há uma relação direta entre o número de horas de televisão e a obesidade.
00:35:41Esse é um estudo repetido, confirmado, reconfirmado.
00:35:46Todos os estudos que tentaram associar o número de horas de televisão, não esqueçam do computador, porque é o mesmo fenômeno.
00:35:55O número de horas de televisão e do computador versus obesidade mostraram o mesmo resultado.
00:36:01Maior o número de horas de televisão, maior o índice de obesidade.
00:36:05Ela acaba transferindo a sua capacidade onírica para a telinha.
00:36:11O desenho sonha por ela.
00:36:14A história, o filme, fantasia por ela.
00:36:18Você gosta de assistir televisão?
00:36:20Gosto, gosto.
00:36:22Fico o dia inteiro na televisão e no computador.
00:36:24E quando você vê propaganda de alimentos na televisão, dá vontade de comer ou não?
00:36:29Dá.
00:36:30E quando você vê propaganda de alimentos na televisão, dá vontade de comer ou não?
00:37:00O que nós estamos fazendo é que nós realmente somos...
00:37:04Think about it.
00:37:05Você não está dizendo que você está em frente à televisão.
00:37:09Você está dizendo que eu estou babysendo você com a televisão.
00:37:13Que é que você trouxe outra pessoa, certo?
00:37:16Mas você não trouxe alguém só, você trouxe as pessoas.
00:37:20Você trouxe as pessoas.
00:37:20Você está dizendo que vocês têm uma televisão para seus filhos.
00:37:24Você está dizendo que você gostaria de fazer uma salvação,
00:37:28uma Harvard-educada salvação,
00:37:30que você tenha tempo com seus filhos com seus filhos com seus filhos.
00:37:33Porque eu tenho algumas eras que eu tenho que fazer.
00:37:35Eu não acho que nós gostaria de fazer, mas é o que nós fazemos.
00:37:38Eu não acho que parents realize como, quando eles estão em um negócio,
00:37:41o conversa não é entre eles e seus filhos.
00:37:44It's between them, their kids,
00:37:46and some Harvard MBA who's injected himself into the conversation.
00:37:50He's in your family.
00:37:52He's in your shopping cart.
00:37:53Esse não é Kinder.
00:37:55Decepção.
00:37:56Super Kinder.
00:37:57Decepção.
00:37:58É Kinder.
00:37:59É Kinder.
00:38:00É ovo, Maxi.
00:38:00Uma das maiores trajetas de negócios
00:38:03sobre os clientes que os clientes têm umfetidência
00:38:08de acesso para crianças
00:38:10é que a marketing e marketing
00:38:14realmente undermina o trabalho.
00:38:17O que a gente tem que vender a coisa.
00:38:19O que a gente tem que vender a coisa,
00:38:21ou que a gente tem que vender a coisa com computadoras,
00:38:25que tudo que a gente tem que fazer é pressar um botão,
00:38:27and the toys jump and sing and dance
00:38:31and do things by themselves
00:38:32and the kids are just sitting there pushing a button
00:38:35and it's not useful to them
00:38:39and it's not even really interesting to them
00:38:42and that's an advantage for marketers
00:38:45because if a toy markets really well
00:38:48and it looks really exciting
00:38:49and then they get it home
00:38:51and the toy isn't interesting for very long
00:38:54then what happens?
00:38:55the child wants another toy
00:38:57and the parents will go out and get another toy
00:38:59I did a study on the advertising and marketing techniques
00:39:04used by soft drinks and fast food companies around the world
00:39:08the language they used
00:39:10about how they aimed to get under the skin of children
00:39:14was alarming to me
00:39:17I think it's very disturbing
00:39:18remembering that these children are often under the age of 12
00:39:22under the age of 6
00:39:24we get them now
00:39:26they have this habit for life
00:39:28when you watch TV and have a propaganda of food, hambúrguer,
00:39:46the food, hambúrguer, hambúrguer, hambúrguer, hambúrguer
00:39:48what do you feel?
00:39:50É, antes eu falava pra mamãe, mamãe, mamãe, mamãe, nesses lugares que falava, mas agora eu fico até com nojo das pessoas comendo essas coisas.
00:40:04Por que você fica com nojo?
00:40:05Ah, porque aí eu sei que vai ficar igual eu, com sobrepeso. E aí vai ser muito ruim.
00:40:12MEC Lanche Feliz traz a boneca mais famosa do mundo e a diversão e a fantasia de Barbie quer o ser.
00:40:26O controle de espada, o escudo é almofada, mulher de pau é varinha encantada.
00:40:33Ela tem a família, ela tem a escola, mas ela tem a televisão e a televisão é o mundo mágico.
00:40:38A televisão, ela vem com aquela propaganda, assim, que você olha e fala, gente, isso é ridículo, isso não existe.
00:40:46Mas tá mostrando e faz com que a pessoa que tá assistindo fique encantada e queira fazer o consumo.
00:40:52São a infância não é grande aventura. Tadinho, o companheiro de aventuras do seu filho.
