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A bancada de Os Pingos nos Is debate se o ministro do STF, Alexandre de Moraes, persegue o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), após a nota da Embaixada dos EUA contra o ministro. Os especialistas também avaliam uma possível interferência do governo Donald Trump nas investigações contra o ex-presidente.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/c8_UwCg45gE

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Transcrição
00:00Há pouco, inclusive, a representação diplomática publicou uma postagem no X, que é o antigo
00:06Twitter, e eu vou destacar para você que nos acompanha essa mensagem, que diz o seguinte,
00:13o ministro Moraes é o coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra
00:19Jair Bolsonaro, que por sua vez tem restringido a liberdade de expressão nos Estados Unidos,
00:25graças à liderança do presidente Donald Trump e do secretário Rubio, Marco Rubio.
00:32Estamos atentos e tomando as devidas providências, esse post feito há pouco, Embaixada dos Estados
00:39Unidos no Brasil.
00:41Repercutir esse posicionamento com os nossos comentaristas, essa nota acusando o ministro
00:47de perseguição e também censura contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
00:51Chamar o advogado da bancada, Nelson Kobayashi, para trazer suas impressões acerca desse
00:57posicionamento.
00:59É um post relevante.
01:01A gente tem tratado de tantas questões que envolvem a tarifa anunciada por Donald Trump
01:07e a gente talvez dedique muitos minutos do programa pensando em alternativas comerciais
01:14e tarifárias e pensando em estratégias que o governo brasileiro deve adotar.
01:18E aí tem uma postagem como essa que talvez também indique um caminho, talvez não passe
01:23apenas pelas questões comerciais e tarifárias.
01:26Enfim, o que achou dessa postagem da Embaixada dos Estados Unidos aqui no Brasil?
01:31Olha, Caniato, essa postagem é simbolicamente importante para o momento porque estica bastante
01:37a corda da relação diplomática.
01:39Não duvido que haja aí uma convocação do embaixador pelo governo brasileiro, pela
01:45União em específico, para entender aí os motivos dessa publicação que é justamente
01:51endossando, inclusive é uma republicação das autoridades americanas, endossando o discurso
01:57que fala do ministro Alexandre de Moraes e das decisões dele em relação ao ex-presidente
02:02Jair Bolsonaro.
02:03E aí a gente estava falando até agora há pouco das possibilidades de negociação
02:08aí, liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin, conversa com autoridades americanas
02:12dentro do que é possível, dentro do que é disponível de negociação, que são justamente
02:17as questões comerciais, taxação, relações já históricas entre Brasil e Estados Unidos.
02:23Já em relação às decisões da Suprema Corte Brasileira, neste ponto, isso só testemunha
02:30contra, principalmente, Eduardo Bolsonaro.
02:33Por quê?
02:33Porque se em algum momento haver um elo, uma ligação entre tudo que vem sendo dito
02:39pelas autoridades americanas e pelas suas decisões que estão sendo tomadas em relação
02:44ao judiciário brasileiro com a atuação do Eduardo Bolsonaro no exterior, isso vai fechar
02:50o quebra-cabeça da investigação em relação ao que se chama de coação no curso do processo.
02:56Ou seja, se a gente pega inclusive o histórico de manifestações do Eduardo Bolsonaro em relação
03:00a isso, houve uma mudança de discurso.
03:03No começo, ele reivindicava, acredito até que equivocadamente do ponto de vista da estratégia,
03:08reivindicava as autorias ali da influência sobre as decisões americanas.
03:14E ao longo do tempo isso foi até mudando.
03:16Justamente por quê?
03:17Porque do ponto de vista jurídico, isso impacta em coação no curso do processo,
03:20que é pressionar autoridades do judiciário justamente para se ter outro tipo de decisão.
03:28Este ponto em específico não está na mesa de negociação.
03:31Os problemas do judiciário brasileiro são muitos.
03:34A gente fala sobre isso todo dia aqui na nossa programação.
