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Transcrição
00:00Ao vivo, lá em Porto Alegre, com Silmar César Miller.
00:05Olá, Silmar!
00:07Meu cara, Otávio, muito bom dia.
00:09Bom dia aos nossos amigos do Pouro à Viva.
00:11O que acontece com a economia?
00:13O que acontece com as cotações, as moedas, nesta quarta-feira, onde tudo continua bagunçado?
00:23Ao vivo, vou começar pelo mercado financeiro.
00:25O dólar operando com queda nesse momento, 0,2%.
00:28Moeda americana contada a R$ 5,56.
00:32E o mercado de ações, com uma pequena reação hoje, alta de 0,3% no índice Bovespa, na B3.
00:39Petróleo cai de novo, já caiu bastante nos últimos dias.
00:43Nova queda de 0,6% nesse momento, a 68 doses.
00:47O barril do tipo Brent, que é referência para o mercado internacional.
00:51Mercado de grãos na Bolsa de Chicago, com predominância de altas.
00:55Soja subindo 0,6%.
00:57Uma reação depois de dois dias de quedas, que é uma boa notícia aqui para o nosso produtor de soja e também de milho.
01:04Alta na soja, portanto, 0,6%.
01:06Milho sobe 0,2%.
01:08Arroz em casca em Chicago também com alta, 1,4%.
01:11A exceção nos grãos aqui é o trigo.
01:14Trigo caindo um pouquinho, havia subido ontem, cai um pouco agora, 0,8%.
01:18Na Bolsa de Nova York, destaca por açúcar, que sobe 0,2%.
01:23Suco de laranja continua disparando todos os dias.
01:26Não é diferente hoje, 2,1%.
01:28Está faltando suco nos Estados Unidos por conta da paralisação das exportações brasileiras.
01:32Boi gordo no mercado de turma B3 tem uma reação hoje, sobe um pouco, 0,2%, mas cai muito no mercado físico.
01:40Continua a queda forte aqui em algumas regiões.
01:43Até para pontuar aqui, Cuiabá queda de 1,8%.
01:47Marabá no Pará.
01:50Ou seja, quedas bastante acentuadas.
01:52Preços quase todos aqui abaixo dos R$ 300,00.
01:55Situação complicada aqui por conta dessa paralisação das exportações de carne bovina para os Estados Unidos.
02:02Cacau subindo 0,6%.
02:05Na contramão, café estava caindo, deu uma estabilizada agora, o arábica.
02:10Café robusta em Londres, que é a referência para o nosso Conilon aqui no Brasil, caindo 1,9%.
02:16E algodão também com a pequena queda de 0,1%.
02:19Estava em um retrato dos principais mercados, pelo menos por enquanto, na manhã desta quarta-feira.
02:26Ontem, na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou em rede social
02:32que concluiu um acordo comercial gigantesco com o Japão.
02:38Segundo a postagem, o Japão vai investir US$ 550 bilhões nos Estados Unidos,
02:44que vão receber 90% dos lucros.
02:46Isso vai gerar, de acordo com o presidente norte-americano, centenas de milhares de empregos.
02:52O Japão também abrirá seu país ao comércio, incluindo carros e caminhões, arroz e outros produtos agrícolas.
03:00Além disso, segundo Trump, o Japão pagará tarifas recíprocas aos Estados Unidos de 15%.
03:05Ou seja, Silmar, dá para conversar, dá para fazer acordo, mas tem que conversar, tem que sentar na mesa,
03:13tem que fazer proposta, ouvir não, dizer um sim, vamos barganhar daqui, vamos negociar de lá.
03:20Dá para conversar, mas precisa conversar, se não conversar, não acontece nada.
03:24Ou como disse Cora Coralina, que eu estava falando outro dia, é alguma coisa mais ou menos assim,
03:33problemas existem e precisam ser solucionados, eles sempre estão entrando na nossa casa,
03:39mas não é por isso que a gente vai esticar uma cadeira para ele ficar sentado ali e nos amolando por muito tempo.
03:45Isso é de Cora Coralina, é mais ou menos isso.