00:40:57Você sabe o que é isso daqui?
00:40:58Aí, ela sabe muito.
00:40:59Quem gosta? Quantos desses você toma por dia?
00:41:02Dois.
00:41:04Dois?
00:41:04Dois, hein, uns quadros, se deixaram.
00:41:05Diz que só um saquinho, é tão pequenininho.
00:41:08Três frascos, hein, desses aqui.
00:41:10Soma, são seis saquinhos de açúcar aí dentro.
00:41:19Coisa metade disso aqui.
00:41:21Se comunicar com criança, eu acho importante.
00:41:24A criança é cidadão, é indivíduo.
00:41:26Você simplesmente fingir que ela não existe e falar só com os pais dela,
00:41:29É privar a criança até de exercer o seu direito de escolha,
00:41:34de exercer o seu critério de julgamento.
00:41:36Em um mundo perfeito, onde as crianças eram realmente pequenos,
00:41:40full-gros humanos, isso funcionaria, mas eles não são equipados.
00:41:44E então, você sabe, nós não permitimos drogas de julgamento
00:41:49em qualquer lugar perto de escolas, não é.
00:41:51Dizer que a televisão compete com a autoridade dos pais
00:42:12é assumir um fracasso dos pais absoluto.
00:42:17Se você não tem condição de conversar com o seu filho
00:42:19sobre o que está acontecendo na mídia,
00:42:23você está realmente sendo um pai incompetente.
00:42:29Trabalho de segunda a domingo.
00:42:31Segunda a segunda, de certa forma.
00:42:33Tem uma folga na semana e, às vezes,
00:42:35se eu folgando, eu não produzo, eu não tenho retorno.
00:42:39E fica difícil. Eu não tenho controle.
00:42:44Essa dificuldade, assim, eu acho que não é minha como pai,
00:42:46eu acho que é de todos os pais, né?
00:42:48E a gente vive com essa sociedade que é permissível
00:42:52e que permite esse processo.
00:42:54Ficar dizendo, como eu já ouvi dizer,
00:42:57que um pai que não consegue dizer não para um filhão fracassado
00:43:00é uma sacanagem com esse pai.
00:43:01É algo que a gente não deve dizer,
00:43:03porque o pai está sofrendo toda uma sorte de assédio
00:43:05com todos os problemas pessoais que ele tem da administração em casa.
00:43:08ele trabalha o dia inteiro para ganhar o seu suado salário,
00:43:11paga altos impostos e depois tem que administrar em casa
00:43:13todos os anseios do filho que está sofrendo essa pressão de fora.
00:43:17Então, essa guerra suja, sem dúvida alguma,
00:43:20atrapalha demais a educação e não se pode culpar o pai por causa disso.
00:43:24De fato, é uma dificuldade que o pai tem.
00:43:26Eu tenho certeza absoluta que os pais aplaudiriam muito
00:43:30a proibição de publicidade dirigida às crianças,
00:43:33porque isso seria um problema a menos em casa.
00:43:35Eu me preocupo muito quando a gente começa a tentar proibir a comunicação
00:43:41de coisas que não são proibidas.
00:43:45Se o produto está à venda, se o produto...
00:43:48Tem um monte de ministério para ver isso,
00:43:50tem um monte de gente para regular.
00:43:52Tem que botar vitamina, tem que botar não sei quanto de farinha,
00:43:54tem que botar açúcar para mais, açúcar para menos.
00:43:57Isso daí, as autoridades entendem do assunto
00:44:00e devem obrigar a fazer.
00:44:01E os produtores têm que cumprir.
00:44:04Agora, você dizer, você pode vender, você pode produzir,
00:44:08você só não pode dizer que existe, não pode falar.
00:44:11Não pode falar, mas pode comer, mas pode vender, mas pode fazer.
00:44:15Se for ruim, não faz.
00:44:16Eu acho que as empresas são muito bom
00:44:20a dizer a FDA,
00:44:23você pode sair do meu negócio.
00:44:24Eles são muito bom a dizer o governo,
00:44:25você pode sair do meu negócio.
00:44:26E eles têm isso perfeito.
00:44:29A FDA e a indústria,
00:44:33eles são um e o mesmo.
00:44:34É uma porta revolvando.
00:44:35A FDA e a indústria,
00:45:05a gente tem que fazer.
00:45:07Você pode sempre ver quem está em controle
00:45:10based no tamanho do edificio.
00:45:12Então, quando os reis estavam em controle,
00:45:14os castos eram maior.
00:45:16Quando a igreja estava em controle,
00:45:18os catedrales eram maior que as castas.
00:45:21E os reis estavam trabalhando para a igreja.
00:45:23Quando os estados foram mais poderosos,
00:45:25os capitais eram maior que as catedrales.
00:45:28E a igreja estava trabalhando para o estado.
00:45:30E agora as catedrales,
00:45:32as catedrales corporais,
00:45:33são a maior coisa na Terra.
00:45:34Por tanto, por exemplo.
00:45:36Isso é muito dramático.