03:38Eu falo sobre isso cotidianamente, sobre vários equívocos legais do ponto de vista técnico-jurídico,
03:45mas isso deve se resolver aqui internamente dentro do campo da institucionalidade.
03:49E a Constituição Brasileira de 88 dá meios para isso.
03:54Você, Geraldo, a gente trata das questões que envolvem o tarifácio, o anúncio dessa tarifa de 50%,
04:01entendendo que há vários caminhos para o governo brasileiro tentar negociar, reverter, diminuir, adiar.
04:09E aí temos postagens que tratam de questões políticas barra jurídicas
04:14que também abrem a possibilidade de nós refletirmos sobre quais são as condições que o governo brasileiro tem de negociar
04:23quando, sobre a mesa, não estão apenas questões comerciais e tarifárias.
04:27Enfim, queria te ouvir também a respeito dessa postagem da Embaixada Norte-Americana aqui no Brasil.
04:32Teneto, como a gente fala lá em Pouso Alegre, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
04:39Então vamos separar aqui os assuntos.
04:41Essa postagem da Embaixada Americana no Brasil foi uma postagem em inglês
04:47que, na verdade, ela traduz uma postagem do que seria uma figura de subsecretário de diplomacia pública dos Estados Unidos.
04:57Quer dizer, é uma divisão do Departamento de Estado que trata da interação dos americanos com o público de outras nações, digamos assim.
05:10E que, em cima da decisão do tweet de 18 de julho, com a decisão de Marco Rubio de revogar os vistos de Alexandre de Moraes e pessoas ligadas a ele,
05:25Então, este subsecretário tweetou agora, hoje, há poucas horas, esse reforço de que ele, os Estados Unidos, o Departamento de Estado, representando os Estados Unidos,
05:42identifica no ministro Alexandre de Moraes o que ele chama de o coração pulsante desta máquina de perseguição que está atrás do Jair Bolsonaro.
05:53Esse é o contexto. Trata-se da atuação do ministro Alexandre de Moraes em relação a empresas e cidadãos norte-americanos,
06:11com as decisões tomadas dentro da Suprema Corte brasileira, cerceando o direito de liberdade de expressão,
06:19que é religiosamente protegido nos Estados Unidos.
06:23O nome de Jair Bolsonaro entra nessa postagem, no meu entendimento, muito mais como uma sinalização, um exemplo,
06:34que associa, inclusive, com a perseguição que o próprio Donald Trump teve quando deixou a presidência da República
06:42e enfrentou vários processos, alguns muito malucos e tal, que colocou nele essa figura do político perseguido.
06:53O Partido Democrata tentou demais porque achava que a grande chance de vitória da reeleição de Joe Biden
07:00era justamente contra Donald Trump. Então, via que quanto mais Donald Trump fosse vitimizado, mais forte ele ficaria no Partido Republicano
07:07e, com isso, a sua indicação para concorrer à presidência novamente seria mais provável.
07:13Só que, no final, esse cálculo deu errado até porque Joe Biden não teve condições de disputar e aí foi a substituição por Kamala Harris.
07:21Então, este é um assunto, Canhá, que não tem necessariamente nada a ver com o assunto das tarifas.
07:29O assunto das tarifas será tratado pelo Departamento de Comércio junto ao presidente Donald Trump,
07:34visando esta reorganização comercial dos Estados Unidos, o reposicionamento comercial dos Estados Unidos
07:42e cobrando do Brasil, no caso específico do Brasil, as nossas posições em relação aos países,
07:51às nações que hoje são tidas como inimigos comerciais dos Estados Unidos.
07:56A China, sobretudo, mas também a Rússia.
08:00Então, o que a gente tem dos Estados Unidos respondendo ao Brasil nas questões tarifárias
08:09é muito frágil porque o governo brasileiro não está afim de ir para uma negociação séria.
08:17O governo brasileiro destacou para ser a liderança nessa negociação, inclusive externa,
08:22porque está aí a notícia de uma conversa de 50 minutos com o secretário de Comércio norte-americano,
08:28Geraldo Alckmin, que estava presente na posse do ditador iraniano.
