Analistas do mercado financeiro revisaram para baixo, pela nona semana consecutiva, a projeção de inflação para 2025, que passou de 5,10% para 5,09%, segundo o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central. A estimativa para 2026 também foi reduzida, enquanto as previsões para 2027 e 2028 permanecem inalteradas. Alan Ghani analisou. Apresentadores: Roberto Nonato e Soraya Lauand Comentarista: Alan Ghani
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00:00Economia, o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central, traz uma estimativa de recuo da inflação e do câmbio.
00:07Destaque ao vivo aqui com o Alan Gani. Gani, o que traz aí esse documento divulgado todas as segundas pelo BC, acompanhando as instituições, hein?
00:16Olha só, Nonato, foi a nona queda consecutiva na expectativa de inflação agora passando de 5,10% na semana anterior para 5,09%.
00:27Apesar dessa nona queda consecutiva, a expectativa de inflação se encontra ainda acima do teto da meta, que é 4,5%.
00:37Vamos lembrar que a meta é de 3%. Portanto, provavelmente a gente não deva cumprir a meta de inflação, nem o teto ali da meta de inflação neste ano.
00:50O crescimento econômico ficou estacionado, a previsão, em 2,23%. E apesar de toda essa questão do tarifácio, o mercado reduziu a projeção do dólar de 5,65 para 5,60%.
01:05Apesar de todo o risco econômico e comercial. Porque se concretizar o tarifácio, seria para este dólar subir.
01:14Provavelmente o que segura, em parte, essa projeção dos analistas é justamente a taxa de juros do Brasil em 15%, o que atrai investimentos na renda fixa.
01:25Não atrai investimentos no setor produtivo, mas na renda fixa, que a gente chama tecnicamente de carry trade.
01:32Ou seja, o investidor lá fora vem para o Brasil buscar prêmio, ganhos na taxa de juros muito elevada aqui no país.
01:40Agora, Gani, falando em taxa de juros, o mercado já espera que ela se mantenha nesse patamar de 15%, essa estabilidade.
01:49Ou seja, qualquer decisão diferente disso vai certamente surpreender o que estão esperando os mercados.
01:57Exatamente, Soraya. O que é curioso é que o Brasil foi um dos primeiros países a subir a taxa de juros rapidamente, ali no pós-pandemia.
02:08Então, o Brasil chegou a 2% e depois começou essa guinada na taxa de juros e aí o mundo desenvolvido começou também a subir a taxa de juros.
02:18Mas se a gente observar agora, o mundo desenvolvido começa a reduzir a taxa de juros e o Brasil, inclusive comparando com outros emergentes,
02:26é um dos poucos países em que a taxa de juros permaneceu inalterada e todo mundo numa expectativa de que fosse reduzir e voltou a subir.
02:38E agora fica aí num patamar muito restritivo de 15%.
02:42E isso por conta da inflação aqui no país, impulsionada principalmente pela demanda agregada subindo acima da oferta.
02:54Ou seja, é um crescimento anabolizado da nossa economia, com uma série de estímulos fiscais e monetários, sem ser a taxa Selic, mas de crédito,
03:04o que gera essa pressão nos preços.
03:06É isso, Gani. Obrigado. Até daqui a pouco mais detalhes da nossa economia.