00:45:38E o estado,
00:45:39o poder mais poder,
00:45:40sempre trabalha para o novo poder.
00:45:42Então, o trabalho do governo
00:45:44é ir para o trabalho
00:45:46para o seu conjunto discreto de corporações.
00:45:50Eles trabalham para as corporações.
00:45:52E eu sei que é fácil de agir o governo,
00:46:14e eu sei que é um trabalho difícil.
00:46:17Mas é o que eu vejo.
00:46:18Mas,
00:46:20most pessoas
00:46:21do big,
00:46:22big food business
00:46:23são realmente clever.
00:46:26Eles são realmente clever.
00:46:28E possivelmente,
00:46:29eles são muito mais pessoas.
00:46:31Possivelmente.
00:46:34E
00:46:34você tem que entender
00:46:37que eles são realmente estratégicos.
00:46:38Eles são realmente clever.
00:46:39Eles têm dinheiro,
00:46:40eles têm marketing,
00:46:41e eles têm um produto,
00:46:42e eles têm um mais estratégico
00:46:43que qualquer governo do mundo.
00:46:45Just get that.
00:46:46Então,
00:46:46você tem que olhar para o Nutrition Transition,
00:46:48ou a change of food,
00:46:49ou a change in fucking health,
00:46:51as a war.
00:46:52Instead de shipping in guns e tanks,
00:46:55eles estão shipping in food,
00:46:57junk food,
00:46:57sugary drinks.
00:46:58Right?
00:46:59Você sabe o drill.
00:47:00Então, você tem que pensar em que é assim.
00:47:01o que você tem que pensar em que é que você tem que fazer.
00:47:14A CIDADE NO BRASIL
00:47:44A CIDADE NO BRASIL
00:48:14A CIDADE NO BRASIL
00:48:16A CIDADE NO BRASIL
00:48:18A CIDADE NO BRASIL
00:48:20A CIDADE NO BRASIL
00:48:22A CIDADE NO BRASIL
00:48:24A CIDADE NO BRASIL
00:48:26A CIDADE NO BRASIL
00:48:28A CIDADE NO BRASIL
00:48:30A CIDADE NO BRASIL
00:48:32A CIDADE NO BRASIL
00:48:34A CIDADE NO BRASIL
00:48:36A CIDADE NO BRASIL
00:48:38A CIDADE NO BRASIL
00:48:40A CIDADE NO BRASIL
00:48:42A CIDADE NO BRASIL
00:48:44Pega um negócio, pega um outro, você fala não uma vez, fala não duas.
00:48:48Chegou uma hora que você cansa e dá.
00:48:49Cada 30 vezes que você vai falar no mercado, pelo menos umas 10 você compra alguma coisa que ela está pedindo.
00:48:54E não é fácil dizer não toda hora.
00:48:56E tem que dizer não, porque senão a criança vai se querer cada vez mais.
00:49:00Não tem limite.
00:49:01E se a gente criar uma criança sem limite, a nossa preocupação é essa.
00:49:04O que vai ser dessa criança no futuro?
00:49:05Deixa eu pensar assim.
00:49:07Vai falar que você está suja, você não vai.
00:49:09De onde?
00:49:10Não, outra que está suja.
00:49:11Os alimentos bons não podem ser caros.
00:49:15Hoje em dia, os alimentos mais dignos à saúde têm menos preços que os alimentos que são mais saudáveis.
00:49:26Essa é uma inversão da situação criada por os próprios homens.
00:49:30Isso tem que alterar.
00:49:32O que você come aqui?
00:49:54Arroz, feijão, frango.
00:49:57E tem linguiça.
00:49:59Linguiça.
00:50:00E massa.
00:50:01Vocês compram algum legume, não?
00:50:04Mas aqui é tomate, batatinha.
00:50:08Cenoura?
00:50:10Difícil.
00:50:11Não dá de ver não, Eric.
00:50:12Do outro lado não tem não.
00:50:14O que tem no pote?
00:50:16A água.
00:50:16É difícil ter fruta por quê?
00:50:19É.
00:50:19Por quê?
00:50:20Porque só tem lá em Campo Maior.
00:50:22E a gente vai de Campo Maior de mês em mês.
00:50:27Então é difícil de encontrar isso?
00:50:29Aqui perto é difícil de encontrar?
00:50:31Aqui não tem não.
00:50:32Só lá mesmo.
00:50:33Aqui por perto o que tem?
00:50:36Como assim?
00:50:36O que tem?
00:50:37Se vocês precisarem de algum alimento, o que tem aqui por perto?
00:50:39Tem, tem.
00:50:40Tudo para vender nos comércios.
00:50:42Tem arroz, feijão, açúcar.
00:50:44De enquanto tem.
00:50:45Mas lá de fruta, verdura, assim, não tem.
00:50:50Mas lá de fruta, chega lá de fruta, né?
00:50:54Tchau, tchau.
00:50:55Música
00:51:25Isso aqui é o marido do Arda, isso aqui é minha mãe, isso aqui é meu pai, isso aqui é o Carlos Eduardo, isso aqui é eu, isso aqui é minha avó, isso aqui é o tio Wagner.