08:33O Irã é um país que está na lista negra dos Estados Unidos.
08:39É um país tido como um dos países de uma liga terrorista, de países que financiam o terrorismo.
08:46Então, o Irã é um país que não faz parte do espectro diplomático dos Estados Unidos,
08:52mas o nosso interlocutor estava lá na posse.
08:54Aliás, o que tomou posse já foi morto pelas forças de Israel.
08:58Então, o Brasil está muito mal nessa negociação comercial.
09:02Não adianta ficar querendo o Brasil, o governo brasileiro, misturar os assuntos,
09:07porque não tem nada a ver uma coisa com a outra.
09:09São dois temas e nesses dois temas nós estamos nos comportando muito mal.
09:14Pois é, mas apesar de eu concordar com você e fazer uma leitura muito parecida com essa
09:19que você discorreu há pouco, não são todas as pessoas que concordam que são assuntos distintos.
09:25Até a gente travou uma discussão logo no início, na divulgação da carta de Donald Trump,
09:29quando um dos nossos colegas fez, o Mota fez essa leitura de que não daria para a gente separar
09:37exatamente tudo, que o fato de Jair Bolsonaro ser citado naquela carta de Donald Trump
09:44estaria muito claro para ele que os assuntos e as determinações, elas se cruzavam, estariam interligadas.
09:53Dávila, você defende mais a tese próxima a essa reflexão feita pelo Cristiano Beraldo,
09:59tanto que você, inclusive, falava que Donald Trump fez uma salada naquela carta,
10:05uma salada que, inclusive, atrapalha os comentaristas a discorrerem sobre o assunto,
10:11porque tem essas duas linhas.
10:12O Beraldo acha que não tem nada a ver, mas tem gente que entende que sim.
10:16Tem a ver que Donald Trump, inclusive, fez isso de propósito,
10:20para que talvez o governo brasileiro fique com uma pulga atrás da orelha.
10:24Será que ele quer mesmo que a gente faça isso?
10:27Será que ele quer que a justiça faça isso?
10:29Mas nós não temos poder.
10:30Enfim, queria que você também fizesse a leitura sobre esse post da Embaixada dos Estados Unidos,
10:35esse repost, na verdade.
10:37Essa salada, cada um tira o grão da salada que bem entende para o seu próprio benefício.
10:45Primeiro, Donald Trump se tornou o melhor cabo eleitoral do presidente Lula.
10:49É um espetáculo.
10:50Lula estava no corner, de repente, ficou popular de novo,
10:54defensor da soberania nacional.
10:56Eu nunca vi o famoso tiro que saiu pela culatra.
11:01Tudo que foi planejado achando que isso ia aumentar a popularidade de Bolsonaro fez o oposto.
11:06Aumentou a do Lula e diminuiu a do Bolsonaro.
11:08Então, o primeiro ponto, assim, essa salada na parte política,
11:13vitória para o governo, derrota para a oposição.
11:16Segundo ponto importante, a questão comercial não vai ser conduzida, como bem falou o Beraldo,
11:26pelo Ministério das Relações Exteriores ou pelo Departamento do Estado.
11:30Vai ser feito pelo Departamento de Comércio.
11:33E aqui, esse post, eu vou dar o meu pitaco de uma forma diferente.
11:37Olha, isso é um cara do quinto escalão que está querendo agradar o chefe, o Rúbio,
11:44e dizer assim, Rúbio, é isso aí, Alexandre de Moraes é culpado por isso.
11:49E você fez muito bem em encaçar o visto dele.
11:53É isso.
11:54E isso é um dado que, se você tivesse me mandado esse post, canhato,
11:58eu ia achar que era fake news, porque eu jamais imaginei que um post desse existiria
12:04no Departamento de Estado dos Estados Unidos.
12:06Isso mostra como a cultura Trump já está permeando no quarto, quinto escalão da diplomacia.
12:15Ou seja, é um exército, é uma infantaria de militante.
12:20E isso é preocupante para negociações futuras.
12:24Porque a gente não está mais.