03:48Tavi, é muito representativo esse acordo com o Japão, firmado ontem, e claro, festejado pelo presidente Donald Trump.
03:59Tem muito significado esse acordo.
04:01Primeiro que é o primeiro acordo realmente importante dessa questão do tarifácio do presidente Donald Trump,
04:07que praticamente atingiu todos os países do mundo, com tarifas que vão até 50%, no meu caso aqui do próprio Brasil.
04:14Houve um primeiro acordo com o Reino Unido, mas é um acordo de compadre, né?
04:17Então, foi um dos primeiros aqui, não teve muito significado, não representou muita coisa em termos de referencial de parâmetro
04:24para os demais países envolvidos nessa encrenca.
04:28Esse com o Japão, sim.
04:29Primeiro porque a tarifa é baixa, considerado aquelas ameaças feitas pelo presidente Donald Trump,
04:34no caso do Japão também, o início da conversa era de 25%, até um pouco mais, dependendo do produto.
04:43Então, 15% está de bom tamanho e parece que fixa um parâmetro.
04:47Então, é muito importante, está sendo muito veiculado essa informação aqui na mídia especializada,
04:54especialmente dos Estados Unidos, que parece que surge um parâmetro da capacidade negocial com os Estados Unidos,
05:01seja uma tarifa que ficou barata, para usar um termo que tem tudo a ver com essa...
05:07se considerar os parâmetros anteriores que se tinha como referência, claro.
05:12Então, 15% tem a tarifa básica e já existe para todos os países, só não mudou, 10%.
05:17Então, é só 5% a mais.
05:19Ficou barato, na ótica de quem está analisando essa questão.
05:23E serve de referência para outros acordos, com outros países, ou seja,
05:27todo aquele medo inicial que se tinha aqui, que o Trump não baixaria as tarifas para menos de 25%,
05:35isso cai por terra agora com esse acordo com o Japão.
05:37É claro que levou muito tempo para negociar, mas vai servir de referência.
05:41Então, isso ajuda, inclusive, em alguns setores aqui do agro brasileiro,
05:46que têm uma perspectiva de negociar melhor diretamente, inclusive, com seus importadores nos Estados Unidos,
05:51no caso do suco de laranja, eventualmente do café, mais remotamente, talvez carne bovina,
05:56porque tem interesse do outro lado lá e isso pode levar a uma negociação mais amena, digamos assim,
06:01em termos de tarifácio.
06:03Então, até 15% dá para aguentar, não é nenhum fim de mundo.
06:08E, claro, vai criar também um parâmetro, ou seja, se para cima 15% é uma boa referência,
06:15ou seja, um certo limite, para baixo não tem muita chance não de ficar mais barato esse tarifácio.
06:23Ou seja, serve de uma referência média.
06:25Parece que veio para ficar uma tarifa mínima de 10%, com referencial aqui de negociação de 15%.
06:32Dá uma impressão de que Donald Trump finalmente está disposto a negociar e sair daquele soco na mesa,
06:40com aquela arrogância de impor uma tarifa que ninguém tem condições de cumprir.
06:45Parece que agora surgiu uma possibilidade de negociação mais amena, mais serena.
06:49E está sendo festejado.
06:51Bolsa de Valores estão disparando aí, festejando essa notícia que é manchete no momento.
06:56Muitos outros países ou grupos econômicos estão tentando acordos aí.
07:01Vai chegar um parâmetro, ou seja, a vida vai ficar um pouquinho mais cara,
07:04mas é algo em torno de 10% a 15%.
07:07Não é 50% como foi colocado para o Brasil.
07:10Mas também precisa sentar, precisa conversar, como eu disse.
07:13Precisa oferecer coisas, precisa pedir propostas, oferecer propostas.
07:18E precisa parar de fazer bravata também, porque chega o Trump fazendo as dele lá.
07:23Cada reunião que tem de líderes de não sei quem, de não sei quem,
07:26surge uma conversa ofensiva contra o Trump e dizendo que os BRICS vão tomar conta,
07:32e não sei o quê, etc., e tal, a moeda estrangeira.