00:51:48Você gosta de comer salada? E verduras?
00:51:52Verduras.
00:51:53E esse daqui, o que é? Milita.
00:51:57Do que é feito, você sabe? De carne.
00:52:00O que é esse daqui? Ah, é baratinho.
00:52:04Você gosta? Gosto.
00:52:06Esse aqui? Cebola? Não.
00:52:11Tem merenda na escola ou tem almoço na escola? Merenda. E a gente compra com o dinheiro merenda.
00:52:15Ah, você ganha um dinheirinho pra comprar a tua merenda? É minha mãe que me dá.
00:52:20Quanto que você ganha de dinheirinho? Dois reais. Dois reais. E você gasta em que, teu dinheirinho?
00:52:27Milito. Dois cinquenta, cinco reais.
00:52:31Quinto.
00:52:31E salsicha.
00:52:33Comprou milito.
00:52:34E fielante.
00:52:35Isso é caro ou barato aqui?
00:52:37É barato.
00:52:38Quanto custa?
00:52:39Um real.
00:52:40Um real?
00:52:41Um real e vinte e cinco, dependendo da marca.
00:52:43Quando você abre isso daqui, você come quantos?
00:52:46Eu como tudo.
00:52:48Um tubo desse biscoito recheado equivale, sabe a quantos pãezinhos?
00:53:02Um pãozinho pequeno, né? O pão francês.
00:53:07Há oito pãezinhos franceses.
00:53:09Um tubinho desse biscoito recheado.
00:53:11Ou, então eu falo pra mãe, mãe, você já imaginou o seu filho comendo oito pãezinhos franceses no café da manhã?
00:53:19É isso que você quer mandar de merenda pro seu filho?
00:53:22Me pergunto muito por que que se aprende tanta coisa na escola, até a educação sexual, né?
00:53:28E não existe uma disciplina de educação nutricional na escola.
00:53:32Nós temos que olhar o que as crianças comem e o que sabem sobre a comida, como parte da experiência educacional.
00:53:38Porque há nada que nós fazemos numerous times a dia em nossa vida, além de comer.
00:53:45Nós não podemos ler numerous times a dia.
00:53:47Nós certamente não podemos fazer algebra numerous times a dia.
00:53:50Nós provavelmente não podemos fazer ciência numerous times a dia.
00:53:54Mas o que nós fazemos numerous times a dia para cada dia de nossas vidas?
00:53:58É comer.
00:53:58E isso deve ser apenas como importante e educacional para nossos filhos como ler, writing e arithmetes.
00:54:05A minha toalhinha está aqui, enfim.
00:54:20Quando uma cantina dentro da escola não é vista como um espaço comercial, mas como um espaço de aprendizado,
00:54:40um espaço didático, você de alguma maneira controla ou reduz essa esquizofrenia entre o professor eventualmente trabalhar conteúdos dentro de ciências
00:54:52e outras disciplinas do que é alimentação saudável, etc.
00:54:55E a criança sai para o intervalo, chega naquela cantina e não tem nada daquilo que ela aprendeu.
00:55:02Tem um paciente que tem vergonha de levar fruta para a escola.
00:55:06Então eu falo, você vai levar, tem que comer, é importante para você.
00:55:11Sabe o que eles fazem?
00:55:13Levam a banana ou a maçã, se trancam dentro do banheiro, comem a banana dentro do banheiro,
00:55:19trancado para que nenhum colega veja.
00:55:21Uma criança que leva fruta em vez de suco de caixinha, ela não gosta.
00:55:27Primeiro porque ela é diferente e ninguém quer ser diferente.
00:55:30Segundo, tem sempre implícito uma hierarquia de valores.
00:55:35Então, uma caixinha é uma moeda que vale mais, um suco de caixinha vale mais do que uma fruta.
00:55:43E ninguém quer se sentir menos.
00:55:47Então, o que circula implicitamente é um código de poder aquisitivo,
00:55:53onde a criança que não tem e não compartilha esse poder aquisitivo, ela se sente humilhada.
00:55:59Por outro lado, os pais se sentem orgulhosos de poder propiciar para esse filho bens de consumo,
00:56:08brinquedos, refrigerantes.
00:56:10Primeiro porque muitos não tiveram.
00:56:12Então eles têm a possibilidade de oferecer alguma coisa que eles não tiveram.
00:56:16Segundo, não deixam seus filhos serem discriminados.
00:56:21Porque, de fato, o seu filho que leva fruta é visto como diferente.
00:56:28E você pode ampliar isso para a roupa, para as férias, para as viagens, para a marca do tênis e para a marca da canetinha.
00:56:35Recentemente, um amigo meu, ele comeu salada, ele falou que, ah, eu comi uma lasanha, ah, não sei o quê.
00:56:43Aí ele chegou para mim e falou, não, eu não comi, eu comi uma salada, um arroz e um bife.
00:56:49Ele falou, ah, para mim isso daí é comida de pobre.
