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Um dos nomes do rock nacional, o cantor Supla faz show em Belém no dia 27. Será no Studio Pub, e Papito vai mostrar por que é o cara histórico do punk brasileiro, dando interpretações nesse estilo para canções dos Beatles, sem deixar de lado "Garota de Berlim" e outros sucessos. Tudo com a banda Os Punks de Boutique.

Reportagem: Eduardo Rocha
Op. de Corte e edição: Bia Rodrigues (supervisão: Tarso Sarraf)

Categoria

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Música
Transcrição
00:00Olá, eu sou Eduardo Rocha e nós estamos aqui no estúdio do Grupo Liberal recebendo um artista
00:07pra lá de querido em Belém e no Brasil todo, o Supla, que faz show no dia 27 em Belém no
00:13estúdio PAM. Salve, salve, papito, salve, Supla, tudo bem? E aí, champs, tudo bem? Prazer falar
00:21com você, Eduardo. Let's drink! Vamos beber por Belém, né? Que nem diz a música do Kate Richards
00:28e do... Let's drink! Vamos beber em homenagem a Belém. Só que eu tô tomando um cafezinho
00:38em homenagem a Belém aqui, ó. Certo, bacana, bacana. Podia ser um açaí também, né? Açaí
00:43é a cara de Belém. Com certeza. Eu sei que tem umas frutas diferentes aí, uma comida aí
00:49que eu vou provar, né? Mas relembrar, deixa eu te falar, pra gente começar do início,
00:56quanto tempo de carreira, Supla? Ah, acho que deve ter quase uns 40, ou se já tem uns 40.
01:02Eu não tô nem contando, champs. Eu sei que é uma profissão que eu inventei pra mim.
01:08Eu toco, não profissionalmente, desde os meus 13, 14 anos. Eu toco bateria na noite de São
01:13Paulo, né? Então, profissionalmente, eu fiquei famoso no Brasil quando eu tinha 18 anos.
01:20Então, é só fazer as contas. E é uma coisa muito legal, porque quando você começa,
01:26a vida... Pô, você tem certeza que você quer ser músico, sabe? Porque muita gente não tem certeza.
01:36Quantas pessoas que você já viu, que já começaram, fizeram sucesso e sumiram do mapa, não é verdade?
01:42É verdade. Então, é uma... É uma... Como eu poderia dizer? É uma carreira que ela tem...
01:52Ela pode ser, ao mesmo tempo, muito... Como eu diria? Você... Ela te abençoar ou te trazer muitas
02:01tristezas também, que eu vi muita gente que passou por grandes dificuldades, né?
02:05E é uma coisa que não é fácil. A vida não é fácil, né? Em geral, né? Eu não acho
02:12que a vida é fácil, mas eu sou muito... O que eu quero dizer, basicamente, Eduardo, é que
02:17eu sou muito grato, muito grato ao público brasileiro e até no underground americano e
02:23na Europa, por ter conseguido feito um trabalho, que é o meu trabalho diário, né? Eu vivo rock
02:3025 horas por dia, não é nem 24, né? E poder me sustentar e viver, entendeu?
02:37Então... Fazer o que gosta, né?
02:40É, fazer o que gosta, porque você acordar, né? E trabalhar numa coisa que você não gosta,
02:47não é fácil.
02:48É duro, é duro, né?
02:50Então, eu sou muito grato, saiba disso. Dando essa entrevista aqui pra você, eu sou
02:55muito grato, sabe? Então, o que eu tava falando no começo era que quando você é muito moleque,
03:01você... Eu sempre quis ser um músico, mas eu não tinha certeza e foi uma coisa que foi
03:06acontecendo, porque não é uma coisa que você aprende na faculdade. Você não aprende
03:11na faculdade, como é o music business. Não sabe, né? Que nem foi o John Lennon quando
03:16ele falou, quando ele... Logo quando ele saiu da Inglaterra e ele foi pra Nova York, a primeira
03:23aparição dos Beatles, ele falou, como é que é ser isso assim? Ele falou, ó, meu,
03:28se eu fosse empresário, se eu soubesse como é a fórmula do sucesso, eu seria empresário
03:33e tudo bem, entendeu? Né?