07:34Precisa parar com isso.
07:35Vamos sentar e vamos conversar.
07:36Até onde eu sei, o primeiro-ministro japonês, que lá é o primeiro-ministro,
07:40porque é parlamento, ele não anda falando com a língua solta aí,
07:45para baixo e para cima, criticando o Trump e dizendo que o Japão vai tomar conta
07:49e dominar os Estados Unidos, e nem que o Japão quer acabar com o dólar ou coisa parecida.
07:54É mais ou menos isso também, né?
07:56Um pouquinho de bom senso.
07:58É verdade.
08:00Aliás, eu diria que é uma das razões até para esse tarifar 50% contra o Brasil,
08:04não tem nada de economia, de econômico, de negócios comerciais,
08:08mas a ver com questões ideológicas.
08:10E, claro, o Trump tem essa coisa atravessada na garganta,
08:13que é arrogante, geralmente, que ele entende aqui do Brasil,
08:17com a ideia de formar um bloco aqui que não dependa do dólar, por exemplo.
08:20É o Brasil que vem patrocinando aqui, e o nosso presidente aqui é o grande arauto
08:26do dólar e do comércio dependente dos Estados, e com acordos aqui que envolvem
08:31o aumento, inclusive, de países ingressando nesse bloco no qual o Brasil foi um dos pioneiros,
08:37que é o BRICS.
08:37Então, claro, isso influenciou bastante nesse tarifar contra o Brasil,
08:42mas, de qualquer forma, tem que baixar a bola e negociar,
08:46não é com o tempo que está saído, não, pelo que se vê.
08:48É, tem que conversar e negociar, porque até nos Estados Unidos,
08:53viu aí, existem grupos que estão saindo em defesa do Brasil,
08:56porque esse tarifácio também prejudica para eles lá.
09:00O próprio New York Times, se eu não me engano, saiu em defesa do Brasil.
09:04O principal jornal dos Estados Unidos, um dos maiores do mundo,
09:06saiu em defesa do Brasil, chamando o Trump de imperador do Brasil, né?
09:10Fazendo aí uma...
09:13Ô, Trump, que negócio é ser imperador do Brasil agora?
09:15Estou falando o que diz o New York Times, vamos negociar, vamos negociar o que dá.
09:21Mas tem muita negociação de participadores andando também,
09:24inclusive dos próprios empresários.
09:26A gente lembra que o Brasil tem uma presença muito grande de empresas
09:29que participam da economia americana, estão instaladas lá,
09:32o Grupo Gerdau, aqui do Rio Grande do Sul, é um deles,
09:35a JBS, por exemplo, tem vários negócios dos Estados Unidos,
09:39ou seja, gera empregos lá também.
09:40Isso precisa ser mostrado, é um troca-troca aqui, ou seja,
09:44o que o Trump quer é exatamente geração de emprego dentro dos Estados Unidos.
09:47Vários grupos brasileiros, multinacionais aqui,
09:49têm esse tipo de atividade dentro dos Estados Unidos,
09:52e com muito, empregando muita gente.
09:54Citei só dois exemplos aqui, mas são vários.
09:56Então, isso precisa ser mostrado, precisa ser negociado.
09:59Ou seja, alguém tem que conversar com o presidente americano
10:02para mostrar essa realidade, que tem duas faces, né?
10:04Não é isso só que parece, aos olhos dele aqui,
10:08que é o Brasil daqui querendo confrontar os Estados Unidos.
10:11Não, negócio é negócio, tem muitas empresas operando lá também,
10:14engenharia de empregos lá nos Estados Unidos.
10:16Aliás, com todo respeito, o Brasil confrontar os Estados Unidos
10:21é um negócio que não tem nada a ver, nada a ver, absolutamente nada a ver.
10:25Você pode negociar com os Estados Unidos.