00:56:51No dia de hoje, olha, macarrão, suco, carne moída ao molho e congelada.
00:56:55E amanhã, o que que tem?
00:56:57Amanhã vai ser pão francês, vai ser o pão com uma bebida.
00:57:02E com salsicha também?
00:57:06É, com a salsicha também.
00:57:08E esse peito de frango aqui, ele vem como?
00:57:10Vem enlatado.
00:57:11E a carne moída, como ela chega?
00:57:13Ela chega também enlatada.
00:57:14E esse feijão aqui, vocês cozinham o feijão?
00:57:17Também vem enlatado.
00:57:18O que que vocês cozinham aqui?
00:57:20O arroz, vocês cozinham?
00:57:21O arroz.
00:57:21O arroz, o macarrão?
00:57:23O arroz, o macarrão.
00:57:24É, só o arroz e o macarrão.
00:57:26Carne mecanicamente separada de aves, frango e peru.
00:57:30Carne bovina, água, miúdos, suínos.
00:57:34Pode conter coração, fígado e estômago.
00:57:38Proteína de soja, gordura suína, maltodextrina, sal, fécula de mandioca, condimentos, extrato de alecrim, regulador de acidez, lactato de sódio, estabilizantes.
00:57:57Polifosfato de sódio, aromas naturais de fumaça e noz moscada.
00:58:05Antioxidante, eritorbato de sódio, conservador nítrico de sódio, corante de uruquim.
00:58:13E não contei em grupo.
00:58:26Na hora do jantar, quando você faz a refeição com a sua esposa, é com a televisão ligada ou desligada?
00:58:30Com a televisão ligada.
00:58:31Quando foi a última vez que você fez uma refeição com a sua família?
00:58:34Ah, nem lembro.
00:58:34Você come mais no sofá ou você come mais com a sua família na mesa?
00:58:40Mais no sofá.
00:58:41Quando eu era criança, vivendo naquela pequena village, eu loved a cana de Coke, e eu acho que muitos de vocês do.
00:58:51E, você sabe, em uma vez de um dia, nós usamos para o McDonald's, e nós usamos em um boat, e nós usamos em um hato,
00:58:58e nós usamos um pequeno, e nós usamos, e nós usamos, e nós usamos, e nós usamos, e isso é ótimo.
00:59:04Mas a coisa que tem que muda, você sabe, é que esses alimentos não são treats anymore.
00:59:11Eles estão se tornando parte da nossa dieta.
00:59:13Eu trabalho em tantas comunidades, em Inglaterra, Austrália, e América,
00:59:18onde, esses não são treats, esses são dinas.
00:59:20Breakfast, lunch, e esqueça de água, por favor, pessoal.
00:59:24Eu vi tantas famílias que só hidratam em bebidas sugary.
00:59:28O que acontece é que eles morrem jovens.
00:59:30End of. End of story.
00:59:36Vocês almoçam aonde?
00:59:38Me serve o sério.
00:59:39Churrascaria, hein?
00:59:40Um restaurante, na verdade, né? Onde dá.
00:59:43E quando foi a última vez que vocês fizeram a refeição aqui na casa?
00:59:46Tá com poucos dias, né, Vina? Acho que essa semana a gente já fez uma vez.
00:59:50Semana passada, hoje é sexta, hoje é sábado, sexta.
01:00:03E ela toma quantos por dia?
01:00:05Toma um, dois.
01:00:06Eu levo em consideração a praticidade, né?
01:00:09Você toma dentro do carro, no trânsito, você vai tomando nessa carrozinha e vai pro trabalho.
01:00:12Como eu me ausento de casa, é todos os dias pra trabalhar, então assim, eu quero que elas estejam alimentadas.
01:00:20Quando você tá na sua casa, de vez em quando, vocês almoçam todo mundo junto?
01:00:38Nós fazemos a prece, depois nós vamos pôr almoço, depois nós vamos tomar o suco.
01:00:45E como é a prece?
01:00:47Senhor, eu agradeço pelo dia que estamos aqui com esse alimento, que todos os dias não falte nada na minha vida.
01:00:56Assim seja, graças a Deus.
01:00:59E falta alguma coisa na sua vida?
01:01:00Fato sentido.
01:01:04Fato sentido.
01:01:09Ai, não tem.
01:01:10Tá bom, tá bom.
01:01:16Tudo jóia?
01:01:17Oi, tudo bom?
01:01:18Daiana, tudo bom?
01:01:19Tudo jóia, vamos ver?
01:01:20Vamos ver cá.
01:01:20Meu pai dorme aqui na sala, eu durmo aqui, minha mãe dorme ali e meu irmão dorme ali.
01:01:35O que é isso, Luana?
01:01:36Minhas maquiagens.
01:01:38São todas suas ou não são da sua mãe?
01:01:39São todas minhas.
01:01:41E onde você aprendeu tudo o que você sabe, Luana?
01:01:43Na internet.
01:01:49Tá com medo?
01:01:49Tô.
01:01:52Mas eu confio em você.
01:01:56E o que ela mais gosta?