03:35Então, você não sabe das coisas, é uma... É uma profissão muito louca mesmo, entendeu?
03:42Mas eu amo ela e eu abri esse leque na profissão, não só na música. Eu fiz algumas coisas
03:48de ator, fiz algumas coisas de... Até apresentador de televisão, mas eu comecei
03:53na música e esse é o meu grande amor mesmo, né?
03:57E segue na música, né?
03:58Com certeza. Vou lançar meu vigésimo álbum, Chaps! Are you fucking kidding me?
04:0520 álbuns, man! É muita história! É muita história! E não é papo de ser de esquerda
04:12ou de direita. O papo é o seguinte, é o trabalho. Esse work é o trabalho, é isso
04:17que importa. Não vem com blá, blá, blá. É o trabalho que importa, tá ligado?
04:22Isso mesmo. Deixa eu te falar. Você é um artista...
04:25Dedication, man! A dedicação ao trabalho, é isso que importa.
04:29Isso. Você é um artista criativo, irrequieto, irreverente, questionador, tem todo o perfil
04:36do rock, como você falou, vive 25 horas por dia rock and roll. Como é que o rock entrou
04:41na sua vida? Como é que você descobriu o rock? Lá foram as bandas, quem foram os
04:45nomes? Sim.
04:47Ó, lá vem eu de novo falando do The Beatles, man, you know? Porque inclusive é o que eu
04:51vou fazer aí, né? Exatamente.
04:54Sabe, veio... Eu comecei tocando Beatles e Rolling Stones, eu tinha 13, 14 anos. Eu falo
05:01inglês, assim, esse jeito o tempo todo, porque foi minha primeira língua mesmo. Logo
05:05quando eu nasci, depois de cinco meses, os meus pais ganharam bolsa pra estudar.
05:11nos Estados Unidos, em Michigan State, East Lansing. E eu fui com eles, eu não tive
05:17alternativa. Ficamos lá uns dois anos e meio. Depois a gente voltou pro Brasil bem rápido.
05:24Eu me lembro flashes.
05:25Certo.
05:26Depois a gente foi pro outro lado dos Estados Unidos, que era na Califórnia, onde tava tendo
05:30um movimento hippie, que se você me perguntar, são os primeiros punks. Imagina os caras todos
05:35tomando LSD e ficando pelado lá. Isso é totalmente punk, tá ligado?
05:40Mas os meus pais, eles seguiram por um outro caminho, foi pro lado de estudar. Meu pai tava
05:45estudando doutorado, tava fazendo doutorado, PhD de administração de empresas, pra você
05:50ter uma ideia, né? E minha mãe de psicologia, né? Então, isso foi na Califórnia, em Polo
05:56Alto. Eu tenho vagas, assim, os flashes. Meu pai me levando no show da John Baez, pra você
06:02ter uma ideia. Em São José, né? Grande show.
06:06E depois, em 2011, mais ou menos, eu voltando com o meu irmão pra tocar em São José, tá
06:13ligado? Na Califórnia, em São Francisco, que é naquela área, né? Então, nessa época,
06:18como você perguntou de nomes pra mim, eu fui muito influenciado por músicas folk music,
06:25easy listening, até que se falava na rádio, que vem desde Carole King, John McLean, Bob
06:32Dillon mesmo, até James Taylor, tá ligado? Né? Sim, sim, sim. Então, é, Burr Bacra,
06:40por exemplo. Burr Bacra, man, sabe? Eu me lembro meu pai me levando no filme Butch Cassidy and the
06:45Sunday Kids, right? E eu me lembro desse filme, que eram dois cowboys, era Robert Redford e Paul
06:51Newman, e tinha aquela música, Rain Drops Keep Falling On My Head, right? E aí, eu até
06:57regravei essa música, vai estar no meu novo álbum, que sai agora dia 25 de julho, né?