10:27Olha, já surgiu uma rebarba, e o SUS pode ser prejudicado,
10:30porque o Brasil compra muito medicamento caro e para tratamento delicado,
10:34mantido pelo SUS, porque, como eu disse mesmo,
10:36o SUS funciona no Brasil, inclusive para essas coisas,
10:39porque se não fosse o SUS aí que a vaca ia para o brejo,
10:43mesmo o negócio ia desandar, mas custa caro,
10:46são tratamentos caros que as pessoas precisam,
10:48vacinas também, medicamentos caros, enfim,
10:51isso tudo gera emprego também lá nos Estados Unidos.
10:54Vamos conversar, né? Vamos conversar.
10:56Inclusive, um negócio é bom, você levantou esse tema aqui,
10:59que tem a nossa dependência, por exemplo,
11:01de multinacionais americanos, setor de agroquímicos, por exemplo.
11:06O Brasil é dependente de importações,
11:08são setores importantes para a nossa agricultura.
11:12Sementes, sementes que têm patentes nos Estados Unidos,
11:16produtos de interesse aqui da própria pecuária,
11:20laboratórios que fabricam medicamentos veterinários,
11:24grande parte deles são americanos,
11:26e tem negócio aqui no Brasil muito vultoso,
11:29o Brasil é um grande cliente desses produtos,
11:32por função da pujança da nossa agricultura e da nossa pecuária.
11:37De jeito ou de outro, apesar de alguns momentos mais entusiasmados
11:42ou eufóricos, o Brasil e os Estados Unidos sempre se deram muito bem
11:45e é uma relação muito boa.
11:47Não podemos esquecer que os tratores que movem a agricultura
11:51chegaram ao Brasil através da Fundação Rockefeller.
11:55O Rockefeller foi quem financiou as primeiras máquinas agrícolas no Brasil
12:00há muitas e muitas décadas atrás.
12:04Enfim, vamos virar a página aqui,
12:06porque tem coisa boa aparecendo aqui.
12:09Até o ano que vem, a produção brasileira de fertilizantes pode crescer 35%.
12:14O Brasil, sabemos e dizemos sempre, depende da importação do produto,
12:18é matéria-prima para fazer fertilizante.
12:21E entre os fornecedores estão países envolvidos em conflitos como a Rússia e a Ucrânia.
12:25Isso encarece e dificulta a remessa.
12:27Mas a promessa desse crescimento é da Petrobras
12:30e foi anunciada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira,
12:34após reunião com a presidência da Petrobras.
12:37A Petrobras recuperou quatro unidades que produziam ureia
12:43e deixaram de produzir ureia.
12:46A Fafem da Bahia, a Fafem de Sergipe,
12:49a Ansa do Paraná e uma unidade no Mato Grosso do Sul.
12:53Trabalho em torno dos biológicos.
12:56O Brasil vai ganhando autonomia nesse período dos próximos anos
13:03na produção de fertilizantes, já que a gente é o celeiro do mundo
13:07e muito dependente de fertilizantes importados.
13:10Toda estratégia vai na direção de nós termos autonomia na produção de fertilizantes
13:19e garantir soberania alimentar.
13:22A presidente da Petrobras, ela fez um cronograma,
13:27apresentou um cronograma que 25% e 26% nós já teremos 35% da produção de ureia aqui no Brasil.
13:37Até que, enfim, alguém falou alguma coisa nesse gargalo que é a produção de fertilizantes do Brasil,
13:46o principal fornecedor de alimentos para o mundo,
13:49com uma responsabilidade colocada nas costas,
13:51inclusive pela FAO, órgão das Nações Unidas para Alimentação.
13:56E aí, finalmente, alguém falou.
14:00E a Petrobras, o Brasil ainda era um pouco autônomo no nitrogênio,
14:04através dessas plantas industriais que a Petrobras tem e produzia.
14:09E a Petrobras depois acabou se desfazendo dessas plantas e agora está recuperando.
14:13Vamos lá.
14:14Nós temos aí também importantes minas de fósforo e potássio
14:18que precisam ser organizadas e exploradas corretamente,
14:22sem degradar o meio ambiente,
14:25porque é assim que se faz em qualquer lugar do mundo,
14:27ao invés de ficar comprando de fora e sujeito a todas as intempéries.