01:01:59Ela gosta de comer de tudo, na verdade, né?
01:02:03McDonald's, salgadinho, refrigerante.
01:02:07Com que frequência você gosta de tomar refrigerante?
01:02:09Todo dia eu tô com medo.
01:02:10E de saúde?
01:02:11Ouvi dizer que teve um probleminha aí.
01:02:13O que aconteceu?
01:02:14Ah, eu tive artrite.
01:02:16Trombose.
01:02:18E como é que foi?
01:02:18Como é que você...
01:02:19O que você sentiu?
01:02:20O que aconteceu?
01:02:21Ah, eu parei de andar, minha perna ficou doendo, aí eu não conseguia andar.
01:02:26Por causa da atriz, meu braço ficou assim, não conseguia mexer direito.
01:02:30E quanto tempo durou isso, mais ou menos?
01:02:32Ah, um ano quase.
01:02:35Nossa, foi horrível.
01:02:36E a gente correu pra pediatra e ela pediu pra internar a Luana.
01:02:40Então, assim, foi muito ruim.
01:02:42Foi terrível.
01:02:43Foi, assim, acho que os piores dias da minha vida.
01:02:45Eles deram alguma recomendação de prevenção pra isso não acontecer mais?
01:02:50Falaram pra mim emagrecer, que aí ia melhorar, mas aí melhorou, mas falaram que ia melhor emagrecer pra mim não ter de novo.
01:02:59Isso foi quando?
01:03:00Em 2008.
01:03:012008.
01:03:02E desde lá, você já conseguiu perder um pouco de peso ou não?
01:03:07Muito difícil.
01:03:08Houve uma época na história em que as pessoas, elas consumiam aquilo que elas precisavam consumir.
01:03:22Tinha uma relação muito mais direta com a utilidade do que com a quantidade, né?
01:03:28Então, ninguém precisava de 15 pares de sapato, ninguém precisava de 20 calças diferentes.
01:03:36Por natureza, o principal produto das empresas hoje é consumidores.
01:03:41Elas produzem consumidores.
01:03:42Elas precisam continuamente produzir consumidores e consumidores insatisfeitos que precisam consumir mais, mais e mais.
01:03:49Senão o ciclo, né, não continua.
01:03:52Aqui a gente come muito excelentemente, né?
01:03:55O molho vai partir, olha, muito grande.
01:03:58Isso aqui é uma Coca-Cola.
01:03:59De 3 litros.
01:04:01Isso aqui vai uma por dia em casa.
01:04:02A Fanta, a gente toma bastante também.
01:04:05Suco de uva também.
01:04:08Chup citrus, isso aqui tem bastante, é super também.
01:04:10A gente também come coisas integrais, tipo clube social integral, pôr integral.
01:04:15Calda de chocolate no sorvete.
01:04:17Pipoca.
01:04:18Um amendoim também, que a gente fez ali.
01:04:21Descoito recheado.
01:04:22Quando a gente abre o pacote, come ali e feijo.
01:04:24Aqui nós toma Nescau, esse aqui é de morango.
01:04:27Bolinho na madeira.
01:04:28Miojo.
01:04:30Uma barra de chocolate.
01:04:31Isso daqui é a farol que você põe no sorvete?
01:04:36Pra adoçar o sorvete.
01:04:38Porção, 7,8 gramas.
01:04:41Açúcar, 5,5 gramas.
01:04:44Esse aqui é a geladeira.
01:04:45A geladeira.
01:04:47Maionese.
01:04:49Falaram pra mim tirar uma foto de sunga.
01:04:52E eu tirei a foto de sunga.
01:04:55E eu não sabia o que ia acontecer com essa foto.
01:04:57Falaram que ia colocar uma revista, muito legal.
01:05:00Fiquei super na expectativa.
01:05:02Aí cheguei, olhei a revista, eu comprei ela.
01:05:05Quando eu fui ver, estavam falando que aqui, quando eu tô aqui fora da água, eu sou gordinho.
01:05:12E debaixo da água colocaram outra pessoa com uma perna mais fininha, mais magrinha.
01:05:17Ah, eu me senti chateada.
01:05:22O que é raba?
01:05:24Hum, beterraba.
01:05:25Vocês gostam de beterraba?
01:05:26Beterraba.
01:05:26É?
01:05:27Faz bem com o meu colesterol alto.
01:05:29O quê?
01:05:29Faz bem com o meu colesterol.
01:05:32Você tem colesterol alto?
01:05:33É alarmante do ponto de vista da saúde.
01:05:37A gente tá perdendo a nossa cultura alimentar.
01:05:39Tá a presença dos alimentos não processados no nosso prato.
01:05:44Eu acho que isso é alarmante do ponto de vista da saúde.
01:05:46E do ponto de vista cultural, eu acho que é empobrecedor.
01:05:50Eu acho, assim, tem pessoas que têm um certo fascínio de poder ir pra qualquer lugar do mundo e comer a mesma coisa.
01:05:57Eu tenho verdadeiro pavor disso, porque o que mais define um povo do que o que ele come?
