No Sociedade Digital, Mariana Dall’Acqua, VP de Marketing Latam da Copag, explica como a internet e as redes sociais impactam diretamente o desenvolvimento de jogos, desde a escuta ativa da comunidade até a criação de experiências mais imersivas.
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00:00O André Miceli não está conosco aqui ao vivo hoje, mas ele deixou uma pergunta gravada aqui para você. Vamos ouvir?
00:13Vamos.
00:13Olá, Carlos Aros e amigos da Jovem Pan. Olá, Mariana. Um prazer falar com vocês.
00:20A minha primeira pergunta é a seguinte.
00:22Temos visto muitos creators influenciando diversas áreas da sociedade.
00:27Eu quero entender como essas subculturas que vão sendo criadas numa profusão muito grande influenciam a construção de novos jogos.
00:39Como a internet, as redes sociais e todo esse movimento de colaboração muda o jeito de vocês pensarem o que vão levar para o mercado, Mariana?
00:50Bom, André, prazer estar aqui e conversar com você aí mesmo longe.
00:55É uma boa pergunta essa, né?
00:57Eu acho que nós lá na Copag, a gente costuma falar muito sobre comunidades, né?
01:03A gente dividiu por comunidades como a gente trabalha.
01:06E a gente, de alguma forma, conseguiu encaixar as mecânicas de jogos e o jeito de se jogar, muito como o perfil do consumidor, para essas comunidades.
01:17Então, assim, hoje a gente tem uma comunidade só de pôquer, hoje a gente tem uma comunidade só de truco, que é totalmente diferente.
01:21A gente tem uma comunidade só dos board games, só do TCG.
01:25E eu acho que, assim, o essencial hoje para isso é a comunicação.
01:30É o jeito que você se comunica.
01:32Então, óbvio que eu não falo da mesma forma que a gente conversou aqui com idosos que jogam jogos tradicionais,
01:37da mesma forma que eu converso com um jovem que está jogando Pokémon.
01:41É totalmente diferente a forma que eu vou falar com ele, aonde eu vou estar com o meu produto, né?
01:46O preço e a parte de redes sociais, então, importantíssima.
01:51E eu acho que é importantíssima para todas as comunidades.
01:54Porque hoje todo mundo está lá, né?
01:56Existe todo tipo de micro influenciador, de influenciador grande, de rede social.
02:01As pessoas estão ligadas, elas se unem, estão cada vez mais buscando onde tem a ver com elas.
02:06E aí a gente tenta sempre mudar e se comunicar e também ouvir muito.
02:09Então, quando você falou também do desenvolvimento, a gente pesquisa muito, a gente vê muita tendência para essas comunidades.
02:16A gente sempre está estudando e aí a gente busca tanto entender o que falta, qual é o anseio,
02:22mas também a gente tenta fazer algumas ligações com licenças que têm a ver.
02:26Busca no mercado parcerias, colabs que têm a ver.
02:29Porque às vezes é uma pessoa que não está ligada no meu produto, mas às vezes pela marca ou pela licença,
02:35ela vai se interessar e aí vai entender um pouco do jogo e vai ver o quanto é divertido.
02:39O André tem um complemento dessa pergunta.
02:42Diga lá, André.
02:43A minha segunda pergunta tem a ver com a primeira.
02:46Primeiro, eu quero entender de que maneira as subculturas criadas pelas redes sociais
02:53influenciam na criação de novos produtos.
02:56Agora, eu quero saber de você, Mariana, de que maneira os mundos físico e digital são integrados nesse contexto?
03:03Uma empresa como a de vocês não pode pensar só em jogos digitais, a competição é muito dura nesse território,
03:11mas também não dá para pensar só em jogos físicos com o risco de perder a relevância.
03:18Como vocês estão pensando nessa integração entre o físico e o digital?
03:24Essa é uma pergunta boa também, porque quando esse digital, principalmente você falou desses últimos 30 anos,
03:31começou a crescer e ficar mais relevante.
03:33A gente teve uma pergunta assim, gente, será que vai acabar o baralho?
03:37Ninguém vai mais jogar fisicamente?
03:39E aí a gente foi entendendo que, na verdade, é um complemento.
03:42A gente teve várias iniciativas, a gente já trabalhou com NFT, com realidade aumentada,
03:47com tudo que vocês possam imaginar, do que a gente possa colocar dentro das cartas.
03:52E algumas vezes a gente até fracassou, porque acho que foi um anseio muito de estar no digital.
03:56A partir do momento que a gente entendeu que o digital precisa complementar o nosso produto
04:02e ter a ver, ter a essência com o nosso produto, a gente começou a acertar.
04:05Hoje em dia, a gente tem algumas iniciativas.
04:07Então, assim, vou te dar um exemplo simples, que é todos os nossos produtos têm um QR Code,
04:12onde você vai lá e vê todas as regras possíveis que você pode jogar com aquele jogo,
04:17por exemplo, com aquele baralho.
04:19E aí filmes rápidos, dinâmicos, não é aquela bíblia para você aprender um jogo
04:23que aquilo acaba se tornando muito chato hoje, precisa ser muito mais dinâmico.
04:27A gente também tem plataformas, a gente tem uma plataforma que se chama Mega Jogos Digital,
04:31que tem quatro jogos principais, né?
04:34Truco, Buraco, Tranca e Paciência.
04:37E o que a gente acaba fazendo?
04:40A gente, às vezes, faz torneios, a gente faz muitos torneios.
04:42Para vocês terem ideia, a gente tem um departamento dentro lá do marketing
04:45que se chama Organized Play.
04:47A gente só faz torneios de todos os tipos de jogos que vocês possam imaginar,
04:51desde os jogos infantis, jogos mais jovens, jogos de baralho, jogos de tabuleiro.
04:56E a gente usa as plataformas, às vezes, para você pegar e ampliar.
04:59Então, assim, eu quero fazer um campeonato que você atue no Brasil inteiro.
05:02A gente faz ele digital, faz online.
05:05Aí a gente tira os principais, por exemplo, um de cada estado,
05:07e acaba fazendo uma final física.
05:10E aí a experiência é totalmente diferente.
05:12E, assim, eu acho que não existe competição.
05:14Na verdade, por exemplo, no pôquer, que você gosta de pôquer, né?
05:18Carlos.
05:19A gente fala, as plataformas digitais hoje, você treina lá.
05:22Você joga, você pode jogar ao mesmo tempo.
05:24Você não tem tanto receio de entrar num campeonato,
05:26de apostar mais, se testar.
05:28E aí, quando você vai jogar fisicamente,
05:30você treinou bastante, mas é outra experiência.
05:32Nunca vai ser igual lá do online.
05:35Quando você está físico, principalmente o pôquer,
05:36você lê as pessoas.
05:38É, é um jogo que o físico muda completamente.
05:40Completamente.
05:41Mas todos, eu acho.
05:42E, assim, eu não estou dizendo que o outro é pior,
05:44mas é muito diferente.
05:46Então, a gente sempre tem usado a parte digital