14:32Ainda bem que alguém falou alguma coisa, hein?
14:34Só a gente falava, Silmar?
14:37Bom, de qualquer forma, a fertilizância continua sendo grande,
14:40aquela canhada é 15 do agro brasileiro,
14:42a nossa dependência segue muito grande,
14:44é difícil de eliminar totalmente,
14:47porque a agricultura brasileira não para de crescer, né?
14:49São novas áreas sendo desbravadas agora em relação a áreas degradadas de pecuária,
14:54por exemplo, então são áreas novas.
14:56E a gente lembra que os solos brasileiros são pobres, né?
14:59E são muito ácidos também, né?
15:01Então exigem sempre o uso de fertilizantes em larga escala, né?
15:06Diferentemente de outros países.
15:07Nosso vizinho argentino, por exemplo, não precisa de tanto uso de fertilizantes,
15:10porque tem solos fantásticos, solos nobres,
15:12que são ricos aqui em fertilidade, sem necessidade de produtos químicos.
15:15O Brasil não.
15:16Então, infelizmente, praticamente todo o nosso território aqui requer o uso de fertilizantes
15:21para termos uma boa produtividade que gera a renda do agricultor.
15:25E o Brasil segue ainda muito dependente, vai continuar dependente por muito tempo ainda,
15:30mas é uma boa notícia, né?
15:31Sem dúvida nenhuma, nitrogenado é um setor em que o Brasil tem esse déficit,
15:36a ureia é um nitrogenado, né?
15:37Delivado do petróleo.
15:38Então, primeiro, essas plantas da Petra Basta estavam praticamente abandonadas,
15:42a Petra Basta tinha saído da produção de fertilizantes.
15:44Está voltando agora, então, é uma boa notícia, pelo menos nesse setor.
15:48Agora, segue a dependência em outras matérias-primas que levam à produção do chamado NPK,
15:56que é a formulação básica de fertilizantes utilizados na agricultura brasileira.
16:01Na média, a nossa dependência do esterói ainda chega em torno de 80% também.
16:06E em alguns produtos, como é o caso do potássio, a matéria-prima importante,
16:09chega a 95% da nossa dependência.
16:12A matéria só produz 5%, tem muita dificuldade em termos de desenvolver uma produção própria de potássio.
16:19Tem algumas promessas lá, se não me engano, lá na região amazônica,
16:23que podem permitir alguma, deslumbrar para o futuro alguma melhora aqui nessa produção.
16:28Mas é difícil.
16:30Difícil até porque a agricultura vai parar de crescer, né?
16:32Então, essa dependência, ela é difícil de acompanhar a dinâmica de crescimento econômico brasileiro,
16:37que é a boa notícia, né?
16:38O Brasil não para de crescer.
16:40É difícil acompanhar isso com matérias-primas para fertilizantes,
16:44para uma agricultura que não para de se expandir.
16:47Citou bem.
16:47O Brasil tem solos novos na formação do planeta Terra.
16:51São solos ácidos e pobres.
16:54E precisam ser enriquecidos e precisam, fundamentalmente,
16:57de correções de solo e de fertilizantes.
17:01Eu vou dar só um exemplo aqui no estado de São Paulo, por exemplo.
17:03Existem algumas faixas de terra que são muito promissoras.
17:08Então, se você pegar de Ribeirão Preto e descer em direção a Jaú,
17:12passar ali por São Manuel e na Sorte Paulista,
17:15foi em direção a Ourinhos e virar para o norte paranaense,
17:19e aí o Paranapanema ali, é a chamada terra roxa, né?
17:24É solo bom, solo bom, que precisa de pouca correção e pouco fertilizante.
17:28Mas logo ali do lado já tem Bauru.
17:31E de Bauru para Marília, até chegar em Assis, é só areia.
17:34É solo pobre, pobre, pobre.
17:36É assim.
17:36E o Brasil é todo desenhado dessa forma na sua geologia.
17:40E, rapidamente, vamos lá.