07:0420º álbum, a gente regravou essa canção, né? Vai sair no novo álbum agora. E aí, então,
07:13esses foram os primeiros, assim, de música que foram entrando na minha cabeça, e também,
07:18Caíme, minha jangada vai sair pro mar, esse tipo de coisa, Vinícius de Moraes, com cantando
07:26Maria Bethânia, Padden Powell, Chico Buarque, e, assim, Caetano Veloso, essas coisas também
07:35sempre ficaram em volta da minha mente, né? De você e do João, né? João Suplicy. Bom, isso aí, o João
07:43antes de nascer, eu já escutava essas músicas, tá? Então, ele até falou, pô, você conhece
07:49isso? Eu falei, lógico que eu conheço, caramba, você tá pensando, você tá falando com o
07:51quem, Champs, né? Eu tenho oito anos a mais que o João. De qualquer forma, essas músicas,
08:00porque os meus pais levaram discos do Brasil para escutar nos Estados Unidos, né? Na época
08:06que a gente morava lá. Então, é isso. Agora, Tom Jobim também, e estou falando da coisa
08:14antiga, como você perguntou, né? Hoje em dia, eu acho que a música brasileira tem muita
08:17coisa acontecendo, muita coisa acontecendo, tanto em rock, como MPB, em trap, rap, eu não
08:23gosto de ficar olhando pro passado, né? Então, assim, a primeira, assim, é importante a
08:28gente reconhecer, mas vamos olhar pro presente, viver o presente e olhar pro futuro,
08:31you know? Então, teve John Lennon, que é sempre uma grande inspiração, né? E até
08:38hoje, eu acho que faz muita falta, ele estaria com 80 anos, mas imagina, você acha que ele
08:41ia estar quieto com tudo que tá acontecendo? Já teria assassinado ele, eu acho, né?
08:47É. Assim, dessa loucura, com toda essa parada que vem ocorrendo no mundo hoje em dia.
08:52Agora, depois, só depois que veio entrar coisa do punk pra mim, sabe?
08:58Depois disso daí, eu entrei muito, assim, que me chamou muita atenção como showman, foi
09:05Mick Jagger mesmo, you know, the greatest of all time, eu acho um smart showman de todos
09:10os tempos, né? Eu tenho um lado muito performático, que veio muito do Mick Jagger e isso, com certeza,
09:15quando eu virei chacoalhar aquela bundinha, rebolar aquela bundinha branca pra lá e pra cá,
09:20no estado de Virginia, e todo mundo olhando, eu falei, wow, I can do that, eu consigo fazer
09:25isso, that's cool, you know, sem me comparar, lógico, né? Mas foi muito, isso aí muito
09:30forte. E depois que veio essa coisa de punk mesmo, que eu comecei a, foi o Sex Pistols
09:36que eu vi primeiro, inclusive eu vou tocar no dia do Sex Pistols no The Town, né?
09:41Vai tocar. E eu fiz até música com o Glenn Matlock, né? Baixista do Sex Pistols, né?
09:48Ela se chama This Ain't The Ballad Of Johnny Stiff. Foi uma música, era de um hold que trabalhava
09:54lá no, em Nova York, ele era a hold de várias bandas de hardcore, aí eu contei a história
10:00pro Glenn Matlock, o baixista, ele curtiu, e a gente fez essa música, tem um videozinho até,
10:08ela é bem divertido, né?
10:10E, Supra, nesse contexto de rock, como é que surgiu essa ideia de fazer esse show,
10:17Supra canta Beatles?
10:18Por isso mesmo, por eu já ter, assim...
10:21Toda essa, toda essa vigência...