01:06:27E do ponto de vista cultural, eu acho que é um povo do que ele come?
01:06:57E do ponto de vista cultural, eu acho que é um povo do que ele come?
01:07:27E do ponto de vista cultural, eu acho que é um povo do que ele come?
01:07:57As crianças desnutridas.
01:07:58Hoje em dia, teve um boom da obesidade.
01:08:02E acho que a pediatria deixou passar muito isso, né?
01:08:06Porque tem um desmame precoce.
01:08:08As mães não querem mais amamentar.
01:08:10Elas querem fazer leite artificial pra essas crianças.
01:08:14Existe muito ainda aquela imagem de criança gordinha, é criança sadia.
01:08:21Ele toma três mamadeiras de leite ninho, três mamadeiras de leite com arrozina e uma vez no peito.
01:08:29E aonde você aprendeu da leite em pó?
01:08:31Com a minha mãe.
01:08:32Isso aqui é quando eu vejo o peixe.
01:09:00Eu flecho.
01:09:04Meu nome é Altair de Moraes de Cavalho, né?
01:09:05Eu sou o vice-cacique daqui da aldeia do Santo Antônio.
01:09:08Meu nome é Oséio, irmão dos Santos.
01:09:10Sou o agente de saúde e o cacique daqui da aldeia.
01:09:13Eu sou a pajé aqui da comunidade de Santo Antônio.
01:09:16Tem dias que eles fazem três, né?
01:09:19Na questão do café da manhã, um cafezinho com tucumã, com beiju, com tapioca.
01:09:27Esse aqui é o tucumã, tá?
01:09:29Esse aqui é o tucumã da região, região amazônica.
01:09:32O que mais se compra de produtos industrializados aqui?
01:09:35A conserva, a salsicha e outros de outros.
01:09:39Refrigerante?
01:09:41Refrigerante, bolacha, leite.
01:09:45Salgadinho?
01:09:45Salgadinho.
01:09:46Desses alimentos que chegam lá do mercadinho, quais vocês mais gostam?
01:09:50Bolacha.
01:09:52Vocês aqui na aldeia já comeram esse produto?
01:09:54Às vezes que a gente tem algum dinheirinho, compra o miojo e coloca a água no fogo.
01:10:01Quando tá fervendo, coloca em três minutos e tá pronto.
01:10:05E ele é um produto saudável?
01:10:07Eu acho que sim.
01:10:08É saudável, meu amigo.
01:10:14Num passeio escolar, eu vi crianças comendo.
01:10:19Elas estavam fazendo o seu lanche.
01:10:21Elas estavam comendo um bolinho.
01:10:22E eu estava com muita fome.
01:10:24Então, uma das professoras me deu um bolinho pra eu experimentar.
01:10:27Ele era muito artificial, muito ruim.
01:10:30Um gosto excessivamente artificial.
01:10:33Aí eu deixei, guardei.
01:10:36E esse bolinho está aqui.
01:10:38Ele tem um ano e meio.
01:10:41E de lá pra cá, nenhum outro ser vivo se interessou por esse bolinho.
01:10:47Ele, nenhum fungo, ele não embolorou.
01:10:50Ele até tinha um recheiozinho.
01:10:53E nem o recheio fungo não quis.
01:10:55Quer dizer, nenhum outro ser vivo se interessou por esse alimento.
01:10:58Ele falou pra avó dele que tinha que furar um buraco na barriga dele pra tirar a gordura dele.
01:11:04Bom, quando ele anda um pouquinho a mais, ele sente muita dor nas pernas.
01:11:08Mas eu acho que é por causa do peso, né?
01:11:09E refrigerante?
01:11:10Não, refrigerante tá menos também.
01:11:12A gente tá tomando mais açúcar.
01:11:14Suco de caixinha?
01:11:15O suco que você faz?
01:11:16Não, é suco que eles importam.
01:11:19Chegou a La Fruta Nestlé.
01:11:36Naturalmente gostosa.
01:11:38La Fruta Nestlé.
01:11:39Gostosa por natureza.
01:11:44Atendimento ao consumidor Grappi Foods.
01:11:47Aqui no pacote tá dizendo que ele é feito com farinha integral, né?
01:11:53É 100% farinha integral ou tem outra farinha?
01:11:57É farinha integral, 100%.
01:12:00Mas e essa que tem aqui nos ingredientes?
01:12:02Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico?
01:12:06Isso, a farinha integral foi adicionada.
01:12:09Como assim?
01:12:10Contei os ingredientes, porém foi adicionada farinha integral agora na composição.
01:12:14Então, ele não é só de farinha integral, ele tem a outra farinha branca também.
01:12:18Isso, exatamente.
01:12:19Ele só foi adicionado à farinha integral.
01:12:21E quanto por cento é de farinha integral?
01:12:25Só um momento enquanto eu verifico a informação.
01:12:27Desde que aqui a informação, essa quantidade, essa fórmula, ela é considerada a propriedade
01:12:32intelectual da empresa.