17:42A ANEC, Associação Nacional de Exportadores Cereais,
17:45revisou para baixo os embarques de milho e soja no Brasil no mês de julho
17:48e elevou a estimativa para farelo de soja.
17:51O relatório da associação estima 4,1 milhões e 140 mil toneladas de milho
17:58que devem ser embarcadas no período.
18:00Redução de cerca de 400 mil toneladas frente ao projetado na semana anterior.
18:05A ANEC também reduziu ligeiramente a projeção para exportação da soja em julho,
18:10saindo de 12,9 milhões de toneladas, estimadas na semana passada,
18:15para 12,1 milhões de toneladas.
18:18Na contramão, a estimativa para os embarques de farelo de soja
18:22foi elevada em relação aos 2,2 milhões e 150 mil toneladas
18:26projetados no relatório anterior.
18:28O reajuste subiu para 2,4 milhões de toneladas embarcadas no mês.
18:34Pois é, Seymar, troca em miúdos aí.
18:36Menos de uma coisa, mas mais de uma coisa que também vem da mesma coisa.
18:40O que aconteceu?
18:42Bom, soja está de bom tamanho ainda para o mês de julho, né?
18:45Mais de 12 milhões de toneladas, não temos o que se queixar.
18:48Fale de soja também, esse tem uma certa sequência normal aqui todos os meses,
18:54com mais de 2 milhões de toneladas, às vezes perto de 3 milhões.
18:57O que está preocupando é milho também.
18:58Milho está muito baixo para o mês de julho.
19:00O coleta está em pleno andamento, 4 milhões de toneladas,
19:03não é nada aqui para o tamanho da safra brasileira e pelo período
19:07que nós estamos agora já chegando no final de julho.
19:09A produção está sendo maior do que vinha sendo esperado,
19:13a segunda safra surpreendeu positivamente.
19:15E a exportação andando a passo de tartaruga, né?
19:18Nós vimos que está exportando nesse mês de julho, Tavinho,
19:21de 6 a 8 milhões de toneladas de milho.
19:23Está em 4, 4 mil quebrados.
19:25Está muito pouco.
19:26Tem duas razões para isso.
19:28Uma, claro, é aqui dentro mesmo.
19:30Atrasou muito o plantio da safra desse ano,
19:33a colheita consequentemente também está atrasada.
19:35Então, isso explica, em parte, esse menor volume de exportação em julho.
19:40Mas tem um outro fator que preocupa, que é o aumento da concorrência.
19:44Se tem mais concorrentes esse ano, os Estados Unidos vão colher
19:46uma safra muito grande de milho,
19:49uma safra que começa a entrar no mercado já a partir de fim de setembro, outubro,
19:53e aí não tem jeito.
19:54Vai ser uma concorrência pesada contra o milho brasileiro, que está atrasada.
19:58A grande vantagem do milho em relação ao seu principal concorrente,
20:01que é os Estados Unidos,
20:02é quando o milho é plantado mais cedo e é colhido mais cedo.
20:05Ou seja, em junho, já temos um volume gigantesco
20:07de milho brasileiro sendo exportado.
20:09E esse ano não tem nada parecido com o que nós tivemos nos últimos anos.
20:13Portanto, isso preocupa e certamente já está acontecendo isso.
20:17Uma pressão sobre os preços internos,
20:19que tem muito milho aqui dentro, aqui para ser comercializado.
20:22O que não vai para fora fica aqui dentro, em top armazéns aqui,
20:25tem milhos armazenados a céu aberto, inclusive no Mato Grosso,
20:29e o preço fica lá embaixo.
20:32E por hoje está de bom tamanho.
20:34Vamos terminando por aqui para você voltar amanhã,
20:36porque você segue com seus compromissos aí,
20:38eu sigo com o nosso programa aqui.
20:40Tá bom?
20:40Ótima quarta-feira para você, amigo.
20:44Combinado também.
20:44Bom tarde para você e toda a equipe.
20:46Até amanhã.
20:46Tchau.
20:47Tchau.
20:48Tchau.

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