10:24É, ter uma inconsciência dessas músicas dos Beatles, né? Não é que eu escuto todo
10:28dia, mas já escutei bastante.
10:30Então, a Rolling Stone, a revista Rolling Stone, tava homenageando vários artistas e
10:35resolveram homenagear os Beatles e perguntaram se eu gostaria de fazer isso.
10:39Eu falei, of course, vou fazer isso daí, vai ficar legal.
10:41Então, a gente começou a fazer alguns shows sobre isso, né, esse repertório, e foi
10:49muito legal.
10:50Mas o show que eu vou apresentar aí, você pode ter certeza, vai ter Beatles, mas eu
10:56vou jogar outras coisas no meio.
10:57Inclusive, eu já recebi na internet várias pessoas falando, pô, você não vai tocar
11:02Garota de Berlim, sabe?
11:04Com certeza que eu vou tocar, entendeu?
11:06Eu vou dar uma misturada, né?
11:08Bacana.
11:09Vai cantar livre, aquela música livre, a nova?
11:14Também devo tocar, também.
11:16Obrigado por lembrar ela, com certeza.
11:18Ela já faz parte do novo álbum que sai dia 25 de julho, né?
11:21Certo.
11:23E essa representação, o show cantando Beatles, você mantiveste os arranjos tradicionais,
11:31os Beatles históricos, ou já fizeste uma nova pegada, novos arranjos, como Imagine
11:36e In My Life, que tem na internet você cantando, uma pegada mais punk.
11:42Como é que vão ser as músicas dos Beatles no show?
11:45Olha, elas realmente, elas têm uma pegada um pouquinho mais punk mesmo, sabe?
11:50É mais como os Beatles tocavam elas ao vivo, no começo, porque eles tocavam ela bem mais
11:55na pegada mesmo, entendeu?
11:56Um pouquinho mais acelerado e eu acho que a minha voz também traz uma coisa bem pessoal
12:08também, sabe?
12:09Sim.
12:10Fica uma mistura de, sei lá, uma pessoa mais velha da minha idade cantando uma coisa que
12:17eu amava quando era criança, sabe?
12:19Acho que dá essa mistura.
12:20Não sei nem te explicar, mas fica uma coisa muito genuína, fica muito do coração, de
12:25verdade.
12:26It's no bullshit, sabe?
12:28Não é pra ficar, é de verdade, é do coração.
12:31Se não, eu nem iria fazer essas músicas aí, tá ligado?
12:35Eu sei, eu sei.
12:36É tipo, vou fazer feat com sei lá quem só pra ganhar like.
12:40F*** that, I'm not into that.
12:41Esse não sou eu, entendeu?
12:43Eu não tenho nenhum problema em fazer feat com ninguém, mas tem que ser uma coisa de
12:48verdade, né?
12:49Que eu realmente acredite.
12:50Então, eu acredito nessas canções que eu vou cantar.
12:53E são músicas que falam de amor.
12:58Isso é muito bonito, é muito importante nos dias de hoje.
13:02Eu acho.
13:03Hoje eu aproveito pra você, pra te fazer um pedido.
13:06Lá, se você puder cantar, canta My Way, na versão do Cid Vícios.
13:14Vai ficar bonito.
13:15Com certeza.
13:16Vai ficar bonito.
13:17Com certeza, cara.
13:19Deixa eu ver.
13:20O pedido vai ser atendido.
13:23Tá, muito legal, muito legal.
13:25Deixa eu ver.
13:26Pra você, os Beatles foram marcantes, são marcantes.
13:30E nesse disco, nesse show, você vai cantar tanto os Beatles, carreira, o grupo todo,
13:37as músicas das duas fases do grupo, como também a fase carreira solo do Paul, do George,
13:44do John.
13:45Pode ser.
13:46Pode ser.
13:46Como você mesmo falou, Imagine, é uma mensagem tão bonita.
13:51E é do John, né?
13:52Aliás, na verdade, a letra depois foi confirmada que era toda uma parada da Yoko também junta,
13:58né?
