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O governo federal publicou nesta quinta-feira (17) no Diário Oficial da União o veto ao projeto que ampliava o número de deputados federais de 513 para 531. A proposta, aprovada pelo Congresso, teria validade nas eleições de 2026. A decisão do presidente Lula representa uma derrota direta ao Legislativo. A bancada do Morning Show debateu sobre o assunto.
Apresentador: David de Tarso
Comentaristas: Anna Beatriz Hirsh, Mano Ferreira, Priscila Silveira e Sergio Zagarino

Assista ao Morning Show completo: https://youtube.com/live/XSrVvm0QYLY

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Transcrição
00:00Mas no meio de tudo isso ainda, dessa queda de braço entre o governo e o Congresso,
00:03o presidente Lula vetou o projeto de lei que aumenta o número de deputados na Câmara.
00:08Parabéns, presidente Lula, você deu uma bola dentro!
00:13Não, David, realmente, acho que a gente até petomeia a palavra, desculpa,
00:17mas é porque, nesse caso, tinha aí um consenso da sociedade
00:22no sentido de que não tinha o menor cabimento você promover um novo aumento no número de deputados.
00:29E aí também a gente comentou aqui no Morning Show algumas vezes
00:32sobre como, quando pautas como essa são colocadas em discussão,
00:37a gente vê que essa ideologização, se é que essa palavra existe entre esquerda, direita, A, B,
00:45ela não existe quando a gente fala dos interesses do próprio Congresso Nacional.
00:51Veja, muito mais fácil do que a gente ter que administrar melhor os nossos recursos
00:56é simplesmente a gente colocar mais deputados dentro do Congresso
00:59como se isso não impactasse de modo...
01:01Mas vai aumentar a representatividade do povo, Aninha.
01:04É, mas não vai! Não vai! Não vai!
01:06Quem fala que vai é porque vai aumentar no bolso deles a verba orçamentária do gabinete
01:12ou deixar de reduzir, né? Como no caso.
01:15Agora, o ponto é, finalmente, a gente vê uma manifestação do Poder Executivo
01:21de acordo com aquilo que o povo precisa e o povo quer.
01:24Lembrando, e aí retomando um pouquinho do que o Mano estava falando aqui,
01:28que isso gera um desgaste muito grande com o Congresso
01:31porque vai frontalmente contra os interesses deles.
01:35E aí, veja só, a gente já está ouvindo falar de retaliação ao Poder Executivo.
01:40O que eu quero apontar aqui é que, infelizmente,
01:43o que a gente vê é uma briga de interesses que não são públicos.
01:47É uma briga de interesses em que não tem uma pessoa brigando por nós,
01:51seja Poder Executivo, seja Poder Legislativo.
01:54E quando eu questiono a forma como as eleições são feitas,
01:58que são muito permissivas com relação à reeleição,
02:02são muito facilitadoras da manutenção, da persistência das pessoas no poder
02:07que elas já detêm, o prejuízo é esse.
02:12É o que a gente está vendo agora.
02:13A gente não vê interesses genuínos na melhora da sociedade,
02:18e sim auto-interesse sendo discutidos o tempo inteiro.
02:22Até mesmo com o aumento de emendas, como a gente trouxe ontem aqui,
02:26para três emendas para cada parlamentar.
02:28Zagarino.
02:30Olha, essa é uma questão que, mais uma vez,
02:32a gente tem que trazer à tona o STF,
02:34porque ele foi provocado em relação aos números da população de cada estado,
02:38e ele disse o seguinte, a decisão do Supremo foi
02:41que o Congresso deveria se adequar à quantidade de deputados
02:46de acordo com a população de seu estado.
02:49E o que o presidente da Câmara fez?
02:51Ele tentou equalizar essa conta e disse o seguinte,
02:54olha, para não prejudicar nenhum estado,
02:55eu vou tentar criar aqui uma forma de atender à decisão do STF,
03:00que ela foi feita apenas no prazo limite,
03:02o STF deu ali uma certa quantidade de tempo até razoável
03:06para eles se adequarem.
03:07E deu um prazo para que se não tomasse a atitude também,
03:11aí eles iriam estipular a medida.
03:13Eles iriam determinar, mas até aí tudo bem.
03:15Só que o que o presidente Hugo Mota fez?
03:17Ele adequou de acordo com o que seria mais interessante,
