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O secretário de Comércio dos Estados Unidos reforçou que as novas tarifas impostas a diversos países, inclusive o Brasil, começarão a valer no dia 1º de agosto, eliminando possíveis chances de acordo. O repórter Eliseu Caetano traz detalhes do assunto.

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Transcrição
00:00E agora a gente vai para os Estados Unidos, porque o nosso correspondente, o Eliseu Caetano,
00:04vai falar sobre uma situação que é a seguinte, o secretário do Comércio dos Estados Unidos
00:08reforçou que as novas tarifas impostas a diversos países, inclusive o Brasil,
00:13vão começar a valer já no dia 1º de agosto, eliminando possíveis chances de acordo.
00:19O Eliseu Caetano então chega ao vivo. Eliseu, muito boa tarde, bem-vindo.
00:24Inclusive hoje o ministro Haddad chegou a comentar que continua na mesa de negociação
00:29que o Brasil abriu sim essa porteira de negociação, está tentando mandar,
00:34enviou uma carta na última semana e não teve resposta,
00:37mas parece que por parte do governo americano não tem muita chance. Boa tarde.
00:46A gente está com um probleminha no áudio do Eliseu, só um minuto.
00:49Eliseu, a gente está tentando te ouvir.
00:53Eliseu, acho que o seu áudio deve estar fechado em algum momento ali no microfone,
00:58mas eu vou conversar com o Bruno sobre isso para a gente falar um pouquinho sobre as falas
01:01de Fernando Haddad hoje, que foram dadas hoje pela manhã.
01:05Muita coisa foi dita, inclusive que essa negociação que Lula está dizendo
01:09determinou que essa negociação vai continuar, que o Brasil vai continuar nessa mesa,
01:14mas parece que o governo americano não está conseguindo ali abrir também essa negociação.
01:19Bruno, qual o bastidor aí em Brasília? O que você já ouviu sobre isso?
01:23Eu ouvi, inclusive, que essa fala de Haddad é uma fala muito sensata,
01:29que ele diminuiu o tom, diferentemente de outros integrantes do governo,
01:34que ao invés de responder ou colocar numa mesa essa discussão,
01:38acaba subindo o tom diretamente contra o governo americano.
01:43Então, é visto como uma fala que é sensata,
01:45mas vista que essa abertura de negociação chegou muito tarde,
01:51que isso deveria ser feito muito antes, esse diálogo e esse relacionamento,
01:56esse esforço do governo em querer dialogar,
01:59e que somente após esse anúncio ser efetivado, de fato, isso aconteceu.
02:03Hoje, em uma entrevista à Rádio CBN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
02:09comparou as negociações entre o governo brasileiro e os Estados Unidos,
02:14e também do Canadá.
02:16Vamos ouvir o que disse o ministro da Fazenda hoje, um pouco mais cedo.
02:21Também não há negociações à vista com o governo canadense.
02:26Nós estamos falando de um país irmão dos Estados Unidos,
02:29vizinho dos Estados Unidos,
02:31com quem os Estados Unidos mantêm relações mais profundas até,
02:36em virtude dos acordos de comércio, do que com o Brasil.
02:40Então, mesmo o Canadá e os Estados Unidos, que são países vizinhos,
02:43estão sofrendo drasticamente com as imposições dos Estados Unidos da América.
02:48É uma reflexão do ministro Fernando Haddad em relação a essas negociações.
02:54Houve uma reclamação que ambos estão à disposição para sentarem à mesa,
02:59mas aí vem uma operação da Polícia Federal que acaba subindo o tom
03:04e sobressaindo em relação a essas negociações.
03:07E o Márcia?
03:08Verdade, Bruno.
03:09Inclusive, eu anotei outros pontos que Haddad falou nessa entrevista.
03:12Ele disse que o Brasil não fará também retaliação a empresas ou cidadãos americanos.
03:18Disse que o país não vai sair da mesa de negociação
03:21e também deu aquela alfinetada em relação ao Pix.
03:24O ministro chegou a falar que reclamar do Pix é o mesmo que defender telefone fixo
03:28no lugar do celular.
03:31Agora, ele realmente é pessimista também, viu, Bruno?
03:33Ele disse que é possível a gente, o país, o Brasil,
03:36chegar sem nenhuma resposta dos Estados Unidos no dia 1º de agosto
03:40e esse tarifácio realmente começar a valer.