01:12:33Então, o SAC mesmo não tem informação.
01:12:36Se o produto não tem gordura trans, isso quer dizer que ele é um bom produto?
01:12:42Quando está escrito zero gordura trans.
01:12:43Quer dizer que ele é bom.
01:12:46O coração, não ofende tanto o coração, né?
01:12:48Milito.
01:12:50O que está escrito aí nele?
01:12:52Zero gordura trans.
01:12:53O que isso significa?
01:12:55Porque não tem gordura, né?
01:12:57Então, como é esse produto?
01:13:00Ele não ofende o organismo da pessoa.
01:13:03É o contrário, ele auxilia em alguma coisa, né?
01:13:06Quando você, por exemplo, está comprando uma caixa de suco e está escrito néctar,
01:13:12você não imagina que você está comendo o mais puro da fruta?
01:13:15Porque néctar tem essa noção, né?
01:13:17Bom, é uma coisa essencial, né?
01:13:20Não, na verdade, néctar é aquele que tem mais açúcar.
01:13:23É o que tem menos fruta e que tem mais açúcar.
01:13:25Mas você acha que é suco que está aí dentro?
01:13:29Está escrito néctar.
01:13:30Eu estou achando que é.
01:13:30Fazer uma bebida como o Del Valle não é simplesmente espremer frutas.
01:13:35É preciso ter carinho para escolher as melhores frutas,
01:13:39notar as diferenças entre elas e descobrir o que cada uma tem de especial.
01:13:43O mesmo carinho que uma mãe tem para observar seus filhos.
01:13:46Del Valle.
01:13:47O segredo é carinho.
01:13:48Em um litro desse produto, tem 145 gramas de açúcares.
01:14:02A proporção é bem mais do que o meu monopo.
01:14:04Do que é feito isso daqui?
01:14:06De uva.
01:14:07Hoje eu vou matar o refrigerante, vou matar a fanta uva, vou matar o sucro e vou matar o taldinho.
01:14:26Na verdade eu vou matar os caras que fabricam.
01:14:29Do que é feito isso daqui?
01:14:59Uma criança obesa, ela não é uma criança obesa, ela é obesa.
01:15:10A palavra criança foi extinta.
01:15:13Ela não é legitimada como criança.
01:15:15A identidade dela é a forma dela.
01:15:19Então a prevenção é resgatar a palavra e o reconhecimento da criança.
01:15:26E depois obesa, como bonita, feia, alta.
01:15:30A palavra criança está perdida para uma criança obesa.
01:15:45A palavra criança está perdida para uma criança obesa.
01:15:51O que é isso?
01:16:21O que é que o consumidor tem é enorme porque você tem o dólar.
01:16:33É a única coisa que você tem que a empresa quer e que eles precisam de você para conseguir.
01:16:40Se você sabe o que seus valores são, e você sete seus valores, e você diz,
01:16:47eu vou comprar o tipo de futuro que eu quero ver no mundo,
01:16:51por apenas comprar de empresas que me matcham meus valores,
01:16:55você vai absolutamente cair o beijo de empresas.
01:17:02Eles, em uma boa maneira, e eles vão gostar.
01:17:06Em um final, eles vão gostar, porque todas essas pessoas e empresas não são misteriosos.
01:17:10Eles são mãos e dadas.
01:17:12O mesmo exacto problema, o mesmo carro, o mesmo tipo de crianças com tantos.
01:17:18Em um final, eles não estão felizes com o sistema.
01:17:24Então, como a consumidor, você pode levar eles a essa revolução.
01:17:29Você sabe, eu acho que parents têm a real role to play em obesidade e diabetes em nosso país.
01:17:35Eu acho que há muitas coisas que eles podem fazer.
01:17:37Você precisa fazer real food parto da vida.
01:17:41Você precisa ir com os filhos, com os filhos, com os filhos, com os filhos.
01:17:45Você precisa fazer a sua valor.
01:17:47Você precisa de se sentar e comer com os filhos.
01:17:49Talvez no início seja um pouco constrangedor você olhar no olho do teu pai, da tua mãe ou do teu filho e falar,
01:18:16E aí, como é que foi o dia? E aí, como é que tá essa comida? Tá boa?
01:18:19Vamos experimentar outro jeito de fazer? Vamos fazer junto da próxima vez?
01:18:24Mas, de repente, se a gente insistir, começa a ser um momento que talvez resolva ou contribua
01:18:30pra solucionar coisas que vão muito além da alimentação.
01:18:33Meu desejo é para você ajudar um forte, sustentável movimento
01:18:41para educar cada criança sobre comida,
01:18:47para inspirar as famílias a comer novamente
01:18:50e para empoderar as pessoas de todo mundo a lutar com obesidade.
01:18:55e para empoderar as pessoas de todo mundo a lutar com obesidade.
01:19:25E aí, como é que há,
01:19:55Amém.
01:20:25Amém.
01:20:55Amém.
01:21:25Amém.
01:21:55Amém.
01:22:25Amém.
01:22:55Amém.
01:23:25Amém.

Recomendado