12:25É a mesma coisa, no Brasil, a gente tem o Itamaraty, ainda o principal do Itamaraty,
12:32não, porque quem manda lá é o Rasputin, que é outra história.
12:36Mas o quadro profissional do Itamaraty é muito qualificado.
12:41E é meio blindado desse...
12:43Você vê que as declarações do Itamaraty são sempre muito formais, diplomáticas, cuidadosas.
12:50Você jamais viria alguém escrever uma mensagem dessa.
12:54Então, isso mostra como a política partidária está permeando a política de Estado americano.
13:03Igualzinho ao Brasil, a diplomacia militante que a gente tanto critica aqui.
13:08E isso é perigoso.
13:10Isso ajuda a tensionar as relações entre países.
13:14Porque, no fundo, é esse o interlocutor que você vai ter que falar.
13:17Então, eu vejo que esse desmantelamento do que é o Ministério das Relações Exteriores nos Estados Unidos
13:27é também algo muito preocupante para esta separação necessária do que é interesse de Estado
13:36e do que é o interesse do governo.
13:38Esta mistura não ajuda a nada e mostra que vai, sim, tensionar as relações diplomáticas dos Estados Unidos,
13:48não só com o Brasil, mas com o restante do mundo.
13:51Esta mensagem mostra como a política partidária hoje dita o ritmo da diplomacia.
14:00Pois é, só para a gente tirar a dúvida da nossa audiência,
14:03Então, a Embaixada dos Estados Unidos aqui no Brasil, Beraldo,
14:06repostou essa postagem que foi feita por um funcionário da diplomacia.
14:12Isso é alguém que trabalha com o Marco Rubio, mas que não necessariamente está no primeiro escalão.
14:17E aí faz essa repostagem naturalmente com anuência, presumo, de Marco Rubio.
14:23Ele faz um tweet em cima de um tweet de Marco Rubio do dia 18 de julho,
14:31quando Marco Rubio anuncia a revogação do visto do ministro Alexandre de Moraes,
14:37e aí ele faz esse texto que a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil traduziu e publicou.
14:44Agora, só para pegar o gancho do Dávila rapidamente,
14:48este subsecretário do Departamento de Estado,
14:52numa subsecretaria que cuida da diplomacia pública, assim que eles chamam,
14:57é alguém que veio da iniciativa privada.
14:59Ele era um estrategista de campanha,
15:01ele escrevia textos lá no primeiro governo do Trump,
15:05era um funcionário ali, enfim,
15:07realmente não é alguém do alto comando ali do governo de Donald Trump, não.
15:16Você, Coba, essa discussão nós travamos lá no início,
15:20quando a carta de Donald Trump foi divulgada,
15:23porque ele tratou de vários assuntos em um mesmo comunicado.
15:26O primeiro parágrafo ele abre,
15:28trazendo aquela reflexão sobre a situação de Jair Bolsonaro,
15:32mas também menciona nos parágrafos seguintes a questão comercial,
15:37que depois foi, inclusive, criticada pelos analistas aqui no Brasil,
15:41apontando que, inclusive, a balança comercial é muito favorável aos Estados Unidos,
15:47mas também as questões que envolviam o cerceamento ao direito à liberdade de expressão,
15:51principalmente em relação às medidas tomadas contra as big techs.
15:55Esse apontamento do Beraldo me parece que é seguido pela maior parte dos analistas,
16:00que é preciso fazer uma divisão,
16:03colocar cada assunto na sua devida gaveta,
16:07mas é preciso também considerar que, em algum momento,
16:11isso pode se encontrar,
16:13justamente por conta dessa imprevisibilidade
16:17quando a gente olha para Donald Trump.
16:19Queria trazer a sua reflexão sobre isso,
16:21porque você não participou daqueles debates que nós fizemos aqui.
16:23Olha lá, Caniato, em relação ao que motivou o Trump
16:27a aplicar as suas taxações aqui ao Brasil,
16:31a taxação de 50%,
16:32ele coloca na carta esses motivos aí.