03:43Então, sobre isso, agora já está ok o nosso correspondente,
03:46o Eliseu Caetano, direto dos Estados Unidos.
03:48Agora sim eu consigo te ouvir, Eliseu.
03:50Boa tarde.
03:51Então, realmente, o secretário de Comércio dos Estados Unidos
03:54continua reforçando que essa tarifa vai ser imposta
03:57não só ao Brasil, mas a diversos países, não é isso?
04:01Exatamente, Márcia.
04:02Olha, eu estou rindo aqui.
04:03Não é por conta do assunto, não.
04:04É porque o repórter esqueceu de ligar o microfone.
04:07Eita, nós.
04:09Mas vamos em frente, Márcia.
04:10Muito boa tarde para você, para o Bruno e para todos
04:12que nos acompanham em tempo real aqui na tela da Jovem Pan.
04:15Estamos acompanhando, né?
04:17Faltam 12 dias para o dia 1º de agosto
04:20quando o tarifácio imposto pelo governo dos Estados Unidos
04:23a pelo menos 158 países do mundo vai entrar em vigor.
04:28E o secretário de Comércio americano, Howard Lutnik,
04:32deu uma entrevista agora há pouco no final da manhã desta segunda-feira
04:35garantindo que os países incluídos nesta lista têm até o dia primeiro
04:40para dar o start, para começar essas negociações com o governo dos Estados Unidos.
04:47Mas também deixou uma brechinha.
04:49Ele foi sensato, de acordo com alguns analistas políticos por aqui,
04:54ao deixarem aberto a possibilidade desses países continuarem negociando
04:59mesmo após a data limite de 1º de agosto.
05:03Mas isso não significa ou não significará que esses países não serão taxados, viu?
05:09Porque ele abriu espaço para essas conversas, mas segundo ele,
05:12as nações terão espaço suficiente nessas próximas semanas
05:17para começar a negociar mesmo após o início da taxação.
05:22Ele declarou o seguinte, vou abrir aspas para o Howard Lutnik,
05:26as tarifas vão começar a ser cobradas no dia 1º de agosto
05:30e isso não vai mudar, mas os países que desejarem discutir
05:33ainda poderão sentar conosco após essa data.
05:37Hein? Fecha aspas.
05:38Entre os alvos principais estão China, México, Vietnã e o Brasil
05:42que sofrerá sobretaxas, especialmente nos setores de aço, alumínio e produtos agrícolas.
05:48Fontes do Departamento de Comércio indicam que o governo americano
05:51visa reduzir o déficit da balança comercial,
05:55estimular também o consumo interno e proteger empresas americanas
05:59daquilo que eles consideram como práticas desleais.
06:03De acordo com projeções da Bloomberg,
06:05a nova rodada de tarifas pode impactar mais de 120 bilhões de dólares
06:11em bens importados, gerando uma reação em cadeia em países parceiros.
06:16O Brasil, por exemplo, exporta anualmente mais de 7 bilhões de dólares
06:20em produtos que a partir do dia 1º de agosto estarão sujeitos
06:24a essa nova taxação.
06:26Esse movimento é visto como uma resposta direta de Donald Trump
06:30ao que ele chama de desequilíbrio crônico causado por países
06:34que manipulam preços e também moedas.
06:38Ele prometeu que a América será respeitada novamente
06:41nas relações comerciais.
06:43Apesar da dureza do tom, tanto da fala de Donald Trump,
06:47a fala do secretário de Comércio, Lutinic,
06:52revela aí um certo tom mais ameno,
06:56uma fala que abre espaço não apenas para as negociações
06:59que já estão em curso, como o nosso querido Bruno Pinheiro
07:03estava falando ainda há pouco,
07:04para diversos países do mundo já começarem essas tratativas,
07:08mas também deixa bem claro que mesmo após a data limite
07:12que o governo americano vai seguir aberto e disposto a negociar isso.
07:18Vários diplomatas de Brasil, China e México
07:22já teriam, inclusive, solicitado reuniões internacionais com o USTR,
07:28que é o escritório de comércio aqui dos Estados Unidos.
07:30Márcia, e agora eu te entrego com o microfone funcionando.
07:33Obrigada, Eliseu.
07:35Não vai esquecer de ligar da próxima vez, viu?
07:38Beijo para você.
07:39Já, já você volta.

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