13:59Então, com certeza, a gente pode tocar algumas que são só do trabalho solo deles, entendeu?
14:06Com certeza.
14:08Bem, pra terminar, deixa eu te perguntar.
14:12Fora o disco que vai sair agora, novos projetos do Supla, ainda pra 2005?
14:20Olha, eu acho que pra você divulgar um disco é um trabalho enorme, divulgar de verdade mesmo,
14:25né?
14:25Então, esse é o foco, quando for sair.
14:29O que eu posso adiantar pra vocês é que eu fiz mais ou menos o...
14:32Eu fiz a minissérie que tá aí do Hal Seixas, eu faço um tipo Elvis Presley, né?
14:39Que é bem legal, porque o Hal Seixas, ele tinha três personagens imaginários que ele conversava.
14:45Um era Jesus Christ, Jesus Cristo, Don Quixote e Elvis, né?
14:51E quando me convidaram eu achei muito legal e eu adorei ter participado.
14:55Eu também fiz, mas vai sair o ano que vem, só, pra Max, né?
15:02Que é o Warner, eu fiz um Matador de Vampiros, um Mercenário, Matador de Vampiros, bem louco,
15:08e...
15:11É uma série que vai sair falando, é isso?
15:13Sim, se chama Wander, já está gravada, né?
15:16Tá.
15:17E eu também fiz, que vai ser pela Paris Filmes, a criatura, que é praticamente o primeiro Frankenstein do Brasil.
15:24Supla não para.
15:30Supla, deixa eu te perguntar aqui.
15:33No show, você vem com a banda, vem com os punks de boutique?
15:39Of course, man.
15:40Of course.
15:41Os punks de boutique, com certeza.
15:44Vai ser bom.
15:44E modéstia à parte, é uma banda linda, muito bonita de se ver ao vivo, carismática,
15:52tocam muito bem, e a gente está afiado até os dates, champs.
15:58We don't f***ing joke, it's the real deal, all right?
16:01A gente acabou de voltar de uma turnê da América Latina, Equador, Bogotá, perdão, Argentina, Uruguai, né?
16:10O show, essa banda, ela está se preparando pra realmente ir tocar pelo mundo todo, e é assim que está.
16:18A gente já tocou, fizemos Portugal, fizemos Inglaterra, Londres, né?
16:23Que tocamos, Irlanda, Japão, América Latina, que foi ano passado, e esse ano já repetimos a dose, né?
16:33Fizemos uma turnê com a banda The Casualties, que é uma banda na pegada, Exploiter, né?
16:37E a gente, eu conheci essa galera do Casualties de Nova York, desde 94, da época que eu morei em Nova York, de 94 a 99.
16:46Então foi uma delícia ter feito essa turnê, e foi muito legal, porque a gente tocou um som punk mesmo,
16:53a gente pegou as músicas punks, mais punks que eu tenho, tá ligado?
16:57F*** Politics, Green Monsters, bandas muito da, sons que eu gosto muito, mas são bem na pegada,
17:05porque é um show bem punk, então é um show totalmente diferente, que a gente vai fazer aí,
17:10desde que a gente acabou de fazer, né?
17:12O que eu gosto muito do punk de boutique, que é uma banda que, we can play anything,
17:18a gente pode tocar qualquer coisa, tá ligado?
17:20Só que é no estilo Supra e os punks de boutique.
17:23Isso é, isso é, arranjo os arranjos.
17:25Então tá, Supra, muito obrigado pela sua atenção, estamos te esperando.
17:30Eu que agradeço, eu queria te falar uma parada, que você falou do Brothers of Brasil,
17:34né, o duo que eu tenho com o meu irmão, certo?
17:38Certo.
17:39A falar que a gente lançou um álbum, e a gente nem trabalhou o álbum direito,
17:44se acredita, de tanto trabalho.
