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  • 11/07/2025
Primeira parte da novela A Dama de Rosa

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TV
Transcrição
00:00E pagaram o mês completo, Neyli?
00:14Bom, eles pagaram a metade, Gabriela, e no mês que vem juram que pagam a outra.
00:18Ah, já sei, mostrando suas perninhas.
00:30E agora, entrando na quadra, as animadoras dos jogadores.
00:56Ah, já chegaram as exóticas.
01:00Atrasadas como sempre.
01:02Você viu que elas nem se vestiram?
01:05Você sabe que elas ganham muito mais do que nós?
01:07Como é que é?
01:08Foi o que disse a capitã.
01:09Meninas pagam tão pouco pra vocês.
01:12Ah, me deu uma vontade de responder.
01:14Não é que nos paguem pouco, é que nos pagam quando lhes dá na telha.
01:18Ai, sei lá.
01:19Eu não sei o que eu vou fazer se não me pagarem o mês completo.
01:22É verdade, eu não sei, Neyli.
01:24Não vamos ter nem um café da manhã.
01:26Não, eu falo sério, a coisa não está boa.
01:30Está tudo muito difícil, a minha mãe não dá conta.
01:32E com o que eu ganho aqui, mal dá pra pagar o aluguel da minha casa, hein?
01:35Nem comprar carne.
01:36E por que você não vai fazer televisão?
01:38Não, isso não.
01:40Só faltam seis meses pra me formar na escola.
01:43E eu quero fazer as coisas bem feitas.
01:45Quero que o professor me diga.
01:47Você é atriz, vá em frente.
01:49Ai, Gabriela, hoje à noite é o teste de interpretação.
01:52Eu sei.
01:54E atenção, neste momento está entrando no estádio o Sr. Tito Clemente.
01:59Lili, o que é?
02:13Por que você está de boca aberta?
02:15Eu estava sonhando, Gabriela.
02:17Quão bom moço que ele é.
02:19Bom moço?
02:20Ai, eu acho ele tão bonito para esse ator de novela.
02:24Ai, eu sim, com muito sentimento, não é, Lili?
02:32Amanhã vamos plantar umas flores.
02:34Rosas, que era o que mais gostava.
02:36Temos que esperar a Gabriela, não é?
02:38A coitada não pode vir.
02:39Vamos esperar um café em frente.
02:41Vem, animal.
02:50Temos que botar umas palavras aí na...
03:06Como se chama?
03:07Lápide.
03:09Isso, na lápide.
03:11Dizendo...
03:12Te amamos, papai.
03:15Era meu marido.
03:16Então, você o chamava de velho.
03:18E a Gabriela, Nelson e eu, também o chamávamos de velho.
03:23Por que não botamos...
03:24Te amamos, velho?
03:27Pode ser.
03:30Que tal um cafezinho, hein?
03:33Senhor, por favor.
03:34Pode trazer dois com leite e um preto?
03:38E como vai o Nelson no internato, Lúcia?
03:40Ah, bem, depois de tudo.
03:43É, há dois dias eu o vi.
03:45E, na verdade, não me pareceu bem.
03:47E o professor me disse que ele estava bem melhor.
03:52Eu sinto falta dele.
03:54Eu sei que está ali para o bem dele, mas...
03:57Eu sinto falta porque...
03:59Me faz lembrar o velho.
04:02O caráter, sabe?
04:05Porque o velho, quando era jovem, era bem agitado.
04:08Ah, que saudade.
04:13Júlia, eu queria dizer uma coisa para você.
04:16Diz, Aníbal.
04:17Na semana passada, quando visitei vocês, falou sobre um trabalho, não foi?
04:21Acho que tem uma coisa para você.
04:23Onde?
04:24O senhor Clemente inaugura, não sei se amanhã ou depois de amanhã, um novo lava-jato.
04:28Está com a ideia de botar moças como funcionárias do tipo universitária, sabe?
04:33Ah, eu quero.
04:33Ah, espera aí, menina.
04:34Eu ainda não disse como é o trabalho.
04:36Um trabalho, Aníbal, seja o que for.
04:38A situação está muito ruim, não queremos continuar dependendo de você.
04:43Júlia, para mim, ajudar vocês é uma obrigação.
04:48Eu devo muita coisa ao seu pai, por seus conselhos,
04:52Por ele me emprestar o carro, o táxi, para eu poder trabalhar à noite.
04:58Por ter me ajudado a entrar na escola de pilotos.
05:01E tudo só porque eu era do bairro.
05:03Porque ele era amigo do meu velho, que também descansa em paz.
05:07Para mim, é uma obrigação.
05:10É um dever.
05:12Eu não gostava de você, filho.
05:15Onde fica esse lava-jato, Aníbal?
05:17Começa amanhã, se for possível.
05:19Olha, é a Gabriela!
05:20Gabriela!
05:25Gabriela!
05:26Gabriela!
05:34Gabriela!
05:35Oi, o que foi? Fecharam?
05:36É, já fecharam.
05:37Pois estão loucos, vão ter que abrir agora mesmo.
05:39Já faz seis meses que meu pai morreu e eu não consigo visitá-lo.
05:41Estão loucos, vão ter que abrir agora mesmo.
05:43Espera, espera, eu vou com você.
05:44Sabe o que aconteceu?
05:45A inauguração foi um fracasso.
05:47Adotar o menino é uma decisão muito importante,
05:49sobretudo no caso de vocês.
05:51Por que no nosso caso?
05:53Bom, porque não tiveram filhos e depois de dez anos de casamento.
05:56Quem é a senhora?
05:57Perdão?
05:58Quem é a senhora para opinar?
06:00Ah, senhora Clemente, eu não pretendia opinar.
06:04Simplesmente acredito que nessas coisas deve-se falar com franqueza.
06:07Não quero sermões, senhora diretora.
06:08Não tive intenção.
06:09Leila, por favor, a doutora está falando.
06:11Não quero sermões.
06:12Sei perfeitamente o que significa adotar uma criança.
06:15Não precisam dizer.
06:17Leila, quer escutar o que a doutora está dizendo?
06:19Por favor.
06:20Desculpe, senhora Clemente.
06:22Acho que a senhora está um pouco tensa, um pouco nervosa.
06:26Acho que é melhor apresentar-lhes o pequeno José Antônio.
06:29É um menino encantador, doce.
06:31Eu agradeceria muito.
06:33Eu já volto.
06:39Se quiser, podemos ir.
06:42Eu não disse isso.
06:44Leila, eu não estou pretendendo obrigar você.
06:49Você concordou em vir aqui.
06:52Ontem conversamos e você disse que...
06:53Não vai funcionar, Tito.
06:54Só não vai funcionar se você não der oportunidade para que funcione.
06:57Mas você não compreende que sinto uma recusa terrível.
06:59A ideia de adotar um filho.
07:00Não quero.
07:01Ele não é meu.
07:01Ele não é seu.
07:03Leila, eu estou tentando fazer alguma coisa.
07:06Eu estou tentando achar uma solução.
07:08Uma solução para quê?
07:09Para o nosso casamento?
07:11Leila, por favor.
07:12Tito, se quiser um divórcio, estou disposta a aceitar.
07:15Leila.
07:17José Antônio, diga boa tarde.
07:19Boa tarde.
07:20Essa é a senhora Clemente.
07:21Boa tarde.

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