16:34A situação das decisões da Justiça Brasileira
16:38em relação à liberdade de expressão,
16:40às plataformas digitais,
16:42à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro,
16:45e eu tenho dito desde o início
16:47de que esses são fundamentos que existem,
16:50mas não são os principais fundamentos.
16:52Esses são os fundamentos convenientemente utilizados
16:55por Donald Trump em relação àquilo que ele pretendia fazer.
16:59Ele já faria a taxação aqui no Brasil,
17:02independentemente da situação do Bolsonaro,
17:05independentemente das decisões do STF,
17:07porque se a gente pega a linha do tempo,
17:09faz sentido a gente atrelar essa decisão americana
17:12a tudo que o presidente brasileiro disse
17:15na cúpula dos BRICS, por exemplo,
17:16e as relações do Brasil com os BRICS,
17:19principalmente no intento de desvalorizar
17:21a utilização do dólar como moeda hegemônica global.
17:26Isso está muito claro.
17:27E tanto que há entrevistas anteriores,
17:30depois resgatadas pela imprensa do Donald Trump,
17:33de mais de ano atrás,
17:34em que ele fala justamente
17:36desta preocupação com o Brasil
17:38se aproximando das relações com os países asiáticos,
17:42e ele diz, inclusive,
17:43que se perder o Brasil,
17:45seria considerado perder uma guerra mundial.
17:49Essas entrevistas resgatadas,
17:50quando são associadas a tudo que está acontecendo agora,
17:54levam-nos a crer que, de fato,
17:56a sua intenção em pressionar o governo brasileiro,
17:59de alguma maneira,
18:01tem a ver em pressionar contra
18:03tudo aquilo que falou o presidente Lula
18:05na cúpula dos BRICS,
18:06e que, na verdade,
18:07só falou repetindo o que já havia dito
18:09muitas vezes em outros locais,
18:11em outros encontros.
18:12A questão é que, na cúpula dos BRICS,
18:15o mundo todo está olhando
18:16e a repercussão tem muito maior proporção.
18:19Então, no meu ponto de vista,
18:21o presidente americano tem os seus interesses
18:23em relação a isso,
18:24a manter o Brasil pressionado
18:26a não mais repetir esse tipo de discurso
18:28contra a hegemonia do dólar,
18:31um exemplo de muitos outros
18:32que prejudicaria os interesses dos Estados Unidos.
18:34Mas os outros argumentos existem.
18:36A situação do ex-presidente Bolsonaro
18:38é claro que, para o Donald Trump,
18:40seria muito bom ter o seu aliado ideológico
18:43no governo.
18:44Isso resolveria a sua situação
18:47em relação a não aproximar o Brasil da China,
18:49por exemplo.
18:50Só que é um argumento secundário
18:52que é conveniente para ele.
18:54E não é o presidente americano
18:56que vai resolver a situação
18:58do presidente brasileiro.
18:59O presidente dos Estados Unidos
19:00pensa nos Estados Unidos
19:01e usa o Bolsonaro.
19:03Usa o argumento da perseguição
19:05que tem os seus motivos de ser,
19:08mas não é o principal motivo
19:09do presidente americano.
19:11Assim como usa também
19:12a situação do STF.
19:14Usa as decisões do Alexandre Moraes
19:15em relação a plataformas digitais,
19:17até porque ele mesmo, Trump,
19:19tem os seus interesses pessoais,
19:20a sua rede social,
19:21em um processo tramitando
19:22nos Estados Unidos
19:23em relação a isso,
19:24mas não é o principal motivo.
19:26Agora, a embaixada adere
19:28a esse tipo de motivação conveniente
19:31justamente para fazer coro
19:33ao que tem dito o presidente americano.
19:35mas não é, de fato,
19:36o principal motivo,
19:37até porque,
19:39se fosse o principal motivo,
19:40isso não estaria lá
19:41no final da carta
19:42como uma abertura
19:43de negociação futura,
19:45até porque o presidente americano
19:46sabe que isso é inegociável,
19:48a soberania do judiciário brasileiro.

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