17:47É o quarto álbum do Brothers, ele se chama Brothers Again,
17:51e tem a última música, que quem fez essa letra, foi Erasmo Carlos,
17:56nada mais, nada menos que o grande Erasmo Carlos, o tremendão, né?
18:00Eu falei pra ele, Erasmo, a gente vai fazer um álbum,
18:04e precisava colocar essa música, o nome, o título já tem,
18:07que são Irmãos de Novo, Brothers Again.
18:10E aí ele fez a letra, e a gente musicou, e eu adoro essa música,
18:14eu só queria dar esse toque, porque logo no começo da entrevista,
18:17antes de falar, você citou o meu irmão, né?
18:20Então, esse é um projeto que eu gosto muito também, né?
18:23Que a gente não apagou a chama, a chama tá ali acesa, tá ligado?
18:28É o meu irmão, eu amo ele, e a gente briga, a gente se ama,
18:32mas nunca sai me manda porrada, porque a gente tem educação, tá ligado?
18:36O Brothers Brasil é você e o João Jumplicy, é isso?
18:40Só isso, o João no violão de nylon, né?
18:43E eu na bateria, e cantando.
18:45Pode ir.
18:45E aí a gente já tocou, nos maiores lugares aí já de Greek Theater,
18:52Apollo Theater, turnê Warped Tour, e é uma coisa que eu gosto muito.
18:57Inclusive, pra terminar, vou me gabar e vou falar, pode me xingar,
19:02troféu Silvio Santos peladinho pra mim aqui, pode dar aqui, ó, ó, tá aqui.
19:06É o seguinte, eu sou o único brasileiro que tô no Museu do Punk em Las Vegas,
19:12tem um quilte meu, que está, um quilte, né, aquela roupa que eu fiz pro verão de Nova,
19:19pra turnê, quando a gente foi atravessar os Estados Unidos inteiro, no verão.
19:23Eu falei, vou fazer um quilte, né?
19:25Era o Warped Tour, que a nossa gravadora era a dona do Warped Tour, Side One Dummy.
19:29E aí, foi a primeira vez que eles viram Punk com Bossa Nova.
19:33Foi a primeira vez que eu vi, até cruzei o Jorge Bem agora,
19:36num show que eu fiz pro Tutti Frutti, do Carline, e ele falando assim,
19:40supla, eu falei pro Jorge Bem,
19:41Jorge, foi, eu cantei a sua música mais que nada, eu e o João,
19:45e foi a primeira vez que eu vi o Spunk tudo pulando com a sua música, fazendo pogo.
19:50Então foi muito legal, né?
19:52E aí, e esse quilte meu, o Mike Ness,
19:56e a menina que assinou a gente pra gravadora,
19:58não o Mike Ness, perdão, o Fat Mike, né, do NoFX,
20:04ele falou que gostava muito da nossa mistura, gostava de mim,
20:09por toda a história dos anos de Nova York,
20:12de ter cantado com a Nina Hagen,
20:13de ter trazido alguma coisa nova pra música do punk,
20:16que foi a mistura do punk a nova, a mistura com o punk e bossa nova,
20:20e eu queria ter uma parada do suplo aqui.
20:22Então esse quilte que eu usei nessa turnê,
20:24que se não me engano foi de 2011,
20:27ele está lá no museu em Las Vegas,
20:30no Punk Rock Museum,
20:31você pode entrar no Instagram deles e ver lá,
20:33tá tudo lá, beleza?
20:34Acho muito importante falar isso.
20:37Mas vocês são duas pessoas que respiram música,
20:40você e o João.
20:41Tá legal.
20:42Um abração, Suta.
20:43Estão esperando você aqui e o punk de boutique.
20:48E vou cantar My Way, hein?
20:49Quero ver você lá, vou cantar pra você esse som ali, hein?
20:53Tá jóia.
20:54Valeu.
20:54Um abraço.
20:56Até.
20:57Peace.
21:04E aí

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