03:21aí concordo com a Ana, para os próprios deputados.
03:24Isso não significa dizer que vai ser o melhor para o Brasil.
03:28E ao invés de nós termos 513 deputados,
03:30a medida que ele fez foi passar para 531
03:33para evitar com que estados como São Paulo, por exemplo,
03:36perdessem e são os representantes.
03:38E aí vem aquela decisão.
03:40São Paulo não de perder representantes.
03:42Não, exemplo, só exemplo.
03:43Um estado qualquer.
03:44Mas é que eu acho que esse exemplo é importante.
03:47Por quê?
03:47Porque a gente tem uma distorção representativa no Brasil,
03:50até em função do piso e do teto de representação.
03:54Por quê?
03:55O que é que diz a lei?
03:56Que você precisa ter o número de deputados
04:00de forma proporcional à população,
04:03mas com um limite, que é o piso,
04:05que é qualquer estado tem no mínimo 8 deputados,
04:09e um teto, que é o máximo que um estado pode ter
04:12é 70 deputados.
04:13E aí é o caso de São Paulo.
04:15São Paulo, se fosse uma representação puramente proporcional,
04:20teria mais de 100 deputados.
04:23Então, a população de São Paulo é subrepresentada
04:27proporcionalmente, a ponto de que hoje
04:30um cidadão de Rondônia
04:34equivale ao voto de 10 cidadãos de São Paulo.
04:39E isso, na minha visão, é um absurdo antidemocrático.
04:42Isso é a distorção.
04:43O que deveria ser corrigido
04:45e não está nem na pauta desse debate agora do Congresso.
04:49E aí, exatamente nessa linha de raciocínio
04:50de que existia essa necessidade,
04:52essa obrigação por parte do Congresso,
04:54que o presidente fez a medida de mitigar os prejuízos,
04:57mitigar os danos para o Congresso.
05:00Só que agora, a partir do momento que o presidente Lula veta,
05:02o que vai acontecer?
05:03Ele vetou porque ele é o defensor dos pobres e oprimidos?
05:06Só se você é muito bobo para acreditar nisso.
05:08Ah, mas essa bandeira com certeza vai ser explorada.
05:10Ele vai ser explorada da mesma forma que ele está explorando agora
05:12as medidas geopolíticas desastrosas que ele vem tomando
05:15e a taxação do Trump.
05:17Mas não significa dizer que ele o faz de forma legítima,
05:20de forma espontânea para evitar uma despesa pelo Congresso.
05:26Não é isso.
05:26Ele está fazendo exatamente para ter moeda de troca
05:29para barganhar junto às votações do Congresso.
05:33Então, o que vai acontecer agora, futuramente?
05:36O Congresso vai derrubar o veto.
05:38Eu não estou prevendo o futuro aqui,
05:41mas é tão evidente que, de forma pragmática,
05:43o Congresso irá derrubar esse veto
05:45e nós teremos 531 deputados
05:47e não mais 513 a partir da próxima legislatura.
05:50O que isso representa?
05:52Isso deixa de forma muito clara que
05:54o Poder Executivo está em completa desarmonia.
05:58Ele não tem mais relação alguma com o Congresso Nacional.
06:02E, por isso, ele se sustenta onde?
06:03No outro poder, no Poder Judiciário.
06:06É por isso que a crítica ao formato que a nossa democracia tem sido levada adiante,
06:12ela é tão contundente.
06:13Nós precisamos rever a forma de indicação de ministros do STF,
06:17a forma dessa negociação que é feita de barganha.
06:20Todas as decisões do Congresso Nacional hoje,
06:23que são de interesse do governo,
06:25é só através de liberação de emenda.
06:27Será que esse é o formato ideal de democracia?
06:29Será que para acabar com aquele esquema que nós tínhamos lá
06:31de compra de votos de deputados
06:34e acabar com o financiamento de campanha por parte de empresas
06:37e agora a criação das emendas?
06:39Será que foi esse o melhor cenário?
06:40Ou será que nós, como sociedade,
06:42deveríamos estar discutindo o fim das emendas
06:43e apenas a gestão e fiscalização por parte do Legislativo
06:47do gasto do Poder Executivo?
06:49É isso tudo que é necessário refletir.
06:51Nós estamos num país hoje que,
06:52quem está no poder, chora menos.
06:54E quem não está, que somos nós, choramos todo dia.
06:56Inclusive a Aninha com o cartão de crédito dela
06:58que vai ter que pagar a IOF aí.

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